Veda

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Veda*’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
Imagem gerada por IA do Bing - 2 de outubro de 2024 às 2:25 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 2 de outubro de 2024 às 2:25 PM

A mente é lenta
Que experimenta
E lamenta
Que a cada nova esquenta
Reproduz vedas
De dores
Conclamando amores
Para além da mente
Mas um harém
De corpos
Que gritam por verdades
Em busca de alguma
Beldade celestial
E material

* Veda. Em Sânscrito, literalmente, conhecimento.

Clayton Alexandre Zocarato

Contatos com o autor

WhatsApp

Voltar

Facebook




À espera

Evani Rocha: Poema ‘À espera’

Evani Rocha
Evani Rocha
À espera. Imagem criada por IA do Gencraft
À espera
Imagem criada pela IA do Gencraft

Vejo rostos enfileirados, ausentes.
Lábios cerrados, preocupados.
A espera é angustiante…
Talvez haja dores dentro de cada um
Dores físicas ou dores na alma.
Aguardam por um médico.
Alguém que possa lhes medicar,
Alguém que lhes dê um acalanto.
Também estou absorta, cá dentro.
Tento organizar minha rotina,
Aproveitar o tempo.
Talvez essas pessoas também.
Porém, há dores que teimam em ficar,
Descer pelos olhos, pelos lábios…
Há dores que nunca vão embora
Nos olhares perdidos, tento decifrar
A solidão, que escorre camuflada
Pelos dedos…
Caem na palma das mãos
Que se esfregam, se agitam
E não encontram lugar para ficar.
São muitos rostos calados,
Profundamente mudos. Parecem ermos.
O que pensam essas mentes solitárias?
Talvez como eu queiram sair de si
E expurgar todas as angústias e medos.
Talvez esperam por um doutor que as salvem de si mesmas.

Evani Rocha

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Esfinge

Pietro Costa: Poema ‘Esfinge’

Pietro Costa
Pietro Costa
"Se a poesia não nos decifra... somos ideias repetidas"
“Se a poesia não nos decifra… somos ideias repetidas”

Inebriado eu me sinto
Não pelo teor alcoólico
Propriamente dito

É pelo poema sorvido
Pela música tocada
Pelo arranjo inventado
Pela amizade celebrada
Pelo banquete servido
Pela noite enluarada
Pelo eclipse avistado 
Pela estrela iluminada
Pelo sorriso revidado
Pela lágrima derramada
Por seus olhos famintos
Esfíngicos
A decifrar minha tara  

Musa que nos enleva
Encanta
Engana
Atiça
Enfeitiça

A todos, brinde
Em doses abrasantes 
E ‘shots’ extenuantes
De dores e amores
A todos, acinte

Somente a poesia nos salva
Sem ela, somos almas penadas
Nadas semânticos, cacofonias
Devorados pela fobia de vida
Dilacerados pela apatia

Se a poesia não nos decifra
Somos afetos sabotados
Vírgulas sem pausa e causa
Parágrafos sem nexo 
Desafetos do sexo
Ideias repetidas

Pietro Costa

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




Vivi o que era para ser vivido

Eliana Hoenhe Pereira: ‘Vivi o que era para ser vivido’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
"O que importa é viver em paz!"
“O que importa é viver em paz!”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Vivi o que era para ser vivido

Até a correnteza levar o teu sorriso.

Se fiquei, é porque precisava das tuas inseguranças

e desesperanças.

Não sei se te amei

Ou se em algum momento te desejei.

Contudo, choramos juntos.

Aliviei as tuas dores

Assim como os dissabores.

O abraço nunca perdeu o laço.

Ficaram no passado ,

As vidas assombradas.

Aprendi a caminhar sem olhar para trás.

O que importa é viver em paz!

Eliana Hoenhe Pereira

Contatos com a autora

Voltar: https://www.jornalrol.com.br/

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/