Terra de Ciganos

Terra de Ciganos, de Naji Sidki, será exibido no
16° Festival In-Edit BRASIL

Com direção de Naji Sidki, filme está presente na competição nacional do festival internacional do documentário musical

Cartaz do filme ‘Terra de Ciganos’

Terra de Ciganos, de Naji Sidki, produzido pela Veríssimo Produções, foi selecionado para a competição nacional do 16° Festival Internacional do Documentário Musical, que acontecerá do dia 12 a 23 de junho, em São Paulo. O filme acompanha com um olhar especial a busca pela preservação das tradições ciganas em meio a integração à sociedade brasileira. Considerado um road movie musical cigano, o documentário acompanha famílias de músicos ciganos, suas artes, adversidades e tradições.

O diretor Naji Sidki conta que o In Edit é uma ótima janela para a obra: “estrear Terra de Ciganos na Mostra Competitiva do In Edit é ver o filme encontrar seu lugar. Sua primeira exibição será em um festival internacional de documentários musicais, um espaço cujo principal diálogo é universal – a música – e isso é muito gratificante”.

O filme retrata o povo cigano em uma viagem pelas diversas paisagens deste país gigante, buscando os poucos remanescentes da comunidade que ainda moram em barracas, que mantém sua língua e modo de vida tradicional. Através de músicos ciganos, o longa faz uma viagem por essa cultura enigmática e resiliente.

‘“A compreensão da arte envolve, além do concreto – letra e sua tradução -a abstração dos sentimentos e, incluído na programação do In Edit, o povo brasileiro de etnia cigana encontra lugar onde hastear sua bandeira e se apresentar”, explica Naji.

Sessões TERRA DE CIGANOS

Domingo, 16 Junho 2024 | 18:00 – CINESESC – preço dos ingressos R$ 10,00 cada

R. Augusta, 2075 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01413-000

Terça-Feira, 18 Junho 2024 | 18:00 – Spcine Olido – gratuito

Av. São João, 473 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP, 01036-000

Domingo, 23 Junho 2024 | 16:00 – CINEMATECA BRASILEIRA – gratuito

Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04021-070

Sinopse

O Brasil é o lar da terceira maior população cigana do mundo, com aproximadamente 800 mil membros. O diretor Naji Sidki explora a vida de várias comunidades ciganas pelo país, mostrando como preservam suas tradições enquanto se integram à sociedade brasileira, com um olhar especial para os desdobramentos na música.

FICHA TÉCNICA:

Terra de Ciganos Brasil | 2024 | 90’

Produtora: Veríssimo Produções

País: Brasil

Ano: 2024

Duração do filme: 90′

Direção: Naji Sidki

Produção Executiva: Kátia Coelho

Gerente Financeira: Vânia Brandão

Roteiro: Kátia Coelho e Naji Sidki

Pesquisa: Kátia Coelho e Naji Sidki

Diretor de Produção: Farid Tavares

Produtor Nordeste: Guilherme Cesar

Assistente de Direção: Ananda Guimarães

Direção de Fotografia: Naji Sidki

Operador de Câmera: Naji Sidki

Operador de Drone: Emerson Pena e Roseane Romão

Correção de Cor: José Francisco Neto

Montagem: Daniel Souza

Som direto: Olivia Hernández Fernández

Desenho de Som: Tide Borges, Pedro Martins, Daniel Souza e Ariel Henrique

Consultores Ciganos: Nicolas e Ingrid Ramanush

Músicos: Vitsa Ramanush: Nicolas Ramanush, Ingrid Ramanush, Buda Nascimento, Denis Rudah e Rogerio Loebel / Breno Cigano / Ronaldo Carlos / Batista Cigano e Erasmo Ferraz / Ferreirinha e Dodó / Fabiano e Bruno Cigano

Personagens: Islaine Confessor/Gláubia Cristina/ as crianças Tareq/Laila e Medeiros/ As calins Tata, Sara e Mara/ Carlos e Floriano/ Léo e Rosana Lima (Circo Big Brother) Acampamento de Carneiros (Alagoas) Pedro Leopoldo (Minas Gerais)

Produtoras Associados: DotCine / Coelho Filmes e Mistral

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O Cravista

Gravações de ‘O Cravista’, filme documental sobre o legado de um dos maiores cravistas do Brasil, são finalizadas com cena na Casa Julieta de Serpa

Rafael Azerevo - O Cravista - Roberto de Regina
Rafael Azerevo – O Cravista – Roberto de Regina

Com direção e roteiro de Luiz Eduardo Ozório, ‘O Cravista’ tem previsão de lançamento no segundo semestre de 2024

A história da música clássica no Brasil está intrinsecamente ligada à vida de Roberto de Regina. Um dos cravistas mais importantes do país, Roberto, hoje com 97 anos, reintroduziu a música barroca no Brasil, tendo sido o primeiro músico a construir o instrumento de cordas pinçadas em solo nacional. ‘

O Cravista’, com direção e roteiro de Luiz Eduardo Ozório e produção da OZ FILMS Productions, conta a trajetória pessoal e profissional do homem que deixou o mundo atual para viver os encantos do século 18. As gravações foram finalizadas, na Casa Julieta de Serpa (RJ), com convidados, em um inusitado baile Real. Dançarinos e músicos especializados no período, coreografados pelo Professor da UFF Mário Orlando, acompanharam com figurinos de Rogério Madruga o ritmo das notas tocadas pelo cravista. O lançamento do projeto está previsto para o segundo semestre de 2024. 

Rafael Azerevo - O Cravista - Roberto de Regina
Rafael Azerevo – O Cravista – Roberto de Regina

Em uma produção minuciosa e delicada, ‘O Cravista’ aborda a história deste artista singular que vive pela arte. Prestes a comemorar seu centenário, a trajetória de Roberto é retratada no filme através de temas como a persistência em seguir a verdadeira vocação, o envelhecimento, o relacionamento de 40 anos com Ronaldo Ribeiro e as amarras do preconceito.

“Pra mim o documentário será muito positivo para reverberar o valor que o Cravo representa para a música. Acredito que é um instrumento que tem um potencial de se manter vivo, crescer, porque ele tem algo especial. O som é parecido com as cordas da guitarra, então acho que o futuro do Cravo será promissor com os jovens”, destaca o artista. Com o apoio de Youle Locação, Luz Rio, Cesgranrio e Casa Julieta de Serpa, o projeto entra no universo recriado por Roberto de Regina, inspirado no período barroco. 

Para o filme documental, que começou a ser rodado em 2022, o diretor Luiz Eduardo Ozório acompanhou diversos momentos importantes da vida do maestro, como a homenagem que a Camerata Antiqua de Curitiba fez para ele na Sala Cecília Meireles, em 2022, e a sua última apresentação nos palcos, realizado na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2023.

“Mostrar a trajetória de um dos artistas mais importantes da música clássica brasileira, além de um privilégio, é necessidade, porque o Roberto de Regina é uma lenda viva da cultura e da arte, reconhecido por um grupo de pessoas, mas um ilustre desconhecido para grande parte. Este filme é uma oportunidade de celebrarmos a vida e a obra dele e com ele”, comenta o diretor e roteirista. Em 1974, Roberto de Regina fundou a Camerata Antiqua de Curitiba, em atividade até hoje, e em 1960 se apresentou na inauguração de Brasília, momento pelo qual o artista continua a ser reverenciado.

Em 2023, o cravista recebeu o título de Honoris Causa pela Academia Brasileira de Belas Artes. Essa diferente forma de observar a vida o estimulou a ser mais do que um músico e maestro, se tornando também pintor e luthier.

Abordada em ‘O Cravista’, a Capela Magdalena criada por Roberto em Guaratiba, Rio de Janeiro, é sua casa atual, onde vive aos moldes dos castelos europeus, transportando toda a atmosfera do século XVIII para os dias atuais. Nela o maestro realiza apresentações periódicas, acompanhadas de um elegante jantar, além de ser possível visitar seu museu particular, com 500 maquetes e miniaturas exibidas. 

Rafael Azerevo - O Cravista - Roberto de Regina
Rafael Azerevo – O Cravista – Roberto de Regina

Sinopse de “O Cravista”: Após a sua aposentadoria, o médico-anestesista Roberto de Regina decide se dedicar integralmente ao estudo da música clássica antiga, tornando-se um dos maiores cravistas do Brasil e o primeiro a construir o instrumento em solo nacional, ao longo de sua trajetória, lançou inúmeros discos e foi vencedor de muitos prêmios. Seus feitos reintroduziram a música barroca no país, influenciando toda uma nova geração de músicos.

Sobre Roberto de Regina: Mesmo se despedindo dos palcos em 2022, o legado de Roberto de Regina permanece vivo. Com 97 anos, o maestro e cravista foi o primeiro a construir um cravo no país, reintroduzindo a música clássica barroca aos brasileiros. Músico autodidata, começou a se dedicar à arte após 30 anos trabalhando como médico-anestesista e em 1960 se apresentou na inauguração histórica de Brasília. Roberto fundou em 1974 a Camerata Antiqua de Curitiba e em 2023 recebeu o título de Honoris Causa pela Academia Brasileira de Belas Artes. O músico gravou e publicou no YouTube 16 concertos que fazem parte do projeto Johann Sebastian Bach Concertos para cravo solo, além de lançar mais 25 álbuns e 5 DVDs. Roberto vive hoje na Capela Magdalena, em Guaratiba, Rio de Janeiro, aos moldes dos castelos europeus.

Sobre a OZ FILMS Productions: Criada por Luiz Eduardo Ozório, OZ FILMS Productions é uma produtora independente dedicada ao cinema brasileiro. Em 2014, ganhou o Festival de Cannes pela produção do comercial “Noivos”, para a ONG Trânsito Amigo. A produtora assumiu em 2015 a direção de arte do longa-metragem “Solteira Quase Surtando” e em 2019, lançou seu primeiro longa-metragem documental “Doidos de Pedra – O Paraíso Ameaçado”, que foi Seleção Oficial em mais de 20 festivais de cinema pelo mundo e venceu 6 prêmios, 4 deles de Melhor Documentário.

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Favela.doc

 Documentário mergulha nas raízes musicais periféricas do Brasil

A diretora Viviane Ferreira (Foto: Marina Domar)
A diretora Viviane Ferreira (Foto: Marina Domar)

Confira as fotos aqui

Diretora Viviane Ferreira encerra maratona de gravações em São Paulo após percorrer seis estados brasileiros

 Após uma intensa jornada por todo o Brasil, o documentário ‘Favela.doc’ conclui suas filmagens em São Paulo, etapa que ocorrerá de 24 a 29 de abril. Dirigido pela renomada cineasta Viviane Ferreira, o projeto captura a essência da música periférica brasileira, percorrendo favelas e comunidades de seis estados do país.

Com lançamento previsto para 2025, a série documental de oito episódios, aborda estilos como funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e pagode baiano. A escolha dos estados não foi aleatória, mas sim estratégica para representar a diversidade cultural e musical do Brasil.

A diretora Viviane Ferreira, cujos trabalhos anteriores incluem produções de destaque como ‘Um dia com Jerusa’ e o sucesso de público ‘Ó Paí Ó 2’percorreu seis estados brasileiros ao lado da equipe de produção. 

Para o fim das gravações em São Paulo, a capital e a Baixada Santista servirão de cenário para explorar a trajetória do DJ Mu540 (Muzão), figura central do último episódio. O jovem talento, nascido e criado em Praia Grande, desponta como um dos expoentes do trap paulista, estilo que combina elementos do funk e do rap.

Para mim, dirigir o ‘Favela.doc’ é uma oportunidade única de dar voz e visibilidade às comunidades periféricas e aos artistas que nelas vivem. Este projeto vai além de retratar a música brasileira: é um mergulho na alma e na criatividade das favelas, revelando o protagonismo desses artistas e a riqueza cultural que eles trazem para o país.”, comenta a diretora Viviane Ferreira. 

Durante as filmagens, o documentário explora as origens e influências de cada estilo musical, colocando em destaque figuras centrais e influentes de cada comunidade visitada. 

Entre os artistas já filmados em suas respectivas cidades estão: Deize Tigrona, representando o funk carioca na Cidade de Deus; N.I.N.A., expoente do grime e do drill em Cidade Alta, Taquara e Manguinhos, no Rio de Janeiro; TrapFunk&Alívio, grupo que mescla baile funk e pagodão baiano, em Salvador; Rayssa Dias, cantora de bregafunk em Recife; Maderito, vocalista da Gang do Eletro, no baile de tecnobrega em Belém; e os Filhos de Dona Maria e o duo Margaridasrepresentando o samba e o R&B, respectivamente, em Brasília. 

Produzida em parceria entre a agência Um Nome, idealizadora do festival Favela Sounds, e a Odun Filmes, a série é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. A produção executiva e os argumentos são conduzidos pelos criadores do festival, Amanda Bittar e Guilherme Tavares.

Sobre o ‘Favela.doc

Com lançamento previsto para 2025, ‘Favela.doc‘ é uma série documental de oito episódios que mergulha nas raízes musicais periféricas do Brasil. Dirigida pela cineasta Viviane Ferreira, a produção percorre favelas e comunidades de seis estados brasileiros, explorando estilos como funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e pagode baiano. A série reflete sobre o protagonismo das favelas na construção da identidade nacional e no desenvolvimento da música brasileira, enquanto destaca o impacto econômico desses estilos musicais nas comunidades periféricas.

Ficha técnica

Favela.doc – Primeira Temporada – 8 episódios 
Direção: Viviane Ferreira.
Personagens: Deize Tigrona, N.I.N.A., TrapFunk&Alívio, Rayssa Dias, Maderito, Filhos de Dona Maria, duo Margaridas e DJ Mu540.
Assistência de Direção e Codireção: Melina Bomfim.
Produção Executiva e Argumentos: Guilherme Tavares e Amanda Bittar – Agência Um Nome e Favela Sounds.
Direção de Produção: Carol Lacombe.
Direção de Fotografia: Flávio Rebouças.
Som: Marise Urbano.
Direção de Arte: Amanda Lima.
Assistente de Câmera e Segunda Câmera: Paula Ortiz.
Loggers: Ada Regina e Aleph Pereira.

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SescTV faz homenagem a Ziraldo

Como homenagem, o SescTV vai exibir a partir de hoje, dia 8 de abril de 2024, às 23h, o documentário “Ziraldo, uma obra que pede socorro”, com direção de Gustavo Dannemann e duração de 72 minutos

Ziraldo
Ziraldo
Link para download de frames e trailer

Ziraldo Alves Pinto foi um cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil.

O artista morreu sábado (dia 6 de abril de 2024) aos 91 anos quando estava em casa, em seu apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, por volta das 15h. 

Como homenagem, o SescTV vai exibir a partir de hoje, dia 8 de abril de 2024, às 23h, o documentário “Ziraldo, uma obra que pede socorro”, com direção de Gustavo Dannemann e duração de 72 minutos. 

A obra é um documentário sobre o olhar íntimo do cartunista em relação ao descaso da preservação da arte no Brasil. No longa, Ziraldo relembra uma de suas obras intitulada “Santa Ceia” feita para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ou conhecido como “Canecão”.

Sobre o SescTV
O SescTV é o canal cultural do Sesc em São Paulo que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o país. Distribuído gratuitamente para mais de 60 operadoras de TV por assinatura e plataformas de streaming em todo o Brasil, sua grade é composta por espetáculos, documentários, filmes, curtas e entrevistas que tratam de temas como arquitetura, literatura, filosofia, teatro, política, sociedade, ética e cotidiano.

No acervo do canal, que passa dos 10.000 títulos, estão produções próprias e licenciamentos que são distribuídos ao longo da programação para criar uma experiência enriquecedora para o telespectador em todos os horários.

Além do acesso à programação ao vivo do canal, o site do SescTV oferece uma seleção de produções originais brasileiras e estrangeiras que podem ser assistidas na íntegra, gratuitamente e sem necessidade de cadastro em sesctv.org.br.

SERVIÇO
Documentário: Ziraldo, uma obra que pede socorro

8 de abril de 2024, às 23h
10 de abril de 2024, às 23h
13 de abril de 2024, às 16h

Direção: Gustavo Dannemann
Duração: 72 minutos
Classificação indicativa: Livre 

Para assistir o SescTV:

Consulte as operadoras e serviços de streaming sobre a disponibilidade do canal

Assista online em sesctv.org.br | Nas redes sociais: @SescTV

Disponível também em: https://sesctv.org.br/ziraldo

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Grão Filmes – Cinema e Novas Mídias lança documentário interativo 'Terra(s) Rasgada(s)

O projeto trata da história do centro de Sorocaba ao longo dos séculos

A Grão Filmes – Cinema e Novas Mídias lança o documentário interativo ‘Terra(s) Rasgada(s)’.

O projeto, contemplado pela Linc Sorocaba – Lei de Incentivo à Cultura, e com o apoio institucional da Secretaria da Cultura e Prefeitura Municipal de Sorocaba,  trata da história do centro de Sorocaba ao longo dos séculos.

A exibição contará com a presença da equipe do filme e promoverá um debate sobre as formas de narrar a história através do cinema.

O documentário será apresentado no dia 21 de janeiro, às 19h, na Biblioteca Infantil Municipal de Sorocaba, localizada na rua da Penha, 673 – Centro.

A entrada é franca.

 

 

 

 




Cineclube Nhô Cine lança o documentário 'Esquecendo Flora' no dia 25 de novembro de 2022, às 19h

O filme recupera memórias de resistência de Flora Maria Blumer e aborda a identidade racista e colonial de uma região classificada por historiadores como Mississipi Paulista

O documentário ‘Esquecendo Flora’ será lançado dia 25 de novembro de 2022 no cineclube Nhô Cine, às 19hs.

Esquecendo Flora é o mais novo longa-metragem da cidade de Piracicaba, é uma realização da frame7Cinema, direção e roteiro é do Beto Oliveira e conta com Mayra Kristina Camargo como co-roteirista. O filme recupera memórias de resistência de Flora Maria Blumer e aborda a identidade racista e colonial de uma região classificada por historiadores como Mississipi Paulista.

A história é contada através de depoimentos de pesquisadores e historiadores da região de Piracicaba e reúne entrevistas com Alexandra Lohas, Adelino Ademir José, Antonio Filogênio Junior, Carlos Carvalho Cavalheiro, Giovanna Fenili Calabria, Joana D´arc Oliveira, Joceli Lazier, Luis Fernando Amstalden, Maria Helena Machado, Oswaldo Elias De Almeida e Rafael Gonçalves, com o objetivo de resgatar a memória de Flora e investigar os processos que culminaram no apagamento ou na invisibilização da presença e contribuição negra na história oficial da cidade de Piracicaba.

Flora Maria Blumer de Toledo foi uma mulher negra, nascida em Porto Feliz. Escravizada e alforriada por Martha Watts em 1881, Flora trabalhou por anos no colégio Piracicabano e se tornou a primeira mulher preta a ser admitida como membra numa igreja protestante no Brasil, em uma época em que as igrejas de brancos e negros eram segregadas.

A pesquisa do filme está em produção desde 2019, Beto Oliveira, diretor do longa, revela que a documentação histórica de negros foi um dos desafios a serem superados: “O que temos hoje da pesquisa de documentação histórica é um reflexo de uma época onde as pessoas negras apareciam em registros de compra e venda, registros policiais, cartas de alforria e certidão de morte. Os documentos limitados não refletem a complexidade de uma pessoa como Flora, que teve uma presença revolucionária forte na cidade.”

A coroteirista, Mayra Kristina ressalta o potencial educativo da pesquisa e das entrevistas “NECESSÁRIO, já seria o suficiente, porque esse doc. é exatamente isso, e fico me perguntando: por que me privaram de saber de tal história por tanto tempo? Pois ela faz parte de todos nós piracicabanos, ela vem sem dúvida para nos fortalecer, sobretudo a nossa luta antirracista dos movimentos negros!”

A direção de produção de ”Esquecendo Flora” é assinada por Beatriz Ferraz que reflete sobre a importância de desenvolver um olhar crítico sobre a nossa história. “Olhar para o nosso passado e fazer conexões com o presente é essencial para realmente podermos dizer que estamos comprometidos com um futuro antirracista. Esse é filme é a manifestação de um desejo de apontar caminhos seguindo um preceito do ideograma Adinkra, Sankofa que segundo Abdias do Nascimento, traduz-se por retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro.”

Serviço
Projeto Nhô Cine, com o filme Esquecendo Flora, de Beto Oliveira (classificação indicativa 12 anos). Dia 25 de novembro, às 19h, na Biblioteca Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”, R. Saldanha Marinho, 333 – Centro, Piracicaba – SP.
ig: @filmeflora, @frame7cinema, @cena14audiovisual

Divulgação por Beatriz Ferraz

 

 

 

 

 




Documentário sobre transexualidade transversais estreia nos cinemas dia 17 de fevereiro

O longa cearense, dirigido por Émerson Maranhão, foi exibido na Mostra Internacional de São Paulo, Cine Ceará e Mix Brasil

Primeiro longa do jornalista e cineasta Émerson Maranhão, TRANSVERSAIS estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro. O longa fez parte da seção Programa Queer.doc do 29o Festival Mix Brasil, e também esteve em outros Festivais brasileiros como a 45a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e o Cine Ceará.

Produzido por Allan Deberton (“Pacarrete”), o documentário apresenta os depoimentos de quatro pessoas trans que resgatam suas histórias, seus processos de autodescoberta e de trânsitos e jornadas, além de também de uma mulher cisgênero, mãe de uma adolescente trans. Mesmo sofrendo censura do governo federal, que publicamente anunciou que “não tinha cabimento fazer um filme com este tema” e declarou que ele seria “abortado” do edital da Ancine em que era finalista, o filme está circulando em festivais antes de fazer sua estreia em circuito comercial.

As quatro pessoas que participam do filme são: Samilla Marques, uma funcionária pública;  Érikah Alcântara, uma professora; Caio José, um enfermeiro; e o acadêmico Kaio Lemos. Eles e elas passaram por um delicado processo de auto-aceitação até compreenderem a sua subjetividade.  Hoje vivenciam tecnologias de gênero, como hormônios e cirurgias, que lhe asseguram uma aparência condizente com a maneira como se veem, mas ainda sofrem com a incompreensão, o estranhamento e o preconceito.

Já a jornalista Mara Beatriz, mulher cisgênero, enfrentou a transfobia de perto e refez sua vida ao tomar conhecimento que era mãe de uma adolescente transgênero. Hoje, é uma das mais ativas militantes do grupo Mães pela Diversidade no Ceará.

TRANSVERSAIS é um o documentário é de extrema importância tanto pelo momento político atual quanto pela visibilidade que dá à causa da transgeneridade. “Eu gostaria muito que esse documentário pudesse contribuir para mudar esse cenário tão pavoroso em que vivemos hoje no País. Acho difícil, mas não impossível. É um trabalho de formiguinha. No entanto, se cada espectador que assistir ao filme despir seu olhar dos preconceitos costumeiros para se permitir conhecer esses personagens tão especiais, sentir suas dores e alegrias, e deixar que essas trajetórias tão bonitas e únicas toquem seu corações e mentes, acho que teremos um excelente começo”, comenta o diretor.

O longa, que parte de dois projetos anteriores do diretor, uma websérie e um curta, foi muito bem recebido em sua estreia na 45a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.  O crítico Chico Fireman recomendou o longa e escreveu que “[o] radicalismo de TRANSVERSAIS está em como seu tom é de entendimento numa época de intolerância. [E o filme] deveria ser matéria obrigatória em qualquer escola.” Matheus Mans, do site Esquina da Cultura, publicou que “[o] filme, afinal, é uma amostra de como a resistência funciona. Bolsonaro reclamou, o filme existe. Histórias como a da mãe que ficou ao lado da filha quando essa se entendeu e se assumiu como transgênero é um Brasil avesso ao de Bolsonaro e que Émerson Maranhão tão bem consegue colocar na tela. Sentimos a esperança, o alívio e a emoção versus a barbárie.”

Denis Le Senechal Klimiuc, do Cinema com Rapadura, deu a nota máxima ao documentário, e declarou que “muito mais do que colher depoimentos e apresentá-los em uma montagem fluida e leve, Maranhão é hábil ao criar um aspecto enorme para o seu trabalho. O filme inteiro é pautado na vida daquelas pessoas e, portanto, na luz que emanam porque enxergam a metade cheia do copo.”

TRANSVERSAIS é distribuído pela Deberton Filmes.

Depoimentos das entrevistadas e entrevistados

Samilla Marques Aires

“Transversais para mim é um rompimento de paradigmas. É desconstruir padrões da nossa sociedade cisheteronormartiva, mostrando nossos corpos e nossas corpas de pessoas trans. Mais que um filme, TRANSVERSAIS para mim é um ato político no momento que a gente vive no País.

“Para mim estar em Transversais é um motivo de orgulho. Fico muito feliz de compartilhar minha história, para que as pessoas conheçam nossas dificuldades e, mais que isso, nossas superações. Para mim, este filme é sobre superação. É claro que tem que ter muito coragem, nem todo mundo gosta de expor suas dores. Mas, de certa forma, me alivia fazê-lo no momento em que pode ajudar outras pessoas”.

Kaio Lemos

“Desde 2018, que a população LGBTQIAP+, e mais especificamente a população trans, está vivendo anos de perseguição e retrocesso em relação aos nossos direitos básicos. A gente vive uma situação muito preocupante em relação a essa população. Nós estamos vivendo uma pandemia de covid-19, mas também vivemos uma pandemia de discursos de ódio, de violência e de morte. É um cenário de pavor. E a população trans é uma das mais atacadas, numa violência legitimada por esse desgoverno atual. A nossa identidade é constantemente colocada em jogo. Acredito que TRANSVERSAIS tem essa potência de desconstrução, a partir das narrativas, das vivências e das práticas dessas pessoas trans que estão no filme. Tudo isso é muito importante. Acredito que Transversais tem a potência de estabelecer um diálogo com a sociedade, Seja uma forma de combater essa violência, que não é só discursiva, é de ações. Ao mostrar a nossa realidade, o filme se torna uma eficaz ferramenta de combate ao patriacardo, ao machismo e ao falocentrismo tão vigentes.

“Participar de Transversais, para mim, é muito importante. Especificamente nesse filme, eu me senti muito bem, eu me sinto em casa. Até porque a maior parte da equipe era de pessoas trans. Isso me permitiu ficar muito mais à vontade, me permitiu me entregar mais, ter liberdade com o meu corpo, ter liberdade com as coisas que eu queria falar e que eu falei. Não que as pessoas cis que estão na equipe não se interessassem, elas se esforçam. Há claramente um esforço de compreensão. As filmagens foram uma situação insider. Eu me senti nessa condição, dentro, participante dessa construção. Foi um diálogo compartilhado. Foi muito bom! Também porque eu acredito que minha experiência vai dialogar com muitas outras pessoas trans no Brasil. O compartilhamento de minha narrativa é uma forma de sensibilizar outras pessoas que estão passando por isso”.

Mara Beatriz

“Nos dias de hoje, em que a gente está enfrentando tanto ódio, tanta LGBTfobia, o filme que vai mostrar como pessoas trans conseguem superar adversidades, conseguem combater essa LGBTfobia vai ajudar a muitas outras pessoas com essas questões em suas vidas”.

Participar de TRANSVERSAIS foi uma experiência única. A gente nunca tinha feito cinema antes, mas foi muito acolhida. A gente se sentiu muito honrado em ter a nossa história tão fielmente abordada, e de forma tão respeitosa. É um filme que eu tenho certeza que ajudará outras famílias a se relacionarem com pessoas trans”.

Caio José Batista

“Eu acho que este filme é de fundamental importância para o momento em que estamos vivendo. Porque ele traz uma grande visibilidade para a causa trans”.

Foi muito legal participar de TRANSVERSAIS. Foi muito desafiador também, porque é um longa! E eu tive medo de não suprir as expectativas. É um projeto grande e as expectativas são proporcionais, né? Mas no fundo, foi muito legal porque eu consegui rever coisas dentro da minha vida e ver quão importante elas são para a pessoa que eu sou hoje, e que essas minhas vivências podem ajudar a outras pessoas que passam por experiências similares”.

Érikah Alcântara

“O filme traz a oportunidade de dar visibilidade a pessoas trans dentro de diversos contextos, para além da segregação social imposta, com que comumente somos representadas. O filme mostra que, diferentemente do que a sociedade costuma apontar, nós podemos ser o que quisermos, vivenciar rotinas familiares, rotinas de afeto, rotinas profissionais. Isso tudo de uma maneira muito natural.

“Para mim, participar de Transversais foi muito marcante, tanto porque eu pude relatar boa parte de minha vida, quanto porque uma pessoa muito querida minha, que inclusive participa do filme, partiu vítima da covid-19. Então, esse filme tem uma das últimas imagens dele e isso é muito forte. Sem falar, repito, na oportunidade de mostrar nosso dia a dia, que é um dia a dia comum, mas geralmente as pessoas não fazem ideia disso”.

Sinopse

Érikah é professora, Samilla é funcionária pública. Caio José é paramédico, Kaio Lemos é pesquisador acadêmico. Mara é jornalista e mãe de uma adolescente. Os cinco têm origens, formações e classes sociais diferentes. Em comum, o fato de ter suas vidas atravessadas pela transexualidade

Ficha Técnica

Roteiro e direção: Émerson Maranhão

Produção: Allan Deberton

Entrevistados: Caio José Batista, Érikah Alcântara, Kaio Lemos, Mara Beatriz, Samilla Marques Aires, Clotilde Batista Da Silva, Edivane Barros, Jânio Torres, José Rogério Franklin, Lara Mendes, Pai Aluísio, Priscila Marques, Priscila Paula Pessoa, Rozelangia de Paula Pessoa

Consultora de Roteiro: Julia Katharine

Assistente de Direção: Breno Baptista

Produção Executiva: César Teixeira

Direção de Produção: Beijamim Aragão

Fotografia e Câmera: Juno Braga, Linga Acácio

Assistente de Câmera: Evye Alves

Som Direto: Guma Farias

Trilha Sonora Original: Clau Aniz

Edição de Som e Mixagem: Érico Paiva (Sapão)

Montagem: Natara Ney

Logger e Assistente de Montagem: Luis Ramon

Fotografia adicional: Irene Bandeira, Júlio Caesar

Colorista : Julia Bisilliat

Créditos e Identidade Visual: Miligrama

Produção: Deberton Filmes

Coprodução: A Sugestiva Filmes