Sempre fui um otimista… Nos momentos críticos, mantive a calma; Afinal, o desespero só atrapalha o raciocínio e as decisões a tomar; Apreciava a paisagem e as belezas naturais com admiração, Mas… faltava algo… Sentia um certo vazio… Havia uma indefinição na minha existência… Não estava completo; Não me preocupava com isso, Mas essa sensação estava presente. O tempo passa… Você aparece como uma luz que a tudo ilumina… Preenche o meu vazio interior… Dá cor a cada detalhe da minha vida… A tua ternura afaga cada parte do meu ser de modo calmo e sereno… Agora sim, te amando, tudo faz sentido… Estou pleno.
Testemunhei a fúria da natureza em um único Estado, onde chuvas torrenciais, enchentes, rios transbordando e ventos violentos isolavam pessoas, derrubavam casas e levavam consigo vidas inocentes. Vi a devastação sem piedade, levando tudo em seu caminho, das casas às árvores, dos carros às esperanças.
Ouvi os gritos de desespero, a fome, a sede, o pavor ecoando por todos os lados. E nesse caos, como um lamento coletivo, vi algo surpreendente: uma força protetora, como se a própria terra estivesse defendendo-se da ganância humana que busca desenraizá-la.
Nesse cenário desolador, vi poderosos e simples, justos e ímpios, todos compartilhando da mesma angústia. Mas mesmo na adversidade, uma presença divina parecia guiar os destinos. Aqueles que mantinham a fé permaneciam firmes, enquanto os descrentes lançavam suas blasfêmias.
Contudo, em meio à desolação, vi algo ainda mais poderoso emergir: o amor. Vi pessoas se unindo em solidariedade, estendendo mãos amigas para salvar os desamparados. Vi, ouvi e senti a essência humana se elevar acima do terror, revelando a beleza da compaixão em tempos sombrios.
Assim, vi em meio ao caos e ao terror, a beleza e a harmonia do amor.
Um homem caminha no meio da noite completamente só.
Entre a bruma da noite quente-fria o andarilho solitário vaga sem destino. Com ele segue apenas o seu desespero.
Percebe-se em suas faces maceradas pelo sofrimento uma loucura intedestino
rior, própria de pessoas jogadas em um canto qualquer de um hospital psiquiátrico.
A sua demência o tortura e ele grita. Mas seus gritos são abafados pela noite fria-quente. Ele continua vagando sozinho pela neblina compacta. Completamente só!
A noite, com seu manto negro, amorfo, implacável, cobre o andante que, pelas ruas desertas e frias, luta em vão para vencer seu próprio ego semidestruído e irrecuperável.
Nesse momento, ele grita, novamente; porém, de suas cordas vocais saem apenas sons ininteligíveis. Ele os compreende, ou pensa compreendê-los. Ele os aceita, pois faz deles a sua própria agonia íntima.
As horas chegam sorrateiramente, maquiavélicas, como noturnos viajantes em tavernas obscuras de estradas desertas e pestilentas. Elas chegam e penetram naquele ser humano que caminha só em meio às negras nuvens quentes-frias de uma noite perdida no tempo, na inconsciência e no desespero humano.
Este homem estará sempre só, pois, em meio à multidão de almas semimortas , ele não fala, não ouve, não vê. Ele fala somente a linguagem da noite fria-quente; uma linguagem sem sons conexos, feita apenas de interrogações…