A esperança nasce imprevisível
Marcelo Pires: Poema ‘A esperança nasce imprevisível’


às 23:58 PM
A mãe com chapéu de flores amarelas
Chora deveras, enquanto está chovendo
Prefere viver entre realidades paralelas
O choro cai, e a chuva vai escondendo
Da varanda observa triste, o caos vivido
O menino traído pela insensatez da vida
Teve o seu pedido de cura não atendido
O universo é cruel, diante da despedida
Melhor chorar na chuva, ao evidenciar
A dor da perda, para um inocente filho
O coração murcha junto ao presenciar
As flores na chuva e a mãe sem brilho
O caos dos pensamentos desanimados
Seguem os caminhos insanos das gotas
Sem previsibilidade, caindo execrados
Ferem as mentes de esperanças ignotas
A vida é cheia de surpresas de verdade
Uma borboleta senta no chapéu florido
Voa na tempestade contra a dificuldade
Traz a fé na cura, em seu voo esplêndido
Marcelo Pires