O forró
Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘O forró’
A noite chega e espreita sorridente
o céu do Nordeste,
celebrando a tradição
e a cultura do seu povo.
Sob o brilho das estrelas
e a luz prateada do luar calado,
numa mistura de arrasta-pé,
xote, xaxado e baião,
o forró embala os festejos juninos
e a alegria impera.
Nas noites frias de inverno,
ao som da música fremente,
sons descortinam-se
nos acordes da sanfona,
do zabumba e do triângulo;
e forrozeiros cantam em versos,
doces canções,
rasgando a madrugada.
No chão pelo clarear da Lua
o deslize dos pés
e sob o eco sublime da melodia,
dançarinos se divertem
ao ritmo pé-de-serra.
E no aconchego do abraço,
sussurram palavras, cantam o amor,
acendem o fogo da paixão.
Embevecidos pela cultura viva,
do eterno rei do baião, do saudoso Luiz Gonzaga,
o forró segreda e reverbera,
canta sua história,
retrata o amor, a saudade,
enfim, a vida do povo nordestino.
Viva o Nordeste! Viva o Forró! Viva o Mestre!
Ceiça Rocha Cruz