Fuga

Sergio Diniz da Costa: Poema ‘Fuga’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem gerada com IA do Bing - 19 de outubro de 2024
 às 11:37 AM
Imagem gerada com IA do Bing – 19 de outubro de 2024
às 11:37 AM

Quisera, ao sol do dia,
Esconder minha presença
Em profundo poço.
Dormir o sono longo
Dos justos, dos cansados.

Quisera, ao sol do dia,
Ser apenas uma pedra
Numa gruta distante.

Quisera, ao sol do dia,
Ser apenas uma folha
Num livro com folhas
Sem fim.

Quisera viver somente à noite:
Hora mágica do dia!
Que ventura ao espírito!
Quão liberta e suave
A vida noturna,
Em que a alma se despoja
Dos grilhões da rotina diária
Em que nossos sentimentos se abrandam
Ao contato de outros seres.

Hora mágica,
Dos cantores de poesia
Dos suspiros românticos
Dos aromas de mel
Da lua irradiando saudades!

Triste dia que chega
Ao canto do arauto emplumado!
Triste vida luminosa
E, também, escura
Que clareia o inimigo
Que, à noite, era irmão!

Sergio Diniz da Costa

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Soturno

Pietro Costa: Poema ‘Soturno’

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem gerada pela IA do Bing – 29 de julho de 2024, às 9:23 PM

Troquei a noite pelo dia
A água pela tequila
O sono pela fadiga
A inocência pela malícia
A solidão pelas más companhias
O Capitão América pelo Coringa
O carteado pela alquimia
O Às pela Rainha
A Jean Grey pela Vampira

A calmaria deu lugar à taquicardia
O comedimento à ousadia
A autoajuda deu lugar à filosofia
A disciplina à fantasia
A novela deu lugar à ficção científica
Automóveis deram lugar a discos alienígenas

A Terra eu troquei por Saturno
O mocassim pelo coturno
A metrópole pelo subúrbio
O consenso pelo distúrbio
O bom senso pelo tumulto
A obviedade pelo oculto

Flexões por “halterocopismos”
O pudor pelo nudismo
Apolo por Dioniso
A cevada maltada pela levedura do vinho
Silogismos por aforismos
Entendimentos por antagonismos

Pietro Costa

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Eu sou

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Eu sou’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
O Sol dourado que abre os olhos do dia, resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos da manhã.
O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz, vicejando nos jardins floridos
da manhã.
– Imagem criada pela IA do Bing

O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos
da manhã.

Na fase lunar,
a Lua cheia refulge plena e intensa,
de magia e pudor,
se derrama solitária
enevoando as estrelas.

A pedra lapidada, forte à ventania,
às tempestades,
a solidez no murmurejo das águas,
mistérios, segredos.

O tempo que existe
na poesia da bela tarde,
sob um Sol que finge não querer se pôr,
o sonho realizado,
a arte de amar e ser amada.

A terra e seus enigmas
origem da vida, base firme,
diversidade,
beleza que encanta.

O ar que respiramos,
o sussurro do vento inconsútil
e seus murmúrios
na solitude da tarde.

A água indispensável à vida,
ondas do rio/mar resvalam sorridentes,
beijam as areias,
mergulham
na paisagem dourada
no limiar do dia.

Ao fogo ardente da paixão avassaladora, um
lampejo ao eterno e sublime êxtase.
Eu sou o Amor,
eu sou.

Ceiça Rocha Cruz

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Empoderada

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Empoderada’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Na porta aberta do dia o Sol abre suas cortinas douradas e um olhar doce meigo e feminino...
Na porta aberta do dia o Sol abre suas cortinas douradas e um olhar doce meigo e feminino…
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Na porta aberta do dia

o Sol abre suas cortinas douradas

e um olhar doce meigo e feminino

de encanto,

pureza e magia

resplandece no seu despertar.

Imponente,

ela sabe o que quer,

valoriza-se em tudo que faz,

acredita no seu potencial.

Guerreira,

não se deixa vencer 

pelas adversidades,

exala confiança e autoestima,

é determinada e autossuficiente.

Em sua intrepidez 

enfrenta batalhas,

envereda sendas sinuosas,

livra-se dos tropeços,

transpõe empecilhos.

Mergulha no silêncio,

viaja no voo dos seus anseios,

ama-se,

abriga-se nos braços do empoderamento,

permite-se, 

não cala a voz,

luta por igualdade de direitos.

Cria asas, voa alto

abre a cortina do tempo,

conquista o espaço

busca seu papel na sociedade.

Nos versos soprados ao vento,

num grito,

canta o amor e o sonho realizado.

Ceiça Rocha Cruz

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