O interesse guia o saber

Fidel Fernando: ‘O interesse guia o saber’

Fidel Fernando
Fidel Fernando
O interesse guia o saber
Imagem gerada com IA do Bing - 7 de outubro de 2024 às 10:12 AM
O interesse guia o saber
Imagem gerada com IA do Bing – 7 de outubro de 2024 às 10:12 AM

As crianças adoram a escola, disso ninguém duvida. Basta observar a alegria que manifestam ao conviver com os colegas nos intervalos ou após o fim das aulas, quando muitos preferem ficar no pátio a correr de um lado ao outro, em vez de irem embora. A escola, para elas, é um ambiente de felicidade e socialização. Mas, então, por que essa mesma alegria parece desaparecer quando entram em sala de aula? Simples: elas não gostam das nossas aulas. E isso levanta uma questão importante para todos os que se dedicam ao processo de ensino e aprendizagem: será que estamos a ensinar de forma conectada com os interesses e realidades dos nossos alunos?

Para responder a essa pergunta, é necessário pensar além do conteúdo programático e olhar para a essência do aprendizado. Conforme Mário Sérgio Cortella, na Teoria do Conhecimento, o aprendizado só é efectivo quando parte da realidade do aluno, do que ele já conhece, vive e gosta. Isso não significa que devemos ensinar apenas o que os alunos gostam. Afinal, o conhecimento é vasto e diversificado, e a escola tem o papel de expandir horizontes, não de limitá-los. No entanto, partir daquilo que atrai os alunos é uma maneira poderosa de engajá-los e, assim, potencializar o aprendizado.

Ao ignorar os interesses dos alunos, corremos o risco de enfrentarmos resistência. É como nadar contra a maré: o esforço é enorme, mas os resultados são mínimos. Ruben Alves, renomado educador, já dizia que “ensinar é um exercício de imortalidade”, e a imortalidade só se alcança quando o conhecimento se perpetua na mente dos alunos. Para que isso aconteça, é preciso falar a língua deles, entender seus gostos e suas vivências. Se conseguimos fazer isso, despertamos o interesse e criamos um ambiente em que o aprendizado deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma descoberta prazerosa.

Içami Tiba, psicoterapeuta e educador, também enfatizava a importância de respeitar a individualidade dos educandos no processo educativo. Ele acreditava que, quando desconsideramos os interesses e a realidade dos alunos, estamos, na verdade, a criar um ambiente avesso ao aprendizado. Assim, ao planificar uma aula, devemos sempre nos perguntar: “Será que essa abordagem faz sentido para eles?” E mais importante ainda: “Como posso tornar esse conteúdo relevante a partir da realidade deles?”

É fundamental que os professores reconheçam que as crianças não são contra a escola. Elas adoram estar na escola! O que elas não gostam são as nossas aulas que, muitas vezes, estão distantes de suas experiências e interesses. Isso é claramente perceptível pela euforia que demonstram quando toca o sino do intervalo ou quando permanecem na escola após o fim das aulas, correndo, brincando, rindo. Não é a escola o problema; somos nós, os professores, que falhamos em conectar o aprendizado à realidade deles.

Portanto, ensinar directamente a partir do que os alunos gostam é um convite ao engajamento. É claro que não podemos nos limitar a isso, mas partir desse ponto é uma estratégia eficaz. Quando conectamos o ensino com algo que eles apreciam, estamos a abrir portas para um aprendizado mais profundo e duradouro.

Que possamos, então, reflectir sobre a nossa prática e encontrar maneiras de nos aproximarmos mais dos nossos alunos, fazendo da sala de aula um espaço tão agradável quanto o pátio. Isso só será possível se começarmos a partir do que eles realmente gostam, da realidade que os cerca, do mundo que eles já conhecem. Assim, o conhecimento que queremos transmitir terá mais chances de florescer e se perpetuar.

Fidel Fernando

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




O leitor participa: Vanessa Queirós Alves, de Curitiba (PR): 'Família e escola: uma parceria fundamental'

Muito se fala sobre a importância de duas instituições pilares da sociedade que é a família e a escola, porém precisamos cada vez mais pensar em como essas esferas podem se articular de maneira efetiva em prol do desenvolvimento das crianças.”

 

Muito se fala sobre a importância de duas instituições pilares da sociedade que é a família e a escola, porém precisamos cada vez mais pensar em como essas esferas podem se articular de maneira efetiva em prol do desenvolvimento das crianças.

Há por vezes uma transferência da educação que seria papel da família à escola. E muitas vezes a escola reclama da falta de participação das famílias na vida escolar dos alunos e se vê sobrecarregada, pois além de conteúdos das mais diversas disciplinas, se vê obrigada a ensinar às crianças valores básicos como respeito, honestidade, responsabilidade, entre outros.

A questão é que não podemos ficar em um jogo de culpados e de transferência de atribuições, mas sim buscarmos parceria e integração. A escola como lugar sistematizado de construção de conhecimento deve buscar cada vez mais planejar ações e estratégias para envolver as famílias no processo educativo. Não basta somente chamar os pais para reclamar dos alunos, ou para entregar boletins, mas sim para feiras, exposições, cafés filosóficos ou poéticos e também investir na formação das famílias, pois muitas se encontram confusas e perdidas frente aos desafios que a sociedade moderna as impõe. É importante a escola promover palestras e formações sobre a questão dos limites na formação da cidadania, uso indevido de drogas, bullying, uso responsável de redes sociais, depressão, enfim tantos temas que, pela troca de experiência entre escola e família, podem ser melhor esclarecidos, prevenidos e trabalhados com nossas crianças e adolescentes.

Por sua vez, as famílias também devem pensar mais na formação ética de seus filhos. Ensinar e cobrar valores essenciais na formação do ser humano, buscar ler e pesquisar sobre o desenvolvimento das crianças e adolescentes e participar mais da vida escolar de seus filhos, acompanhar trabalhos e tarefas de casa, perguntar sobre o que estão aprendendo, ligar ou ir à escola mesmo que a mesma não as chame, pois assim os alunos percebem que de fato a educação tem importância e relevância na vida deles. Além disso, é importante trabalharmos com questões de direitos e deveres, onde as pessoas entendam suas responsabilidades e que isso faça parte da formação de cada um desde a infância. Cuidado com horários, normas, regras e rotina são essenciais na formação de toda pessoa e devem ser ensinados desde o início do desenvolvimento infantil.

Dessa forma, se faz necessário entender à importância da parceria entre escola e família e que essa interação tenha lugar privilegiado no planejamento escolar e até em novas políticas públicas que visem esse fim. E como salientava Içami Tiba “O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afetos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno”. Pois, somente com essa parceria conseguiremos construir uma educação eficaz e uma formação integral de nossos alunos para realmente formarmos cidadãos que atuem no mundo de forma colaborativa e responsável.

 

Vanessa Queirós Alves – vanessa.a@uninter.com

Professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional – Uninter.




Élcio Mário Pinto: '15 de março – Dia da Escola'

“Já passou, é verdade! Fiz questão de aguardar manifestações das escolas, digo, de seu pessoal profissional e seus estudantes. É por isso que começo com esta pergunta: em qual escola todos pararam, interromperam a rotina e fizeram alguma coisa boa por ela?”

 

E.E.P.G. “Dr. Fortunato de Camargo”

Já passou, é verdade! Fiz questão de aguardar manifestações das escolas, digo, de seu pessoal profissional e seus estudantes.

É por isso que começo com esta pergunta: em qual escola todos pararam, interromperam a rotina e fizeram alguma coisa boa por ela?

Aqui, um problema aparece. Ele nunca se escondeu, e por isso, é preciso mostrá-lo: a escola revela estar engessada quando não aceita mudar sua rotina para tratar dela mesma!

Então, o problema está na rotina?

Mais às vezes, menos outras. O certo é que a rotina é mais um dos muitos problemas enfrentados pela escola. Um outro é a terceirização que tantas famílias fazem quanto à educação e ao ensino que a elas cabem e que são repassados para a escola.

Quando a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – nº 9.394/96, trata de educação e ensino, já no artigo 1º, estabelece que ambos acontecem “(…) na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.” Note, leitor(a), que a escola – como instituição de ensino – aparece depois da família, da convivência e do trabalho. Mas, a ela se terceiriza muito mais do que pode dar conta. Com isso, os problemas se multiplicam e o resultado já é sabido.

Não por isso deixaremos de tratar da rotina escolar: se ela não foi mudada para dar lugar à comemoração, conversa, ações e planos que valorizem os espaços escolares como educativos e de ensino, então, a escola foi engolida pela própria rotina. E de rotina eu posso falar, conheço muito bem o ambiente!

Agora, para retomar a comemoração e retirar a rotina do “trono” que não lhe pertence, quero fazer pedidos:

– valorizar os ambientes sociais dentro do ambiente escolar;

– convidar agentes comunitários, das diversas áreas do Saber, para enriquecer a educação e o ensino dos estudantes;

– preparar seus espaços para que sejam prazerosos, confortáveis, agradáveis e estéticos, visualmente provocadores de imaginação e de criatividade;

– apresentar para sociedade de seu entorno, tudo o que nela é produzido, dos cadernos dos alunos aos diários de seus professores; descobertas, registros, expressões artísticas, de cálculos, enfim, tudo o que nela acontece como educação e ensino…

Enfim, para comemorar o Dia da Escola – 15 de março – é preciso valorizá-la naquilo que é o seu ser, a sua razão de existir e de continuar produzindo cultura: o ensino, a convivência, a educação, o saber e a busca pela compreensão do maior desafio não solucionado – a VIDA.

Porque a morte é só uma outra forma de existir!

ÉLCIO MÁRIO PINTO

elcioescritor@gmail.com

16/03/2018

Imagem: Condephaat

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico

(Homenagem à Escola Estadual “Dr. Fortunato de Camargo”, de Angatuba/SP, terra natal do autor, pelas tantas mudanças na rotina, enquanto valoriza os eventos literários dos quais seus estudantes participam)




Élcio Mário Pinto: 'Escola, cadê os escritores?'

“Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

 

Em 2017 escrevi para o ROL – “Tão perto da escrita, tão longe dos escritores!” – em duas partes, reflexões sobre a distância dos estudantes, particularmente, da educação básica, ensinos fundamental e médio, em relação aos escritores.

Agora, quero refletir com os leitores, de modo especial, sobre a escola desses estudantes. Vamos lá!

Para alcançar o ambiente de instrução e de convivência, que definimos como escola, vale a citação de outros espaços e seus sujeitos: um hospital que não tivesse médicos, enfermeiros e outros profissionais da Saúde, circulando, causaria o maior estranhamento e até desconfiança em relação ao trabalho ali realizado.

Diga-se o mesmo se pensarmos nos fóruns sem advogados, escreventes, juízes e promotores, profissionais da área.

Também poderíamos dizer da padaria sem padeiros, açougue sem açougueiros, salão de cabeleireiros sem os profissionais da beleza e assim, citando as mais diversas áreas e seus agentes, seria inaceitável que qualquer ambiente não contasse com pessoal qualificado e envolvido em seus afazeres, digo, afazeres que acontecem naqueles ambientes.

Pois bem, agora podemos voltar para a escola: imagine, leitor, uma escola sem biblioteca. É bem verdade que para não contar com o profissional bibliotecário, diz-se de sala de leitura, assim, não é preciso ter um profissional da área atuando lá.

Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

Não nos parece estranho que os escritores não frequentem as escolas para dialogar com os estudantes?

Por que os alunos não podem conhecer aqueles que escreveram os livros utilizados nas aulas, manuseados para pesquisas, lidos em casa, enfim?

Ou será que escola e livros não estão tão próximos, entre si, como pensamos?

Bem, a reflexão é uma provocação para nosso pensar e, quem sabe, conversar com os estudantes sobre os escritores que conheceram ultimamente. E se nada aconteceu, alunos e escola precisam responder: cadê os escritores?

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO

elcioescritor@gmail.com

12/01/2018




Élcio Mário Pinto: 'Tão perto da escrita, tão longe dos escritores – 2ª Parte

Os conteúdos apresentados em livros e outros encadernados devem refletir o trabalho da escola, não só a vontade particular deste ou daquele educador.”

 

Na 1ª parte, eu dizia da distância entre os leitores nas escolas de educação básica, crianças e adolescentes, em relação aos escritores dos textos utilizados pela escola com seus alunos.

Ficou a provocação aos leitores do ROL: e a preparação do ambiente escolar para acolher seus visitantes, escritores, poetas e outros que lá estejam para conversar com os estudantes?

Pensemos a respeito: quando recebemos uma visita em casa, lá vamos preparar os ambientes e oferecer o que temos de melhor em comes e bebes, além dos espaços prontos para mostrar e demonstrar nossa hospitalidade.

Do mesmo modo, em eventos e apresentações, independentemente do lugar e dos envolvidos, sua organização requer um mínimo de preparação. Os responsáveis então, desdobram-se para oferecer, aos que serão recebidos, tudo o que tiverem de melhor, afinal, quando preparamos a recepção, valorizamos o evento, o(a) convidado(a) e a nós mesmos.

Voltando para a escola, desde o portão, passando pelas salas de aulas, corredores e outros espaços educativos, a sala da secretaria, da direção e da coordenação pedagógica, tudo, tudo deve ser pensado para que o ensino e a convivência aconteçam do melhor modo possível.

É aqui que os problemas aparecem: qual é o horário disponível? E a rotina, precisa ser mudada? Estão todos cientes, na escola, de que no ambiente preparado deve acontecer o que valoriza todos os trabalhos realizados e que estes devem estar em sintonia com a apresentação? As eventuais diferenças e vontades por algum tipo de poder já foram pensadas e conversadas para que sejam superadas?

Note-se que se não é possível oferecer comes e bebes, esclareça-se sem qualquer problema. Quem se propõe, voluntariamente, entenderá sobre as dificuldades da escola pública quando não há recursos financeiros para tais gastos. Esta situação não será impedimento para que o trabalho aconteça. Mais importante do que oferecer uma mesa farta é oferecer uma recepção que valorize o que está para acontecer, ainda que somente água possa ser oferecida.

Os conteúdos apresentados em livros e outros encadernados devem refletir o trabalho da escola, não só a vontade particular deste ou daquele educador. Mas sem dúvida, que a mudança benéfica para toda a rotina escolar pode começar com o empenho e a dedicação de um(a) só educador(a).

Toda a organização escolar, como entidade viva, deve envolver-se e promover seus estudantes nos contatos com escritores e poetas, autores e visitantes, palestrantes e voluntários, que se ofereçam na contribuição pela melhor educação desejada. Então, retome-se o que foi escrito na 1ª parte: fazer contatos, convidar e oferecer espaço para a apresentação e conversar com os estudantes, a começar pelas crianças. Para tal realização, preparar o ambiente, envolver estudantes e profissionais, alterar a rotina escolar e oferecer às crianças e jovens novos horizontes possíveis, afinal, o mundo externo à escola não para enquanto as aulas acontecem.

Vamos juntos, promover a abertura de mentes e corações que a Educação tanto requer de nossa espécie.

Se não nascemos sabendo, podemos saber mais e melhor. É o que faremos!

 

 ÉLCIO MÁRIO PINTO – elcioescritor@gmail.com

01/11/2017




Élcio Mário Pinto: 'Tão perto da escrita, tão longe dos escritores' – 1.ª Parte


Élcio Mário Pinto:

‘TÃO PERTO DA ESCRITA, TÃO LONGE DOS ESCRITORES’ – 1.ª Parte

 

Tenho realizado muitos eventos literários em escolas. Desde 2014 desenvolvo o projeto “O Escritor em todos os Cantos”, envolvendo escolas, empresas e igrejas. É uma forma de divulgar a Literatura, especialmente, para o público infanto-juvenil.

Mas, algo que deveria ser corriqueiro mostra-se desconhecido. Do que se trata?

Trata-se desta situação: a escola trabalha com a escrita em seu cotidiano. Ler e escrever fazem parte de sua existência como o sangue faz parte do corpo. Não é possível pensar em escola sem pensar em leitura e escrita. E se ela faz tal trabalho com tanto empenho, o que é que está faltando?

A resposta está no título deste escrito: crianças e jovens lidam com a escrita todos os dias. Têm contato com as letras e palavras escritas por outros, muitos outros. Mas, onde é que eles estão? Cadê aqueles que escreveram os textos apresentados pela escola e lidos pelos alunos? Onde estão seus escritores?

É verdade que parte de toda a escrita escolar cabe aos estudantes. Mas, aquela parte que já está em livros, apostilas, cadernos, dicionários, sejam ou não impressos, têm autores escritores. Novamente, a pergunta: onde estão seus escritores?

E se não for possível trazê-los para a escola? Muitos moram longe, cobram caro por uma visita, por uma conversa com os alunos, ainda que venham para apresentar suas obras. A isto, devo concordar: é verdade! Esta situação também existe. Mas, existe uma outra: escritores produzem – alguns publicam, outros não –, mas todos escrevem. Eles estão em todas as cidades, por muitos bairros e em tantos lugares que basta procurá-los e convidá-los: e aí, escritor, tudo bem? Você teria algum escrito para os alunos da escola? Você poderia nos visitar e conversar com os estudantes?

Se a escola não pode custear uma diária, esclareça: não podemos pagar. Mas, podemos oferecer um café. Você aceita? Vamos combinar?

Escritores e poetas deveriam andar pelas escolas como os advogados caminham pelo fórum e os médicos pelos hospitais. Como educadores, não podemos aceitar que os estudantes – crianças e jovens – não conheçam escritores e poetas (prosa e poesia).

E agora que sinto ter despertado a necessidade de trazer esse pessoal da escrita para a escola, penso que seja o momento de uma segunda conversa: como preparar a escola para acolher? Como envolver as crianças e os jovens? Como ler a produção de quem escreve e demonstrar que seu escrito foi trabalhado?

Vamos pensar juntos: da acolhida ao ambiente preparado, do espaço oferecido ao empenho para fazer da Literatura, da História, da Geografia, da Filosofia, enfim, das áreas do Saber Humano, partes de um PALCO DE APRENDIZAGEM… (Continua…)

ÉLCIO MÁRIO PINTO

26/08/2017