Quando a morte a mim vier me visitar

José Bembo Manuel: ‘Quando a morte a mim vier me visitar’

José Bembo Manuel
José Bembo Manuel
Imagem criada por IA do Bing – 17 de janeiro de 2025 às 9:46 AM

Quando a morte a mim vier visitar
Intrusa e arruaceira
Sedutora
Estrondosa mente deixará
Corações divididos estarão.

Substitua-se o amargo pelo doce da poesia
Que nela estarei vívido
Que sejam rasgados os engana dores
Que línguas e bocas mudarão o curso do rio noticioso
Que presenças não sejam colhidas
Que o mundo é mundo apenas
Enquanto o universo num verso se resume.

A religião onde Nzambi é aprendiz
O karma da arte-mãe
Karma de inquietas almas
Anestesia de tensões
Onde bocas se calam
É a estrofe proferida do olimpo.

Se um poema for lido
Um poema e mais nada
Se uma música for sentida
Que seja uma 10arranjada
Um drama de qualquer pedaço do mundo for exibido
O folclore continuará profundo
Calem-se as vozes sonoras
Que eu terei vivido o suficiente
E minha viajem é ritmo d’arte banhada
E por ela sou ente arte em transmutação.

Quando a morte a mim vier visitar
EU, o único culpado
Publicidades, not!
Yes, mostra de artes
Com presentes
E se a solidão me acobertar
Que se enunciem os versos mais sublimes
Qualquer que seja
Poetas não têm pátrias
Poetas são do universo
E eu no verso quero estar embalado.

José Bembo Manuel

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Pumar de vida

Ismaél Wandalika: Poema ‘Pumar da vida’

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
Imagem gerada por IA do Bing - 13 de dezembro de 2024 
às 2:49 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 13 de dezembro de 2024
às 2:49 PM

A vida nasce
Em casa esquina cruzada
Deus ilumina a jornada
Busca-se esperança entre véu
Que inala a palma de cada ser
Entre decidir a trilha junta-se a partida.

É assim que se deu abertura
Cantaram as letras nas alturas
A arte nasceu suas tempestades
Dia de tristeza a lágrimas cinzentas
A Lua aplaudiu aquela alma pura
Dia de água entre o pumar de vidas.

Pumar de vida.

Soldado Wandalika

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Minguar de víveres: A luta de uma mulher

Osvaldo Manuel Alberto:

‘Minguar de víveres: A luta de uma mulher’

Osvaldo Manuel Alberto
Osvaldo Manuel Alberto
Imagem gerada por IA do Bing - 18 de novembro de 2024 
às 3:05 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 18 de novembro de 2024
às 3:05 PM

De tanta fome confundimos o prato com o parto. Até o mais velho que sempre diz: parto os cornos, fica sem forças para demonstrar a sua arte.

Não se trata apenas da alteração de algumas letras, é o mais profundo que um ser humano pode sentir.

Tenho tanta fome que a esta hora preferiria dar tantos partos simultâneos, a faltar ou ver flutuar um prato.

Nem que fosse um prato de arroz com cheiro de nada.
Está difícil ter um prato à mesa.

Dê-me um pão, por favor!
Ainda que não queiras colocar no prato, ponha-o no chão.

Na ausência de pão, permitam-me partilhar o osso com o vosso cão.

Já vi partir para eternidade filhos meus, pela ausência de comida.
Já não me interessa o valor nutricional, pouco me importo se me alimento, desde que consiga comer.

Não tenho culpa de ser tão fértil.
Aos meus filhos apelidam de cassua, quando na verdade é má nutrição.

Em nossa cubata não há conta que bata certo.
Os meus filhos não usam bata, nem comem batata. Não é por desgosto, mas pela ausência.

Não posso rir, prefiro parir a ver meu filho partir. A dor de perder alguém por fome é maior do que parir 10 vezes no mesmo dia.

Aos prantos eu te peço:
Permita-me lavar todos os pratos de sua casa, até aqueles que servem de esconderijos dos ratos.

Os ratos, há muito que fugiram do meu casebre, pois não há pão para repartir.
É desta forma que vejo os meus sonhos partirem para lugar incerto, tal como os ratos que nos abandonam mesmo sem insecticida.

O brilho das panelas incomodam, parece bate chapa em bairros novos.

Ouvi falar em branqueamento e repatriamento de capitais, podem aldrabar-nos mais,
Mas não falte o pão, porque o nzala yeya.

Não sou mulher do Mingo, mas a cada dia que passa eu mínguo de víveres.

Osvaldo Manuel Alberto
18.11.2024

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Almas e verdades

Paulo Siuves: Poema ‘Almas e verdades’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
Imagem gerada por IA do Bing - 11 de novembro de 2024
às 10:07 AM
Imagem gerada por IA do Bing – 11 de novembro de 2024
às 10:07 AM

Tua arte me inspira, 

mas desejo mais que a contemplação. 

Quero a troca pela arte, 

pela arte da troca.

um ato de entrega, 

um sim sussurrado 

soprado na pele 

que desperta à carícia.

Não busco mármore imutável, 

mas um corpo que responde, 

que dança ao toque, 

vibra ao desejo, 

sem pressa e sem medo, 

num compasso permitido aos dois.

Sua *arte não é apenas bela, 

é convite à descoberta, 

à escultura, ao conjunto, 

onde mãos, olhares e almas 

se esculpem em diálogo.

Que seja sim sensual,

mas sempre consensual, 

feito de risos partilhados, 

silêncios entendidos,

vinhos derramados

e o respeito que nos faz inteiros.

Quero a obra da troca, 

onde a criação e o sentir 

se unem em harmonia, 

num acordo sublime, 

de corpos, 

de almas,

de poemas e verdades.

Paulo Siuves

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Gerir e liderar, com arte e ciência

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘Gerir e liderar, com arte e ciência’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Gerir e liderar, com arte e ciência
 Imagem gerada por IA do Bing - 4 de novembro de 2024
 às 11:32 PM
Gerir e liderar, com arte e ciência
 Imagem gerada por IA do Bing – 4 de novembro de 2024
às 11:32 PM

A superior e inultrapassável diferença entre gerir e liderar pessoas, e administrar outros recursos, como máquinas, capitais, objetos, coisas, mercados e situações técnico-científicas, localiza-se, imediatamente, na comunicação e relacionamento interpessoais: pura e simplesmente, a relação pessoa-objeto situa-se a um nível inferior e instrumental ao da relação pessoa-pessoa, ou pelo menos, assim deveria ser. 

Acredita-se que será impossível gerir e liderar pessoas sem a comunicação com elas, e entre elas, suportada num genuíno processo de relações humanas, seja no campo estritamente profissional, seja num quadro mais abrangente, nos contextos da família, da escola, da Igreja, da comunidade, inclusivamente no âmbito da ocupação dos tempos livres e de lazer.

Comunicação e relacionamento humanos, são faculdades que toda a pessoa deverá cultivar, como se de uma competente atividade profissional se tratasse, porque o indivíduo humano é portador de capacidades inatas, mas também tem de aprender, no seio do grupo, e da comunidade de que faz parte, todo um vasto conjunto de procedimentos, que o tornam único num mundo onde muitos outros seres se movimentam. 

O paradigma técnico-científico instalado, dificulta muito, pelo menos em certos círculos, uma maior valorização e compreensão da importância de valores não comprovados cientificamente, sendo certo que é tempo de as várias disciplinas trabalharem em conjunto, para um mundo melhor.

O gestor e/ou líder de um grupo, quaisquer que sejam as características, atividades e objetivos do grupo deve, portanto, estar preparado para compreender a complexidade humana, enquadrá-la num determinado contexto específico, conduzir a equipa por forma a serem alcançados os resultados institucionais, coletivos e/ou do grupo bem como a satisfação de cada elemento, individualmente considerado, não como objeto, máquina ou qualquer outro instrumento, mas como pessoa humana, dotada de valores, detentora de direitos e responsável pelo cumprimento de deveres. 

Estabelecer o equilíbrio, por vezes precário, entre os diferentes e até contrários pontos de vista e conciliar os interesses, legítimos e legais, das partes envolvidas num dado projeto, constitui uma tarefa que exige bom senso, prudência, arte e criatividade. 

É desejável que o gestor, e/ou líder, seja um autêntico camaleão, no sentido positivo do termo, isto é, capacitado para se adaptar, eficazmente, às diversas situações que lhe vão surgindo. 

Como em muitos outros domínios da atividade humana, é essencial uma boa preparação em relações humanas, assente numa comunicação, tanto quanto possível, assertiva, e o exercício permanente de boas-práticas de convivência com os seus semelhantes, enquanto pessoas com dignidade idêntica. 

Nenhum gestor, líder ou colega, tem o direito de humilhar, desrespeitar, desvalorizar e/ou desconsiderar a pessoa com quem tem de se relacionar, enquanto integrados no mesmo grupo de trabalho, bem como em quaisquer outras circunstâncias.

Gerir, e/ou liderar, recursos humanos envolve grande empenhamento, por parte do responsável a quem cabe esta função, no sentido de se esforçar permanentemente para, até por antecipação, detetar e resolver situações próprias da condição humana que, de alguma forma, afetam o trabalho e o relacionamento das pessoas sob as ordens do líder. 

Cada pessoa é, por si só, um mundo interior de múltiplas dimensões, que ela própria, algumas vezes, terá dificuldade em compatibilizar e, quando não o consegue, cria situações que se exteriorizam, em comportamentos, mais ou menos favoráveis, ou não se manifestando de forma evidente, tornam o relacionamento interpessoal mais difícil. 

Cabe ao líder proporcionar as condições para que as pessoas que lidera se sintam à-vontade, comuniquem quaisquer dificuldades que surjam e possam prejudicar, no todo ou em parte, o desempenho profissional.

Acontece que, enquanto o gestor aborda as situações de uma forma analítica e sistemática, o líder desenvolve a sua apreciação numa perspectiva de síntese, produz orientações para as mudanças que são necessárias implementar. 

Infere-se do exposto, que é fundamental uma boa capacidade de comunicação, entre todos os membros do grupo, conjugada com um bom relacionamento humano, porque comunicar entre pessoas, que se relacionam sem dificuldades, nem preconceitos, constitui uma boa plataforma para os possíveis e desejáveis bons entendimentos e, correlativamente, para a busca e aplicação de soluções para os problemas e situações surgidos. 

Como estratégia possível, o exemplo de comunicação fluida deve partir de quem detém a liderança, para que todas as demais pessoas, pertencentes a um determinado grupo, fiquem desinibidas, comecem a confiar e exponham, abertamente, os seus problemas, sem reservas nem receios de serem criticadas negativamente.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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Educação Socioemocional

Educação Socioemocional: conectando professores
através da Arte

ENEDU - Encontro Nacional de Educadores
ENEDU – Encontro Nacional de Educadores

Como formar pessoas emocionalmente mais fortes e resilientes?

Há necessidade de desenvolvermos habilidades emocionais para a vida, como a resolução de problemas, adaptação e resiliência para enfrentarmos os desafios cotidianos, as  situações estressantes com serenidade e respostas emocionais e equilibradas.

A Arte é um caminho? Um recurso? Uma estratégia?

Tais questões serão lançadas à reflexão e debatidas no Encontro Nacional de Educadores, o ENEDU 2024 edição RJ, que será realizado no dia 28 de setembro, das 8:00 às 18:00, no Espaço Cultural Paulo Freire.

O evento é uma realização da ‘Projetos Pedagógicos Dinâmicos’ em parceria com a ‘Arte faz parte’ e tem apoio do programa EICOS da UFRJ.

Um evento interativo

Um dia dedicado a:

✔ Contação de história;

✔ Palestras;

✔ Rodas de conversas;

✔ Teatro;

✔ Show;

✔Troca de experiências;

✔ Networking.

O encontro será transmitido em tempo real para outras cidades e promete bastante interação entre os inscritos, tanto àqueles que participarão fisicamente, quanto na modalidade digital.

Dentre os palestrantes estão Paty Fonte, Victor Meirelles, Tati Brandão, Vanessa Bruna, Roselaine Rodrigues e o encerramento será com show da dupla Glorinha e Renato.

Participações especiais de outros escritores, pensadores e palestrantes são divulgadas na rede social do evento – @enedu2024

A programação completa, mais informações e inscrições através do site: www.enedu.com.br

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Máscaras cortadas…

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Máscaras cortadas…’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
Máscaras cortadas…
Imagem criada pela IA do Bing

A imagem de um estereótipo de ilusão…

Faz corações dilacerados…

Serem entrecortados por uma solidez de cogito…

De inveja devastadora, em busca de normalidade…

Mas o que seria a normalidade?…

Se não, buscar rizomas moleculares…

De uma doçura de loucura…

Em torno de buscar na arte…

Elementos,  filosóficos para se lutar…

Contra uma esquizofrenia política…

Que limita o entendimento…

De uma massificação mental…

Entusiasta e engajada…

Valorizando a coletivização…

De uma escritura…

A aniquilar monstros subjetivistas…

E egoístas…

Pensando exclusivamente…

Na sua satisfação pessoal…

Com urdiduras…

Acuradas em almejarem desejos…

Perdidos por entre turbulências…

De uma indecência filosófica ética…

Que caminha no senso comum da descomunhão…

Em se, arquitetar uma inteligência…

Refazendo uma maiêutica…

Que não produza máscaras…

Involucras de pecado…

Dialogando com um esquálido…

Senso de massificação…

Aniquilando a razão…

Clayton Alexandre Zocarato

Cortar mascaras…

La imagen de un estereotipo de ilusión…

Hace que los corazones se rompan…

Ser interrumpido por una solidez del cogito…

De envidia devastadora, en busca de la normalidad…

Pero ¿qué sería la normalidad?…

Si no, busque rizomas moleculares…

De una dulce locura…

Por ahí buscando arte…

Elementos filosóficos para luchar…

Contra la esquizofrenia política…

Eso limita la comprensión…

De una masificación mental…

Entusiasmado y comprometido…

Valorando la colectivización…

De una escritura…

Aniquilando monstruos subjetivistas…

Y egoísta…

Pensando exclusivamente…

Para su satisfacción personal…

Con deformaciones…

Preciso en desear deseos…

Perdido en medio de la turbulencia…

De una indecencia ética filosófica…

Que camina en el sentido común de la descomunión…

De hecho, diseñar una inteligencia…

Rehaciendo una mayéutica…

No produzcas máscaras…

Envuelto en pecado…

Hablando con un miserable…

Sensación de masificación…

Razón aniquiladora…

Clayton Alexandre Zocarato

Contatos com o autor