Asas partidas

Pietro Costa: Poema ‘Asas partidas’

Pietro Costa
Pietro Costa
Um dragão no Hades, sendo perseguido pelas Erínias
Imagem criada pela IA do Bing

Aos confins do mundo
Em luta
Incessante
Um dragão soturno
Na busca
Insone
Atormentado pelas cinzas
Pelo sangue

As chamas hauridas
Pelo forte desgosto
Na marcada poesia
A ferro e a fogo
Enfileirando vítimas

De tantas idas a Hades
Temidas falésias da alma
Odiar é tudo o que sabe
O frenesi das batalhas

Refém das paixões aladas
Relegado ao desterro
Perseguido pelas Erínias
Infaustas
O Sol não chega à vista:
Põe-se em pesadelos

Pietro Costa

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AFLAS divulga classificados do I Concurso de Poesias

O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe

Logo da AFLAS
Logo da AFLAS

AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.

As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.

Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural ROL, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.

2º Lugar

Rosana Batista dos Santos

Rosana Batista dos Santos
Rosana Batista dos Santos

Do lado de dentro

A saudade queima em mim, insistente

um círio ardendo por intocáveis astros,

retorcendo as garras do Tempo que, impotente,

dá meia volta, fugindo sem deixar rastros.

As chamas se alastram e o coração devoram,

o consomem transformando em cinzas

até mesmo as lágrimas que ainda choram

E assim desfalece o coração, sufocado em sua desdita.

Quando o corpo, devastado, recobra os sentidos

os olhos turvos não encontram o que lhes era querido,

Em meio à intempérie, as palavras não ditas

vêm pairando como fuligem, perdidas.

Mas o Infortúnio que tudo corrói, sem escapatória,

não consegue avançar onde te guardei, em uma parte,

protegido pelo afeto que em minh’alma plantaste

e assim te carrego comigo, do lado de dentro,

no espaço da memória

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Queimadas

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Queimadas’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"A tarde emudecida, a natureza em agonia pedem socorro!"
“A tarde emudecida, a natureza em agonia pedem socorro!”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

Na cálida luz de trêmulas labaredas,

florestas são destruídas

pelo fogo abrasador

e nuvens de fumaça e fuligem

cobrem o céu de cinzas.

.

A natureza degrada e urge

sob a lava que devasta.

Seu corpo incendeia,

sua alma chora.

Pelas douradas janelas

do clarão das chamas,

a fauna e a flora,

gemem.

Animais espreitam apavorados,

correm com medo da morte,

enquanto alguns não resistem

a tanto furor.

A tarde emudecida,

a natureza em agonia

e o pulmão do mundo

em prantos: regougos!

Pedem socorro!

Florestas de copas altas

e frondosas

o fogo as queimou.

Resquícios,

carvão e cinzas,

transfiguraram-se

num devassado ermo.

Nada restou,

somente tristeza,

olhares em pranto

do verde panorama,

que ficou para trás.

Ceiça Rocha Cruz

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