Alternâncias
Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Alternâncias’


Há dias em que me viro do avesso;
em outros, parece que mudei de endereço
como o Sol e as suas alternâncias
Contudo, sempre fica um rastro de esperança.
Há dias iluminados e outros desbotados.
Encantos com encontros,
Desencantos com os desencontros
entre chegadas e partidas.
O mar que às vezes agita
é o mesmo capaz de trazer a paz infinita.
A vida é para ser vivida
e não compreendida.
Vamos rodopiando conforme o compasso
ao acaso.
Eliana Hoenhe Pereira
Feliz 2025, com brilho e carinho
Marcelo Pires: Poema ‘Feliz 2025, com brilho e carinho’


Olhos perdidos em meio à noite escura
Prestes a mergulharem em luz e harmonia
Momentos antes do fim das amarguras
O coração ansioso pulsa sem cacofonia
O tum tum dele bate solidário ao relógio
A contagem regressiva ressoa no mundo
Como se fosse uma oração ou elogio
Suplicando purificar este mundo imundo
Mas nos olhos das pessoas admiradoras
Do último céu estrelado de um ano duro
Há esperança da superação avassaladora
Força que atravessa a alma com ternura
Contagem regressiva, para 2025 vindo
A cada segundo, milhões de esperanças
Voam em pensamentos mais bem-vindos
Preces de amor, paz e fortes alianças
Um último suspiro, uma última súplica
O último segundo do ano dura eternamente
Em quem deseja só a paixão empírica
Grande quanto a esperança premente
A respiração acompanha as emoções
2025 chegou e iluminou o céu e olhares
Que a luz da esperança encha corações
Que o Reveillon traga sentimentos milenares
Cada brilho no céu desperte a paz
E que este sentimento ladrilhe o caminho
Da humanidade de felicidade contumaz
Que 2025 traga o melhor, com muito carinho.
Marcelo Pires
Novo mundo – A face sombria da paz
Resenha do livro ‘Novo Mundo – A face sombria da paz’, de Li Ferreira, pela Editora Uiclap

RESENHA
Em um cenário apocalíptico, de repente, a pequena cidade de Arujá se vê isolada, sem possibilidade de entrada ou saída.
O caos toma conta e, no meio da tragédia, Fernanda, uma mulher comum, se vê obrigada a lutar pela sobrevivência, enquanto cuida de três crianças, sem saber o que o amanhã pode trazer.
Esta narrativa envolvente mergulha no limite das emoções humanas, explorando o quanto somos capazes de suportar e realizar quando a única coisa que nos resta é a esperança.
A trama nos leva a refletir sobre o poder da resiliência e a força interior que muitas vezes nem sabemos que possuímos.
A história de Fernanda é uma verdadeira lição de coragem, mostrando como, mesmo nas piores circunstâncias, o espírito humano pode se renovar e se fortalecer.
Uma leitura que, sem dúvida, vai emocionar e fazer o leitor repensar suas próprias capacidades diante da adversidade.
Incrível!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
Novo Mundo, um lugar carinhosamente planejado para oferecer aos seus queridos moradores uma vida livre de corrupção, violência, desigualdade social e financeira.
Um lugar que te proporcionará saúde de qualidade e excelência na educação”.
Foi essa a proposta do Comando quando fechou Arujá e matou grande parte da população.
Fiquei por dias esperando meu marido vir resgatar a mim, nossos filhos e nossos cachorros.
Mas quando percebi que esse dia talvez nunca fosse chegar; quando percebi que ele poderia nem estar vivo e sem saber quanto tempo tínhamos até a próxima chacina, decidi que continuar vivendo sob a opressão do Comando não é uma opção pra nós.
Eu ainda não sei como e nem quanto tempo vai demorar, mas, tirar minha família deste inferno se tornou minha prioridade.
SOBRE O LIVRO
Até hoje, a autora de Novo Mundo – A Face Sombria da Paz se questiona sobre o ponto de partida de sua criação, mas a resposta ainda parece distante.
O que a motivou, inicialmente, foi uma vontade imensa de escrever algo.
Apaixonada por filmes e séries, sua mente nunca parava de criar histórias baseadas nas tramas que assistia.
A ideia de uma história distópica, com uma protagonista forte e guerreira, surgiu naturalmente.
E para tornar essa narrativa ainda mais pessoal, escolheu Arujá, sua cidade natal, como o cenário principal, embora tenha incorporado locais fictícios ao longo da trama.
Embora a inspiração inicial tenha vindo da série O Conto da Aia, o projeto logo tomou um rumo próprio. Novo Mundo foi se afastando da influência da série e criando uma identidade única, tanto em sua história quanto nos personagens.
Durante esse processo, um incentivo fundamental veio de seu irmão, o que a impulsionou a tomar a coragem necessária para publicar seu livro.
A obra é contada em primeira pessoa por Fernanda, uma mulher comum, trabalhadora, esposa, mãe, amiga e dona de casa. Ela narra, em tempo real, os eventos de um golpe militar que atinge sua cidade.
Quando Arujá é invadida por militares autointitulados “Comando”, que oferecem uma oportunidade para os moradores que desejam sair antes do início de um toque de recolher, a cidade mergulha no caos.
Diante da iminente ameaça, Fernanda tem um único objetivo: tirar sua família da cidade.
Mas, com todas as rotas congestionadas e tomadas pelo desespero, ela retorna para sua casa com seus filhos e sua sobrinha minutos antes de o toque de recolher ser implementado.
Enquanto os moradores tentam processar o que está acontecendo, a promessa de um “Novo Mundo” de paz e igualdade se transforma em um pesadelo quando uma chacina aberta é perpetrada diante dos olhos de todos.
Sem saber o paradeiro do marido e com o peso de cuidar sozinha de seus filhos e sobrinha, Fernanda se vê encurralada.
Com a cidade tomada por um regime opressor e a sensação de que ninguém viria em seu socorro, ela toma uma decisão: se não for ela mesma a resgatar sua família, ninguém mais o fará.
Agora, sem saber exatamente como, mas determinada a salvar seus entes queridos, Fernanda se prepara para enfrentar uma luta implacável.
Ela não medirá esforços para garantir a segurança de sua família, e sua jornada de coragem e superação está apenas começando.
Novo Mundo – A Face Sombria da Paz é mais do que uma história distópica; é uma reflexão sobre o poder da resiliência humana em tempos de adversidade.
SOBRE A AUTORA
Com 38 anos e moradora de Arujá desde o nascimento, Li Ferreira, autora de Novo Mundo – A Face Sombria da Paz é um exemplo de dedicação e perseverança.
Com uma carreira de 18 anos no setor administrativo de uma mesma empresa, ela equilibrava sua rotina de trabalho com a vida pessoal.

Casada há 21 anos, mãe de dois filhos e tutora de dois huskys, sua vida sempre foi marcada pela convivência familiar e pela rotina intensa.
Recentemente, ela e o marido decidiram se aventurar em um novo ramo de negócios e adquiriram uma loja de distribuição de chaves e ferramentas no centro de São Paulo.
Enquanto seu marido é responsável pelo setor comercial, ela cuida da parte administrativa e financeira do empreendimento.
Mesmo com a agenda lotada e os desafios diários de conciliar a vida profissional e pessoal, ela sempre se empenha para dar o seu melhor em tudo o que faz.
Foi nesse cenário agitado que, contra todas as dificuldades, ela encontrou tempo e força para concluir Novo Mundo – A Face Sombria da Paz, seu primeiro livro.
Sua história é um testemunho de como, mesmo em meio ao caos da vida cotidiana, é possível encontrar a determinação necessária para realizar grandes feitos.
OBRA DA AUTORA

ONDE ENCONTRAR
Averso
Ismaél Wandalika: Poema ‘Averso’


Imagem gerada com IA do Bing – 3 de outubro de 2024
às 13:19 PM
Imploro
Coração ao relento
Sinto o vento no peito
Vivo
Nos olhares que me descrevem os instantes
Mergulho em mundos entre pesos constantes
Talvez seria forte, talvez fariam-me fortes
Nesse episódio fui
Um ontem cheio de incerteza entre as dúvidas de um amanhã que se foi…
Uma história nascida no pomar da vida
Um coração que corta e corrói
A cinza na trilha clamando por esperança
Família no traço
Construo pedaço
Vivo além dos meus suspiros
A jornada ensina-nos a trepar que nem gatos.
Sou o divino animal
Que conta seu medo em cada final
Feliz no seu interior
Oculta sua intensa dor
Chora seu silêncio elimina vive com determinação e fervor.
Averso
Vivo minhas ânsias
Como no prato o tédio das lembranças
Me levanto para viver minhas trilhas
Minha música favoritou o que detestava
Escrevo meu momento
Transcrevo meu nome no murro
Lamento suplicando aos ANCESTRAIS
O Sol nasce na crença de um amanhã melhor.
Tudo inverte
Lágrima escorre
Coração aperta forte
Cada dia antecipa um fim, parece.
E aqui vou
Aqui fico só
Mas no final sou o mais forte no meio desta gente infortúnios
Me ergo de forma emblemática
Sou o poeta da minha vida
Sou minha música favorita.
Soldado Wandalika
Contatos com o autor
La rencontre de la brume et la brise
Ella Dominici: ‘La rencontre de la brume et la brise’
Ella Dominici: ‘Encontro névoa e brisa’


Quands me jours seront gris peints par des brumes
Mes yeux couverts de bateaux blancs
des nates qui nagent sur une tasse au lait
Je rencontrerai sur la mèr larmes d’ écumes
Quands mes langues seront fatiguées de saveurs
Ma tête angoissée en ayant plus des pleurs
L’ espoir de te revoir en rêve s’évanouie
Je ferai semblant de te croire,s’épanouit
À me plaire
Quands le soleil de ma croyance soit couché
Et presque des ténèbres d’insécurité
Me prendront le coeur ,les jambes et le ventre
Vivront encore mes désirs de tes anches
branches de mon arbre assoiffés de ton feu.
Le soulagement des mes souvenirs qui souffrent tant
Vient par la brise, sont des légères vents qui me soufflent et adoucissent ces moments
La brise femelle m’ avalle le cerveau
Me couvre comme un couvercle manteau
La pensée te voit, te désire,te touche
Le vent doux enlève vers le haut l’amoureux vers.
Ella Dominici
Encontro névoa e brisa
Quando meus dias serão cinza pintados por névoas
Meus olhos cobertos de barcos brancos
natas nadando em um copo de leite
Encontrarei lágrimas de espuma no mar
Quando minhas línguas estiverem cansadas de sabores
Minha cabeça angustiada sem mais lágrimas
esperança de ver você novamente em um sonho desaparecendo
vou fingir que acredito em você aparecer, florescer
para me agradar
quando o sol da minha crença se puser
quase uma escuridão de insegurança
levará meu coração, pernas e ventre
saberia que mesmo que meus lábios fluam
ainda viverei meus desejos de seus juncos
galhos da minha árvore sedentos pelo seu fogo.
Alívio das minhas memórias dolorosas
vem pela brisa, são ventos leves
que me sopram e suavizam esses momentos
brisa feminina engole meu cérebro
me cobre como uma capa de casaco
pensamento te vê, te deseja, te toca
vento suave sopra o amante para o
alto em amorosos versos
Ella Dominici
JARDINS DE ESPERANÇA
Rejane Nascimento: ‘JARDINS DE ESPERANÇA’


Caminhos de doçura
Buquês de ânimo,
Punhados de gratidão.
Suaves brisas frescas de esperança.
Céu azulado nutrido de recomeços
Colhem belos sorrisos de amplidão.
Contínuos ramos de vontade trazem
Alegrias para residirem no coração.
Rejane Nascimento