À luz suave da lareira a brilhar, Corações dançam, como as chamas a pulsar. Na penumbra quente, um amor a entoar, Com um suspiro doce, vem nos embalar.
A taça de vinho, rubra como o Sol, Se ergue em brindes, em momentos de farol. Teus olhos, estrelas que guiam meu ser, Na imensidão da noite, só quero viver.
As sombras se alongam, o tempo é sutil, Cada risada, um eco, um toque febril. Os aromas da madeira, e do vinho a fluir, Entrelaçam nossas almas, permitindo sonhar.
Corações entrelaçados, aquecidos pelo calor, Entre sussurros e risos, vamos tecer o amor. E assim, junto à lareira, nessa dança de paixão, Encontramos no aconchego a nossa canção.
AFLAS divulga classificados do I Concurso de Poesias
O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe
AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.
As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.
Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural ROL, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.
2º Lugar
Rosana Batista dos Santos
Do lado de dentro
A saudade queima em mim, insistente
um círio ardendo por intocáveis astros,
retorcendo as garras do Tempo que, impotente,
dá meia volta, fugindo sem deixar rastros.
As chamas se alastram e o coração devoram,
o consomem transformando em cinzas
até mesmo as lágrimas que ainda choram
E assim desfalece o coração, sufocado em sua desdita.
Quando o corpo, devastado, recobra os sentidos
os olhos turvos não encontram o que lhes era querido,
Em meio à intempérie, as palavras não ditas
vêm pairando como fuligem, perdidas.
Mas o Infortúnio que tudo corrói, sem escapatória,
não consegue avançar onde te guardei, em uma parte,