Asas partidas
Pietro Costa: Poema ‘Asas partidas’
Aos confins do mundo
Em luta
Incessante
Um dragão soturno
Na busca
Insone
Atormentado pelas cinzas
Pelo sangue
As chamas hauridas
Pelo forte desgosto
Na marcada poesia
A ferro e a fogo
Enfileirando vítimas
De tantas idas a Hades
Temidas falésias da alma
Odiar é tudo o que sabe
O frenesi das batalhas
Refém das paixões aladas
Relegado ao desterro
Perseguido pelas Erínias
Infaustas
O Sol não chega à vista:
Põe-se em pesadelos
Pietro Costa