Num dia claro de verão

Evani Rocha: ‘Num dia claro de verão’

Evani Rocha
Evani Rocha
Num dia claro de verão
Num dia claro de verão
Imagem criada pela IA do Canvas

Quero ir embora

Num dia claro de verão

Quero um céu raso

De nuvens brancas,

E um tapete de flores no chão.

Quero ir embora devagar,

Sem pressa na despedida.

Quero abraços apertados

E sorriso escancarado

Não quero adeus,

Mas um ‘até logo’

Quero enxutos meus olhos

E a alma,

Límpida como as águas.

Quero despir-me do orgulho,

Do medo e do espelho

Quero ir de peito aberto,

E ao vento, os cabelos

Aliás, não quero laços

Nem perfume de jasmim

Mas quero desatar os nós

Que se prenderam a mim

Deixar as regras terrenas

As horas longas do tempo

Levar comigo somente

Toda liberdade plena!

Evani Rocha

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Levo o que conquistei

Verônica Moreira: ‘Levo o que conquistei’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
"Levo comigo o ontem, o hoje e o amanhã!"
“Levo comigo o ontem, o hoje e o amanhã!”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Levo pra vida inteira, instantes!
Levo saudades
Levo semblantes!

Levo traços de um velho rosto
Levo no paladar um antigo gosto!

Levo comigo bagagens!
Levo o pesar da despedida…

Levo o abraço fraterno
Levo o que me é eterno!

Levo lições dessa vida
Levo muito aprendizado!

Levo o riso que instiga a viver
Levo o viver que me instigou o riso.

Levo o pranto que aliviou a alma
Levo a alma que me causou o pranto.

Levo comigo o ontem, o hoje e o amanhã!

Levo a véspera de uma breve despedida.

Levo o que conquistei
Mas deixo enterrado num mesmo lugar, a carcaça que tanto me fez sangrar!

Verônica Moreira

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Ópera da morte

Natália Tamara: Poema ‘Ópera da morte’

Natália Tamara
Natália Tamara
Ópera da morte
Microsoft Bing – Imagem criada pelo designer

Chanceler da fúnebre despedida,

Estranho dueto – finito ao infinito!

Afônico grito da saudade infinda

Vibra em Dó maior o sopro do tenor.

Defesas abandonadas, alma em pedaços

Pulsa sem pausa as harpas do coração!

Canção execrável, consternados abraços

Ópera vibrante! Contrafagotes de ‘celebração’.

Excelsa transcendência para paz espiritual,

Flautins ecoam versos trépidos e roucos

Algozes de um adeus rubro e sacramental

Suspiros profundos, olhos úmidos e opacos.

Mistério milenar! Silêncio fatal,

Violinos retinem o badalar das horas mortas

O romântico beijo da morte é letal,

Música obscura para audições distintas.

Natália Tamara

Obs.: Poema que obteve 1º lugar no I Festival de Poesias Contemporâneas. 

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Em algum lugar

Will Guará: Poema ‘Em algum lugar’

Will Guará
Will Guará
"Agora eu sei que nada é pra sempre. O tempo se vai, sem se despedir"
“Agora eu sei que nada é pra sempre. O tempo se vai, sem se despedir”
Criador de Imagens do Bing

Agora eu sei que nada é pra sempre

O tempo se vai, sem se despedir

Sempre pensei que seria diferente

Mas o amor se esvai, sem se permitir.

Agora eu sei que o passado é presente

E o futuro é fugaz, sem se importar

Mas o amor é eterno, mesmo que ausente

E sempre estará em algum lugar.

Will Guará

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