Priscila MancussiImagem criada por IA da Meta – 04 de setembro de 2025, às 13:14 PM
A poesia se farta na música Nos sentimentos acometidos de infortúnios Nas dores oriundas de palavras inversas Nos olhares dos amantes apaixonados Na fotografia registrada ao luar No desenho rabiscado da criança Nas cenas diárias de solidariedade e amor Sim! A poesia se farta Ela infarta os corações com tamanha beleza Ela ilumina as vidas com sua pureza Clareia os pensamentos de qualquer um A poesia que jamais se cala Que mesmo não escrevendo as letras Ela se faz tão viva e presente Até mesmo numa simples borboleta E nessa fartura com que ela se farta A poesia que encontra encanto em tudo quanto há Vê raios de sol até mesmo Na escuridão do seu olhar Seja na música, nas linhas curvas ou retas Seja no olhar apaixonado ou desalentado Seja na imagem viva ou fotografada A poesia nunca falha Teimosa, essa danada Encontra sempre um motivo Para embelezar nossas palavras.
Poema publicado no livro: Súbito – a vida entre versos
Lançamento do livro ‘Súbito – a vida entre versos‘, de Priscila Mancussi
Ella Dominici: ‘À procura de uma dignidade duradoura’
Ella DominiciImagem gerada por IA do Bing – 13 de dezembro de 2024 às 7:38 AM
Onde estiveste de noite? noite-memória dos sinos, Sondando Deus?
Iluminações em mistérios são alcance da essência substancial das coisas
Onde estiveste quando no céu surgia a estrela….
E na epifania celeste surgia o relance que passaria como um cometa que viveu entre os homens não estrelando poder, mas envergando brilho terreno na pacificação
Deixando caminho do alcance das dignidades
Onde estiveste na noite? Noite-memória da vinda Criança-esperança, Sendo tu sondado?
Alma personificada no ser perdido, esta, sonda profundezas de memória no celeiro deixado,
nobre encontro com a identidade do eu verdadeiro,
procura da revelação do ser, é encontrar dignidade em Cristo
epifania celeste neste acampado divino corpo , ora propriedade terrestre ora essência de perfume, intangível com o olhar invisível com as mãos, dedilhado com o âmago saboreado com o paladar da plenitude da alma
Caia a neve como manto de amor em nossas almas, Empalideçam as estrelas cadentes do orgulho e desafeto,
Despontem e venham estrelitas de humildade em forma de simples aceitação das diferenças
Caia a membrana que cobre os olhos e esconde de si a luz que quer brilhar
Cintilem noites despojadas de presunções e intenções
Cintile em lares e famílias com perdões e afagos em abraços e em orações
Que o presente alcançado por Deus brilhe fulgurante
Seja a dignidade de guardar o menino nos sentimentos, trilhar os passos do Homem que se fez carne
“amar ao outro como a si mesmo” em todos os cantos, aguardando não a próxima noite de festa Mas vencendo os dias e noites na espera
Ivete Rosa de SouzaCriador de Imagens no Bing. 5 de outubro de 2024, às 11:45 PM
Em minhas mais doces memórias, ainda me vejo correndo descalça. Brincava na rua até à noite, com meus irmãos, sem preocupações, sem que meus pais temessem algum perigo, só adentrava a casa somente quando minha mãe chamava, mas meus pais não saiam à rua para nos impedir de ser crianças.
Muitas vezes descuidada na empolgação da correria, feri meus pés em espinhos, pequenos cacos de vidro. Simplesmente sentava-me no chão, retirava o espinho e saia a correr, sem sentir dor.
Ainda tenho algumas cicatrizes dos cortes em cacos de vidro. E me recordo dos sustos de minha mãe, quando era necessário ir ao pronto socorro, tirar um pedaço de vidro que teimosamente incrustrado, não querendo sair. Doía, mas me segurava, afinal a dor passaria, enquanto fazia esforço para não chorar, minha mãe se apiedava, e eu não levaria umas chineladas.
No dia seguinte, lá estava eu novamente, abandonando os chinelos ou tênis, largados na calçada. A liberdade de ter os pés libertos, sentindo a grama, a terra até mesmo o asfalto quente. Tudo valia a pena, o riso, as brincadeiras, a correria, eram recompensados com o esquecimento desses pequenos acidentes.
Depois de crescida, tomei modos como diria minha mãe, e só andava descalça na areia, quando ia à praia, sentido as ondas molhando os pés sedentos de liberdade. Adorava ver as águas imensas apagando minhas pegadas.
Adulta, calcei meus filhos, preocupando-me que pudessem ferir seus pés. Chinelos, sapatos, tênis, tudo para proteger meus rebentos.
Já não tinham a liberdade ilimitada de outros tempos; brincar na rua, só com a supervisão dos pais. Ficar na rua até tarde noite adentro, nem pensar! Nesses novos dias, com a insegurança instaurada em todos os lugares, não tinha jeito.
Infelizmente os tempos mudaram, a inocência da infância, dos que têm mais de 50 anos, ficou no passado.
Atualmente, pés descalços são sinônimos de pobreza, são marcas dos desprovidos, dos indigentes, ou dos inocentes que ainda tentam dar os primeiros passos. Não é mais legado de liberdade da infância , de banhos de chuva, corridas na enxurrada, uma liberdade descontraída e privilegiada.
Agora tenho sapatos demais, que me levam a tantos lugares, mas eles nunca me levarão aonde fui quando tinha os meus pés descalços…
Ismael Wandalika: Poema ‘Coragem do tempo’ (parte 2)
Soldado Wandalika “… Teatro foi a terapia dos nossos dias…” Imagem gerada pela IA do Bing – 13 de setembro de 2024 às 1:24 PM
A gente cresce A criança em nós rejuvenesce A criança que saí de nós envelhece Visualizamos o entardecer dos dias paulatinamente A vida ganha um rumo diferente
Somos magoados e magoamos também Deixamos sonhos por realizar Priorizamos quem decidimos amar Nos tornamos país donos de um lar
No tempo Sorrimos com saudade da lembrança de outros sorrisos Nossos familiares e amigos tombados da jornada Deixaram nossos corações partidos Nos dividimos entre a realidade e a ficção da vida
O tempo traz um remédio que cura a alma Há gente que se separa de nós mas continua presente mesmo distante No tempo aprendemos que o amor e o respeito São ponte que une pessoas independentemente da distância O tempo tem a audácia de retificar rabisco Engavetados na memória de um passado
O amor vence Valoriza Entende Respeita
No tempo choros são lembrados com sorriso nos olhos Escrevemos nossa história olhando para dentro Ficam no tempo os momentos que partilhamos na fase de convivência mútua Os ensaios teatrais e de coreografia O hino desajeitado do grupo coral Aquele culto de avivamento espiritual As pregações, os jejuns, os sábados jovens, os cultos aos segundos domingos de cada mês, as sextas feiras de culto de dramaturgia Era tudo tão especial, tão divinal. Nossas brigas, nossas brincadeiras, era tudo tão surreal
Ficou para a história do tempo Os momentos vividos entre irmãos(as), primos(as) e sobrinhas(os) únicos momentos. Hoje um novo tempo vivemos
Por mais que Anselmo Ralph cante Jamais recuaremos o tempo Pois, cada um(a) foi para o seu aprisco Cuidar do seu novo mundo novo abrigo Ser pai, ser mãe, ser madrasta ser padrasto fazer a vida no seu tempo.
Coragem do Tempo O tempo ensina reeduca Só os de verdade permanecem em nossa vida Por mais que seja o tempo Só os de verdade ficam quando tudo perde o sentido Só os de verdade nos olham com esperança Quando a gente perde o foco e a beleza da vida Só os de verdade acreditam Quando os caminhos ficam fechados para nós.
Uns nos deixam com o tempo Outros ficam no tempo O tempo leva e lava os males Lembramos dos que foram com saudades Coração aperta a dor aumenta as vontades Olhos num retrato de lembranças Imagens timbradas no peito do tempo
Dá saudade Dá vontade A gente não volta mas recorda a trilha antiga que guiava a matina os nossos dias infinitos Cada vigília fortalecia o espírito Cada ensaio era como respaldo Teatro foi a terapia dos nossos dias
No tempo Aprendemos a amar a família e a valorizar o perdão De coração para os corações mansos A palavra poética fala com verdade e compaixão.
Soldado Wandalika “Hosana! A gente canta com destreza Há um poema na alma que alimenta o estômago da criança“ Imagem criada pela IA do Bing
Hoje trago traços cruzando as corridas de um amanhã coberto de hosanas Preso na garganta de quem canta com esperança o hino que embala as almas Enche o imo de nostalgia.
Quedas vêm como fortaleza de cada força empreendida na forja. Pois o porão rejuvenesce as batidas do peito E Deus conta os passos de um Soldado para abençoar sua trilha.
Hosana! A gente canta com destreza Há um poema na alma que alimenta o estômago da criança A cruz está pesada Então deixa a música tocar e teremos forças pela manhã.
No fundo, ouço gritos que esperam a certeza na ponte esquina, O ontem acredita que o amanhã será diferente Então, recriamos uma Lambada para lembrar as lágrimas do caminho que trilhou a nossa gente Gente forte ! Gente que vence e não teme
Hosanna Entoada na aurora do dia Ativa no coração alegria para vida A força dará asas a quem permanecer na pista Dando toques para elevar a fasquia Deus não esquece o esquema da benção para a menina de seus olhos.