Eu a amei, recuso-me a dizer: Nevermore! Escrevo E-cartas com súplicas e clamor, Nessa solidão, minhas fúrias com primor, Revejo fotos, tudo em mim é rememore.
És a ave que grita do busto: “Não demore?” Nunca mais vou viver com medo, sem cor, Que me negues o beijo que causa tremor, Um jovem que toca o seio e se enamore.
Converso com a ave, ela espera que eu melhore, E faça uma nova poesia, que só piore, Teço linhas recheadas do mais puro fervor.
Dediquei palavras, com o mais puro amor, Dos negros cumes, profundos céus, meu temor, Nevermore, meu luto eterno, que apavore.
Entre sombras e suspiros de saudade, Ecoa a voz taciturna do amor, Como um sussurro que invade O coração sedento por calor.
Um beijo que deseja ser abraço, Sob o poente solene e sereno, Um doce tão intenso quanto um laço, Que une almas num eterno ser pleno.
Corpos unidos, em colinas se encontram, Em um dia que jamais se apaga, Juntos, pelas altas ravinas caminham, Em uma paixão que nada apaga.
Que o desejo perdure com a noite, E que o escuro seja testemunha, Do odor que o coração açoite, Em toda magia que nos acompanha.
Que se faça noite e a escuridão transpareça, Que o esplendor do amor, em mistério, apareça, Na voz taciturna que no silêncio se desvela, Em cada momento, a paixão revela.
AFLAS divulga classificados do I Concurso de Poesias
O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe
AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.
As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.
Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural ROL, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.
Paulo Siuves: Crônica ‘A música invisível do coração’
Em cada beijo, uma dança que transcende as palavras, uma coreografia única que se desenha nos lábios entrelaçados. É a linguagem silenciosa dos sentimentos, onde as mãos se movem suavemente, guiadas pela música invisível do coração. Cada toque é uma nota, cada suspiro uma melodia.
Nessa dança íntima, os olhares se encontram como parceiros de dança, comunicando emoções profundas e compartilhando segredos que só os apaixonados entendem. Cada movimento é uma expressão de carinho, ternura e paixão, uma narrativa que se desdobra com a delicadeza de quem dança ao som de uma melodia que só eles podem ouvir.
É uma dança que vai além do físico, alcançando as profundezas da alma, criando laços indissolúveis entre os amantes. Em cada beijo, desvenda-se um capítulo da história de dois corações que escolheram dançar juntos pela vida, em cada beijo, cria-se uma memória única, uma pintura efêmera que colore os nossos momentos compartilhados.