E no túmulo, Aristóteles chorou
Pietro Costa: ‘E no túmulo, Aristóteles chorou’
No exame minucioso dos clássicos da ciência política
A gestão pública se dá com sobriedade e comedimento
Bem assim na vivência das lições do virtuoso estagirita
Que desaconselham a mesquinharia e o esbanjamento
Na administração pública brasileira, onde está a decência?
No loteamento do poder conforme critérios casuísticos?
Nas deliberações do convívio, onde se situa a prudência?
Na Lei Maior que se desvirtua por escusos subjetivismos?
Animais políticos perpetrando embustes para dilacerar inimigos
Gritos e contendas incivilizadas para a preservação de ‘status’ e nichos
Pontes assimétricas mal interligam as realidades de abastados e desvalidos
Cargos comissionados por DESconfiança, e a ousadia se desmobilizou
Cúmulo de regalias, facínoras incrustados em palácios, mas o povo se calou
Vãs filosofias no espaço da vida coletiva, e no túmulo Aristóteles chorou
Pietro Costa