À procura de uma dignidade duradoura

Ella Dominici: ‘À procura de uma dignidade duradoura’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem gerada por IA do Bing - 13 de dezembro de 2024
 às 7:38 AM
Imagem gerada por IA do Bing – 13 de dezembro de 2024
às 7:38 AM

Onde estiveste de noite?
noite-memória dos sinos,
Sondando Deus?

Iluminações em mistérios são alcance
da essência substancial das coisas

Onde estiveste quando no céu surgia a estrela….

E na epifania celeste surgia
o relance que passaria
como um cometa que viveu entre os homens
não estrelando poder, mas envergando brilho terreno na pacificação

Deixando caminho do alcance das dignidades

Onde estiveste na noite?
Noite-memória da vinda Criança-esperança,
Sendo tu sondado?

Alma personificada no ser perdido,
esta, sonda profundezas de memória no celeiro deixado,

nobre encontro com a identidade do eu verdadeiro,

procura da revelação do ser, é encontrar dignidade em Cristo

epifania celeste neste acampado divino corpo ,
ora propriedade terrestre
ora essência de perfume,
intangível com o olhar
invisível com as mãos, dedilhado com o âmago
saboreado com o paladar da plenitude da alma

Caia a neve como manto de amor em nossas almas,
Empalideçam as estrelas cadentes do orgulho e desafeto,

Despontem e venham estrelitas de humildade em forma de simples aceitação das diferenças

Caia a membrana que cobre os olhos e esconde de si a luz que quer brilhar

Cintilem noites despojadas de presunções e intenções

Cintile em lares e famílias com perdões e afagos em abraços e em orações

Que o presente alcançado por Deus brilhe fulgurante

Seja a dignidade de guardar o menino nos sentimentos,
trilhar os passos do
Homem que se fez carne

“amar ao outro como a si mesmo”
em todos os cantos,
aguardando não a próxima noite de festa
Mas vencendo os dias e noites na espera

Da almejada Manhã!

Eterna Dignidade

Ella Dominici

Voltar

Facebook




O toque divino

José Antonio Torres: Poema ‘O toque divino’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem gerada por IA do Bing - 12 de novembro de 2024 
às 7:18 AM
Imagem gerada por IA do Bing – 12 de novembro de 2024
às 7:18 AM

Caminhava olhando para baixo…
Vez por outra, olhava para os lados e para a frente,
Mas não importavam as paisagens, as pessoas…
Vivia ensimesmado…
Uma angústia fria e torturante habitava em mim;
Perdido, não conseguia divisar uma saída…
Esticava meus braços para baixo
E só havia a terra fria e árida…
Estendia-os para os lados e não encontrava amparo…
Ao estende-los para a frente,
Via o futuro fugir e se distanciar de mim.
Quando o desespero e o desânimo já tomavam conta do meu ser,
E com o espírito destroçado pelo vazio da minha existência,
Em uma súplica final,
Ergui os braços para o alto e,
Como um raio quente e revigorante percorrendo meu corpo,
Senti o toque suave e acolhedor da mão de Deus.

José Antonio Divino

Voltar

Facebook




Meu netinho Abraão

Verônica Moreira: Poema ‘Meu netinho Abraão’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
Daniel, Abraão e Isabele - Foto por Verônica Moreira
Daniel, Abraão e Isabele – Foto por Verônica Moreira

Mesmo acordada, sonhei
E pedi a Deus em oração:
Pai, dê-nos o amor que nos falta
E Deus nos deu o Abraão.

Ah, quanta emoção nós sentimos
Quando anunciaram que viria
Nossos sorrisos iluminados
Transbordavam o amor que sentíamos.

Mesmo antes de o conhecer
Olhar seus olhinhos serenos
Sentir seu cheirinho gostoso
Pegar seus pezinhos pequenos

Ouvir seu chorinho a nos falar
Sentir seus dedinhos pequeninos
Tocar nossos rostos felizes
Enquanto o ninamos no colo.

Você nem havia nascido
E já nos fazia tão feliz!
Confesso, antes de tê-lo nos braços
Já o amava de toda minha alma.

Se hoje, com Jesus eu me encontrasse
Di-lo-ia somente: gratidão!
Por ser o meu netinho querido
Pela felicidade estampada no rosto do papai Daniel e mamãe Isabele.

Eu prometo, irei amá-lo
Com toda força do meu coração
Cuidarei com afeto e zelo
Orarei por você, com devoção.

Abraão, que o amor de Deus lhe alcance.
Seja bem-vindo bebê
Que papai do céu o abençoe
Sinta o nosso amor por você.

Verônica Moreira

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Noites e luas num portal

Letícia Mariana: ‘Noites e luas num portal’

Leticia Mariana
Letícia Mariana
Imagem do Banco de Imagens do Canva
Imagem do Banco de Imagens do Canva

Era noite. Algo ocorria dentro de mim. Eu não era a mesma pessoa.
Após tantas letras, alguns números rodeavam minha cabeça. Uma lógica confusa. Meus versos se tornavam além das estruturas – das minhas estruturas. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo.

“Onde estou?”, pensava. Na pracinha do Bairro Peixoto, algo estranho acontecia. Conversei com uma bela moça que me dizia que o destino nos reserva surpresas que só Deus poderia definir.
Mais um dia se passava. Fiquei tão tonta que até para hospitais me levavam. Sua presença era como aprender além do que eu poderia aprender. Troquei meus livros favoritos por livros nos quais jamais leria por conta própria. E eram livros interessantíssimos. Meus versos foram mudando de tom, de som, de saudade. E eu estudei matemática mais um pouco.

A noite era estranha. Eu deveria ser feliz ao seu lado, mas eu não te conhecia. Jamais saberia onde encontrá-lo. Meu destino estava traçado com ele. E ele era real, mas você não era. O portal deveria se fechar antes que algo pior acontecesse. Antes que eu enlouquecesse de vez.
Como fugir do portal? Você era o professor mais incrível do mundo, o amigo mais fiel, o amor que eu jamais teria. Nos meus sonhos, eu te via em várias dimensões. O tempo era diferente com você. O tempo era só nosso. Enquanto o outro homem, que era destinado para casar comigo, me cobrava de todas as maneiras. Eu não sabia o que fazer.

Na verdade, quando me vi longe daquele portal, senti que precisaria te encontrar. Tive que escolher o destino que deveria seguir. Fiquei tão triste, tão sozinha. Você tinha ido embora. E eu não sabia onde encontrar você. Os seus números se foram, suas músicas estranhas, os bailes de época, nosso bebê. Tudo tinha ido embora. Todas as horas do relógio voltaram a ser as mesmas. Tudo estava no lugar. As equações se apagaram e deram luz ao meu novo livro… tão triste como antes. E eu não sabia onde te achar.

Não pude continuar com isso. Minha vida pacata, minhas lágrimas, minhas dúvidas se fico ou se vou, se te procuro ou se aceito o meu destino chato.
Foi quando uma vela se apagou…

e eu te encontrei novamente.

Letícia Mariana

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Desafiando o vital desafio: Invicto

Ella Dominici: ‘Desafiando o vital desafio: Invicto’

Ella Dominici
Ella Dominici
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Desejou Deus e o fez.

Gemeu o mundo na criação, gemido de êxtase no nascimento do universo, em explosiva emoção do esplêndido.
Formou luz, astros, cor e detalhes, no gesto Criador.
Seres e oceanos, seres e atmosfera, seres e floras,
céu e terras.

E a oposição se fez negrume, enquanto vida era lume.
Jamais desocupou trevas, antes e antes do antes.

Para vencer o desafio de desafiar escuridão e sombras,
aglomeração de nuvens, névoas que cobrem os olhos
das agonias de solidão e melancolias…

Criou o Artífice bem assim.

Estrelas infinitas estrelas
Areias incontáveis areias
Águas tantas águas
Macho e fêmea
Homem e mulher
Espírito e alma
Amor que quer gestos contínuos
de vidas e mais vidas

Homem, Adão dos homens
Mulher, Eva das mulheres.
Desafiando a própria Criação que é indiscutível.

E a continuidade foi vencer a incredulidade pela manutenção da vida.
Crer na invencibilidade às afrontas quaisquer.

Durante a caminhada da vida, passa-se por
percalços em aflições ,
lágrimas caídas, sorrisos deixados,
dores esquecidas,amores negados.
Tudo anotado.

O desafio maior do existir é o nascer,
a afronta maior do existir é se despedir desta existência.
É pacificar a própria consciência.
Verdades absolutas e resolutas de si.

O desafio superior é o renascimento.
Trata-se de luta contra hostes espirituais da maldade,
no vencer a iniquidade, crises de realidades,
desejos intensos, ambiguidades;
tudo pela verdade da Alma.

É quando se encontra a liberdade do que se conseguiu,
não se agiu, existiu, partiu
É quando se alcança a liberdade do rigor,
das lâminas de adagas afiadas à vida.

E o amor buscou do corpo o adeus sincero e além dele sorriu ao Eterno
O amor além-corpo se alça ao voo, no desafio supremo do renascimento.

O sentido da morte é já ter sido vencida, é o sentido divino à vida.

Transcende o homem como coautor da própria história,
pelo Consumador de sua fé, de sua Eternidade.
No final do vital desafio a Vitória da vida pela Vida.

Ella Dominici

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Creio em Deus

Denise Canova: Poema ‘Creio em Deus’

Denise Canova
Denise Canova
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Creio em Deus

Ele pode tudo

Creio nesse poder

Eu simplesmente creio

Dama da Poesia

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




A oração e a fé

Edna Froede: Poema ‘A oração e a fé’

Edna Froede
Edna Froede

Na oração, a fé se ergue em fervor.
Poder transformador, que tudo pode mudar.
Deus, em sua sabedoria, nos concede o melhor,
mesmo quando a visão não alcança enxergar.

Como Jacó, em sua jornada, em busca de abrigo,
um travesseiro de pedra, seu único conforto.
Mas ali, no repouso, surge um sonho mais que real
uma escada celeste, símbolo de suporte como pedra fundamental.

Anjos ascendem e descem, numa ação divina,
ligando a Terra ao Céu, numa comunhão bendita.
Assim é a oração, que nos aproxima da divina sina,
e nos conduz à paz, na jornada infinita.

Edna Froede

Contatos com a autora

Voltar

Facebook