A estrada é longa e demanda esforços. Subidas íngremes e escorregadias. O equilíbrio se faz necessário. Encontramos desertos de sentimentos, mas também jardins de graciosa beleza, assim como acolhimento.
Os talos espinhosos de algumas flores nos ferem. Outras nos ajudam a embelezar o caminho e a perfumá-lo. As tempestades são inevitáveis, mas logo após, vem o sol, radiante e terno a nos alegrar.
A sede de justiça nos queima as entranhas, mas a saciamos em fontes cristalinas de amor. Algumas vezes nos deparamos com areia movediça que ameaça nos tragar. Buscamos algo em que nos agarrar. O desespero toma conta de nós. Muitos afundam. Outros, mais determinados, sobrevivem.
Precisamos focar na chegada, mas não podemos descuidar do caminho. O objetivo ainda está longe. A cada passo dado, mais próximos estaremos. De tempos em tempos, precisamos algumas vezes repensar o trajeto. Refeitas as forças, novos planos elaborados, seguimos confiantes!
Não cometeremos os mesmos erros. Evitaremos os desvios que escondem perigos. Em muitos trechos do caminho, seguiremos sozinhos. Em outros, companheiros de caminhada se juntarão a nós. Estejamos atentos para não nos desviarmos do caminho. Sigamos com a bússola da luz e do amor.
Palavras que parecem distantes umas das outras, mas que, na verdade, são fios do mesmo tecido: o tecido da vida integral.
Quando nos abrimos para a alegria, o corpo respira diferente.
Quando cultivamos a felicidade, a mente se organiza.
Quando confiamos na proteção divina, o espírito se fortalece.
Quando buscamos harmonia, plenitude e equilíbrio, começamos a nos alinhar por dentro, e isso transborda por fora.
E é nesse alinhamento que a sorte deixa de ser acaso e passa a ser consequência.
Que a fé ganha forma, a certeza de que vamos receber aquilo que tanto esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.E nessa dimensão invisível, a fé se torna escudo que nos protege, guardando nossos sentimentos, nossas decisões e nosso caminho.
Que a esperança encontra morada.
Que o êxito se transforma em jornada e não apenas em chegada.
Que as conquistas deixam de ser externas e passam a nascer primeiro no coração.
A vida integral nos chama para esse despertar.
Um despertar que não acontece de uma vez, mas em pequenos atos:
uma respiração consciente, um passo a mais na atividade física, um descanso intencional, um alimento que nutre de verdade, uma pausa que te reconecta, uma oração que te realinha, um gesto de gratidão que ilumina o caminho.
E assim, pouco a pouco, dia após dia, você se torna templo, trilha e testemunho.
Se torna aquilo que ensina.
Se torna saúde em movimento.
Hoje, eu o convido: desperte o que já existe dentro de você.
A alegria que você busca.
A plenitude que você deseja.
A fé que o sustenta.
O equilíbrio que lhe devolve o rumo.
As conquistas que já estão sendo formadas no seu interior.
Comece agora. Comece com o que você tem.
A saúde integral não é um destino, é uma escolha, e você pode fazê-la hoje.
‘Paradoxos: o encontro entre opostos que nos cura’
Joelson MoraImagem criada por IA da meta
Vivemos cercados de paradoxos, e neles, muitas vezes, está o segredo do equilíbrio.
Queremos paz, mas resistimos ao silêncio. Buscamos força, mas fugimos da vulnerabilidade. Desejamos amor, mas tememos nos despir das armaduras. A vida, em sua essência, é uma dança entre contradições que se completam.
Na saúde integral, compreender o paradoxo é fundamental.
Não há corpo forte sem pausa, nem mente tranquila sem desafio. É no contraste entre o esforço e o descanso, o fazer e o ser, que o bem-estar floresce.
Assim como o coração precisa contrair e relaxar para manter a vida pulsando, nós também precisamos aprender a alternar entre o movimento e a entrega.
O paradoxo do cuidar
Para cuidar do outro, primeiro é preciso cuidar de si.
Muitos profissionais, pais e líderes se doam até o esgotamento, acreditando que amor é sinônimo de renúncia. Mas o autocuidado não é egoísmo, é base.
Quem se respeita, se alimenta bem, respira, dorme, movimenta o corpo e silencia a mente, cria um ambiente interno fértil, capaz de irradiar saúde para o meio familiar e o ambiente de trabalho.
O paradoxo do controle
Controlar tudo é perder o controle.
Na busca por segurança, muitas vezes nos tornamos rígidos, fechados ao imprevisto, e a vida é feita justamente de incertezas.
Na saúde integral, aprender a fluir é tão importante quanto ter disciplina. Há dias em que o treino é pesado, e há dias em que o corpo pede leveza.
Saber ouvir esses sinais é sabedoria em movimento.
O paradoxo da presença
Estar presente exige desacelerar.
Vivemos conectados ao que virá ou ao que já foi, e esquecemos que o agora é o único tempo real onde a vida acontece.
Um simples café, um abraço, um pôr do sol, são terapias silenciosas quando vividas com atenção plena.
Desacelerar não é parar: é respirar para continuar com consciência.
Faça pausas conscientes no trabalho: um minuto de respiração muda o ritmo mental.
Escolha uma refeição do dia para ser vivida com calma, sem celular.
Caminhe observando o entorno, e não apenas o destino.
Exercite o corpo com gratidão, não como punição.
Antes de dormir, agradeça pelo que foi possível, e aceite o que não foi.
Essas práticas simples revelam o poder dos paradoxos:
descansar para produzir melhor, soltar para ganhar força, calar para escutar, e cuidar de si para cuidar do mundo.
A saúde integral é o caminho do meio, o ponto onde os opostos deixam de lutar e começam a cooperar.
No equilíbrio entre corpo, mente e espírito, descobrimos que o verdadeiro bem-estar não é ausência de conflito, mas harmonia entre contradições.
“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”
(2 Coríntios 12:9)
E é nesse aparente paradoxo divino que aprendemos: a força da vida se manifesta justamente quando aceitamos nossa humanidade.
Joelson MoraSaúde integral: lidando com as decepções Imagem criada pela IA do Bing
A saúde integral não se refere apenas ao bem-estar físico, mas engloba também a saúde mental, emocional e espiritual. Entre os desafios mais comuns enfrentados no dia a dia, estão as decepções, os sentimentos de raiva, ódio, injustiça e vingança. Aprender a lidar com essas emoções é fundamental para manter o equilíbrio e a saúde integral.
Decepção
A decepção é uma emoção que surge quando as expectativas não são atendidas. Pode ser causada por pessoas, situações ou até por nós mesmos. É natural sentir-se decepcionado, mas o mais importante é como lidamos com esse sentimento.
Raiva e Ódio
Raiva é uma reação emocional intensa que pode surgir como resposta a situações de frustração, ameaça ou injustiça. Quando não gerenciada, pode evoluir para ódio, um sentimento mais profundo e duradouro.
Injustiça
Sentir-se injustiçado pode gerar uma gama de emoções negativas, desde tristeza até raiva intensa. É a percepção de que algo foi feito contra nós de maneira desleal ou desonesta.
Vingança
O desejo de vingança é uma reação natural ao sentimento de injustiça ou traição. No entanto, é uma resposta que tende a prolongar o sofrimento, ao invés de resolver o problema.
O primeiro passo para lidar com essas emoções é o autoconhecimento. Entender de onde vêm esses sentimentos e reconhecer suas causas pode ajudar a tratá-los de maneira eficaz.
É importante encontrar maneiras saudáveis de expressar emoções. Falar com amigos, familiares ou um terapeuta pode ser uma forma eficaz de liberar tensões e buscar aconselhamento.
Práticas de mindfulness e meditação podem ajudar a acalmar a mente, reduzir a raiva e promover uma visão mais clara e equilibrada das situações. Essas práticas ensinam a viver no presente e a observar os pensamentos sem julgamento.
A atividade física é uma excelente maneira de liberar tensões e melhorar o humor. Exercícios como corrida, yoga ou artes marciais podem ser particularmente eficazes na gestão da raiva.
O perdão é uma ferramenta poderosa para a cura emocional. Perdoar não significa esquecer ou justificar o que aconteceu, mas sim libertar-se do peso do ressentimento e seguir em frente.
Em alguns casos, pode ser necessário buscar ajuda profissional. Psicólogos e terapeutas estão capacitados para ajudar a identificar e tratar questões emocionais profundas, proporcionando estratégias e técnicas de enfrentamento.
A saúde integral exige um equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Lidar com decepções, raiva, ódio, injustiça e vingança é um processo que demanda tempo e dedicação, mas é essencial para o bem-estar geral. Através do autoconhecimento, da expressão saudável das emoções, da prática de mindfulness, do exercício físico, do perdão e, quando necessário, da ajuda profissional, é possível superar esses desafios e alcançar uma vida mais equilibrada e saudável, para isso exige esforço então vamos nos esforçar todos os dias para sermos seres humanos melhores!
Diamantino BártoloO sentimento de respeito entre as pessoas Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
O contexto atual aconselha, necessariamente, mais prudência no equilíbrio entre o dinamismo imprimido pelos jovens, ainda que sem as experiências de vida e profissionais, e a calma e sabedoria dos mais idosos, experientes e prudentes. O progresso deve fazer-se com todos os cidadãos, porque todos têm idênticas responsabilidades, embora uns sejam proprietários/empregadores e outros nada possuam, para além da sua própria força de trabalho.
Afigura-se, por isso mesmo, injusto alimentar posições exclusivas, na prática e em teoria defenderem-se outros valores, como a igualdade, a dignidade da pessoa humana, quando se verifica, por parte de quem legisla, pouca sensibilidade para valorizar conhecimentos, experiências, dedicação, competências e dignidade àqueles que vão caminhando para idades mais maduras, mas que ainda se encontram válidos.
É verdade que há milhares de pessoas, em todos os países, cuja idade e condição físico-intelectual não lhes permite desenvolverem qualquer atividade produtiva para a sociedade, porém, tais pessoas já deram o seu contributo, já provaram do que são capazes, portanto, para elas, o sistema de políticas públicas de inclusão deve funcionar plenamente, atribuindo-se-lhes os direitos e eventuais benefícios que lhes permitam usufruírem de uma vida digna, com qualidade e tranquilidade.
Por outro lado, também se conhece a existência de outros tantos milhares de indivíduos que continuam, praticamente, na plena posse das suas principais faculdades, que estariam disponíveis para manter atividades profissionais, em diversos cargos e funções, mas que por força da incompreensão do legislador são obrigados a permanecer inativos, ou então a exercer um qualquer tipo de voluntariado, porém, sem nenhum reconhecimento por parte daquele mesmo legislador, o Estado ou da Instituição onde o idoso exerce uma atividade que lhe dá prazer e utilidade para a sociedade.
O dinamismo que resulta de vários fatores existentes nos mais jovens: designadamente força física; capacidade de memorização; criatividade; determinação para ascender a lugares profissionalmente de maior estatuto social e melhores remunerações; pode, entretanto, ser prejudicado, por outros aspetos não menos importantes, como alguma imaturidade, excessos de autoconfiança e autoconhecimento, vaidade, desrespeito pelos mais velhos e alguma deslealdade, sempre que esteja em causa a sua própria progressão na carreira. É por isso que se torna necessário um bom doseamento dos recursos humanos em qualquer instituição: jovens e idosos; mulheres e homens.
Em contrapartida, a calma que oferecem os mais idosos pode significar algumas vantagens e desvantagens. Quanto às primeiras, considera-se que a instituição pode passar uma imagem para o exterior de maior segurança, experiência, respeitabilidade e conhecimentos, mesmo que o aspeto físico não seja o melhor.
Obviamente que algumas desvantagens também se podem salientar, eventualmente: uma certa resistência a novos processos; os diferentes valores; algum comodismo quanto a práticas adquiridas e, por vezes, alguma resistência na subordinação a chefes etariamente mais novos e, para mentalidades machistas, a dificuldade de aceitar as senhoras como superiores hierárquicos.
Quaisquer que sejam as ilações, todas legítimas e respeitáveis, no que concerne à aplicação do título que antecede “A Calma que Dinamiza com Segurança”, aplicado à conjugação de trabalhadores idosos com jovens, a verdade é que a convivência humana não se restringe a um horário de trabalho, nem a umas horas de lazer.
A partir de um relacionamento extralaboral, pode-se construir uma excelente relação entre trabalhadores e empregadores, logo, haveria lugar para todos trabalharem, enquanto a saúde lhes permitir, e as pessoas assim o desejarem, cumpridas que estejam as normas de tempo de trabalho e de descontos para um sistema social, ou outro, quando as pessoas preferirem abandonar a atividade, sujeitando-se a uma reforma justa, sem penalizações, a que tenham direito.
Não pode haver discriminação entre pessoas de um mesmo mundo, em que para umas existe uma lei extremamente generosa, quanto a salários, reformas, benefícios e outras regalias; e para outras uma lei que violenta os mais elementares direitos da justiça social e humana. A coerência do legislador deve ser um dos seus princípios, entre outros igualmente fundamentais.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal