‘As Olívias’ faz nova temporada da comédia MULHER, IMAGINA!
Com dramaturgia e direção de Michelle Ferreira, espetáculo metalinguístico retrata grupo de comediantes mulheres que estão criando uma série sobre o universo feminino
Em comemoração a seus 18 anos de trajetória, o grupo de humor As Olívias repete mais uma vez a parceria com a autora e diretora Michelle Ferreira na comédia Mulher, Imagina!, que estreou em julho deste ano. Agora, a peça faz nova temporada no Espaço Parlapatões, de 7 a 22 de outubro.
Sobre esse encontro, a atriz e cofundadora do grupo Renata Augusto, comenta: “A Michelle esteve conosco desde sempre. Durante o processo de criação de nosso primeiro trabalho, As Olívias Palitam, convidamos ela e outros amigos da EAD-USP para assistir aos ensaios e opinar.
Ela também escreveu nosso segundo espetáculo, Riso Nervoso, em 2013, que foi dirigido por Hugo Possolo. Somos apaixonadas por ela e por seu trabalho. E ela nos conhece super bem e se conecta com o que queremos dizer”.
O espetáculo, que traz no elenco Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e Victor Bittow, é uma paródia da própria trajetória d’As Olívias. Na trama, um grupo de mulheres roteiristas, que já trabalham juntas há muitos anos, tem a missão de, em muito pouco tempo, criar uma série para uma famosa plataforma de streaming sobre o universo feminino. Elas carregam consigo os sucessos, fracassos, alegrias e desgastes de uma longa história.
Para não perder essa grande chance, as Olívias se encontram em uma sala de roteiro e enfrentam um processo caótico, estressante e engraçado de ter uma ideia original para a série, o que traz à tona os conflitos e desejos do próprio grupo. Enquanto isso, elas ainda têm que encaixar nessa história o único homem do coletivo, que vira um objeto de experimentação, se revezando em diversos personagens na imaginação delas.
“Mulher, Imagina! é uma brincadeira de metalinguagem. O que vemos no palco é um espaço de criação. A plateia é convidada a participar do processo desde o ‘brainstorm’ e testemunha as ideias desses artistas se materializarem em cena. Surgem os dilemas: como abordar o dito ‘universo feminino’? Onde está a graça? Qual o limite do humor, ou melhor, como diz a Laerte: qual o seu horizonte?”, revela Marianna Armellini.
A atriz ainda conta que a encenação dialoga com outros elementos visuais o tempo todo. “Esses elementos não só ajudam a plateia a visualizar o que está sendo criado pelas roteiristas, mas também traz referências a séries de TV e à história do próprio grupo (que já teve seu próprio programa de TV). Nos perguntamos: será que tudo já foi feito? É possível ter uma ideia original quando tratamos do “universo feminino”?”, indaga.
Entre as referências pesquisadas pelo grupo durante o processo criativo, estão séries clássicas estrangeiras e brasileiras, como Seinfeld, Friends, The Rehearsal, A Grande Família e Armação Ilimitada, além de outras produções que fizeram sucesso recentemente nos streamings.
A ideia de criar um trabalho que revisitasse a trajetória das Olívias é uma forma de refletir sobre como o fazer humorístico evoluiu dentro do próprio grupo ao longo do tempo. “No começo, nós produzimos inúmeros conteúdos para teatro, internet ou TV, com piadas que hoje consideramos machistas, gordofóbicas etc.
Não achamos que exista tema proibido para se fazer piada, mas a questão é: qual piada queremos fazer? Vamos contribuir para a perpetuação de preconceitos e violências, ou vamos fazer piada sobre quem ainda oprime todo mundo em pleno 2023?”, diz Sheila Friedhofer.
“Essas questões aparecem no espetáculo, inclusive com o reconhecimento de que nós também já fomos machistas. O que mudou é que hoje temos consciência de como as mulheres são tratadas em todos os campos profissionais, e no humor não seria diferente.
No começo de tudo, por exemplo, aceitávamos sem questionar a fatídica pergunta ‘como é que é fazer humor feminino?’, como se o padrão do humor fosse masculino e nós fôssemos um subgênero do humor”, acrescenta.
SOBRE AS OLÍVIAS
Formado nos corredores da Escola de Arte Dramática (EAD / USP) pelas atrizes Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e pelo ator e diretor Victor Bittow – As Olívias são um grupo de comédia que resolveu transformar em humor seu jeito inusitado de ver o mundo.
A estreia aconteceu em 2005, com o espetáculo As Olívias Palitam, que fez milhares de espectadores por todo o país ao longo de nove anos em cartaz. O humor do grupo também ganhou espaço na internet e, em 2011, As Olívias estrearam na televisão com um programa semanal no canal Multishow – Olívias na TV – com 4 temporadas exibidas até 2013.
Em 2013, As Olívias estreiam seu segundo espetáculo teatral, Riso Nervoso, com texto de Michelle Ferreira e direção de Hugo Possolo. Em 2015, em comemoração aos 10 anos do grupo, o texto foi remontado, com direção da autora. Desde 2022, dentro do projeto “Rindo com Elas”, o grupo vem ministrando oficinas de humor gratuitas para mulheres, além de um ciclo de debates sobre a presença feminina no humor brasileiro.
SINOPSE
Depois da saída de uma das integrantes, um grupo de humor composto por três mulheres precisa criar uma série para uma plataforma de streaming sobre o universo feminino. Em conflito com o tema, com a existência do grupo e com a própria comédia, elas têm pouco tempo para ter uma ideia genial. Dentro de uma sala de roteiro onde tudo é permitido, elas dividem com o público as alegrias e as angústias de um processo de criação.
FICHA TÉCNICA
Criação: As Olívias
Dramaturgia e direção: Michelle Ferreira
Elenco: Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e Victor Bittow
Produção: Gustavo Sanna
Assistente de direção: Maíra de Grandi
Cenário e adereços: Michelle Ferreira
Figurino: Theodoro Cochrane
Iluminação: Laiza Menegassi
Design de som: Eric Budney
Direção audiovisual: Laerte Késsimos
Assistente de produção: Raphael Carvalho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Projeto contemplado pela 15ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo.
SERVIÇO
Mulher, Imagina!
Espaço Parlapatões (Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação)
07 a 22 de outubro: sábados às 20h30 e domingos às 19h.
* Dia 21/10 haverá uma sessão extra às 17h.
Inteira R$ 40 / Meia R$ 20
Classificação: 14 anos
Duração: 70 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Inédita no Brasil, comédia ‘O nome do bebê’ no SESC Ipiranga
Com direção de Elias Andreato e com Bianca Bin no elenco, o espetáculo é uma adaptação para a realidade brasileira da bem-sucedida peça de Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière
Em tempos cada vez mais violentos e agressivos, a comédia O Nome do Bebê, da dupla francesa Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière, discute a dificuldade de escuta nas nossas relações mais íntimas. A comédia, que tem direção de Elias Andreato, estreia no dia 14 de julho no Sesc Ipiranga, onde segue em cartaz até 20 de agosto, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.
Montado em vários países e adaptado para o cinema em 2012, o premiado texto foi traduzido pela atriz Clara Carvalho, que buscou aproximá-lo ainda mais da realidade brasileira, valorizando ironias e sarcasmos. Já o elenco traz Bianca Bin, Cesar Baccan, Dudu Pelizzari, Lilian Regina e Marcelo Ullmann. Depois de protagonizar o espetáculo “Jardim de Inverno”, com direção de Marco Antônio Pâmio, Bianca Bin, que está na telenovela das 9, Terra e Paixão, solidifica sua carreira com papéis cada vez mais complexos, também no teatro.
Na peça, Vincente e Anna vão jantar na casa da irmã dele para comunicar a ela, ao cunhado e a um amigo de infância o nome escolhido para seu primeiro filho. O pai de primeira viagem faz uma brincadeira infeliz e diz que o bebê se chamará Adolfo; nome cuja sonoridade se assemelha ao maior ditador da História.
A partir dessa situação absurda, as personagens dão início a uma discussão crescente, que evoca uma série de memórias e ressentimentos profundamente escondidos, revelando seus preconceitos e contradições.
“Nosso olhar, percorre a crueldade e o fascínio que essas relações, tão conhecidas do nosso cotidiano, nos remetem às lembranças pueris e medonhas que guardamos para sempre. É impossível não nos identificarmos com os personagens, e com a situação criada pelos autores de forma tão realista e explosiva”, comenta o diretor Elias Andreato.
A peça revela que, para chegarmos às relações verdadeiras em nossas vidas, precisamos estar desarmados para aceitar e ouvir. A falta de escuta, tão comum nos dias de hoje, é o primeiro passo para a não-aceitação dos outros. E, sem aceitação, não há solução de conflitos. Os personagens descobrem que a única maneira de se entenderem, inclusive nas relações de amizade, é se abrirem para o diferente e deixarem de lado suas aparentes incompatibilidades.
“Quando o teatro provoca e nos inquieta, propondo um jogo teatral absolutamente verdadeiro, é porque ele está vivo, podendo ser violento e muito divertido. O homem é o único animal que ri diante do inferno que são os outros. Humor não se explica, mas a crueldade sempre nos incomoda. A nossa comédia certamente deixará o espectador feliz, mas ele terá que rir de si mesmo”, acrescenta o diretor sobre a encenação.
Com humor inteligente, a montagem mostra como a polarização do pensamento e a falta de escuta e de acolhimento podem fazer ruir mesmo as relações mais íntimas.
Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, dirigida por Johana Albuquerque
Protocolo Volpone, um clássico em tempos pandêmicos faz oito apresentações de forma online e gratuita,com legendas em português, inglês e espanhol,no canal do Youtube/Protocolo Volpone
Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, dirigida por Johana Albuquerque, Protocolo Volpone – Um Clássico em Tempos Pandêmicos foi o 1º espetáculo presencial a estrear na pandemia, na abertura da fase verde, antes da chegada da vacina, em São Paulo. Convertendo todos os protocolos de segurança em procedimentos e linguagem cênica, o espetáculo recebeu um público restrito de 20 pessoas por sessão, abrigadas em cabines plásticas higienizadas e individuais, que garantiram isolamento e proteção à plateia.
Agora, com a segunda onda da pandemia em 2021, o grupo ganhou o Prêmio de Histórico de Grupo do PROAC LAB, para compartilhar apresentações online da filmagem e edição em 04 câmeras do espetáculo, que ocorreu a céu aberto no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo, em novembro de 2020,
Como o formato presencial com protocolos só permitia a entrada de 20 pessoas por sessão, muitos espectadores não conseguiram ver a peça. Por este motivo, a Bendita Trupe prepara esta pequena temporada online com 08 apresentações, de 14 de maio a 05 de junho, sempre as sextas e sábados, as 20h, na qual apresenta a filmagem da peça, com opção de legendas em três línguas (português, inglês e espanhol), no intuito de que espectadores de outros países possam também acompanhar o projeto.
Visando ainda fomentar a discussão sobre as relações entre artes cênicas, cultura e pandemia, como também, estar de forma ao vivo com os espectadores, acontecerão 04 debates através do Zoom, sendo transmitidos ao vivo pelo Youtube/Protocolo Volpone e pelo Facebook da Bendita Trupe. Os debates acontecerão seguidos de roda de perguntas do público via chat, que acompanhará ao vivo a transmissão. Os debates serão realizados as segundas às 18h30, com duas horas de duração, de 17 de maio a 07 de junho, com os seguintes temas e participantes:
Debate 01 – 17/05 – O artista na linha de frente da Pandemia, com a Bendita Trupe – Mediação Ruy Cortez (diretor da Cia. da Memória)
Debate 02 – 24/05 -A gestão cultural na Pandemia, com Pedro Granato (SMCSP / Teatro Pequeno Ato) e Rosana Paulo da Cunha, Gerente de Ação Cultural do Sesc SP – Mediação Johana Albuquerque (idealizadora do projeto)
Debate 03 – 31/05 – Ben Jonson: a comédia da ganância ontem e hoje, com Marcos Daud (tradutor e adaptador Protocolo Volpone) e Ricardo Cardoso (Shakespeare Institute, USP / FAPESP) – Mediação Joca Andreazza (ator do espetáculo)
Debate 04 – 07/06 – Teatro na pandemia: o olhar crítico. Com Valmir Santos (Teatro Jornal) e Kil Abreu (Cena Aberta + curador de teatro CCSP) – Mediação Cacá Toledo (assistente de direção do espetáculo).
Todos os debates ficarão disponíveis no canal do youtube de Protocolo Volpone para quem não puder acompanhar a transmissão ao vivo.
A Bendita Trupe deseja inspirar espectadores e artistas de muitos territórios a ousarem estabelecer novos experimentos cênicos protocolares, assim que houver uma melhora no quadro atual que permita a tão esperada abertura.
A equipe
Essa montagem é a mais famosacomédiade Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig, e tem adaptação de Marcos Daud. A idealização do projeto e direção é de Johana Albuquerque e o elenco é composto pelos atores Daniel Alvim, Helena Ranaldi, Joca Andreazza, Luciano Gatti, Marcelo Villas Boas, Mauricio de Barros, Pedro Birenbaum, Vanderlei Bernardino, Sergio Pardal e Vera Bonilha. Na visualidade do espetáculo figuram o cenógrafo Julio Dojcsar, a iluminadora Aline Santini, a figurinista Silvana Marcondes, o diretor musical Pedro Birenbaum e o visagista Leopoldo Pacheco. O projeto conta também com a assistência de direção de Cacá Toledo e produção de Anayan Moretto.
Sobre o espetáculo
Trata-se de uma adaptação de Volpone, a comédia da ganância, de Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, um dos textos mais encenados no Reino Unido. O texto ganha uma versão enxugada pelo austríaco Stefan Zweig, nos anos 1920, a partir da qual Marcos Daud fez a versão atualizada para o contemporâneo. Volpone é um homem sem filhos, especialista na arrecadação de riquezas e, para mais acumular, finge estar agonizante e diverte-se com o desfile de bajuladores que, na expectativa de serem contemplados em seu testamento, o enchem de favores e se prestam a todas as humilhações. É uma comédia clássica, com uma embocadura de linguagem aparentemente de época, mas também divertida, cáustica e popular.
O texto foi encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1950, e Décio de Almeida Prado, crítico que ajudou a formar o público do TBC, assim descreve o texto: ‘Voltore’, ‘Corvino’, ‘Corbaccio’ – Ben Jonson não teria reunido assim esse bando de aves de rapina, em torno de Volpone, a astuta raposa velha, se não pretendesse escrever a mais estranha e inesperada das comédias: “a comédia da morte”.
A letra da música “Oh, Veneza, Terra dos Sonhos”, escrita especialmente por Bertolt Brecht para uma montagem deste texto pela diretora Elizabeth Hauptmann, em 1952, serviu de inspiração para a abertura deste espetáculo.
História da montagem
Com protocolos criados para que todos estejam protegidos, a elaboração da obra partiu do desejo do resgate do encontro primordial do teatro, a experiência presencial e efêmera entre o público e a cena (mesmo que de forma restrita). Chegaram, então, ao dispositivo cênico ao ar livre que abriga 20 espectadores em cabines individuais, assim como a atuação e movimentação dos atores no espaço com distanciamento físico entre eles, além do compartilhamento de objetos cênicos através de medidas de proteção, procedimentos que se transformaram em linguagem e criação cênica. A peça estreou no dia 16 de outubro de 2020 e ficou em cartaz neste formato até 08 de novembro, no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo.
Uma particularidade deste projeto é o fato de que a equipe criadora e de produção participaram do espetáculo no papel de “anjos de proteção”. Responsáveis por estabelecer os protocolos dentro da própria cena, direção, figurinista, iluminadora, cenógrafo, diretor musical e produção circulam por dentro do espaço cênico para garantir a troca segura de objetos entre os atores, o traslado de grandes mobiliários, o cuidado com o som e a luz, além de serem os guias da plateia na circulação pelo estacionamento.
Sobre a Bendita Trupe
A Bendita Trupe é um premiado conjunto paulistano, que tem como linha de pesquisa a criação de espetáculos para o público adulto e infantojuvenil, com linguagem crítica e poética voltada ao Brasil contemporâneo. Tem como princípio fundamental estimular a inteligência e o humor de todas as idades, perseguindo o ideal de um teatro “sério” e paradoxalmente, divertido. Em 2019, realiza a leitura encenada de Volpone, de Ben Jonson, em homenagem ao Teatro Brasileiro de Comédia, na Biblioteca Mario de Andrade, no 465º aniversário da cidade de São Paulo, que resultou na 1ª temporada presencial de Protocolo Volpone, um Clássico em Tempos Pandêmicos, em 2020. Em 2017, produz Hospedeira & Paquiderme: Díptico de Estranhas e Esquizos Dramaturgias, dois monólogos que conversam sobre os colapsos mentais, que estreou no SESC Consolação. Em 2015, encena dois espetáculos de jovens dramaturgos do SESI – British Council, Solilóquios e Em Abrigo, que esteve em cartaz no Mezanino do SESI Paulista.
Sobre Johana Albuquerque
É diretora, atriz, produtora e pesquisadora teatral. É pós doutora pela ECA/USP e dirige a Bendita Trupe. Tem 20 espetáculos encenados na cidade de São Paulo. Johana também é professora universitária. Além das montagens com a Bendita Trupe, em 2018 dirige a pesquisa cênica Quadro em Branco, numa parceria com o PPGEAC da UNIRIO, com as professoras atrizes Rosyane Trotta e Jacyan Castilho, uma revisitação ao Auto dos 99%, do Centro Popular da Cultura, CPC, tomando a história da universidade pública brasileira como metáfora da exclusão social no país. Em 2015, Johana dirige o Coletivo Quizumba, um coletivo negro com a pesquisa Santas de Casa Também Fazem Milagres, pela Lei de Fomento ao Teatro, que resultou no espetáculo Oju Orum, na Sala Adoniran Barbosa, no CCSP.
FICHA TÉCNICA
Texto: Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig
Adaptação: Marcos Daud
Idealização e direção: Johana Albuquerque
Assistência de direção: Cacá Toledo
Atores:
Daniel Alvim (Volpone),
Helena Ranaldi (Canina),
Joca Andreazza (Corvino),
Luciano Gatti (Leone),
Marcelo Villas Boas (Juiz),
Maurício de Barros (Mosca),
Pedro Birenbaum (Inspetor e Músico em cena),
Vanderlei Bernardino (Voltore),
Sérgio Pardal (Corbaccio),
Vera Bonilha (Colomba).
Cenografia e Adereços: Julio Dojcsar
Desenho de Luz: Aline Santini
Figurino: Silvana Marcondes
Direção Musical, Músicas Originais, Produção de som e Teclados: Pedro Birenbaum
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Colaboração nos desenhos de cena: Kenia Dias
Preparação corporal de Kempô: Ciro Godoy
Maquiadora: Jess Inamura
Sonorização: Kako Guirado
Operação de Som: Anderson Moura
Assistente de Luz e Operação: Pajeú Oliveira
Microfonista: Matheus Santos
Design gráfico: Murilo Thaveira
Mídias sociais: JustWebSites
Fotos Ensaio e Teasers: Marcelo Villas Boas
Fotos Divulgação: Maria Clara Diniz
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Filmagem em 04 câmeras e Edição do Espetáculo: Kim Leekyung e Marcelo Villas Boas
Protocolo Volpone, um clássico em tempos pandêmicos faz oito apresentações de forma online e gratuita, com legendas em português, inglês e espanhol, no canal do Youtube/Protocolo Volpone
Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, dirigida por Johana Albuquerque, Protocolo Volpone – Um Clássico em Tempos Pandêmicos foi o 1º espetáculo presencial a estrear na pandemia, na abertura da fase verde, antes da chegada da vacina, em São Paulo. Convertendo todos os protocolos de segurança em procedimentos e linguagem cênica, o espetáculo recebeu um público restrito de 20 pessoas por sessão, abrigadas em cabines plásticas higienizadas e individuais, que garantiram isolamento e proteção à plateia.
Agora, com a segunda onda da pandemia em 2021, o grupo ganhou o Prêmio de Histórico de Grupo do PROAC LAB, para compartilhar apresentações online da filmagem e edição em 04 câmeras do espetáculo, que ocorreu a céu aberto no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo, em novembro de 2020.
Como o formato presencial com protocolos só permitia a entrada de 20 pessoas por sessão, muitos espectadores não conseguiram ver a peça. Por este motivo, a Bendita Trupe prepara esta pequena temporada online com 08 apresentações, de 14 de maio a 05 de junho, sempre as sextas e sábados, as 20h, na qual apresenta a filmagem da peça, com opção de legendas em três línguas (português, inglês e espanhol), no intuito de que espectadores de outros países possam também acompanhar o projeto.
Visando ainda fomentar a discussão sobre as relações entre artes cênicas, cultura e pandemia, como também, estar de forma ao vivo com os espectadores, acontecerão 04 debates através do Zoom, sendo transmitidos ao vivo pelo Youtube/Protocolo Volpone e pelo Facebook da Bendita Trupe. Os debates acontecerão seguidos de roda de perguntas do público via chat, que acompanhará ao vivo a transmissão. Os debates serão realizados as segundas às 18h30, com duas horas de duração, de 17 de maio a 07 de junho, com os seguintes temas e participantes:
Debate 01 – 17/05 – O artista na linha de frente da Pandemia, com a Bendita Trupe – Mediação Ruy Cortez (diretor da Cia. da Memória)
Debate 02 – 24/05 -A gestão cultural na Pandemia, com Pedro Granato (SMCSP / Teatro Pequeno Ato) e Rosana Paulo da Cunha, Gerente de Ação Cultural do Sesc SP – Mediação Johana Albuquerque (idealizadora do projeto)
Debate 03 – 31/05 – Ben Jonson: a comédia da ganância ontem e hoje, com Marcos Daud (tradutor e adaptador Protocolo Volpone) e Ricardo Cardoso (Shakespeare Institute, USP / FAPESP) – Mediação Joca Andreazza (ator do espetáculo)
Debate 04 – 07/06 – Teatro na pandemia: o olhar crítico. Com Valmir Santos (Teatro Jornal) e Kil Abreu (Cena Aberta + curador de teatro CCSP) – Mediação Cacá Toledo (assistente de direção do espetáculo).
Todos os debates ficarão disponíveis no canal do youtube de Protocolo Volpone para quem não puder acompanhar a transmissão ao vivo.
A Bendita Trupe deseja inspirar espectadores e artistas de muitos territórios a ousarem estabelecer novos experimentos cênicos protocolares, assim que houver uma melhora no quadro atual que permita a tão esperada abertura.
A equipe
Essa montagem é a mais famosacomédiade Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig, e tem adaptação de Marcos Daud. A idealização do projeto e direção é de Johana Albuquerque e o elenco é composto pelos atores Daniel Alvim, Helena Ranaldi, Joca Andreazza, Luciano Gatti, Marcelo Villas Boas, Mauricio de Barros, Pedro Birenbaum, Vanderlei Bernardino, Sergio Pardal e Vera Bonilha. Na visualidade do espetáculo figuram o cenógrafo Julio Dojcsar, a iluminadora Aline Santini, a figurinista Silvana Marcondes, o diretor musical Pedro Birenbaum e o visagista Leopoldo Pacheco. O projeto conta também com a assistência de direção de Cacá Toledo e produção de Anayan Moretto.
Sobre o espetáculo
Trata-se de uma adaptação de Volpone, a comédia da ganância, de Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, um dos textos mais encenados no Reino Unido. O texto ganha uma versão enxugada pelo austríaco Stefan Zweig, nos anos 1920, a partir da qual Marcos Daud fez a versão atualizada para o contemporâneo. Volpone é um homem sem filhos, especialista na arrecadação de riquezas e, para mais acumular, finge estar agonizante e diverte-se com o desfile de bajuladores que, na expectativa de serem contemplados em seu testamento, o enchem de favores e se prestam a todas as humilhações. É uma comédia clássica, com uma embocadura de linguagem aparentemente de época, mas também divertida, cáustica e popular.
O texto foi encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1950, e Décio de Almeida Prado, crítico que ajudou a formar o público do TBC, assim descreve o texto: ‘Voltore’, ‘Corvino’, ‘Corbaccio’ – Ben Jonson não teria reunido assim esse bando de aves de rapina, em torno de Volpone, a astuta raposa velha, se não pretendesse escrever a mais estranha e inesperada das comédias: “a comédia da morte”.
A letra da música “Oh, Veneza, Terra dos Sonhos”, escrita especialmente por Bertolt Brecht para uma montagem deste texto pela diretora Elizabeth Hauptmann, em 1952, serviu de inspiração para a abertura deste espetáculo.
História da montagem
Com protocolos criados para que todos estejam protegidos, a elaboração da obra partiu do desejo do resgate do encontro primordial do teatro, a experiência presencial e efêmera entre o público e a cena (mesmo que de forma restrita). Chegaram, então, ao dispositivo cênico ao ar livre que abriga 20 espectadores em cabines individuais, assim como a atuação e movimentação dos atores no espaço com distanciamento físico entre eles, além do compartilhamento de objetos cênicos através de medidas de proteção, procedimentos que se transformaram em linguagem e criação cênica. A peça estreou no dia 16 de outubro de 2020 e ficou em cartaz neste formato até 08 de novembro, no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo.
Uma particularidade deste projeto é o fato de que a equipe criadora e de produção participaram do espetáculo no papel de “anjos de proteção”. Responsáveis por estabelecer os protocolos dentro da própria cena, direção, figurinista, iluminadora, cenógrafo, diretor musical e produção circulam por dentro do espaço cênico para garantir a troca segura de objetos entre os atores, o traslado de grandes mobiliários, o cuidado com o som e a luz, além de serem os guias da plateia na circulação pelo estacionamento.
Sobre a Bendita Trupe
A Bendita Trupe é um premiado conjunto paulistano, que tem como linha de pesquisa a criação de espetáculos para o público adulto e infantojuvenil, com linguagem crítica e poética voltada ao Brasil contemporâneo. Tem como princípio fundamental estimular a inteligência e o humor de todas as idades, perseguindo o ideal de um teatro “sério” e paradoxalmente, divertido. Em 2019, realiza a leitura encenada de Volpone, de Ben Jonson, em homenagem ao Teatro Brasileiro de Comédia, na Biblioteca Mario de Andrade, no 465º aniversário da cidade de São Paulo, que resultou na 1ª temporada presencial de Protocolo Volpone, um Clássico em Tempos Pandêmicos, em 2020. Em 2017, produz Hospedeira & Paquiderme: Díptico de Estranhas e Esquizos Dramaturgias, dois monólogos que conversam sobre os colapsos mentais, que estreou no SESC Consolação. Em 2015, encena dois espetáculos de jovens dramaturgos do SESI – British Council, Solilóquios e Em Abrigo, que esteve em cartaz no Mezanino do SESI Paulista.
Sobre Johana Albuquerque
É diretora, atriz, produtora e pesquisadora teatral. É pós doutora pela ECA/USP e dirige a Bendita Trupe. Tem 20 espetáculos encenados na cidade de São Paulo. Johana também é professora universitária. Além das montagens com a Bendita Trupe, em 2018 dirige a pesquisa cênica Quadro em Branco, numa parceria com o PPGEAC da UNIRIO, com as professoras atrizes Rosyane Trotta e Jacyan Castilho, uma revisitação ao Auto dos 99%, do Centro Popular da Cultura, CPC, tomando a história da universidade pública brasileira como metáfora da exclusão social no país. Em 2015, Johana dirige o Coletivo Quizumba, um coletivo negro com a pesquisa Santas de Casa Também Fazem Milagres, pela Lei de Fomento ao Teatro, que resultou no espetáculo Oju Orum, na Sala Adoniran Barbosa, no CCSP.
FICHA TÉCNICA
Texto: Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig
Adaptação: Marcos Daud
Idealização e direção: Johana Albuquerque
Assistência de direção: Cacá Toledo
Atores:
Daniel Alvim (Volpone),
Helena Ranaldi (Canina),
Joca Andreazza (Corvino),
Luciano Gatti (Leone),
Marcelo Villas Boas (Juiz),
Maurício de Barros (Mosca),
Pedro Birenbaum (Inspetor e Músico em cena),
Vanderlei Bernardino (Voltore),
Sérgio Pardal (Corbaccio),
Vera Bonilha (Colomba).
Cenografia e Adereços: Julio Dojcsar
Desenho de Luz: Aline Santini
Figurino: Silvana Marcondes
Direção Musical, Músicas Originais, Produção de som e Teclados: Pedro Birenbaum
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Colaboração nos desenhos de cena: Kenia Dias
Preparação corporal de Kempô: Ciro Godoy
Maquiadora: Jess Inamura
Sonorização: Kako Guirado
Operação de Som: Anderson Moura
Assistente de Luz e Operação: Pajeú Oliveira
Microfonista: Matheus Santos
Design gráfico: Murilo Thaveira
Mídias sociais: JustWebSites
Fotos Ensaio e Teasers: Marcelo Villas Boas
Fotos Divulgação: Maria Clara Diniz
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Filmagem em 04 câmeras e Edição do Espetáculo: Kim Leekyung e Marcelo Villas Boas
Debatedores: Bendita Trupe; Pedro Granato; Marcos Daud; Ricardo Cardoso; Kil Abreu e Valmir Santos.
Produção Executiva: Marcelo Leão
Produção: Anayan Moretto
COORDENAÇÃO GERAL: JOHANA ALBUQUERQUE
REALIZAÇÃO: BENDITA TRUPE
SERVIÇO
Protocolo Volpone, Um Clássico em Tempos Pandêmicos
De 14 de maio a 05 de junho, sextas e sábados às 20h.
Duração do espetáculo: 120 min
Ingresso: Gratuito
Local: Canal do Youtube/Protocolo Volpone
Debates: Dias 17/05, 24/05, 31/05 e 07/06, segundas-feiras das 18h30 às 20h30.
Ingresso: Gratuito
Onde: Canal do Youtube/Protocolo Volpone e Facebook Bendita Trupe
Peça escrita por José Cetra Filho e Arnaldo D’Ávila “Que fim levou Carlotinha?” se apresenta online e gratuitamente nos dias 12, 13 e 14 de abril
Com direção de Cida Almeida, solo com três personagens é interpretado por Arnaldo D’Ávila. Espetáculo é uma divertida comédia que provoca reflexões sobre o amor, a solidão e o mal de Alzheimer
“Que Fim Levou Carlotinha” teria uma temporada presencial, porém por conta do atual quadro da pandemia, será apresentada apenas virtualmente. As transmissões ao vivo serão feitas gratuitamente nos dias 12, 13 e 14 de abril com sessões às 19h e 21h no canal do ator Arnaldo D’Ávila, no Youtube: www.youtube.com/arnaldodavila.
Uma senhora, supostamente sequestrada, aguarda o homem que a raptou voltar do mercado com amêndoas para que ela lhe prepare um bolo, já é tarde da noite, não tem mais metrô e ela está assustada. Enquanto isso, conversa com um gato de porcelana. O texto flerta com a comédia e o teatro absurdo.
As personagens nos surpreendem constantemente com questionamentos e um certo suspense que pretende instigar o espectador através de situações absurdas.
A direção da peça está a cargo de Cida Almeida, especialista na preparação de atores através das Máscaras Teatrais, com ênfase na Linguagem do Clown, se sentiu muito à vontade para conduzir a encenação, principalmente na cena do gato Ferdinando, onde pode aplicar toda sua técnica. Mesmo nas personagens que não usam máscaras, a direção buscou aproximar as interpretações da linguagem clownesca com as técnicas de palhaçaria e da menor máscara de todas, que é o nariz de palhaço.
“Que fim levou Carlotinha? é uma comédia que não foi feita para gargalhar, mas para sorrir, divertir e refletir” afirma Cida Almeida. “O espetáculo caminha entre o absurdo e a árdua, porém bela, tarefa de se revelar a interpretação do artista fabulador, que se impõe ao trazer o seu olhar sobre as pequenas personagens da vida cotidiana: sombras que passeiam anonimamente em uma noite qualquer de uma metrópole”, completa.
Arnaldo D’Ávila, que também assina o desenho de luz da peça, é um artista multifacetado, ator, dramaturgo, diretor, cenógrafo, iluminador e produtor, natural de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira em 1992. Está radicado em São Paulo desde 1996. Seus últimos trabalhos como ator foram nas peças: Lili Carabina de Aguinaldo Silva onde contracenava com Viviane Araújo (2017); Luz del Fuego de Julio Kadetti, estrelada por Rita Cadillac (2018) e Fred & Jack de Alberto Santoz (2019). “Que fim levou Carlotinha?” é um projeto antigo do inquieto artista, que desde a conclusão do texto em 2012, vem tentando montá-lo. D’Ávila está muito feliz por finalmente tirar do papel este projeto que considera uma pequena jóia lapidada a quatro mãos com José Cetra Filho, mentor da ideia, a quem é muito grato por dividir com ele essa preciosidade.
Os figurinos de Carol Badra buscam uma certa estranheza, pensando em um mundo pré pandemia, mas absolutamente plausível, sobretudo nos dias de hoje. As personagens se apresentam de pijama ou camisola na rua, no metrô ou no supermercado: sonho, pesadelo ou vida real? Nosso mundo hoje, onde as enxurradas de lives nos trazem as personalidades em suas casas, como elas são, nos abre essa porta onde a vida se revela do avesso, onde a vida pública existe na intimidade à tela aberta. Então a roupa de dormir é aquela que passamos o dia e que fazemos todas as atividades do dia em tempos pandêmicos.
A cenografia desenvolvida por Marcelo Andrade foi construída em MDF com peças de encaixe, para facilitar o transporte e o armazenamento, conservando as cores naturais da madeira, os desenhos são estilizados sugerindo a cenografia descrita no texto, como o pechinchê do quarto da Carlotinha, que é todo vazado.
A peça foi produzida com recursos da Lei Aldir Blanc, através do ProAC LAB. “O teatro resiste, apesar de todas as baixas que temos sofrido, com perdas irreparáveis para a nossa cultura. Além da pandemia ainda temos que enfrentar esses tempos obtusos, de sombras e censuras, onde a cada dia tentam nos calar e nos enterrar mais.” argumenta Arnaldo D’Ávila.
A GÊNESE DE “QUE FIM LEVOU CARLOTINHA?”, por José Cetra Filho
A personagem Carlotinha surgiu para mim em março de 2009 na oficina “Dramaturgia do Quotidiano” ministrada por Jorge Louraço.
Ao ser provocado para escrever sobre uma passagem quotidiana fiz narrativa de uma lauda onde um jovem senhor observava uma senhora idosa sentada em sua frente no metrô e pensava como ela se parecia com Carlotinha, sua madrinha que ele nunca mais viu.
Ao transformar a narrativa em texto teatral resolvi escrevê-lo a partir da Senhora como personagem já instalada no apartamento daquele homem. O resultado foi uma pequena cena onde ela divaga sobre os motivos dele tê-la convidado para ir até o seu apartamento. Ele foi até o mercado comprar os ingredientes para ela fazer um bolo e enquanto isso ela se dirige a Ferdinando, o gato da casa.
Algum tempo depois, Arnaldo D’Ávila, um admirador desse pequeno texto, pensou em montá-lo e conversamos sobre a possibilidade de ampliá-lo de acordo com ideia que eu já tinha em mente que era criar mais duas cenas, uma na perspectiva do homem e outra na do gato Ferdinando.
Arnaldo e eu juntamos nossas forças e na companhia de muito macarrão e muito vinho escrevemos essas duas cenas, batizando o homem de Ricardo e colocando em cena também Dinorah, uma calopsita, rival de Ferdinando.
Foi assim…
Serviço
Temporada: dias 12, 13 e 14 de abril com sessões às 19h e 21h no canal do ator Arnaldo D’Ávila, no youtube: www.youtube.com/arnaldodavila
Duração : 45 minutos
Classificação etária: 14 anos
Gratuito
Ficha Técnica:
Autores: José Cetra Filho e Arnaldo D’Ávila
Ator: Arnaldo D’Ávila
Direção: Cida Almeida
Cenografia: Marcelo Andrade
Figurino: Carol Badra
Costureira: Judite de Lima
Desenho de Luz: Arnaldo D’Ávila
Operação de som e luz: Hugo Peake
Trilha sonora: Cida Almeida e Arnaldo D’Ávila
Designer de perucas: Luiz Crispin
Fotos: Deborah Schcolnic
Vídeo: Franz Cultural
Designer gráfico: Gustavo Xella
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produção executiva: Franz Granja
Direção de produção: Arnaldo D’Ávila
CURRÍCULOS
Arnaldo D’Ávila
Artista multifacetado, é ator, dramaturgo, diretor, cenógrafo, iluminador e produtor. Estudou com Antunes Filho, Nilton Filho, Joca D`Ávila, Giorggio Ronna, Eloína Ferraz e com Núcleo de Dramaturgos Telón de Aquiles (México), cenografia com Daniel Lion (Porto Alegre) Também participou de congressos com Jerzy Grotowski (Polônia), Michal Kobialka (EUA), Anatoli Vassiliev (Rússia) e Peter Brook (Inglaterra). Iniciou sua carreira como ator em 1992, na peça “O Duende de Cabelos de Fogo”. Recentemente produziu e concebeu ambientações cenográficas para a mega exposição que retratou a vida de Dom Paulo Evaristo Arns e ocupou todos os espaços do Centro Cultural dos Correios em São Paulo. Já realizou mais de 50 trabalhos teatrais, dentre eles: “Os Malefícios do Tabaco” – ator – (de 1996 a 1999), “Fred & Jack” – ator – (de 1999 e 2001), “Clássico pero no Mucho” – direção – (1998), “Brasil Quinhentos Anos” – diretor – (2000), “Dia Sim, Dia Não” – ator – (2001), “O Canto da Transformação” – diretor – (de 2001 a 2002), “Brecht & Brasis” – diretor – (2010), “Los Lobos Bobos” – diretor assistente (2016), Pescadora de Ilusão – diretor assistente – (2017), O Orgulho da Rua Parnell – diretor assistente – (2017), “Lili Carabina” de Aguinaldo Silva – ator (2017), “O homem que queria ser livro” – diretor assistente (2018) e Luz del Fuego de Julio Kadetti – ator (2018).
José Cetra Filho
Mestre em Artes Cênicas pelo Instituto de Artes da Unesp. Dissertação defendida em abril de 2012. — Graduado em Engenharia Industrial de Produção em 1968 pela FEI e pós-graduado em Administração de Empresas em 1971 pela Fundação Getúlio Vargas. Experiência profissional na área teatral: Integrante do júri de teatro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); Autor do livro “O Teatro Paulistano de Golpe a Golpe (1964-2016)”, ora em sua 2ª edição pela Editora Giostri; Editor do blog: www.palcopaulistano.blogspot.com, com críticas e matérias sobre espetáculos teatrais; Escritor de algumas peças de teatro, dentre elas “Que Fim Levou Carlotinha?”; Pesquisa sobre o Teatro Sérgio Cardoso no ano em que completa 40 anos (1980-2020). Já foram levantados 700 títulos que se apresentaram nas duas salas do Teatro. (Em andamento); Ministrante do curso “O Diálogo do Cinema com o Teatro” no CineSesc (2018), no Centro de Pesquisa e Formação do SESC (2019) e na Oficina Cultural Oswald de Andrade (2019); Elaboração de críticas de espetáculos e artigos sobre teatro para diversas publicações.
Cida Almeida
Arte educadora e diretora de teatro, formou-se como Artista pela Escola de Arte Dramática – ECA/USP (1985). Recentemente graduou-se Bacharel em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL (2015) e Pós Graduanda em Educação para Ensino Superior pela UNINOVE/SP (2016). Especialista na preparação de atores através das Máscaras Teatrais, com ênfase na Linguagem do Clown, Conscientização e Preparação Corporal para o intérprete cômico e desde 1987 ministra cursos e dirigiu vários espetáculos nessas vertentes, dentre eles: “Água” e “Reminiscor” com Clã – Estúdio das Artes Cômicas, onde mantém o seu núcleo de estudos e pesquisas. Fundou, em meados de 80, juntamente com os atores Leopoldo Pacheco, Sofia Papo e Athilio Bellini Vaz, a Cia. São Paulo Brasil de Teatro, onde trabalhou com os diretores Augusto Francisco, Wagner Salazar, Silvia Bittencourt e Roberto Lage. Viajou com a Cia. para representar o Brasil em Festivais Internacionais de Teatro na Colômbia (Manizales e Cali) e Espanha (II Festival Ibero Americano de Cadiz), onde permaneceu por 1 ano. Ainda em teatro atou sob direção de Odavlas Petti, Francesco Zigrino, Paulo Rogério Lopes, Paulo Dourado, Aimar Labaki, Fernando Guerreiro e Gabriel Vilela.
Carol Badra
Atriz e figurinista, formada em Artes Cênicas pela UNICAMP (1995). Além de atriz, começou a atuar como figurinista em 2003 como assistente de Márcio Medina e no mesmo ano recebeu o Prêmio Shell pelo figurino de A Mulher do Trem em parceria com Leopoldo Pacheco ( parceria está em quase todos os espetáculos da Cia Os Fofos Encenam). Parceira como figurinista da Cia Balagan( onde também firmou parceria com Marcio Medina), Cia do Feijão e La mínima. Em 2018 foi responsável pelo figurino da “Noite de Gala do Circo” no Theatro Municipal. E em 2019 em parceria com Rogério Romualdo fez o figurino de “Ninho” de GepeteanH com a Cia estável de teatro de Jundiaí e assina também o figurino de ” Minhas Queridas” Cartas de Clarice Lispector, direção e dramaturgia de Stella Tobar. Em parceria com Mácio Macena o figurino de “Hedda Gabler” de H. Ibsen direção de Márcio Macena. Ainda em jul/2019 fez o figurino do projeto “Balada dos Enclausurados” de Erica Montanheiro e Eric Lenate.
Marcelo Andrade
É formado em Licenciatura em Educação Artística pela Faculdade Mozarteum de São Paulo (1990 – 93), já realizou cenografias para diversas peças de teatro, tais como: Voltaire Rousseau – 2019, A Toda Poderosa – 2019, Luz del Fuego – 2018, Lili Carabina – 2017, Flicts – 2017, O Dia Depois do Último Dia, Agrárias – 2016, O Deus da Cidade – 2016, Celebração da Realidade – 2015, A Versão do Avesso – 2014, Projeto Baú da Arethuzza (Antes do Enterro do Anão; Vancê não viu minha fia?; A Ré Misteiosa; A Canção de Bernadete) – 2013, Terra de Santo – 2012, Assombrações do Recife Velho e A Mulher do Trem – 2003. Em 2011 participou da Mostra Nacional Brasileira na Quadrienal de Praga 2011 com a instalação Território Cenográfico Brasileiro. Recebeu os prêmios: Shell pela cenografia de Memória da Cana – 2009; CPT Projeto Visual pela cenografia, iluminação, figurinos, adereços e maquiagem de Memória da Cana – 2009; APCA de Melhor Espetáculo por Memória da Cana – 2009; APCA e APETESP de Ator Revelação pela peça Inimigos de Classe -1985.
Teatro Escola Mario Persico apresenta, dia 03 de novembro (sábado), às 20h00, a comédia 'A Mulher Zumbi'
A Cia Clássica de Repertório apresenta aquele que é o carro chefe da companhia, a comédia A MULHER ZUMBI,queestreou em 15/10/1994 no Teatro Municipal Teotônio Vilela, e, nesses 24 anos, ganhou 27 prêmios, excursionou a Portugal, em 1999, e representou o Brasil no XII ENTEPOLA – Encontro deTeatro Popular Latino Americano em Santiago do Chile em 1998. Fez temporada no Teatro Dulcina de Moraes em Brasília em 1997 e viajou por grande parte do Estado de São Paulo e sul de Minas. E, sobretudo, foi essa mulher tão debochada e cínica, a responsável pelo prestigio e reconhecimento que a CIA CLÁSSICA conquistou junto ao público e a critica e também pela efetiva profissionalização do Grupo.
A MULHER ZUMBI é um resgate da chanchada circense, concebida no gênero Terrir – Terror cômico ou terror para rir, escrita, dirigida e interpretada por Mario Pérsico com a contracena de Jair Christo, que participa da montagem desde a estréia.
O texto passeia tranquilamente por vários estilos teatrais, passando pela farsa, chanchada,chanchada circense, comédia de costumes, vaudeville, ao melodrama, mostrando ao expectador, do leigo ao mais sofisticado amante da arte dramática, o imenso prazer que um espetáculo teatral pode proporcionar. Tudo isso recheado de citações, referências aos clássicos do cinema como REBECCA – A MULHER INESQUECÍVEL e PSICOSE (Alfred Hitchcock), O BEBE DE ROSEMARY (Roman Polanski), OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA (Vittorio de Sicca), OS GUARDACHUVAS DO AMOR (Jacques Demy), A PANTERA COR DEROSA (Blake Edwards), E O VENTO LEVOU (Victor Fleming), QUANTO MAIS QUENTE MELHOR (Billy Wilder), alguns até mais recentes como GHOSTH e TITANIC, entre outros.
A história é um mero pretexto para os variados estilos de comédias e referências cinematográficas através das possibilidades que a chanchada circense possibilitava. O mote da história é muito simples. Em uma ilha do caribe, um grande proprietário tem sua amada esposa transformada em zumbi pelo feiticeiro local. Desesperado ele entra em acordo com o mesmo para tentar reverter essa maldição. O feiticeiro concorda, mas para isso impõe uma condição. O feitiço deverá ser transferido para outra mulher em tudo semelhante à primeira. É ai que a peça começa. Com a chegada de Ethel, a esposa prometida e já preterida, que está vindo á ilha para consumar um casamento feito em Londres por procuração. Ethel é também a personagem preferida da trama. A mulher que vem em busca de um grande amor e se depara com uma trama sórdida. A Mulher Zumbi ficou vinte e quatro anos em cartaz e agora retoma sua saga que já virou até um média metragem, protagonizado pelos mesmos Pérsico e Christo, com produção sorocabana da LOJA DE IDÉIAS.
Quem ainda não viu, venha se divertir com Mario Pérsico e Jair Christo se desdobrando em seis personagens, graças á alucinadas trocas de roupas, 36 no total, o que cria um jogo ágil e hilariante, além de proporcionar um grande exercício de atuação para os dois atores que brincam se revezando em “escada” e “excêntrico”. A Mulher Zumbi é um trabalho que diverte muito, faz chorar de rir e fazendo rir, cumpre plenamente sua sublime missão, que é estimular o prazer e o gosto de ver teatro, sendo por isso um espetáculo obrigatório.
A apresentação será no dia 03 de novembro, sábado no Teatro Escola Mario Persico às 20h00. Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00