A matemática da presença

Pietro Costa: ‘A matemática da presença’

Pietro Costa
Pietro Costa
A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena
“A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena”
Imagem criada pela IA do Bing

Multiplico
As estrelas do céu por suaves devaneios
A ternura feminina pela busca de aconchego
As cores das borboletas por poéticos anseios
O perfume das flores por afáveis galanteios

Somo
O voo da águia-serrana e a vastidão do universo
A curiosidade estudantil e os gênios inquietos
O molejo próprio do samba e a coragem do afeto
A alegria juvenil e a mística que circunda o sexo
O chilreio do Curió e a epifania avivada nos versos
O brilhante lampejo da ideia e o som de um bolero
A magia do trenó e o clarão que traz cura aos cegos
A reflexão profunda e o ensejo do diálogo aberto

Subtraio
Depressões dissimuladas por ‘emoticons’ e ‘likes’
A aguda dependência por gurus e celebridades
Respeitáveis reputações em detrimento da probidade
A conversão a ritos sem a ascensão da espiritualidade

Divido
A sabedoria rósea, cultivada no solo da experiência,
Pelos mistérios dos ventos, em frutos de transcendência
A náusea filosófica, na politicagem de conveniência,
Pelo magistério dos tempos, em sementes de resiliência

Encontro, como resultado:

A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena,
Na espiral da quietude, liberdade e outras proezas,
Aventuras longas, memoráveis, mágicas, passageiras,
Divina, instrutiva, densa, a matemática da PRESENÇA.

Pietro Costa

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De Tiros (MG) para o ROL, a pena poética de Clébio Pessoa

A alma mineira de Clébio Pessoa decanta o amor em toda a sua plenitude

Clébio Pessoa

Clébio Pessoa, natural de Tiros (MG), é escritor, poeta, membro da AIAP – Academia Intercontinental de Artistas e Poetas e autor do livro ‘Devaneios’.

Sua seara literária tem sido reconhecida nacional e internacionalmente por muitos prêmios, dentre os quais Prêmio Nacional de Literatura, outorgado pelo Instituto Cultural Colombiano Casa Poética Magia y Plumas; Reconocimiento de Excelencia, pelo Grupo de Poesia Virtual Internacional e Destaque de Honra, pelo Grupo Nossa Essência; Placa de Oro, pelo Dia Internacional de La Poesia 2020; Diploma de Honra 2020 e Placa Literária – Medalhão VIP.

No biênio 2005-2006, quando obteve o título de PhD em Português na Universidade de Coimbra (Portugal), foi galardoado pela Reitora da Universidade, Rose Nunes, com esta distinção: “Trago cultura hispano-romana/ Desde Portu Cale da Galécia/ Reverberada nos Sermões de Vieira/ Na poética de Camões e Versos de Clébio Pessoa”.

Clébio Pessoa inicia sua jornada literária ROLiana com o poema ‘Devaneios’

Devaneios

Devaneios poéticos
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Ao nos amarmos, mantemos
a galhardia de deixar acontecer
renovando acepções, devaneios e vidas
ficando constantemente em êxtase.

Corações enfatizam inefáveis
fórmulas das querenças,
onde entusiasticamente nós
revelamos eternos parceiros.

Prazeres colossais refazemos
em imagináveis ilusões, onde
são paradisíacos os encantos de tocar,
predominando sempre o amor.

Espetáculos são refeitos,
onde desfilam almas gêmeas
que nos fazem ficar perplexos
como amantes em foco: estás!

Clébio Pessoa

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Sergio Diniz da Costa: 'ETÉREAS: MEUS DEVANEIOS POÉTICOS – II'

Sergio Diniz da Costa: ‘ETÉREAS: MEUS DEVANEIOS POÉTICOS – II’

 

Sergio Diniz da Costa
Sergio Diniz da Costa

ETÉREAS: MEUS DEVANEIOS POÉTICOS – II

(COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos.

Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012)

 

NATURÁLIA

A flor enrubesceu

Ao beijo do colibri

E duas lágrimas rolaram

De timidez e de emoção!

 

(Poema classificado em 2.ª lugar no Concurso

de Poesias de Piedade/SP, em 1993)

 

…………………………………………………………………

C R I A Ç Ã O

 

Meus versos, minha poesia

Não me pertencem:

Faço-me instrumento

De vidas alheias

De alheios sentimentos.

Sento-me no Banco da Vida

E transcrevo o grande poema

Dos homens

E dos deuses!

Minhas linhas são minha efígie

No anverso e reverso

Da moeda do tempo;

Crio vidas já nascidas

Sou senhor de alforriados

Pastor sem rebanho.

 

Meus versos, minha poesia

Não me pertencem:

Sendo a vida luz

Sou iluminado

E ilumino

Por minha vez!

 

………………………………………………….

 

VÉRTICE  DIVINO

Durante milênios

Sentei-me na relva do mundo

E perscrutei as estrelas

Em busca de outros seres.

Durante milênios

Ao lado de pequenina semente

Reguei minha imaginação

Buscando formas

Procurando respostas.

 

Durante milênios

As estrelas cintilaram

E a roda do universo girou

Mas meus olhos cegos

Somente viram sombras

Da realidade tão perto.

 

Durante milênios

Voei o voo raso

Dos desencontros

Sentei-me no topo do mundo

E somente vi desolação.

 

Durante milênios

O mundo sulcou minh’alma

E descerrou minhas ilusões

E a semente da vida

Agora em botão

Mostrou-me os seres

Que há muito

Davam-me as mãos.

 

……………………………………………………

 

 

PEREGRINAÇÃO

 

Sobre o Himalaia da imaginação

Além, muito além das insondáveis alturas,

Através da névoa dos tempos, das eras,

Navega o peregrino das estrelas

Viajante do tempo, das dimensões.

 

Além, muito além das insondáveis alturas,

Num mergulho nas dimensões interiores,

Céu e Terra se fundem na imensidão

Do cosmos, do infinito, dos universos.

 

Através da névoa dos tempos, das eras,

Quantas roupagens, quantos fardos, quantos encontros.

Ascender, ascender, ascender,

Sempre e sempre, rumo ao amanhecer

D’outras existências, d’outras transcendências.

 

Sobre o Himalaia da imaginação

Além, muito além das insondáveis alturas,

Através da névoa dos tempos, das eras,

Navega o peregrino das estrelas

Noutras certezas, noutros encantos, noutros encontros.

 

…………………………………………………………………………….

 

 

METÁFORA

 

A imensidão é meu destino

A plenitude, meu regaço.

Por tantas terras percorri

Por tantas existências eu vivi.

 

Tenho por inevitável fado

O desabrochar da luz

Da luz que arde, da luz que queima,

Qual fogo amigo em noites frias

Aquecendo reminiscências.

 

Tenho por horizonte o infinito

E em meu caminhar alígero

A pressa de chegar;

Chegar ao portos d’outras conquistas.

 

A imensidão é meu destino,

A plenitude, meu regaço.

Nesta cósmica metáfora

Fecho as portas do passado

Pois sou futuro,

Neste eterno agora!

 

……………………………………………….

 

 

CRISTÁLIDA

 

Cristal, crisálida, cristálida

Desabrochar da luz

Em pétalas, em néctar, em sóis.

 

Explosão de auroras boreais

Despertar de mágicos cristais

Cristal, crisálida, cristálida

Sob os brilhos astrais, vendavais

De sons, de cores, de flores.

 

Nave luminosa, em voo final

Sonho de amores, sonhos siderais

Cristal, crisálida, cristálida

Sob as vestes angelicais

Fluir, fluir, além dos Portais

 

………………………………………………..

 

 

ESPELHO

 

Quando o tempo tatuar meu corpo

Com as rugas da idade

E o espelho refletir minha imagem

Tão estranha aos ares da mocidade

Que verão meus olhos cansados?

Uma vítrea personagem sem alma

Dublando um resto de vida?

Uma alma esculpida em bronze

Afrontando, sobranceira,

O inevitável Mistério?

 

As linhas tão profundas

Sulcando minha matéria frágil

Aumentarão a luz

De minha candeia íntima

Transformando minh’alma

Prenhe de liberdade

Num candeeiro sem fim?

 

Ó Tempo, eterno coletor de débitos!

Que me cobrará teu aguçado desígnio?

 

Quando o Tempo tatuar meu corpo

Com as rugas da idade

E minha imagem diluída no espelho

Perder o alento de quem se mira

Indagarei aos anos idos:

Que espectro me reveste o presente:

Anjo ou demônio?

 

Quando o Tempo tatuar meu corpo

Com as rugas da idade

E no espelho não houver imagem

Que me cobrará a Vida?

Com que peso ou leveza

A Pena da Eternidade

Lavrará minha sentença?

 

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HOMENAGEM  A  VINICIUS

 

Não quero rir meu riso

Nem derramar meu pranto em vão,

Por vãos gemidos.

 

Quero, sim, rir meu riso

E derramar meu pranto

Por vãos d’almas afins.

 

Não viverei vãos momentos

E por tudo serei atento

Pra me lembrar da vida

Que é eterna, ainda que chama

E infinita em si mesma.

 

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V A T I C Í N I O

 

Enquanto o belo

For estandarte;

O ideal

Profissão,

O canto do poeta

Será semente

Fecundando

A escuridão!