Comunicação: inevitabilidade cultural e antropológica
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:
‘Comunicação: inevitabilidade cultural e antropológica’
A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas poucos conseguem definir, pelo menos no seu sentido mais abrangente, desde logo, porque, e simplesmente, a comunicação: é falar uns com os outros; é televisão, rádio, imprensa, internet; é divulgar informação; é o próprio penteado; é a obra de arte, qualquer que seja o seu estilo e época; é a crítica literária.
Se se partir da premissa, segundo a qual, o comportamento não tem oposto, porque não existe o não-comportamento, isto é, um indivíduo não pode não-se-comportar, e se se aceitar que todo o comportamento tem valor de mensagem, ou seja, é comunicação, então é impossível o indivíduo não comunicar, ou seja: atividade ou inatividade; palavra ou silêncio; tudo possui um valor de mensagem, influencia outros e estes outros, por sua vez, não podem não-responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicando.
A mera ausência de falar, ou de observar, não constitui exceção e, deste modo, uma pessoa que se encontre, por exemplo, de olhos fechados, silenciosa e quieta, poderá estar a comunicar que não quer falar com ninguém, nem que falem com ela.
Pode-se ficar com a ideia de que o ser humano está sujeito à inevitabilidade de comunicar, que consiste no facto de ninguém ser capaz de não-comunicar, porque a simples presença de um indivíduo, envolve a emissão de mensagens, com significados determinados, para os seus intérpretes. Voluntária ou involuntariamente, o comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para quem o lê.
Tomando por base a etimologia, a palavra comunicação deriva do latim “communis”, que significa comum e comunicar poderá, então, significar, tornar comum, inaugurando a passagem do individual ao coletivo, entendido como condição de toda a vida social.
E se inicialmente, o termo significava troca de palavras, de coisas, de bens e serviços, hoje, assume um sentido não material, porque se trata de uma troca de mensagens significativas, e que envolve determinados elementos: emissor; recetor; código; mensagem; canal e ruídos.
Também se invoca um outro conceito da palavra comunicação humana, como sendo um processo bidirecional, que relaciona, pelo menos, dois indivíduos, envolvendo diversos fatores ou elementos, estes já antes indicados.
Neste conceito a palavra comunicação: «deriva do verbo latino communicare – conversar, trocar ideias, expor e consultar. Relaciona-se, ainda, com a ideia de commnunitas – comunidade ou comunhão. Partilhamos e trocamos conhecimentos, sentimentos as experiências de modo a alterarmos reciprocamente os nossos comportamentos.» (cf. MARQUES; RAPOSO, s.d:3).
Também poderemos perspetivar uma outra noção de comunicação, segundo a qual: «Em qualquer projeto, a comunicação entre as pessoas é fundamental. É no ato comunicativo que partilhamos ideias/propostas, analisamos a situação atual e delineamos as fases seguintes. Segundo os dicionários portugueses, a palavra comunicação deriva do latim comunicare, que significa “tornar comum”, “partilhar”. A comunicação pressupõe, deste modo, que algo passe do individual ao coletivo. Os seres humanos são obrigados a cooperar uns com os outros, formando grupos/redes para alcançar certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar.» (FERNANDES, 2014).
A comunicação é, evidentemente, uma inevitabilidade cultural e antropológica, sempre acompanhada de atitudes, e pode ser de dois tipos: verbal, que constitui a forma privilegiada da comunicação pela palavra falada ou escrita; não-verbal, que enfatiza, clarifica, exemplifica e contradiz os elementos verbais.
Os indivíduos agem e comportam-se socialmente: uma conduta individual toma as outras pessoas como objeto e, essas pessoas são interlocutoras e parceiras, respondem às ações do indivíduo considerado, embora, as relações não sejam sempre desta forma.
À comunicação corresponde um determinado efeito social, já que dela resulta a modificação do comportamento ou da convicção do recetor, porque misturando elementos intencionais, e devidamente calculados, com elementos espontâneos e, até certo ponto, involuntários, a comunicação produz mudanças variadas nos comportamentos.
Por isso se pode aceitar que a primeira forma de interação humana, a estudar, é a comunicação, que se pode entender como sendo um mecanismo que sustenta a existência, desenvolvimento e transmissão das significações entre as pessoas.
Bibliografia
FERNANDES, Cecília Manuela Gil Carrondo, (2014). Dissertação de Mestrado: “Turismo, Inovação e Desenvolvimento”, Viana do Castelo: IPVC-Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
MARQUES, R. & RAPOSO, R. Comunicação I. Lisboa: IEFP/Núcleo de Apoio à Aprendizagem – Departamento de Formação Profissional para o Sector Terciário. S. Data.
Venade/Caminha – Portugal, 2024
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Contatos com o autor
A palavra da era da imagem
Francisco Evandro de Oliveira: ‘A palavra na era da imagem’
Desde os tempos mais remotos, a palavra é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor forma de os povos se comunicarem; entretanto, nos dias atuais, em face da imensa facilidade de riqueza tecnológica existente, a palavra, bem como as diferentes formas de imagens, caminham lado a lado como forma de expressar pensamentos fatos e ações.
As imagens dizem tudo e substituem qualquer palavra e elas servem de comprovação para elucidar qualquer espécie de crime e podem ser utilizadas nos tribunais como defesa ou como acusação em qualquer processo.
No entanto, quem tem o dom da retórica ou simplesmente oratória, pode reunir milhões a sua volta e fazê-los caminhar pelas ações dos seus pensamentos, como por exemplo, o nazismo e o fascismo, que só obtiveram sucesso devido ao grande poder de persuasão que os seus líderes tinham. Eles faziam de suas falas a principal arma que cativaram e arrastaram milhões de pessoas para a derrocada e destruição.
Embora as imagens sejam quase sempre fortes, fracas, belas, enigmáticas, encantadoras e, às vezes, cruciais, no entanto, a palavra sempre cativa, faz a pessoa pensar ou refletir sobre o que se ver ou o que podemos ouvir sem nos prejudicar.
Imagens e palavras são formas poderosas de o ser humano expressar o pensamento e, no momento atual, a globalização faz cada dia as pessoas criarem novas invenções que levam as civilizações a se aprofundarem em busca de novas tecnologias, ela faz aproximar os comércios e indústrias internacionais, e logicamente reduziu as distâncias entre as nações, através de possantes aeronaves ou a utilização de meios de comunicações, que cujas mensagens atravessam o mundo em frações de segundos e com utilização da tecnologia que proporcionou o surgimento da internet fez o mundo estar on-line.
E o homem, ser mais inteligente do planeta Terra, busca sempre uma forma de caminhar em largos passos e escala ao encontro de novos ideais que tornará sua fonte de felicidade. Isso faz abrilhantar um caminho que a tríade anda e cresce paralelamente.
O homem, as imagens e as palavras. O homem racional cresce no sentido de se aperfeiçoar, estando evoluindo a cada dia buscando inúmeras formas de ser feliz e, por causa disso, novas palavras surgem face às guerras que eclodem no cotidiano das civilizações e as sinergias existentes entre vencedores e vencidos fazem surgir novas palavras as quais são incorporadas aos respectivos dicionários dos países em estado beligerante, como por exemplo, as palavras de uso corriqueiro da internet, (deletar, print e outras centenas delas) são palavras que já se encorparam ao linguajar de nosso povo.
Ao mesmo tempo, as imagens também têm seu espaço em constante mutação e, no momento atual, é uma riqueza inigualável! Porque elas estão em todas as partes e em todos os lugares: nos livros, nos cinemas, nos teatros e, principalmente, nas televisões diariamente e são as imagens expostas que nos alegram ou nos agridem de acordo com as ações que elas exprimem. Elas têm praticamente o mesmo peso e fazem o mesmo efeito. Como por exemplo, uma simples foto colocada em primeira página de um jornal de grande circulação pode causar um efeito muito forte na população.
As imagens que são expostas como propaganda à beira das principais estradas ou nas paredes dos bares e restaurantes, ou simplesmente em qualquer lugar. Sabemos que algumas delas são estilos de propagandas subliminares e que fazem as pessoas ficarem com elas em seus pensamentos e, como consequência, compram o produto, mesmo sem estarem deles necessitado.
As imagens, assim como as palavras nos fazem chorar, sorrir, nos entristecer e nos alegrar; como por exemplo, um filme de tragédia pode deixar uma plateia a ter depressão, haja vista ‘Titanic’ e outros do mesmo estilo que fizeram milhões de telespectadores ficarem com lágrimas nos olhos devido as fortes imagens retratadas do sinistro.
A era da imagem é forte e tende a sobrepujar as palavras. contudo, devemos refletir que as palavras são pontos principais de comunicação do ser humano e ele aprende desde a tenra infância e sendo ela seu instrumento principal de comunicação é um fato notório que por mais que as imagens tenham poder, jamais irão torna-se ou suplantar as palavras, porque, estando o ser humano em constante estado de evolução, haverá o momento que outras formas de comunicação superarão as imagens.
No entanto, nós humanos, que somos os seres mais inteligentes, estaremos sempre a utilizar as palavras como nossa principal fonte de comunicação em qualquer época de nossa existência.
As palavras, a bem da verdade, são códigos que previamente explicitados aos seus significados e quando reunidos formam palavras, frases e orações e no momento atual podemos perceber a avalanche de livros que formam escritos nos nossos presídios, os quais muitos críticos consideram como sendo os maiores autores de nossa literatura atual e os conteúdos neles escritos que são verdadeiras denúncias, porém em termos de códigos, não são mais que palavras e aí temos novamente o poder da palavra escrita como forma de denunciar uma situação existencial e a lógica narrativa dos manuscritos são as vivências próximas à escrita, algo que quase não se verifica no mundo fora das grades.
No atual momento que a violência é uma das maiores preocupações de nossa sociedade, as denúncias através das palavras, sejam elas escritas, faladas ou televisada tornam cada vez maior o poder de seu uso, seja para fins benéficos ou maléficos para sociedade.
As imagens arrastam multidões, porque seu efeito é imediato motivado pelo bombardeio das retinas que influenciam o cérebro.
Se considerarmos que bom senso é um fator de bonança e que deve ser partilhado para o bem comum, então devemos usar tanto as palavras quanto as imagens equitativamente, a fim de que não haja o predomínio de um, em prol da outra.
Palavras e imagens têm o seu devido e forte valor e somente nós saberemos o momento certo de utilizá-las na melhor forma possível e devemos também tirar.
Francisco Evandro de Oliveira
Contatos com o autor
Comunicação, saúde integral e o papel da IA
Joelson Mora:
‘Comunicação, saúde integral e o papel da Inteligência Artificial’
A interligação entre comunicação, saúde integral e inteligência artificial (IA) tem ganhado destaque significativo nos últimos anos, oferecendo oportunidades promissoras para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Aqui exponho como esses três elementos se entrelaçam e impactam positivamente a sociedade.
A comunicação desempenha um papel crucial na promoção da saúde integral, pois facilita a disseminação de informações, educação e conscientização sobre práticas saudáveis. Estratégias de comunicação eficazes podem influenciar comportamentos positivos, como adotar uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos regulares e buscar cuidados médicos preventivos.
A inteligência artificial tem revolucionado o setor de saúde, oferecendo soluções inovadoras para diagnóstico, tratamento e gerenciamento de doenças, medicamentos como por exemplo o Ozempc. Algoritmos de IA podem analisar grandes volumes de dados médicos, identificar padrões e fornecer insights valiosos para profissionais de saúde, permitindo diagnósticos mais precisos e personalizados.
A integração da comunicação, saúde integral e inteligência artificial pode potencializar os benefícios de cada componente. Por exemplo, chatbots e assistentes virtuais alimentados por IA podem fornecer informações médicas personalizadas e orientação sobre hábitos saudáveis, promovendo a conscientização e a educação em saúde de forma acessível e conveniente.
Além disso, a IA pode aprimorar a eficiência dos sistemas de saúde, otimizando processos de triagem, agendamento de consultas e monitoramento de pacientes. Isso permite uma prestação de cuidados mais ágil e eficaz, melhorando a experiência do paciente e reduzindo custos operacionais para os provedores de saúde.
Apesar dos benefícios potenciais, a integração da IA na comunicação e saúde integral também levanta desafios e considerações éticas. Questões relacionadas à privacidade dos dados, viés algorítmico e equidade no acesso aos serviços de saúde digital precisam ser cuidadosamente abordadas para garantir que a tecnologia beneficie a todos os membros da sociedade de forma justa e equitativa.
A interligação entre comunicação, saúde integral e inteligência artificial oferece oportunidades sem precedentes para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas em todo o mundo. Ao aproveitar os avanços tecnológicos e promover uma comunicação eficaz, podemos trabalhar juntos para construir um futuro mais saudável e sustentável para todos.
Joelson Mora
Contatos com o autor
Voltar: https://jornalrol.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/JCulturalrol/
EDITORIAL: UM PROJETO QUE JÁ DURA HÁ 23 ANOS
EDITORIAL
UM PROJETO QUE JÁ DURA HÁ 23 ANOS
Prezados leitores e amigos em geral,
Eis-me aqui, meio constrangido diante da grande responsabilidade de escrever, ainda que rapidamente, sobre um projeto que hoje podemos considerar como vencedor, eis que ultrapassou barreiras difíceis ao longo de sua vida, mas nunca parou de atuar e atualmente tem um papel importante para a cultura regional.
Há 23 anos, exatamente no dia 22 de abril de 1994, o meu espirito jornalístico e minha veia inovadora se uniram e conceberam o jornal virtual ROL – REGIÃO ON LINE.
Àquela época, a internet ainda era muito pouco conhecida e poucos eram seus usuários, principalmente em Itapetininga, onde nasceu o jornal. Também não existia, como hoje, o interesse popular pelo noticiário. Os profissionais da área eram poucos e as oportunidades de trabalho raríssimas, o que fazia do jornalismo uma atividade restrita a poucos abnegados que, em sua maioria, não atuavam profissionalmente, mais ‘por amor à arte’ ou como bico de sobrevivência.
Um jornal virtual – pensei – poderia ajudar a aumentar o interesse pelas notícias em geral e, principalmente, pelas atividades culturais. E assim nasceu o ROL – Região On Line, com a pretensão clara de funcionar como um veículo virtual resumidor dos principais fatos nacionais e internacionais, dando entre elas destaque para as matérias culturais.
Para que tal fosse possível, entretanto, há que se registrar o papel importantíssimo e também altruístico do meu amigo João Bosco Ferrari, que – também corajosamente! – havia criado a Itapedigital, portal que até hoje hospeda, gratuitamente, o nosso jornal!
Confesso que tentei, mas não consegui, viabilizar economicamente um jornal com essas características, portanto,… lucrativo. Cheguei até em sonhar com uma quantidade de anunciantes que proporcionasse condições para manter uma Redação com profissionais do jornalismo atuando e com ramificações em todas as cidades da região. Mas foi um sonho mesmo: após alguns anos de publicação, o ROL continuou sendo editado, publicado e divulgado por mim mesmo…
Quando me mudei para Sorocaba minha vida ficou mais ocupada ainda e passei a ter dificuldades de continuar agindo como ‘faz-tudo’ no jornal. O que animava é que ele ia muito bem, com muitos acessos e importantes colaboradores, um deles meu saudoso e querido amigo Douglas Lara.
Lembro do Douglas com muito carinho. Ele foi grande colaborador do ROL, primeiramente como colunista, depois como fornecedor de notícias e finalmente como Editor. Certa ocasião, percebendo minhas dificuldades de tempo, ele se ofereceu – e eu aceitei prazerosamente! – para assumir a editoria geral do jornal, função que cumpriu por alguns anos, com galhardia, mantendo sempre as mesmas características iniciais.
Após alguns anos, Douglas Lara me chamou e disse algo do tipo “foi bom enquanto durou, mas não posso continuar devido às minhas muitas outras atividades”. Eu sabia que a atitude dele se justificava plenamente. Além de um dos maiores conhecedores de administração de condomínios de Sorocaba, ele dava aulas de Inglês para executivos, fazia divulgação de escritores e o primeiro criador de cooperativas de escritores de Sorocaba, gerando assim várias publicações de antologias, entre elas a série ‘Roda Mundo’, grande sucesso literário. Douglas Lara foi, ainda, o criador da ‘Semana do Escritor’, evento cultural realizado uma vez por ano na Fundec – Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba e que serviu de palco para o lançamento dos principais livros da época.
Numa nova fase de vida do ROL, a minha confessa incapacidade de conseguir viabilizar economicamente o jornal ficou em segundo plano e prevaleceu o vetor jornalístico da minha personalidade e voltei a ser o ‘faz-tudo’ no jornal, convicto de que a cultura era merecedora desse esforço. E o ROL foi prosseguindo em sua jornada e hoje está ai, com muitos colaboradores, leitores em vários países do mundo, grande e qualificada audiência e uma lista de assinantes com mais de seis mil endereços, que recebem habitualmente o ‘Boletim do ROL’ com as últimas matérias publicadas.
Resumidamente, essa é, felizmente, uma história de sucesso para contar. O que dá orgulho é que, mesmo neste mundo onde o ganhar dinheiro é fundamental, o ROL nunca cedeu aos poderosos, nem mesmo durante a ditadura, sem nunca ter ‘quebrado a espinha’ diante de políticos, empresários e governos, o que lhe confere até hoje a manutenção dos seus princípios iniciais: a pratica de um jornalismo independente, sério e confiável editorialmente.
O que mudou do início para agora?
Digamos que o jornal cresceu muito em número de acessos, é lido em vários países do mundo e se dedica atualmente a divulgar apenas notícias de caráter cultural e artigos de selecionadíssimos colunistas.
Nova e importante fase
Sem disfarçar uma certa arrogância, costumo dizer, em alto e bom som, que o jornal eletrônico ROL – REGIÃO ON LINE conta com os melhores colunistas da internet! E tenho certeza que ao afirmar isso não fico longe da verdade: a qualidade dos nossos colunistas-colaboradores é realmente invejável, com escritores, professores e eruditos de grande estofo cultural e moral. Eles moram em outras cidades, outras regiões e até mesmo em outros Estados brasileiros, mas pertencem ao mesmo grupo de pessoas idealistas, atualizadas e, especialmente, dignas. A eles rendo o meu maior respeito e meus mais profundos agradecimentos por continuarem mantendo vínculos afetivos e culturais com o nosso jornal.
Importante registrar ainda, que o sucesso atual do ROL se deve ao apoio especial de algumas pessoas, entre elas – faço questão de destacar! – o já citado João Bosco Ferrari, o maior conhecedor de internet que conheço e, em especialíssimo destaque o coeditor do ROL, o escritor Sergio Diniz da Costa que, lá de Sorocaba, ajuda a comandar a brilhante equipe à qual todos pertencemos. A ele devo o renovar do meu ânimo, a conquista de novos e importantes colunistas, a publicação de outras notícias culturais e seu amor entusiasmado ao jornalismo que praticamos.
É assim, 23 anos depois, que conto ‘um pouco’ da história do ROL. Quem sabe, algum dia, ainda terei oportunidade de contar mais detalhes sobre essa trajetória muito difícil, mas mais venturosa ainda, que gerou e mantém o nosso jornal. Mais detalhes e mais competentemente, escreverá sobre o ROL, a seguir, meu amigo, meu irmão de fé e de trabalho, o editor Sergio Diniz da Costa (Helio Rubens de Arruda e Miranda).
Do Facebook ao ROL
Há dois tipos de rastilho: um, de natureza material, constituído de um fio coberto de pólvora ou embebido em qualquer substância combustível, para comunicar fogo a algo, geralmente uma carga explosiva que, muitas vezes, é empregado para ceifar vidas.
Há outro tipo, porém: aquele de natureza imaterial, constituído por um filamento de natureza etérea, translúcido, que liga os seres vivos e os mantém unidos numa comunhão de pensamentos e sentimentos altruísticos.
Foi este segundo tipo de rastilho que me ligou ao jornal ROL e, em particular, ao seu Editor, Helio Rubens de Arruda e Miranda.
E esse rastilho foi aceso no meado de março de 2016, quando eu estava navegando pela maior rede social em todo o mundo, o Facebook, quando me deparei com a postagem de uma querida amiga, a poetisa e educadora Mara Souza.
Li o interessantíssimo artigo (sobre Educação) e já me preparava para parabenizá-la e comentá-lo, quando me chamou a atenção o veículo de comunicação onde o artigo fora escrito: o jornal ROL – Região Online, de Itapetininga (SP)!
Confesso que, até então, não ouvira falar do jornal ROL. E, talvez, impulsionado por aquele misterioso ‘Vento das Oportunidades’, que ateia o Fogo das Grandes Descobertas, interessei-me por conhecê-lo.
A amiga Mara, nesse momento, como multiplicadora, ou intercessora de oportunidades que é, se dispôs a me apresentar ao Editor do ROL, o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda, indicando-me como colunista.
Considerando-se a idoneidade moral e intelectual, bem como a bagagem cultural da amiga Mara, o então desconhecido (pra mim) Helio Rubens imediatamente acatou meu nome e, no dia 20 de março, apresentou-se oficial e estrondosamente aos leitores do ROL.
Quero registrar aqui, que não acredito no ‘acaso’. Creio, sim, numa incomensurável e, para nós, misteriosa e incognoscível ‘Teia Universal’, que liga ou atrai as pessoas para um determinado fim, cujo resultado, em última instância, é a evolução espiritual. Nesta linha de pensamento, destaco que o Helio Rubens é sobrinho de um querido professor de Direito civil que tive na FADI-Sorocaba, o saudoso mestre Darcy de Arruda Miranda, sobre quem escrevi a crônica ‘O jurista e o carvalho’, publicada originariamente no jornal Cruzeiro do Sul.
E foi com este sentimento íntimo que, aceito jubilosamente pelo ROL, a ele me incorporei com o entusiasmo que me move para todas as atividades para as quais a vida me abre as portas.
Neste primeiro ano como colunista, publiquei em torno de 60 textos, entre crônicas, contos, poesias, pensamentos, homenagens, a coluna que assino no jornal da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim e Região – APEVO e entrevistas.
A afinidade com os propósitos culturais do jornal levaram-me a sugerir novas categorias de espaços textuais e o jornal passou a dedicar espaços exclusivos para pensamentos, poesias e divulgação de trabalhos artísticos em geral.
Impregnado pelo entusiasmo do Helio Rubens e com o aval dele, indiquei novos colunistas e colaboradores.
Essa ‘Chama de Ardor e Comprometimento’ não passou despercebida dele e, por um ato de extrema generosidade e confiança, convidou-me para ser o Editor Regional do ROL, ou, como humildemente prefere denominar, simplesmente Editor, afirmando publicamente que, a partir de agora, o ROL tem dois editores: ele e eu!
Esse despojamento da parte do amigo Helio Rubens ─ a quem eu prefiro chamar de Editor-Mor do ROL! ─ quando me fez o convite, me fez lembrar de uma frase do Físico Sir Isaac Newton: “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes”.
Pra mim, o amigo Helio Rubens é um desses gigantes sobre cujos ombros tenho me apoiado pela vida afora, a fim de enxergar mais longe.
O idealismo, a persistência, a inteligência, a cultura geral e a integridade moral do amigo Helio Rubens tem-me feito ver que, hoje, faço parte de uma grande e extraordinária família: a Família ROLiana! (Sergio Diniz da Costa)
Artigo de Maraisa Lima: 'O que a comunicação tem a ver com a sua carreira?'
Você tem ideia de quanto a habilidade de comunicação contribui para o posicionamento de sua carreira?
Nesse processo de sair da zona de conforto, quando o assunto é comunicação, a grande dificuldade das pessoas é justamente mudar o modelo mental em relação ao desenvolvimento da própria habilidade de se comunicar com eficácia.
Por ser uma ação naturalmente desenvolvida pelos seres humanos, a comunicação em diversas esferas apresenta um caráter muito intuitivo e, por vezes, até irracional, no sentido de que muitos profissionais não pensam sobre o público-alvo, não planejam o conteúdo, e muito menos elegem a melhor estratégia para transmitir uma mensagem eficaz.
É claro que um bom profissional precisa ter conhecimentos técnicos e uma série de competências para desempenhar suas funções. Mas, sem se comunicar bem, é muito difícil que prospere na carreira, exceto em postos de trabalho em que não haja necessidade relacionamento com outros seres humanos. Do contrário, a grande maioria das pessoas precisa saber lidar com gente!
No senso comum, lidar com gente é conversar, sair para um encontro de negócios, bater papo com colegas de trabalho no cafezinho. Não se trata apenas disso, mas lidar com pessoas está relacionado a saber usar técnicas de empatia numa conversa difícil; desenvolver a escuta genuína em situações corriqueiras, a usar perguntas de esclarecimento para elucidar informações cruciais, ter um
bom português etc. Enfim, ser uma pessoa que constrói sua carreira de maneira planejada e consciente.
Norm Fjeldheim, CIO da Qualcomm – empresa americana reconhecida mundialmente na área de tecnologia e inovação – é enfático ao alertar sobre a importância da comunicação para a carreira: “Mesmo que você tenha um ótimo conhecimento técnico, sua carreira não avançará se não souber se comunicar. Na verdade, quanto maior sua habilidade de comunicação, mais longe você irá. Embora a tecnologia mude com o tempo, saber se comunicar bem sempre será valioso.”
De acordo com um estudo da Office Team, a tecnologia expõe a capacidade de comunicação das pessoas. Um e-mail, por exemplo, pode dar uma visibilidade em proporções virais a um remetente desatento. Da mesma maneira, mensagens de áudio e vídeo, usadas a todo instante, revelam o quanto o usuário sabe se comunicar.
Entretanto, existem práticas simples, e ao mesmo tempo eficazes, na hora de enviar uma mensagem a alguém: pensar em como atingir aquela pessoa e receber uma resposta favorável; perguntar a si mesmo se não seria melhor falar pessoalmente, dependendo do assunto; reler o texto pelo menos duas vezes para “enxugar” as palavras e verificar realmente se o conteúdo está claro, bem escrito e se surtirá o efeito desejado!
Por fim, não custa lembrar: a comunicação tem tudo a ver com a sua carreira, independente da empresa em que atua ou do cargo que ocupa. E mais! É a partir dessa habilidade que as pessoas vão avaliar se você é ou não um profissional assertivo.
Maraísa Lima
Jornalista, gestora de Comunicação em empresa de renome nacional. É especialista em Marketing, Comunicação Empresarial e professora do curso de aperfeiçoamento profissional “Comunicação e Redação Empresarial” no Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG).
EDITAL PARA 'PONTOS DE MIDIA LIVRE SERÁ SABATINADO NESTE SÁBADO EM SÃO PAULO
Midialivristas de São Paulo se encontrarão com secretária do Ministério da Cultura para debater políticas públicas para comunicação livre
O Ministério da Cultura lançará, ainda no primeiro semestre desse ano, a 3ª edição do edital Pontos de Mídia Livre. O objetivo é reconhecer e fomentar iniciativas, entidades e coletivos culturais que atuam no campo da comunicação independente.
Para dar início ao projeto, a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural está realizando uma série conversas com o setor para ouvir as principais demandas e identificar programas e projetos dos quais o Ministério possa participar ou promover. Neste sábado, 24 de maio, a secretária Ivana Bentes participará de mais um desses encontros, em que também apresentará a minuta do edital a ser lançado. A atividade será realizada às 15 horas, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo (SP).
Participação Social
Desde o início do ano atividades para a área vem sendo articuladas. Em fevereiro, durante uma das etapas do Circuito Cultura Viva, a secretária se reuniu com um grupo de jornalistas e coletivos de comunicação independente de São Paulo para dar início aos debates sobre o tema. Um encontro do ministro Juca Ferreira com midialivristas também foi realizado no mês de março, em São Paulo. Já no último final de semana, dias 15 e 16 de maio, a SCDC promoveu no Rio de Janeiro o Encontro de Midialivrismo e Juventude, no qual mais de 200 comunicadores de todo Brasil participaram de atividades de formação e articulação.
Consulta Pública
Para reunir o maior número possível de opiniões e contribuições, a SCDC e a SAV lançaram uma consulta pública do III Edição do Edital Pontos de Mídia Livre que ficará aberta até o dia 25 de maio. A consulta é realizada segundo critérios da Política Nacional de Participação Social e disponibiliza no site http://culturadigital.br/cidadaniaediversidade um documento contendo definições, categorias, valores e critérios de avaliação e seleção para apreciação e coleta de sugestões. As contribuições serão sistematizadas e o resultado, após análise da Consultoria Jurídica do MinC, será publicado até 1º de junho.
A participação dos diversos agentes envolvidos no segmento e as contribuições na consulta irão orientar as políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Cultura para este campo.