Nas asas do tempo ela surge, escolhida, ungida: Eva, aquela que leva a vida. Privilégio divino em sua sina, trilhar caminhos onde a luz se avista e ensina. Da sua semente, um dia, brotaria, o Unigênito, Filho de Deus, trazendo-nos plena alegria. No presente, Ele se faz, o Primogênito, reunindo-nos em laços fraternos, em comunhão, tornando-se nosso irmão.
Como Eva, tantas mães são chamadas, a cumprir a nobre missão materna. Conhecer um vislumbre do amor divino, neste ato sublime de gerar uma vida e, através dela, sentir-se plena e eterna. Amor ou dor, escolha ou acaso, elas trazem à luz, um ser em princípio, enigmático. Responsáveis por nutrir e cuidar, com o fogo sagrado do amor maternal, não medem esforços para livrá-lo de todo o mal.
Sentem o filho como extensão de si, projeção de sonhos e aspirações. Tudo fazem para que ele floresça, em valores sólidos, sua essência enraizada, sempre saudável, cresça. E seguem além, buscando seu sucesso, na trilha da vida, compartilhando o peso. Choram suas dores, regozijam-se em suas glórias. Mães, o próprio Paraíso na dor e na alegria, na presença, ou na falta, nostalgia.
Feliz dia das mães, a todas, em especial, à minha, Marlene Domingues Torquato da Silva, que como uma estrela guia, brilha, neste vasto céu da maternidade, minha mãe querida e abençoada, daqui, até a Eternidade!
Todos os dias do ano, das nossas vidas e da história, serão sempre muito poucos para enaltecer e homenagear as múltiplas e profundas dimensões da mulher porque, paulatinamente, com o decorrer dos séculos, a sua influência benéfica tem vindo a fazer-se sentir, bem como o desejo para que ela se posicione no lugar, a que por mérito próprio, tem direito no seio da sociedade, é cada vez mais evidenciado, principalmente por todos aqueles que, sem preconceitos, com toda a humildade e gratidão, reconhecem a insubstituabilidade daquele ser humano maravilhoso.
A Mulher vem assumindo, com espírito de tolerância, também de firmeza, a posição merecida de, em todos os domínios, estar ao lado do Homem, partilhando valores, sentimentos, emoções e funções profissionais, numa sociedade muito exigente, extremamente competitiva, todavia ainda muito dominada por um certo setor masculino que, receando perder prerrogativas, continua, de forma muito sub-reptícia, algo velada e envergonhada, a conceber normas jurídico-legais, para controlar os sistemas: político, religioso, empresarial e ainda familiar, em muitos lares, para evitar a justa ascensão da Mulher.
A família, sendo a base e a principal célula da sociedade, será tanto mais responsável por um mundo justo, quanto melhor for a preparação dos seus elementos constituintes, sendo certo que a figura maternal, quando verdadeira e humanamente existe, é decisiva para a interiorização, realização e consolidação de valores e boas práticas comunitárias, precisamente a partir da intervenção sensata e amorosa da Mãe.
O poder matriarcal, no seio da família, será um fator de estabilidade, uma garantia de compreensão e tolerância, perante situações anormais provocadas, ou não, por algum elemento do agregado familiar, será fonte de amor, de carinho e de aconchego, finalmente, significará o poder moderador, conciliador e solucionador de conflitos. O poder da Mãe impõe-se pelas suas virtudes, valores e sentimentos naturais, não é conquistado pela força, nem pelo divisionismo da família, e muito menos pela intervenção e intromissão de elementos estranhos.
Igualmente se julga saber que o abandono dos filhos, por parte do pai, é muito maior do que pela Mãe, como também parece um dado adquirido que, na maior parte das situações, são os avós maternos que apoiam a mãe na criação e educação dos seus filhos, podendo-se inferir que, em regra, os pais, aqui reportados aos homens, são menos responsáveis do que as mães, em muitas situações, designadamente: por imaturidade, por egocentrismo, por não serem capazes de abdicar de certos vícios e formas de vida, que teriam em solteiros.
É indiscutível que há muitas e boas exceções, como também é verdade que existem mães que se revelam incapazes para cuidar dos seus filhos, nalguns casos, porém, sem terem nenhuma culpa, porque são surpreendidas por homens, e/ou jovens, sem quaisquer princípios, valores e sentimentos humanos.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Não pude despedir-me da senhora, não foi por falta de tempo…mas sim pelo momento crucial da despedida. Chegamos hoje, minha querida mãe.
Abençõe sempre seu filho, que tem fé em Deus em voltar para o seu lado novamente e ao lado dos meus queridos irmãos e irmãs. Tenho esta missão a cumprir, missão de que não pude recuar, pois todos os bons brasileiros e acima de tudo, os paulistas, nunca devem cruzar os braços, num momento destes, em que corre tantos perigos a infelicitada Pátria. O Dirceu está aqui muito contente, chegamos às oito horas e estamos aquartelados no Grupo Escolar de Avaré. Não tenha muito cuidado de nós. Adeus minha mãe, venha-me a sorte que Deus mandar; se eu morrer, perdoe-me tudo o que fiz.
Sebastião.
Esta carta foi escrita por SEBASTIÃO SUANNES. Sua mãe, Sra. Elisa Cervino Suannes, enviou uma cópia desta carta ao Jornal “A Gazeta” que a publicou em 1954.
Na imagem, um monumento ao Soldado Desconhecido representando a despedida da sua mãe antes da partida para a guerra (Tondela, distrito de Viseu).
Fonte:
Jornal ‘A Gazeta’, de 9 de julho de 1954 (Arquivo pessoal)
umpardeteniseumamaquinafotografica.blogspot.com
O 10º NÚCLEO DE CORRESPONDÊNCIA – MMDC TRINCHEIRAS DE JAGUARIÚNA DESEJA A TODAS UM FELIZ DIA DAS MÃES!
Editado e publicado por
Maria Helena de Toledo Silveira Melo
Presidente do 10º Núcleo de Correspondência
Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna
Convite – Exposição “Além das Trincheiras” em Jaguariúna de 27/05 a 04/06/2019 das 13:30 às 17:00 h, sábado 09:00 às 12:00 h. Teatro Municipal “Dona Zenaide”, Centro.
Série 'Minha Mãe é Uma Joia Preciosa': a sorocabana Cíntia Croco fala de sua preciosa Neusa Croco
“À minha linda e amada mãe Neusa Croco”.
Mãe…
Um valor que excede aos nobres rubis, amor e cuidados mais valiosos que diamantes.
Com você, mãe, aprendi o que é o amor, proteção, carinho e dedicação.
Mãe dos primeiros passos, das primeiras palavras e da presença em cada capítulo de nossas vidas, trazendo motivações, inspirações, força e coragem diária.
Mãe querida, sempre serei seu fruto e tenho orgulho da minha raiz.
Agradeço a dádiva que recebi pela mãe incrível que tenho, e hoje, por ser a filha que se tornou mãe!
“Um despertar suave com cantos de pássaros./ Anjos entoando lindas canções de amor,/ Com filhos e filhas afagando seus rostos,/ Beijos e abraços numa estonteante alegria.”
Para as mães eu ofereço…
Um despertar suave com cantos de pássaros.
Anjos entoando lindas canções de amor,
Com filhos e filhas afagando seus rostos,
Beijos e abraços numa estonteante alegria.
A aurora radiante que vai despertando,
Trará o aroma das matas através da brisa,
Com as flores coloridas irradiando perfumes,
Que se embelezam homenageando todas as mães.
Pétalas de rosas adornando suas cabeças,
De todas as cores com suaves perfumes,
Coroando suas majestades rainhas do lar,
Mesmo que não queiram receber as coroas.
Dos maridos por quem fizeram juras de amor,
Recebam carinhos e rosas em forma de mimos,
E os que cometem agressões tão desvairadas,
Tenham um pacto com Deus para não mais agredirem.
Um encantador entardecer que se avizinha,
Com o sol pincelando de luzes o espaço infinito,
É o que oferece a natureza toda em festa,
Brindando a calmaria de um dia que se encerra.
Na noite que vem espalhando seu manto de estrelas,
Tenham somente dádivas num dia todo especial,
Podendo contemplarem o céu todo estrelado,
E a lua enluarada convidando-as para amar.
Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com
Série 'Minha Mãe é Uma Pedra Preciosa': 'Minhas mães, meus amores, meus orgulhos!'
Elsa de Arruda Miranda
Impossível não se lembrar com muito carinho dela, minha mãe Elsa. Itapetiningana nascida em Avaré (veio para Itapetininga com apenas alguns dias de vida), era uma esposa e mãe formidáveis. Daquele tipo que se dedicava sobremaneira aos cinco filhos que criou com muita dedicação e com base na edução e no amor. Professora à antiga, lembro dela contar que quando moça tinha que sair de Itapetininga para dar aula em lugares longínquos, como na zona rural de Torre de Pedra. Ia de trole e sofria um bocado para cumprir com sua missão tão nobre quanto a de ensinar as crianças e adultos a aprenderem a ler.
“Uma certa vez”, contava ela “fui de trole até uma fazenda na área rural de Torre de Pedra e, como era muito longe de Itapetininga e o tempo estava ruim, tive dormir lá, numa casinha que mais era um barraco, mas era limpa e bem cuidada¨. Muito medrosa, dormiu pouco e levantou bem cedinho. Foi quando ouviu um barulho e procurou saber o que era. Deu de cara com uma enorme cobra que ‘morava’ em baixo da cama onde ela dormiu… Arrepiava-se toda quando contava essa história, lembrando do medo que passou. Assim como também se emocionava muito quando descrevia uma cena que, para ela, “foi o momento mais importante da minha infância”.
Mamãe Elsa devia ter lá seus dez anos de idade, quando participou de uma cerimônia oficial realizada em frente ‘as escolas’ (para quem não é de Itapetininga, esse local, até hoje assim chamado, é a avenida em frente às tradicionais escolas da cidade, tendo ao centro o Instituto Peixoto Gomide), onde a principal personagem presente era o itapetiningano Julio Prestes de Albuquerque, que posteriormente veio a ser Presidente (governador) do Estado de São Paulo e presidente eleito da República do Brasil. Em certo momento dessa cerimônia oficial, para surpresa e enorme alegria da minha mãe, uma criança – ela! – foi escolhida para entregar um ramalhete de flores para Julio Prestes, missão essa que ela cumpriu com galhardia, muito orgulho e prazer: “Foi o momento mais feliz da minha vida até então”, dizia ela, ainda emocionada, dizendo que Julio Prestes agradeceu as flores, abraçou-a e a beijou…
São muitas as lembranças que tenho de minha queridíssima e amada mãe Elsa de Arruda e Miranda. E ainda que lembre dela todos os dias, citando frases e comportamentos dela, é natural que no ‘Dia das Mães’ essas lembranças sejam ainda mais fortes. Mamãe Elsa, eu adoro
você!
Mas a vida me premiou com uma segunda e terceira mães. Minha irmã mais velha, Sonia Marly de Arruda e Miranda é uma delas. Sempre foi minha mãezona e ainda hoje se preocupa comigo e com minha saúde e meu bem estar. Mora em São Paulo com a filha e o genro, mas sempre está ligada a mim, pelo telefone ou pelas redes sociais. Sonia Marly foi e ainda é, para meu orgulho, minha segunda mãe. Mamãe Sonia Marly, eu adoro você!
Minha terceira mãe é a Ana Elisa Bloes Meirelles, minha mulher, meu amor, minha paixão. Casados há poucos anos mas juntos há mais de doze anos, ela cuida de mim como se filho dela fosse. Lembra da hora de tomar meus remédios, prepara a comida que eu gosto, me acompanha nos programas externos, cuida da casa onde moramos e me apoia em tudo que eu faço, inclusive nas brigas que eventualmente surgem na minha vida e principalmente nas emoções dos bons momentos. Minha mãe querida Ana Elisa, eu adoro você!
Às minhas mães Elsa, Sonia Marly e Ana Elisa, os meus mais sinceros agradecimentos por serem tão importantes na minha vida!
Tatui lembra o Dia das Mães homenageando a seresteira Loló
SERESTEIRA LOLÓ SERÁ HOMENAGEADA NA NOITE DA SERESTA
Na sexta-feira (11/05), o Museu Histórico Paulo Setúbal, da Prefeitura de Tatuí, em parceria com o grupo Seresteiros com Ternura, realizará, às 19h, a tradicional Noite da Seresta com Ternura, coordenada por Maria Inês de Camargo Machado.
Em homenagem ao Dia das Mães, a ser comemorado no domingo (13/05), o segundo grande nome a ser homenageado na Noite da Seresta com Ternura – especial “Dia das Mães”, será Iracema Medeiros Thomás, a seresteira Loló.
O grupo Seresteiros com Ternura é composto por Léo da Sanfona, no acordeon; Pedro Adilson Pavanelli, no violão; Paulo Rita Aguiar, no cavaquinho; Edson, no pandeiro; Carlos Mendes, na timba e Maria Inês de Camargo Machado, na voz.
A apresentação do Seresteiros com Ternura terá entrada franca. O Museu Paulo Setúbal está situado na Praça Manoel Guedes, 98. Mais informações pelo telefone: (15) 3251-4969 ou pelo e-mail: museupaulosetubal@tatui.sp.gov.br
Iracema Medeiros Thomás – Mais conhecida como Loló, nasceu em Tatuí no dia 25 de fevereiro de 1930, na rua Onze de Agosto. Casou-se me Mogi Mirim com Ferez Antônio Thomas (in memorian) com quem teve dois filhos: Carlos Alberto (in memorian) e Iône Maria.
Apaixonada pela música, em especial a Seresta, gênero que permitiu soltar a voz ao público. Na sua juventude, ela se apresentou ao lado de um dos mais importantes cantores brasileiros, Orlando Silva e abrilhantou a apresentação do cantor italiano Tony Angeli. Loló, também, marca presença nas apresentações realizadas pelo grupo Seresteiros com Ternura.
Ela foi uma das fundadoras do Clube Renascer Terceira Idade, primeira Diretora Social da Instituição e realizou a frente do Clube em todos os desfiles da Associação nas comemorações aos aniversários de Tatuí.
A seresteira é uma grande apaixonada pelo carnaval e já ganhou diversos troféus de destaque nos carnavais de Tatuí e região, assim como, também, já adquiriu vários troféus e medalhas em jogos esportivos, que atualmente participa pelos Jogos da Terceira Idade.
FOTO: Loló já se apresentou ao lado de grandes artistas do passado.