Deitar-se no divã: uma possibilidade de reescrever a própria história

PSICANÁLISE E COTIDIANO

Bruna Rosalem:

‘Deitar-se no divã: uma possibilidade de reescrever
a própria história’

Bruna Rosalem
Bruna Rosalem
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Desde a paciente mais icônica de Freud, Anna O. e seu pedido ao médico neurologista que a deixasse falar sem interrupções, dizia “a limpeza da chaminé”, através de seu relato livre, a técnica psicanalítica depois pensada por Freud ao ouvir o desejo de sua paciente em falar livremente, tornou-se uma espécie de ‘cura pela palavra’. 

É claro que este método investigativo do psiquismo não foi construído assim tão facilmente, mas nos revela o quanto a possibilidade de falar o que vier à mente a um sujeito numa posição subjetiva de suposto saber de algo que o paciente não tem acesso, e mais ainda, poder escutar-se e inserir-se em sua própria história, nos dá notícias de que esta prática de escuta e fala tem possibilitado que os sujeitos reescrevam novos caminhos para uma vida menos angustiante e mais criativa.

A psicanálise nada promete, porém ao colocar o sujeito diante de seus próprios temores, desejos nefastos, ímpetos proibidos, repetidas decepções amorosas, de uma confusa orientação sexual, vícios desgastes, comportamentos sintomáticos, de um mal-estar indecifrável, baixa ou nenhuma libido sexual, gagueira e um nervosismo tremendo ao falar em público, das dificuldades em conseguir um emprego por nunca se achar suficiente, do árduo trabalho de luto, de um diagnóstico inesperado de uma grave doença, de perdas financeiras, de não conseguir engravidar, adicções diversas, fobias, dores inexplicáveis em determinadas partes do corpo, ou ainda, sentir-se incapaz de terminar qualquer tarefa…enfim, são inúmeras as aflições que nos atingem, deitar-se no divã pode ser o começo para transformar este vórtice perturbador que se inscreve na carne e traz sofrimento.

Divã (do turco diwan) é um móvel de origem oriental, uma contribuição para a psicanálise que o tomou como um dos instrumentos de manejo na análise. Diversas cores e formatos, uns mais largos, outros menores e estreitos, coloridos ou mais neutros, ornados com almofadas, mantas e afins. Tudo para tornar este novo espaço, a ida da poltrona para o divã, confortável e atrativa, por que não? Afinal, em análise a tal ‘passagem’ é a entrada do sujeito numa próxima etapa de seu percurso, mais intensa, mais íntima, mais aberta à escuta de seus fantasmas.

A superação das entrevistas iniciais, ‘entre – vistas’, do olho no olho, analista e analisante, para um lugar de quase isolamento, onde não há mais alguém olhando diretamente e a sensação de solidão, deitado, o sujeito depara-se com uma outra perspectiva de escuta. 

A figura do analista ainda se faz muito presente, porém ao ‘perder-se de vista’, ‘ausentar-se’ do campo visual do sujeito, o psicanalista espera romper de maneira mais enfática a lógica comum de diálogo, da reciprocidade, da troca, das modalidades usuais de conversa. Agora, no divã, torna-se mais palpável as possibilidades de regressão, de acessar conteúdos mais profundos, latentes, reveladores, a intensidade da transferência aumenta, abrem-se caminhos para que os sonhos entrem em cena como mais uma fonte de investigação da vida psíquica do analisante.

É como se o sujeito permitisse conversar consigo mesmo, obter as próprias respostas e explorar novos horizontes sem a preocupação de ser validado. Certamente que este processo é bastante trabalhoso, leva tempo, disposição e muito desejo. E não há garantias. Há um caminhar, um sentir, um vivenciar. Momentos, histórias, experiências. Quem sabe um recontar.

Ao se entregar aos desafios do divã, notadamente um sentimento de desamparo é irrompido. Afinal, a primeira porta de entrada para o mundo veio através de um olhar, ‘da janela da alma’, seja da mãe, seja de quem o projetou ao ser que está chegando. Perder este contato é de fato um árduo exercício. A psicanálise vem nos ensinar neste momento, que é possível se sentir desamparado sem a necessidade de um amparo. É justamente neste ensejo que o sujeito tem a possibilidade de se questionar acerca de suas dores, sem que um outro esteja lá prontamente para acolhê-lo. Há uma inversão na lógica do discurso, ou seja, nem sempre o questionamento do sujeito vai encontrar uma resposta que o satisfaça, muitas vezes são mais dúvidas que vão surgindo, mais indagações, mais chances de viradas, elaborações e saídas criativas.

Por mais estranhamento que possa provocar a passagem ao divã, são nos efeitos deste movimento que a análise pode ajudar o sujeito a atualizar seu passado no presente próspero, num esperançoso futuro.

Estendido no leito (de morte?), um outro ser pode ressurgir das cinzas que outrora impregnadas em seu corpo o forjava. Reescrever narrativas, descobrir o amor (o ódio também), amar e deixar ser amado, desfazer-se do secreto prazer pelo sofrimento, libertar-se da prisão dos pensamentos, correr o risco de ser livre.

Bruna Rosalem

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 Reflexão sobre a violência

Francisco Evandro de Oliveira:

Artigo ‘Reflexão sobre a violência’

Francisco Evandro de Oliveira
Francisco Evandro de Oliveira
Países seculares estão com suas economias falindo
Países seculares estão com suas economias falindo
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Estou cansado, a bem da verdade, muito cansado de ouvir falar e ver violência no nosso cotidiano; cada político, cada componente da justiça tem a brilhante solução. 

Contudo, a violência cresce assustadoramente, desvairada e descabida continuamente. É um grande cancro em nossa sociedade e nem toda gama de cobalto usado nos tratamentos quimioterápicos, por si só, é garantia da cura e para este mal social nos nossos dias, conhecido como violência. Todos imaginam mágicas soluções para arrefecer, conter e acabá-la. 

Os políticos e os componentes da justiça só vislumbram os efeitos, estão cegos para as causas. Em nenhum momento apresentam uma solução viável para as causas principais, que são os males do século: a fome, apartheid social, a miséria reinante e o desemprego em massa. 

Tais fatores estimulam uma péssima educação; criam um universo de descamisados, os quais crescem em grandes proporções a cada dia. 

Países seculares estão com suas economias falindo. Os grandes políticos não enxergam o evidente que salta aos olhos! 

A globalização desvairada, visando disfarçadamente os interesses dos países mais ricos e o excesso de tecnologia estão dizimando as economias de países ditos do 3º mundo e suas populações em si. 

Cresce indiscriminadamente o universo de traficantes, aumenta na mesma proporção a repreensão e o aparato policial, que por si só, além dos motivos óbvios conhecidos por todos, não são garantia de combate ao crime, tanto o poder constituído, quando o dito poder paralelo, aumentam consideravelmente seus potenciais bélicos e as mortes se fazem presentes e são diariamente estampadas nos noticiários locais e nacional.

Como consequência imediata vem: superlotação carcerária nas delegacias, carceragens e presídios que, devido às suas precaríssimas condições, tornam-se verdadeiros depósitos humanos e, porque não dizer, também se especializam no curso superior em violência. Rebeliões explodem!  Torna-se o Armagedom! Um inferno total!

Uma Torre de Babel dos tempos modernos! Enquanto isso, negociatas entre políticos, banda podre da polícia, da justiça e extermínios diários de jovens e adolescentes se fazem presentes.

Os nossos políticos permanecem dormindo no ‘berço esplêndido do País’, e, quando acordarem desse torpor, o país, embora com jovialidade, será uma nação predominante de crianças, mulheres e velhos.

Os jovens do sexo masculinos foram, em sua maioria, ceifados e dizimados pelo confronto entre traficantes e policiais e entre facções divergentes de seus interesses nefastos à sociedade. Onde estarão seus corpos? 

Poderemos encontrá-los nos diversos cemitérios clandestinos dos grupos de extermínios, das polícias, das milícias, dos traficantes e nos cemitérios oficiais. 

Esperamos que os governantes acordem para que possamos legar um mundo melhor as nossas futuras gerações; e esse mundo passa, necessariamente, pela Educação, pois como já dizia Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.

Francisco Evandro de Oliveira
  Professor de Física e Matemática – Escritor e Poeta

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A Próxima Companhia estreia espetáculo ‘Conjugado’

Conjugado exalta a potência de vida das mulheres brasileiras diante da desigualdade social

'Conjugado' - A Próxima Companhia
‘Conjugado’ – A Próxima Companhia
Foto de Noélia Najera

Solo da atriz Paula Praia é inspirado na vivência de tantas mulheres brasileiras que, mesmo vítimas da desigualdade social, seguem lutando para sobreviver em seus conjugados nas grandes metrópoles. 

De 21 de outubro a 12 de novembro de 2023, aos sábados e domingos, às 19h, A Próxima Companhia estreia o espetáculo Conjugado. As apresentações serão realizadas em sua sede, o Espaço Cultural A Próxima Companhia, que fica na Rua Barão de Campinas, 529 – Campos Elíseos – São Paulo – SP. Os ingressos custam a partir de R$15,00 e podem ser adquiridos na plataforma Sympla

Em Conjugado, sete figuras femininas dividem com o público suas histórias de vida. De dentro do Conjugado (micro imóvel com cozinha, quarto, tanque e banheiro) elas relatam suas angústias, sentimentos e as nuances do dia-a-dia de quem vive, de certa forma, à margem da sociedade, com uma renda mínima e dificuldades de acesso, buscando sobreviver em uma grande metrópole.  

O espetáculo Conjugado transita pela poesia presente no cotidiano de tantas mulheres que, apesar das adversidades, produzem vida, alegria e encontros, para refletir sobre temas complexos e delicados do universo feminino, como o aborto, o abandono feminino carcerário, a sexualidade na velhice, o tráfico humano, as vítimas da violência do Estado, mães solo, mulheres em situação de rua, entre outros. 

Solo teatral de Paula Praia, Conjugado parte das narrativas de diferentes mulheres reais, incluindo experiências vividas pela própria atriz, além de uma intensa pesquisa em material documental, com um recorte especial para mulheres que têm uma renda próxima a um salário-mínimo.

“Esse recorte aborda uma problemática do Brasil. Tudo o que é dito pelas personagens é facilmente reconhecido na rotina da maioria que compõe o nosso país. Essas mulheres estão presentes em nosso dia-a-dia, seja na minha família, em nossas casas, no vai e vem apressado das ruas.. Mulheres carregadas de humanidade que, mesmo com todos os motivos do mundo para estarem em sofrimento, se mostram ancoradas na teima e na garra de continuar seguindo”, comenta Paula Praia. 

A montagem não busca traçar a jornada de uma heroína, mas sim, desvelar a multiplicidade dessas tantas mulheres, a potência de vida contida em cada uma, reveladas pelas histórias apresentadas e seus diálogos transversais, para que essas mulheres permaneçam tentando proteger seus espaços.

“É uma rama  de mulheres que conheci ao longo da vida. Marlenes, Nildes, Irenes, Veras, Cléos, Danis, Marias Eugênias… mulheres inspiradoras, com trajetórias interessantes e de muita luta. Conjugado é um convite para o contato com aspectos da vida que são privados, mas que são fortemente marcados por aspectos de natureza pública e coletiva”, finaliza Paula. 

Sobre A Próxima Companhia

A Próxima Companhia é um núcleo independente de teatro, que desenvolve uma pesquisa contínua desde 2014, trazendo em suas encenações questões latentes da vida urbana na atualidade e a memória das cidades. O grupo questiona, através da cena, o discurso do desenvolvimento e as contradições de nossa sociedade. 

Valendo-se de expedientes do teatro como a linguagem das máscaras, o teatro documentário, o épico e o popular, A Próxima Companhia propõe um diálogo com os mais diferentes públicos, partindo de camadas de entendimento, de traduções poéticas de temas densos e utilizando-se por vezes da permeabilidade do humor. 

O espetáculo Conjugado traz consigo experiências do coletivo com pesquisas de campo em ocupações de moradia em diversas regiões e cidades e nos territórios do entorno de sua sede na região próxima ao Minhocão (SP). Experiências relevantes também para a criação de espetáculos anteriores como Os Tr3s Porcos (2015), Quarança (2017), Enquanto Chão (2017) e GUERRA (2019).

Informações: @aproximacompanhia ou www.aproximacompanhia.com.br

Ficha Técnica: Concepção, Atuação e Dramaturgia: Paula Praia.

Direção e Preparação Corporal: Gabriel Küster.

Cenografia: Caio Marinho. Figurino: Magê Blanques.

Iluminação: Giovanna Gonçalves.

Direção Musical: Laruama Alves.

Mixagem e desenho de som: Leandro Goulart.

Voz em off (amiga da Irene): Catarina Milani.

Orientação de mímeses corpórea: Caio Franzolin.

Operação de Luz: Giullia Kelly.

Operação de som: Juliana Oliveira.

Criação de vídeo e teaser: Weslley Nascimento.

Design Gráfico: Magê Blanques.

Produção: Juliana Oliveira.

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini.

Fotografia: Noélia Najera.

Realização: A Próxima Companhia.

SERVIÇO

Espetáculo ‘Conjugado

Com A Próxima Companhia

Sinopse: Sete mulheres convidam o público a adentrar seus universos com suas dores e sabores de luta. A luta de quem vive em um espaço mínimo, em uma grande cidade, com um salário muito abaixo do ideal de sobrevivência em razão das muitas dificuldades de acesso. Histórias de mulheres que produzem vida, alegria e encontros,  apesar das adversidades.

Duração: 70 minutos

Classificação etária: 14 anos

Quando: de 21 de outubro a 12 de novembro de 2023 –

Horários: sábados e domingos, às 19h

Onde: A Próxima Companhia – Endereço: Rua Barão de Campinas, 529 – Campos Elíseos – São Paulo – SP

Ingressos: R$ 15,00 (meia entrada) e R$ 30,00 (inteira) – A bilheteria abre 1h antes do espetáculo, com ingressos disponíveis. Ingressos pelo link: https://www.sympla.com.br/conjugado__2177459

Capacidade: 40 lugares

Acessibilidade: não tem

Estacionamento: não possui

FOTOS DO ESPETÁCULO

‘Conjugado’ – A Próxima Companhia
Foto de Noélia Najera

‘Conjugado’ – A Próxima Companhia
Foto de Noélia Najera

‘Conjugado’ – A Próxima Companhia
Foto de Noélia Najera

‘Conjugado’ – A Próxima Companhia
Foto de Noélia Najera

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Poemas para não esquecer porque estamos vivos

Com ‘Somos Girassóis’, Telma Romão Maia propõe visão poética para temas inerentes da vida humana e transmite leveza ao cotidiano dos leitores

Capa do livro 'Somos Girassóis', de Telma Romão Maia
Capa do livro ‘Somos Girassóis’, de Telma Romão Maia – Ed. Labrador

O que movimenta os girassóis depois que eles amadurecem e param de acompanhar o sol? Ao traçar uma metáfora com essas flores no título do livro Somos Girassóis, a poeta Telma Romão Maia mostra aos leitores os verdadeiros motivos para seguir em frente apesar dos dias difíceis.

Com rimas leves e texto coloquial, a autora transparece que o verdadeiro significado da existência humana está no cotidiano. O público percebe que a felicidade pode ser encontrada em todos os lugares: nas conversas corriqueiras com os amigos, no companheirismo de um relacionamento romântico, no amor de uma mãe para os filhos e na calmaria de um domingo antes de retornar à rotina.

Felicidade é isso
Cheiro de café coado invadindo a casa
(se for junto o aroma de pão de queijo saindo
do forno, melhor ainda)
Uma música que acorda o coração
Um vento leve que sopra na varanda
Sensação de paz
Encontros casuais que trazem boas recordações
para o dia
(Somos Girassóis, pg. 65)

Por meio desta obra, a escritora propõe um olhar profundo para temas recorrentes do dia a dia: o processo de envelhecimento, as reflexões sobre a morte e as particularidades de ser mulher estão presentes entre as páginas. Ela ainda percorre questões individuais, como as sensações de viver em Goiás e a relação com a escrita, mas sempre conectadas a experiências universais.

Com uma série de referências familiares aos brasileiros, que atravessa nomes como Cora Coralina e Chico Buarque, Somos Girassóis reforça o compromisso da poeta de propagar uma literatura para acompanhar a rotina dos leitores. Telma explica: “acredito que o dia fica muito melhor com mais poesia e leveza”.

Sucessor das publicações ‘Casulo’ e ‘Viagem e Versos’, este lançamento concretiza o trabalho poético de Telma Romão Maia após deixar sua carreira como publicitária para dedicar-se à produção literária. É também o resultado da busca da autora por romper com a banalização da vida a partir da poesia.

FICHA TÉCNICA

Título: Somos Girassóis

Autora: Telma Romão Maia

Editora: Labrador

ISBN: 978-65-5625-363-3

Páginas: 160

Preço: R$ 49,90 (físico) | R$ 35,90 (e-book)

Onde comprar: Amazon

A autora

Formada em Administração de Empresas, com pós-graduação em Marketing, Telma Romão Maia trabalhou durante mais de duas décadas no mercado publicitário.

Aos 55 anos, decidiu enveredar pela literatura e começou a publicar livros de poemas, como “Casulo” e “Viagens e Versos”.

Ela também mantém o perfil no Instagram @viagemnapoesia, para compartilhar pensamentos cotidianos e textos poéticos. Agora, lança a terceira obra da carreira: ‘Somos Girassóis’.

Redes sociais: Instagram

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Panorama

Resenha do livro “Panorama” de Bianca Guimarães, pela Editora Ases da Literatura

Capa do livro "Panorama' de Bianca Guimarães pela Editora Ases da Literatura.

RESENHA

Do dicionário Aurélio, Panorama é um substantivo masculino, que define a visão sem obstáculos que está ao redor do observador; vista, paisagem.

Nesta obra poética, Panorama é constituído de riqueza de sentimentos que definem e/ou descrevem os ambientes, pessoas, lembranças e devaneios da escritora.

A autora nos instiga em suas poesias a ter uma percepção mais ampla da vida.

A saudade pode ser doce…

A partida nem sempre é só dor…

O recomeço só acontece após um ponto final.

E o que define esta obra, senão o sacudir de nossos sentidos perante as palavras que nos falam tão sublimemente sobre a vida, em diversos Panoramas.

Amei!!!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SOBRE A OBRA

Panorama surgiu de ideias que Bianca teve no seu percurso para o trabalho, inspirada por todas as paisagens por onde andou.

Uma obra de memórias e impressões.

Um compilado de poesias não interligadas, que conta diferentes histórias e com diferentes personagens.

Uma visão instigante e peculiar do cotidiano.

SINOPSE

Qual é o conceito de visão panorâmica?

Panorama foi feito para instigar o leitor a ter percepção sobre a totalidade da vida – a vida feita não só de lembranças, mas de momentos saudosos vistos com um olhar mais leve.

SOBRE A AUTORA

Carla Bianca da Silva Guimarães, tem 30 anos de idade, filha mais nova de cinco filhos, atualmente mora em Sumaré -SP.

Foto de Bianca Guimarães, autora do livro "panorama, pela Editora Ases da Literatura

Mudou-se do Amazonas para o estado de São Paulo com apenas 16 anos de idade, com o intuito de fazer faculdade.

Desse tempo até agora, morou em diferentes locais, incluindo a cidade de Amparo, onde concluiu o terceiro ano do ensino médio no ano de 2010.

Depois ficou um ano em Paulínia, mudando-se para Campinas para dar continuidade aos seus estudos, fazendo ali faculdade e mestrado.

O primeiro emprego de Bianca foi como professora de ciências em Jaguariúna, cidade inspiração para seu primeiro livro, onde passou a pandemia.

E, por fim, mora em Sumaré desde o ano passado, onde trabalha no ensino municipal.
A autora é formada em Ciências Biológicas, pela PUC-Campinas.

Fez mestrado em Biologia Animal, pela Unicamp.

E este ano, terminou pedagogia, pela Claretiano.

No ano de 2022, lançou o livro chamado “Escritos para alguém durante o outono“, sua primeira obra.

Panorama é seu segundo livro, lançado em 2023. Ambos de poesia e lançados pela Ases da Literatura.

OBRAS DA AUTORA

Capa do livro"Escritos para alguém durante o inverno" de Bianca Guimarães, pela Editora Ases da Literatura

Capa do livro "Panorama", de Bianca Guimarães pela Editora Ases de Literatura

ONDE COMPRAR


Resenhas da colunista Lee Oliveira




Cotidiano

Eliéser Lucena: Poema ‘Cotidiano’

Foto do colunista Eliéser Lucena
Eliéser Lucena

Eu não sei onde nasce o sol

Muito menos onde se põe

Não sou o dono da Lua

A noite se faz sozinha

Melancolia insistente, contagiante

Com ela traços e trapos

Desvela a mente, que sente

Sim, hora de acordar

Sons ganham novo sentido

Aurora da liberdade, genialidade

Cai a casca, tosca e rota

Somos nós no travesseiro

Verdade imposta sem rodeios

Nenhum sentido, só intuição

Rumores e segredos, ao vivo

Possibilidades? Claro, muitas

Soluções incrivelmente simples

Mas aí a madrugada se vai

Nasce um novo dia, é o ciclo

E na claridade, tudo se esconde

Lá se foi mais uma chance

Voltamos ao casulo

Cápsula de aparente sobriedade

Disfarce perfeito, formidável

Todos os dias, esperando a noite

A chance… respirar, existir

E vamos nós, assim mesmo

Vivos, livres e presos no ego

Cotidiano insano e implacável

Ser parte ou o todo?

Consciência ou emoção! Quem vence?

Ainda temos o poder de escolha

Eliéser Lucena

Contatos com o autor

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Espasmos da alma

Resenha do Livro “Espasmos da Alma” de Josemi Silva de Matos.

Capa do livro 'Espasmos da Alma' do autor Josemi Silva de Matos

RESENHA

Este livro é dividido em três partes, distintas e que se completam em sua beleza.

Josemi coloca nesta obra muitos sentimentos claros.

Quando ele faz os poemas do cotidiano, é sagaz e forte.

Quando fala de amor é intenso, arrebatador.

Quando faz os sonetos é de uma delicadeza linda!

Uma obra cheia de nuances que tocam a alma.

Um livro muito vívido e, ao mesmo tempo, de uma sensibilidade ímpar.

Assista à resenha do canal @OQUELI no YouTube

SOBRE A OBRA

O livro ‘Espasmos da alma’ tem 83 páginas dedicadas aos sentimentos mais profundos.
É dividido em três partes:
A primeira fala sobre poesias sociais e do cotidiano.
A segunda são poemas de amor.
A terceira são sonetos, que não seguem à risca a métrica dessa forma fixa de poema.
Em livro repleto de sentimentos e emoções.

SINOPSE DO LIVRO

“Espasmos da alma” é uma obra com um misto de sentimentos, retratando vários temas da sociedade.

Os fatos são relatados de forma bem real, como se o autor estivesse realmente passado por cada uma dessas descrições emocionantes; situações do dia a dia que presenciamos são abordadas aqui, com um sentimento tão real que, muitas vezes, parece perturbador.

O amor que alegra e machuca, a felicidade e a tristeza, as injustiças da nossa sociedade, tudo isso compõe a diversidade de sentimentos que só a realidade em versos é capaz de proporcionar.

SOBRE O AUTOR

Josemi tem 36 anos. É natural de Rafael Jambeiro – BA. Tecnólogo em redes de computadores.

Conquistou o segundo lugar do concurso de contos ZILFEROLI 2016, organizado pela Academia de Letras e Artes de São João de Meriti (ALASJM) (RJ), com ‘‘Bolsa de mulher’’. Com o mesmo título, foi selecionado para compor a antologia do 3º Prêmio Escriba de Crônicas de humor de 2017, promovido pela Prefeitura Municipal de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural e Turismo, juntamente com a Biblioteca Pública Municipal de Piracicaba “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”.
Josemi acredita que, por meio da escrita, é possível tocar emoções, conectar pessoas e fazer um mundo melhor.

Como ele mesmo costuma dizer:

“Escrevo o que vejo; às vezes, o que sinto e, sempre, o que imagino”

josemi Silva de Matos

OBRAS DO AUTOR

Imagem do livro 'Espasmos da Alma'

Imagem do livro "Rumores de Humor"

ONDE ENCONTRAR O LIVRO


Resenhas da colunista Lee Oliveira