Você

José Antonio Torres: Poema ‘Você’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
"Apreciava a paisagem e as belezas naturais com admiração..."
Imagem gerada com IA do Bing - 28 de outubro de 2024, 
às 4:17 PM
“Apreciava a paisagem e as belezas naturais com admiração…”
Imagem gerada com IA do Bing – 28 de outubro de 2024,
às 4:17 PM

Sempre fui um otimista…
Nos momentos críticos, mantive a calma;
Afinal, o desespero só atrapalha o raciocínio e as decisões a tomar;
Apreciava a paisagem e as belezas naturais com admiração,
Mas… faltava algo…
Sentia um certo vazio…
Havia uma indefinição na minha existência…
Não estava completo;
Não me preocupava com isso,
Mas essa sensação estava presente.
O tempo passa…
Você aparece como uma luz que a tudo ilumina…
Preenche o meu vazio interior…
Dá cor a cada detalhe da minha vida…
A tua ternura afaga cada parte do meu ser de modo calmo e sereno…
Agora sim, te amando, tudo faz sentido…
Estou pleno.

José Antonio Torres

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Vi e senti amor em meio à dor

Edna Froede: ‘Vi e senti amor em meio à dor’

Edna Froede
Edna Froede

Testemunhei a fúria da natureza em um único Estado, onde chuvas torrenciais, enchentes, rios transbordando e ventos violentos isolavam pessoas, derrubavam casas e levavam consigo vidas inocentes. Vi a devastação sem piedade, levando tudo em seu caminho, das casas às árvores, dos carros às esperanças.

Ouvi os gritos de desespero, a fome, a sede, o pavor ecoando por todos os lados. E nesse caos, como um lamento coletivo, vi algo surpreendente: uma força protetora, como se a própria terra estivesse defendendo-se da ganância humana que busca desenraizá-la.

Nesse cenário desolador, vi poderosos e simples, justos e ímpios, todos compartilhando da mesma angústia. Mas mesmo na adversidade, uma presença divina parecia guiar os destinos. Aqueles que mantinham a fé permaneciam firmes, enquanto os descrentes lançavam suas blasfêmias.

Contudo, em meio à desolação, vi algo ainda mais poderoso emergir: o amor. Vi pessoas se unindo em solidariedade, estendendo mãos amigas para salvar os desamparados. Vi, ouvi e senti a essência humana se elevar acima do terror, revelando a beleza da compaixão em tempos sombrios.

Assim, vi em meio ao caos e ao terror, a beleza e a harmonia do amor.

Edna Froede

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No meio da noite…

Sergio Diniz da Costa: Conto ‘No meio da noite…’

(Contos da adolescência)

Sergio Diniz
Sergio Diniz
"A sua demência o tortura e ele grita"
“A sua demência o tortura e ele grita”
Microsoft Bing – Imagens criadas pelo Designer

Um homem caminha no meio da noite completamente só.

Entre a bruma da noite quente-fria o andarilho solitário vaga sem destino. Com ele segue apenas o seu desespero.

Percebe-se em suas faces maceradas pelo sofrimento uma loucura intedestino

rior, própria de pessoas jogadas em um canto qualquer de um hospital psiquiátrico.

A sua demência o tortura e ele grita. Mas seus gritos são abafados pela noite fria-quente. Ele continua vagando sozinho pela neblina compacta. Completamente só!

A noite, com seu manto negro, amorfo, implacável, cobre o andante que, pelas ruas desertas e frias, luta em vão para vencer seu próprio ego semidestruído e irrecuperável.

Nesse momento, ele grita, novamente; porém, de suas cordas vocais saem apenas sons ininteligíveis. Ele os compreende, ou pensa compreendê-los. Ele os aceita, pois faz deles a sua própria agonia íntima.

As horas chegam sorrateiramente, maquiavélicas, como noturnos viajantes em tavernas obscuras de estradas desertas e pestilentas. Elas chegam e penetram naquele ser humano que caminha só em meio às negras nuvens quentes-frias de uma noite perdida no tempo, na inconsciência e no desespero humano.

Este homem estará sempre só, pois, em meio à multidão de almas semimortas , ele não fala, não ouve, não vê. Ele fala somente a linguagem da noite fria-quente; uma linguagem sem sons conexos, feita apenas de interrogações…

Sergio Diniz da Costa

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Para sempre ou agora?

Cleidy BPM: Poema ‘Para sempre ou agora?’

Cleidy BPM
Cleidy BPM

Tempo que se alonga traz saudade 

Tempo que se encurta, depressão 

Muito tempo traz o tédio 

Pouco tempo, desespero  

Perdendo tempo em busca do tempo certo 

Achando tempo para fazer o que é certo 

Errado é achar que o tempo é eterno 

Mais errado ainda é duvidar da eternidade 

Meu tempo é um e o seu é outro 

Dois tempos inteiros, quem diria? 

Corro para chegar a tempo 

O tempo corre de mim 

Alcanço o tempo no caminho 

Esse tempo não tem fim 

Repetindo tempo aqui, exaustão 

Procurando tempo lá, desilusão 

Paro de falar no tempo, ele não para 

Menciono seu nome, ele me olha de longe 

Tempo que traz medo 

Tempo que leva a dor 

Tempo carrega o perdão 

Tempo solta o peso 

Novos tempos que chegam 

Velhos tempos guardados 

Alguns tempos passam 

Para sempre ou agora? 

Todos os tempos continuam a existir

Cleidy BPM

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