A Lenda do Sertão

Pietro Costa: Poema ‘A Lenda do Sertão’

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem gerada por IA do Bing - 12 de novembro de 2024
 às 7:44 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 12 de novembro de 2024
às 7:44 PM

Nos campos áridos, a sanfona dança
Na zabumba, emoção aos borbotões
A lenda que ecoa vívida nos sertões
Rei do Baião, tradições em pujança

Pelo carisma e espírito de festança
Gonzagão recebeu dignas menções
Dos canaviais, perpassando gerações
Forró, Xote, Baião, a nobre herança

Quintessência popular: rima e melodia
A música que exalta a raiz nordestina
A engrandecer o Brasil mundialmente
Das riquezas culturais, briosa semente

Chapéu de couro, suscita reverência
Devoção justa pela sua proeminência
Um potente farol da nossa identidade
Em cada acorde, força da brasilidade

Compôs lindos hinos à cultura popular
E na batida do triângulo, fez-se singular
Ó, estrela inolvidável da nordestinidade
Artista do povo, inelutável autenticidade

Pietro Costa

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O forró

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘O forró’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz

A noite chega e espreita sorridente
o céu do Nordeste,
celebrando a tradição
e a cultura do seu povo.

Sob o brilho das estrelas
e a luz prateada do luar calado,
numa mistura de arrasta-pé,
xote, xaxado e baião,
o forró embala os festejos juninos
e a alegria impera.

Nas noites frias de inverno,
ao som da música fremente,
sons descortinam-se
nos acordes da sanfona,
do zabumba e do triângulo;
e forrozeiros cantam em versos,
doces canções,
rasgando a madrugada.

No chão pelo clarear da Lua
o deslize dos pés
e sob o eco sublime da melodia,
dançarinos se divertem
ao ritmo pé-de-serra.
E no aconchego do abraço,
sussurram palavras, cantam o amor,
acendem o fogo da paixão.

Embevecidos pela cultura viva,
do eterno rei do baião, do saudoso Luiz Gonzaga,
o forró segreda e reverbera,
canta sua história,
retrata o amor, a saudade,
enfim, a vida do povo nordestino.
Viva o Nordeste! Viva o Forró! Viva o Mestre!

Ceiça Rocha Cruz

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Alfarrábio nordestino

Natália Tamara: ‘Alfarrábio nordestino’

Natália Tamara
Natália Tamara
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A memória é arrimo da alma 

Livro aberto para o sonhador 

Que busca regalos e agalma

Nas belezas nordestinas do trovador.

Viajar nas páginas do nordeste

É encontrar tesouro escondido 

Arrasta pé, forró da peste

Berço brasileiro resplendido. 

Na literatura desse povo 

Ariano Suassuna pula fogueira

Castro Alves defende o escravo novo

Gregório de Matos satiriza a cegueira. 

Abre-se o livro da irmandade poética 

E o filho de Januário da enxada lança mão 

Fazendo combinação de sanfona sincrética 

Com o sapateado alemão. 

Forrozeiro da gota esse tal de Gonzagão

Figura emblemática da música popular brasileira

Dezembro, numa sexta-feira treze brotou o Rei do Baião

Imortalizando sua obra musical no coração dessa gente forrozeira. 

Natália Tamara

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