Brincar é mais que brincadeira

Valdina Augusto de Souza:

‘Brincar é mais que brincadeira. A importância do brincar no equilíbrio emocional das crianças’

Valdina Augusto de Souza
Valdina Augusto de Souza
A importância do brincar no equilíbrio emocional das crianças
A importância do brincar no equilíbrio emocional das crianças
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A infância em nossa sociedade é considerada o período do desenvolvimento do ser humano que vai do nascimento até aproximadamente o décimo segundo ano de vida de uma pessoa. Esse período é caracterizado por uma linguagem própria, que tem um significado extremamente importante no desenvolvimento infantil, que é o brincar. Através dele a criança constrói a base principal e o suporte para toda a sua vida.

O brincar é uma ação que vai além da busca de prazer, é uma forma de lidar com os desejos, irritações e frustrações entre outros sentimentos que possam inconscientemente existir dentro da criança, possibilitando conhecer um pouco de si mesma e do outro, quando busca parcerias e explora os objetos.

O ato de brincar conduz a criança a experimentar, descobrir, inventar, aprender e conferir habilidades além de estimular a curiosidade, a autoconfiança, a autonomia e ainda proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da coordenação motora.

A criança quando brinca tem uma interação constante, tornando-se cada vez mais criativa ao comunicar-se com seus pares, expressar-se através de múltiplas linguagens, podendo descobrir regras e tomar decisões.

A ludicidade nessa concepção se torna necessária e indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança conduzindo-a para um desenvolvimento progressivo de uma personalidade sadia.

Brincando, a criança cria, recria e representa os acontecimentos que lhe deram origem. Toda brincadeira é uma imitação transformada no plano das emoções e das ideias de uma realidade anterior. Quando brinca a criança se transporta para um mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonho onde a realidade e faz de conta se confundem.

O brincar não é um simples passatempo e nem uma ação sem função importante sendo apenas para o entretenimento da criança, ele tem um significado muito maior relacionado à construção da identidade da criança.

A ação lúdica na infância é compreendida como um processo que auxilia a criança a confiar em si mesma e em suas capacidades, fazendo com que ela desenvolva uma personalidade adulta capaz de saber lidar com as adversidades e manter-se forte após enfrentá-las. Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas e ansiedades.

O que está acontecendo com a mente da criança determina sua atividade lúdica, brincar é sua linguagem secreta e deve ser respeitada mesmo quando for difícil de compreender o seu sentido.
A privação do lúdico, consequentemente da ação de brincar na infância, faz com que a criança, quando adulta, apresente grande dificuldade de trabalhar em equipe e lidar com as adversidades.

A ludicidade, ou seja, o brincar deve ser motivo de reflexão constante na ação docente, principalmente na Educação Infantil, devido a sua importância para um desenvolvimento infantil equilibrado do ponto de vista físico, cognitivo, emocional e social.

Valdina Augusto de Souza

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Jandiara Rebouças Caldas Barreto

A educadora que transformou sua contação de histórias em livros cheios de inspiração

Imagem de Jandiara Rebouças Caldas Barreto
Jandiara Rebouças Caldas Barreto

Jandiara Rebouças Caldas Barreto é professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.

Atua na área educacional há mais de 30 anos, sendo graduada em Pedagogia e Letras.

Especializada em Gestão Escolar e Metodologias e Práticas do Ensino Fundamental.

Professora aposentada no Município de Francisco Morato-SP.

Desde 2016 atua pela prefeitura de São Paulo no ciclo de Alfabetização e na EJA.

Na primeira infância trabalha com Projetos de contação de Histórias, Jogos e Brincadeiras.


Eu sou professora e educadora para as infâncias.

E acredito na literatura infantojuvenil como parte essencial neste processo.

A literatura é capaz de gerar mudanças e transformações imensuráveis nas pessoas.

Por isto tenho um prazer enorme em escrever e ler para as infâncias.

Jandiara Rebouças Caldas Barreto


Artigos publicados

A Prática Didático Pedagógica do Professor com Relação ao Ensino da Leitura ( in: Silva, Vilma Maria(org.)Vivências e Praticas Educacionais. São Paulo, Livro Alternativo,2018

A Gestão Democrática nas Instituições Escolares ( in: Silva, Vilma Maria(org.) Fazeres Pedagógicos e Processos Educativos. São Paulo, Livro Alternativo,2018

Livros Publicados

  • As Pipoqueiras e o Tapete Mágico ( Editorarte, 2020 )

  • Beatriz Infância Raiz ( Editorarte, 2022)

  • Gabriel, o menino que um dia se viu! E curtiu! ( PoloBooks, 2023)

SOBRE SUAS OBRAS

As Pipoqueiras e o Tapete Mágico surgiu a partir de um curso de contação de histórias que a autora fez em 2012.

Porém, como o texto apresentado na época era muito extenso, foi sugerido pela editora que Jandiara criasse uma série sobre a cidade fictícia Inventa&Cria.

Este livro conta a história de três amigas que viviam sempre juntas e que um dia foram passear fora dos limites de onde seus pais autorizavam.

Chegaram a um riacho onde decidiram nadar para se refrescar, quando encontraram um tapete.

E daí em diante a história toma rumos muito interessantes.

Este livro valoriza a criança e o brincar.

(nota da autora)

Beatriz, Infância Raiz já fazia parte do processo de criação da primeira obra e foi publicada em 2022.

Este livro conta as dificuldades de Beatriz para se adaptar ao ensino fundamental, das ideias revolucionárias que os habitantes de Inventa&cria decidiram para manter a ordem e o desenvolvimento da cidade.

E principalmente de todo projeto de Beatriz.

Um história cheia de ideias incríveis.

Este livro trata das aspirações de se ater a um projeto de vida, pautado no respeito às diversidades e diferenças, na construção de parcerias sustentáveis e na formação para as infâncias saudáveis.

(nota da autora)

Gabriel, o menino que se viu. E curtiu! foi lançado em 2023, dando continuidade à série.

Um garoto ansioso e muito inteligente, que percebeu que a cor de sua pele era diferente da de seus pais.

Então ele resolveu usar o seu dom de “voar” para buscar respostas pelo mundo.

Um livro que traz mensagens e lições muito importantes.

Este livro fala da importância da leitura e o quanto os livros nos levam a lugares incríveis e aprendizados importantíssimos para nossa vida.

Sua essência

Todas as inspirações da autora vem das crianças e jovens deste país que merecem todo nosso respeito e uma educação de qualidade.

A começar pelas crianças e jovens próximas a ela, primeiro suas filhas, primeiras inspirações, depois seus netos, sobrinhos e sobrinhas e seus alunos.

Como professora e educadora para as infâncias, acredita na literatura infantojuvenil como parte essencial neste processo de gerar mudanças e transformações imensuráveis nas pessoas.

Por isto sente um prazer enorme em escrever e ler para as infâncias.

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

As Pipoqueiras e o Tapete Mágico

Beatriz Infância Raiz

Gabriel, o menino que se viu. E curtiu!

OBRAS DA AUTORA

Capa do Livro As Pipoqueiras e o Tapete Mágico, de Jandiara Rebolças Caldas Barreto, pela Editora Editorarte
As Pipoqueiras e o Tapete Mágico

Capa do livro Beatriz Infância Raiz, de Jnadiara Rebolças Cdas Barreto, pela Editora Editorarte
Beatriz Infância Raiz

Capa do livro Gabriel, o menino que se viu! E Curtiu!, de Jandiara Rebolças Caldas Barreto, pela Editora PoloBooks
Gabriel,o menino que se viu! E curtiu!

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Página Inicial Resenhas da colunista Lee Oliveira




O passado é uma roupa que não me serve mais?

Letícia Mariana:
Crônica
‘O passado é uma roupa que não me serve mais?’

Leticia Mariana
Letícia Mariana
A Tristeza de ser sozinha
A tristeza de ser sozinha
Criador de imagens do Bing

Recordo a infância. Barulhos, crianças correndo, mesas gigantes no recreio. Todos saem de perto. Ninguém quer conviver com a criança chata que fica lendo livros no intervalo.

Chegou a adolescência. Repleta de tribos, panelinhas, jovens fumando cigarros e baseados como se não houvesse amanhã. Lá no cantinho, sou eu. Sozinha e sentindo a dor de ser diferente. Abro meu livro e suspiro. De repente, surge um grupo. Ele quer que eu experimente, que eu vá e que eu tente. Que eu viva o que ele chama de vida.

Tento educadamente não ser ainda mais vista como o patinho feio, mas ainda há muita amargura e solidão em mim. Com risadas e atitudes cruéis, meus dias são os piores dias que uma adolescente poderia viver. Só queria estudar. Só queria ler. Só queria me divertir do meu jeito. Só queria ter amigos.

Alguns meninos me chamam pra sair, mas temo que eles me levem para caminhos que não quero. Evito. Algumas meninas me chamam para festas recheadas de drogas e álcool. Não posso, não devo e nem sequer desejo. Perco a oportunidade de ser alguém para eles.

São várias as piadas. Eu não acho graça de nenhuma. Vou ao banheiro chorar – um cheiro terrível que não reconheço se é cigarro ou maconha – e meu nome escrito no banheiro com ‘careta’ e ‘vadi” ao lado.

Os dias são difíceis. Os dias são tristes. Os dias são solitários.

Mas eu só quero ser como sou. Eu não quero ser como eles. Eu só quero viver feliz. Mas na minha felicidade. Não na felicidade deles. Mas o passado é uma roupa que não me serve mais.

Será mesmo?

Letícia Mariana

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Bruna Rosalem: 'Os desafios da análise em crianças e adolescentes'

Bruna Rosalem

COLUNA PSICANÁLISE E COTIDIANO

Os desafios da análise em crianças e adolescentes

Antes dos adultos procurarem um diagnóstico para

os seus filhos, procurem eles um analista.

O campo da psicanálise é em si um grande desafio para quem deseja seguir com o ofício de analista. Mais ainda, podemos dizer, quando esta técnica é aplicada ao público infantil e adolescente, pois nesses dois casos, o analista terá que adentrar no universo simbólico, fantástico dos conteúdos e seus significantes, muitas vezes se utilizando de dramatizações e técnicas envolvendo ludoterapia, desenhos, jogos e brincadeiras.

Em 1909, Freud analisou o pequeno Hans, caso muito conhecido em seus escritos, e teve grande importância para demonstrar que os métodos psicanalíticos também podem ser aplicados em crianças. Naquela época Freud já dizia que a estrutura da psique dos menores é diferente dos adultos, pois ainda não possui um superego (instância das leis, do julgamento, da interdição) totalmente estruturado. As resistências internas, tão presentes nos adultos, ficam substituídas nas crianças por dificuldades em expressar seus conflitos através de palavras. A análise em crianças e adolescentes foi ganhando cada vez mais força com os trabalhos dos pós-freudianos Donald Woods Winnicott e Melanie Klein.

Jogos e brincadeiras têm uma função de extrema importância no setting analítico. É através destes atos que a criança cria mecanismos de interação com o objeto e estabelece associações livres que vão sendo desenvolvidas neste mundo de fantasias que ela mesma cria. Para Melanie Klein, a fantasia funciona como uma descarga, assim como no adulto seria através da fala livre, dos relatos, da narrativa dos sonhos, na criança o jogo possibilita a associação livre de ideias, das fantasias inconscientes, do manifestar das angústias, sintomas, inibições, medos, receios, mecanismos de defesa, ansiedades.

Já no adolescente, as associações livres de ideias poderão ser desenvolvidas pelo método da escuta, no entanto uma escuta mais sensibilizada por parte do analista. Diferente da criança, o adolescente já é capaz de se utilizar do recurso da fala, mesmo que esta ainda não esteja totalmente desenvolvida e refinada. O próprio silêncio do adolescente no setting analítico é algo muito presente e importante para o analista voltar a sua atenção flutuante, pois por trás deste silêncio há uma mente em ebulição, fervilhante, criativa e pulsante.

Embora a fala como matéria-prima para as investigações do inconsciente esteja presente no processo terapêutico em crianças e adolescentes em estágios diferentes, esta ferramenta precisa ser adaptada constantemente durante a análise. É fundamental destacar que se trata de uma dificuldade natural de expressão verbal para estas faixas etárias. No caso do adolescente, há ainda um certo grau de superficialidade, um jogo teatral muitas vezes, como mecanismo de defesa, que resulta em percalços no processo de transferência. Cria-se uma separação, resistência, um muro entre o analista e o analisante. Quando isso ocorre, caberá ao psicanalista se reorganizar para vencer essas barreiras criadas pelo sujeito e se utilizar de demais ferramentas de linguagem e canais de comunicação que estejam adequados às condições psíquicas do adolescente para que o trabalho terapêutico se desenvolva.

Conforme ocorre a maturação física e psíquica, corpo e mente vão se modificando. O período de latência (6 aos 11 anos), de acordo com a teoria freudiana, é regulador transitório da tensão sexual, pois as relações objetais vão sendo substituídas por identificações. Isto permite que a criança destine seus impulsos sexuais em outras atividades, tenha outros interesses como os estudos, esportes, arte, faça amizades, crie relações, ou seja, sublime todo o conteúdo libidinal, adquirindo conhecimento e cultura.

Decorrendo deste estágio, a adolescência vai se configurando como um período de constantes modificações físicas e reorganização psíquica. O conteúdo sexual latente agora vai ganhar cada vez mais força em sintonia com o desenvolvimento hormonal mais aflorado e evidente nas características corporais dos meninos e das meninas.

Interessante refletir que, segundo Freud, há três lutos vivenciados pelo adolescente: o abandono de seu corpo infantil, de sua identidade de criança e dos pais de sua infância. Ele precisará estabelecer novas relações com estes objetos, o seu ego será desorganizado e reorganizado e se sobreporá ao superego. Seus ideais e valores agora serão outros e assim conseguirá certa gratificação pulsional que o manterá em equilíbrio psíquico.

Na era pós-moderna na qual nos encontramos hoje, crianças e adolescentes são acometidos constantemente por estímulos de todos os lados que muitas vezes substituem a realidade. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos como celulares, tabletes, computadores, acesso à internet em vários lugares e de modo atemporal, excesso de informações, superficialidade nas relações comunicativas e corporais sempre mediadas por redes sociais, aplicativos de conversa, de encontros, entre outros, estão cada vez mais presentes na vida cotidiana dos jovens, como um submundo virtual, e tem gerado uma série de complicações comportamentais e emocionais, como por exemplo, neo-sexualidades, vício em álcool, drogadição, transtornos de ansiedade, de humor, bulimia, anorexia, patologias narcísicas. Todos estes elementos têm provocado significativas dificuldades no público jovem em se posicionar diante dos desafios diários, escolares, profissionais e com relação ao modo como estes sujeitos se veem no mundo.

Não há como duvidar que diante desta problemática muitos pais se sentem perdidos. Vão então buscar ajuda para os seus filhos, não somente quanto às questões relacionadas a convivência diária, mas também como criar e educar estes sujeitos, estreitar os laços familiares, ou até mesmo, em casos extremos, como construir vínculos afetivos ou retomar as relações paternais e as figuras de autoridade que outrora foram se dissipando.

Embora os pais venham a ter a iniciativa de procurar ajuda profissional para os seus filhos, quando a criança ou o adolescente está imerso em um ambiente igualmente adoecido, o trabalho de análise precisa contemplar toda a família. Se a família não se organiza como um ambiente facilitador, o jovem pode buscar um apoio em seus pares, fato que não ocorre sem consequências, pois seus pares não são referenciais para estabelecer valores éticos, morais, sociais e psíquicos. O púbere então ficará à mercê de suas pulsões.

Diante disso, é possível inferir que não haveria uma maneira de pensar em um encaminhamento terapêutico isolado da família da criança ou do adolescente, pois sabemos que eles são fruto de toda uma construção ambiental, cultural, social e psíquica.

Crianças e adolescentes ao embarcarem na terapia passarão por processos dolorosos, ainda que libertadores e (re) significantes. E as figuras materna e paterna – independente de quem estiver assumindo estes papéis – tão seguidamente (ou mesmo simultaneamente), também necessitam perpassar por este caminho de sofrimento e, de possível, transformação.

Aqui vale dizer: antes dos adultos procurarem um diagnóstico para os seus filhos, procurem eles um analista.

Bruna Rosalem

Psicanalista Clínica

@psicanalistabrunarosalem

www.psicanaliseecotidiano.com.br

 

 

 

 

 

 

 




Mais de 10 livros da SESI-SP Editora são selecionados pela ONU

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Sinopse: Na aldeia Ashaninka, verão é tempo de farra de passarinho, pé de fruta carregado e pescaria em família. Mas, é antes de tudo, tempo de descoberta. As crianças deixam de ir à escola para aprender com os mais velhos a vida na floresta

Título: Palermo e Neneco

Autora: Ana Carvalho

Ilustradora: Mariana Zanetti

Categoria ODS: 11 – Cidades e comunidades sustentáveis

Sinopse: Palermo e Neneco são irmãos e pertencem ao povo Mbya-Guarani. Espirituosos, os meninos dão um jeito de se divertir e dar risada até quando precisam ajudar nas tarefas da aldeia. Além de colher palmito e cortar madeira, gostam de Michael Jackson e de festas com cantoria ao som da rabeca e do violão. Palermo e Neneco vestem-se com camiseta e bermuda e usam dinheiro para comprar sabão nas fazendas vizinhas. Mas nem sempre este contato com os brancos é amigável.

Título: A árvore 

Autor: Roberto Carvalho de Magalhães

Categoria ODS: 13 – Ação contra a mudança global do clima

Sinopse: A árvore não é um catálogo botânico. Também não é a história de uma única planta. A árvore é um livro de perguntas – por quê? desde quando ela estava ali? Quem é o sr. Angorb? Qual sua profissão? Por que foi embora? E, apesar de dar algumas respostas, levanta uma grande questão: por que o progresso humano deve estar em contradição com a natureza? E o livro também responde a perguntas que sequer foram feitas: quais são nossos sonhos? o que é realmente importante no lugar onde vivemos? qual a consequência das escolhas que fazemos? A árvore nos coloca diante da exuberância da natureza e, com humor, sensibilidade e afeto, nos induz a refletir sobre a relação do homem com ela.

 

Título: Dinossauros podem ser adestrados? 

Autor: Henning Wiesner

Ilustrador: Günter Mattei

Transcrição: Walli Müller

Categoria ODS: 15 – Vida terrestre

Sinopse: Os animais tiram férias? Os bichos têm medo do escuro? A curiosidade infantil pode ser desconcertante. De maneira descontraída, o médico veterinário Henning Wiesner apresenta informações científicas às perguntas inusitadas das crianças. Cada um dos breves textos reunidos neste livro é uma porta de entrada para descobertas fascinantes do reino animal.

 

Título: A reforma da Natureza

Autor: Monteiro Lobato

Ilustrador: José Saraiva

Projeto gráfico: Raquel Matsushita

Categoria ODS: 17 – Parcerias e meios de implementação

Sinopse: Em A reforma da natureza, há uma conferência onde todos os líderes mundiais discutem qual será o destino do mundo após a Segunda Guerra Mundial. E adivinha quem são as representantes da diplomacia brasileira que vão à conferência? Sim, tia Nastácia e dona Benta! De forma lúdica e sempre com a turma toda do Sítio, Lobato apresenta, nesta obra, um tema importante e que continua atual ainda hoje.

 

SOBRE A SESI-SP EDITORA

A SESI-SP Editora tem como ação principal organizar conhecimento nas áreas de cultura, educação, esporte, nutrição e saúde, cumprindo sua missão de apoiar a Entidade em seus mais diversos campos de atuação. Com mais de mil títulos em seu catálogo, em diferentes formatos (e-booksaudiobooks e impressos), tornou-se referência na edição de livros educacionais, infantojuvenis, de alimentação, de HQs nacionais e europeias, e de obras de interesse geral.

Para conhecer os livros da SESI-SP Editora, visite o site: www.sesispeditora.com.br e as redes sociais @sesispeditora (Instagram e Twitter) @editorasesisp (Facebook).




Dulce Rangel lança o livro 'Onde está você', para crianças e adultos

‘Onde Está Você’, o novo livro da escritora Dulce Rangel, é fruto de uma experiência de perda. Voltado para crianças e adultos, trata de temas importantes e essencialmente humanos, como o luto e a saudade

“Onde Está Você” trata-se de temas importantes e essencialmente humanos, como: o luto e a saudade (esta palavra tão bela que é encontrada somente na língua portuguesa). Como lidar com a partida de alguém querido? Seja ele um amigo, pai, mãe, avó, irmão, filho, animal de estimação? Como encarar a solidão que vem depois que esse ser amado parte para não voltar?  Autora de obras infanto-juvenis publicadas em várias editoras, com destaque para “Um Amor de Confusão”, lançado em 1994 pela Editora Moderna e atualmente em sua terceira reimpressão, Dulce sempre tentou direcionar seus escritos no sentido de ajudar os leitores a trabalhar algo internamente, seja uma perda, um trauma ou algo que é preciso desenvolver. Em “Onde Está Você”, um livro que nasceu depois que o marido da autora se foi, após anos de luta contra uma doença grave, a ideia foi narrar este lento e trabalhoso processo de reconstrução interna pelo qual ela acabara de passar, e que acontece com tantas pessoas pelo mundo, todos os dias.

Arrependimentos ou sensações de culpa também podem surgir depois que alguém se vai. Será que fiz algo errado, ou deixei de fazer alguma coisa? “Onde Está Você” tenta elaborar emocionalmente as dores e pensamentos que se abatem sobre a criança ou adulto que lida com a ausência de alguém. Os desenhos aquarelados de Maria Diva que acompanham os textos fazem um contraponto delicado e sugestivo a cada fase desse processo, com cores que surgem aos poucos e acompanham o desenvolvimento interno de quem lê, assim como os espaços em branco e os “silêncios” nas páginas do livro. E, gradualmente, descobrimos como encontrar dentro de nós maneiras de resgatar o que de melhor aquele ou aquela que partiu nos legou. Encarando a ausência de modo lúdico e até mesmo mágico, como um jogo para o qual existe solução.

‘Onde Está Você’ chega ao mundo num momento muito simbólico, no qual a humanidade enfrenta uma pandemia que já tirou a vida de milhares de pessoas e tem afastado outras tantas de seus entes queridos, isolando-as em casa ou em quartos de hospitais. Um ano de muito sofrimento, mas também de aprendizado para todos.

Desde 2020 tivemos de nos recolher e nos afastar-nos de pessoas queridas a fim de preservar a vida de todos, o que confere a este livro admirável contundência. Ao sentir a falta de alguém que amamos, podemos trabalhar nossos sentimentos e resgatar o que há de mais verdadeiro nos laços afetivos. Como revela sua contracapa, “Onde Está Você” guia o jovem leitor numa jornada interior pelos caminhos da saudade.

Ficha técnica:

Título: “Onde Está Você”

Autoria: Dulce Rangel de Montrigaud

Concepção: Lise Colette e Dulce Rangel de Montrigaud

Ilustrações de capa e miolo: Maria Diva Tardivo

Faixa etária: a partir de 07 anos

Páginas: 46

Formato: 20 x 20 cm

Selo: Livre Pensar Editorial

Preço sugerido: R$ 45,00

Sobre a autora:

Dulce Rangel de Montrigaud é paulistana e reside em Avaré, no interior de São Paulo. É escritora, designer e tem sua obra publicada em editoras como Moderna, Vozes, Kuarup, e ONG Viva e Deixe Viver. Após uma dolorosa, mas vitoriosa experiência pessoal, percebeu a importância da criatividade para a recuperação de crianças e adolescentes em tratamento de saúde. Desde então, muitas de suas criações visam incentivá-los na busca por um viver em harmonia com sua realidade. Em seus livros, Dulce procura criar textos positivos e que elevem a autoestima dos jovens leitores, permitin do que eles possam buscar um caminho que os estimule em seu crescimento pessoal, através do pensamento positivo e do exercitar dos sonhos. Em 2016, seu marido faleceu após anos de luta contra uma doença grave. “Onde Está Você” é não só uma homenagem e declaração de amor a ele, mas também um alento a todos que passam pela dolorosa perda de um ente querido.

Sobre a ilustradora:

Maria Diva Tardivo, é natural de Avaré, São Paulo. É psicóloga e designer, trabalha com arteterapia e ilustração, além de ser professora de artes. Em sua ampla área de atuação profissional, utiliza a linguagem artística como forma de facilitar e auxiliar na elaboração de dores emocionais. Em especial para este trabalho, a ilustradora optou pelo uso do desenho e da aquarela, com traços e cores que sugerem orientações para a trajetória individual do leitor.

 




Neurocientista explica porque a pandemia causa ansiedade nas crianças

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas.” (Nicolas Cesar)

O estresse decorrente do cenário atual, tem um impacto profundo no desenvolvimento das crianças, afetando diretamente nas funções do sistema executivo do cérebro, responsável por controlar as emoções, pensamentos e ações na vida social, intelectual e afetiva.

Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, as crianças ainda não têm plenamente desenvolvido o córtex pré-frontal, região do cérebro crucial para o monitoramento e ajuste das respostas emocionais, como os adultos, por isso não entendem com clareza o que todos estão vivendo, tornando-se mais influenciadas pelas emoções, especialmente as negativas, que deixam marcas profundas em suas mentes.

Ao vivenciar dificuldades frequentes ou prolongadas em confinamento, como falta de socialização, pobreza extrema impossibilitando uma alimentação adequada, luto e exposição à violência abuso físico ou emocional, acontece o aumento da liberação de cortisol e adrenalina, provocando a curto prazo, preocupação excessiva, transtorno do sono, piora na imunidade, desconforto, dores de cabeça, agitação e irritabilidade.

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas. Além disso, podem ficar irritadiças, pois não compreendem direito o que é a frustração e porque se sentem assim. Em casos mais graves, como diante da perda de um ente querido, podem ficar até mesmo traumatizadas. Por outro lado, a presença dos pais pode, em um ambiente acolhedor para a criança, fazer toda a diferença”, diz Nicolas.

Geralmente os transtornos mentais ocorrem a partir de uma interação entre a genética e as experiências de vida da criança, por serem mais sensíveis a essas situações de vulnerabilidade, caso não estejam vivendo em um ambiente saudável, rico em afeto e atenção, podem desencadear episódios de ansiedade e depressão. Os traumas adquiridos durante a pandemia, pode impactar os pequenos no futuro, em sua vida pessoal e profissional.

Para saber mais sobre o neurocientista Nicolas Cesar, acesse o Instagram: @nicaolasneuro

Sobre Nicolas Cesar
Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente – Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”.

Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning.

Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC