O Violinista Mosca Morta

Espetáculo infantil de palhaçaria ‘O Violinista Mosca Morta’ desembarca em São Paulo pela primeira vez 

Crédito: Matheus Alves
Crédito: Matheus Alves

Com direção de Mafá Nogueira e atuação de Pedro Caroca, o trabalho ainda circula por Brasília, João Pessoa e Salvador 

Baixe aqui mais imagens de divulgação
Vídeo 

Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, o espetáculo O Violinista Mosca Morta circulará gratuitamente por quatro cidades brasileiras – São Paulo (SP), Brasília (DF), João Pessoa (PB) e Salvador (BA) ainda em 2024. A turnê em São Paulo, com quatro apresentações no Espaço Sobrevento, acontecerá nos dias 15 e 16 de junho, às 11h e às 16h.

Em cena, o palhaço Seu Cocó, interpretado por Pedro Caroca, se esforça ao máximo para deixar tudo perfeito para seu concerto de violino, no entanto uma mosca inconveniente e seu mau jeito em manipular os elementos de seu ofício de músico colaboram para o fracasso de sua performance.

Trava-se então uma luta entre o palhaço, a mosca e sua personalidade, do começo ao fim. E mesmo abalado, ele não desiste e segue até o último compasso, a última nota, o último zumbido.  No final, palhaço e plateia descobrem a verdadeira intenção do inseto.

Além de zombar de si mesmo, o ator brinca com a figura do músico concertista, tipicamente sério, virtuoso e concentrado. Aqui a postura, a afinação, a elegância e a erudição dos grandes violinistas são satirizadas para expor a fragilidade e humanidade do instrumentista.

O Violinista Mosca Morta ainda suscita reflexões sobre como as manias cotidianas, muitas vezes confundidas com o Transtorno Obsessivo Compulsivo (e vice-versa), podem atrapalhar a rotina das pessoas, ou simplesmente o quanto nos boicotamos e perdemos tempo querendo que algo seja perfeito, dentro do nosso controle, quando isso não é possível, por fugir de nossa governabilidade. E deixamos de ser surpreendidos pelo acaso!

Com direção de Mafá Nogueira, o espetáculo nasceu de uma oficina de criação de números com José Regino e estreou em 2019. Desde então já realizou dezenas de apresentações em teatros, escolas, festivais presenciais e online no Distrito Federal, Goiás, Paraíba, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Colômbia e Haiti. E com este projeto de circulação será a primeira vez da obra nas capitais paulista, paraibana e baiana.

Em cada cidade, será oferecida uma sessão acessível para pessoas cegas e surdas por meio de audiodescrição e interpretação em Libras. E em São Paulo, João Pessoa e Salvador, haverá um bate-papo com artistas ou grupos locais que desenvolvam trabalhos com a linguagem da palhaçaria, para troca de saberes e fazeres.

Ficha Técnica

Coordenação Geral e Atuação: Pedro Caroca

Coordenação de Produção e operação de som: Julie Wetzel

Gestão Financeira: Marino Alves 

Assistência de produção: Valéria Schmidt 

Produção local: Nascedouro Gestão Cultural

Direção do espetáculo: Mafá Nogueira 

Iluminação: Jullya Graciela

Efeitos sonoros: Mateus Ferrari

Maquiagem e figurino: José Regino e Pedro Caroca

Arte Gráfica: Nara Oliveira 

Fotografia: Matheus Alves

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Intérprete de Libras: Fabiano Campos

Audiodescrição: Rosa Matsushita

Sinopse

O palhaço Seu Cocó se esforça ao máximo para deixar tudo perfeito para seu concerto de violino, no entanto uma mosca inconveniente e seu mau jeito em manipular os elementos de seu ofício de músico colaboram para o fracasso da performance.

SERVIÇO

O Violinista Mosca Morta, de Pedro Caroca

Quando: 15 e 16 de junho de 2024, no sábado e domingo, às 11h e às 16h

Espaço Sobrevento – Rua Coronel Albino Bairão, 42, Belenzinho (Metrô Bresser-Moóca)

Ingressos: Entrada gratuita (retirada de ingressos pelo Sympla)

Reserva de ingressos em https://www.sympla.com.br/o-violinista-mosca-morta–sao-paulo__2442853

Acessibilidade: Dia 16 às 11h terá interpretação em libras e às 16h terá audiodescrição

Classificação: Livre

Duração: 40 minutos

O Violinista Mosca Morta – Teaser

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Criado com Libras e audiodescrição, ‘O Musical da Passarinha’ faz temporada híbrida no Teatro Sérgio Cardoso

Com trama bastante poética e delicada, espetáculo infantil trata de temas como encontros e despedidas, realização de sonhos e a descoberta da própria voz. Para contar a história, o elenco precisou estudar como tornar as artes cênicas mais acessíveis e inclusivas

Pensado para discutir e promover o acesso de todas as pessoas – com ou sem deficiência – ao teatro, ‘O Musical da Passarinha’, com texto, letras e direção geral de Emílio Rogê, estreia com temporada híbrida no Teatro Sérgio Cardoso, a partir do dia 19 de fevereiro (confira as datas a seguir). Os arranjos e a direção musical são de Eric Jorge, que assina as músicas ao lado de Kiko Pessoa.

A temporada presencial acontece entre os dias 19 de fevereiro e 10 de abril, com sessões aos sábados e domingos, às 15h (exceto nos dias 26 e 27/2, quando não há espetáculo). Às sextas, estão programadas apresentações gratuitas, exclusivas para escolas e instituições que atendam crianças com deficiência. Todas as sessões presencias contam com interpretação em Libras e audiodescrição.

Já a temporada digital da peça tem início no dia 26 de fevereiro e segue até o dia 10 de abril. As sessões acontecem aos sábados e domingos, às 15h. Com relação à acessibilidade, as apresentações com tradução em Libras ocorrem em todos os sábados e com audiodescrição só aos domingos (entre 13 de março e 10 de abril).

“Estamos contando uma história que leva em consideração a vontade de chegar ao maior número de crianças possível, pensando em suas singularidades e necessidades. Foi preciso inventar uma nova gramática teatral, em que nenhum sentido seja destacado em detrimento de outro. Como cantar para quem não ouve? Aprendemos Libras! Como mostrar a encenação para quem não vê? Estamos conhecendo e entendendo a audiodescrição. Assim, formatamos o texto para todas essas linguagens, que, para nós artistas, são pouco conhecidas. E é nosso dever aprendê-las”, conta Rogê.

O professor de Libras, inclusive, tornou-se parte do elenco. Harry Adams é um ator surdo, muito apaixonado pelas artes cênicas, que tem sido fundamental no processo de criar um espetáculo totalmente inclusivo. Juntam-se a ele os atores e atrizes Júlia Sanchez, Ananza Macedo, Stacy Locatelli, Felipe Hideky, Luísa Grillo e Daniel Costa.

Na trama, o público conhece personagens delicados e sonhadores: a menina Rita deseja conhecer o teatro, mesmo vivendo em uma cidade onde não existe o palco; sua mãe Carmen gostaria de voar; e seu melhor amigo Miguel, que é surdo, quer dançar.

Certo dia, algo milagroso acontece, e esse trio recebe a visita de uma cantora de ópera. Depois desse encontro, a vida ganha outros contornos e voos, convidando os espectadores a descobrir e a imaginar novas possibilidades.

Por meio de uma narrativa delicada, o musical evoca questões sobre a acessibilidade no teatro. Afinal, quais elementos básicos são necessários para que uma peça aconteça? O ponto de partida para a construção do espetáculo foi uma reflexão do escritor português José Saramago (1922-2010): “e se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”.

Ao mesmo tempo, “O Musical da Passarinha” é uma declaração de amor ao teatro. “Eu acredito muito nessa linguagem, que mudou os rumos da minha vida. Falar de teatro com as crianças é falar de uma esperança crítica. Uma reflexão sobre quem somos e o que podemos ser. Quero que elas desejem de coração estar no teatro, sentindo-se em casa dentro dele, sem qualquer tipo de exclusão”, completa.

E, em um país onde apenas 23,4% das cidades possuem teatros, sendo que a maioria delas fica na região Sudeste – de acordo com dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais divulgada pelo IBGE em 2015 –, é preciso discutir essas questões. Emílio Rogê está interessado em atrair as pessoas para esse lugar.

“Quero que todos e todas enxerguem o teatro como esse espaço anárquico das vozes que vão ser ouvidas e enxergadas, cada uma a sua maneira. É um tempo de narrativas singulares, mas que se nutrem em comunidade”, afirma.

EMÍLIO ROGÊ

Mineiro, natural de Luz, Emílio Rogê está em São Paulo desde 2016. Seus últimos trabalhos incluem a direção de movimento do musical “Bertoleza” (Prêmio APCA de Melhor espetáculo do ano – 2020), da Gargarejo Cia Teatral, que cumpriu temporada no SESC Belenzinho. A direção, ao lado de Luiza Gottschalk, de “[ENTRE]” (2019) – peça percurso que cumpriu temporada na Escola Estadual Alarico Silveira. Na Cia. de Teatro Os Satyros (2017/2018), dirigiu e assinou a dramaturgia do espetáculo infantil “Hora de Brincar” e foi coreógrafo dos espetáculos “Pink Star” e “Cabaret Trans Peripatético”. Foi também assistente do diretor Rodolfo García Vázquez nos espetáculos “O Incrível Mundo dos Baldios”, “Pink Star” e “Cabaret dos Artistas”. Pelo núcleo experimental Satyros LAB dirigiu “Sonho de uma noite de verão”, espetáculo em que assinou também a coreografia.

ERIC JORGE

Compositor, arranjador e operador de mesa, atua como educador e profissional da música há mais de 10 anos. Formado em Música e Musicoterapia, concluiu o curso de sonoplastia na SP Escola de Teatro e participou, como diretor musical, do espetáculo “Bertoleza”, que recebeu o APCA de melhor espetáculo de 2020. Atualmente, está se especializando em engenharia de mixagem e masterização.

SINOPSE

A história da Passarinha acontece em uma pequena cidade do interior que não tem teatro. Lá mora uma menina que quer muito conhecer essa arte, uma mulher que tem o nome de ópera e sonha em voar e um menino surdo que quer dançar. Um dia, quase que por milagre, eles recebem a visita de uma cantora de ópera. Depois dessa visita-ave-música, a vida ganha outros contornos, outros voos.

Passarinha te convida a descobrir e imaginar. Descobrir, por exemplo, o espaço entre a palavra, o som e o silêncio. E imaginar respostas, porque Passarinha traz boas perguntas.

O teatro é assim, feito também de milagres e perguntas. Vem descobrir.

FICHA TÉCNICA

Texto, letras e direção geral: Emílio Rogê

Direção audiovisual: Rubens Crispim Jr

Música: Eric Jorge e Kiko Pessoa
Arranjos e direção musical: Eric Jorge
Dramaturgismo: Ana Carolina
Elenco: Júlia Sanchez, Ananza Macedo, Stacy Locatelli, Felipe Hideky,
Luísa Grillo, Daniel Costa e Harry Adams
Banda: Eric Jorge, Pedro Batista e Victor Januário
Assistente de Direção: Stacy Locatelli

Desenho de luz: Aline Santini
Cenografia: Emílio Rogê e Mayume Maruki
Figurino: Heloisa Faria

Visagismo: Victor Paula
Direção Técnica: Maria Clara Venna
Assessoria de Imprensa: Agência Fática
Produção Executiva: Thaís Cólus
Direção de Produção: Rodrigo Primo

Professor de Libras: Harry Adams
Audiodescrição – Roteiro: Pedro Bizelli e Narração: Aressa Marque

Realização: Agência Dramática

“O musical da Passarinha” é apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo, através do PROAC ICMS

SERVIÇO

O MUSICAL DA PASSARINHA
Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista | São Paulo – SP

Temporada presencial: 19 de fevereiro a 10 de abril, aos sábados e aos domingos, às 15h | Não acontecem apresentações nos dias 26 e 27 de fevereiro | Todas as sessões presenciais contam com acessibilidade em Libras e audiodescrição
Projeto Escola: Às sextas-feiras, as sessões são gratuitas e exclusivas para escolas e instituições que atendem crianças deficientes. (os agendamentos são feitos pelo e-mail agenciadramatica@gmail.com)

Temporada online: 26 de fevereiro a 10 de abril, com apresentações aos sábados e domingos, às 15h | Com relação à acessibilidade, as apresentações com tradução em Libras ocorrem em todos os sábados e com audiodescrição só aos domingos (entre 13 de março e 10 de abril)
Ingressos: Temporada presencial: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) | Temporada digital: $40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$10 (contribuição social) | Atenção: é importante se atentar à diferenciação entre os ingressos das sessões presenciais e digitais no momento da compra. | Compre o ingresso aqui

Classificação: Livre
Duração: 50 minutos




O ministério do turismo, secretaria especial da cultura, lei Aldir Blanc e governo do Estado de São Paulo apresentam novo espetáculo infantil

Sonhei que era Gulliver, novo espetáculo infantil do Maracujá Laboratório de Artes, estreia de forma online dia 18 de novembro

  “(…) a casa afasta contingências, multiplica seus conselhos de continuidade. Sem ela, o homem seria um ser disperso. Ela mantém o homem através das tempestades do céu e das tempestades da vida. (…) a casa é o nosso canto do mundo […] o nosso primeiro universo”

Gaston Bachelard

A pandemia da COVID-19 trouxe grandes mudanças no modo de viver da humanidade. Habituados a uma vida de intensa atividade social, de uma hora para outra passamos a ter que restringir nossas interações presenciais e, em muitos casos, limitar nosso mundo ao espaço doméstico e das telas para continuar vivendo.

Com os grupos de teatro, não foi diferente: o Maracujá Laboratório de Artes tinha grandes planos para 2020, ano em que pandemia começou. Era o ano de comemoração de 15 anos da companhia e a ideia era estrear um novo espetáculo infantil presencial. Além disso, o grupo continuaria com a circulação de outros espetáculos de seu repertório, que já tinham agenda fechada para várias apresentações. Porém, a interrupção das atividades presenciais impossibilitou a continuidade dessas ações por um longo período.

Confinado em sua casa, o diretor e fundador do grupo, Sidnei Caria, voltou a pesquisar obras literárias que pudessem ser adaptadas para o público infantil e que dialogassem com as diversas técnicas e pesquisas feitas pelo Maracujá, uma constante na história do grupo, que já adaptou diversos livros para o palco (como As Aventuras de Bambolina, Rabisco – um cachorro perfeito e Nerina, a ovelha negra, os três do autor Michele Iacocca, e O Buraco do Muro, espetáculo que faz uma viagem por diversos clássicos da literatura mundial, como Moby Dick, Dom Quixote e Alice no País das Maravilhas).

Porém, desta vez, esta pesquisa teria um diferencial: o público veria a peça através de transmissões on-line e ela teria que ser toda feita na própria casa do diretor (que, além disso, também é a sede oficial do Maracujá Laboratório de Artes). Além disso, o grupo deveria continuar sua pesquisa estética relacionada à plasticidade visual da cena, buscando trazer para esta proposta as pesquisas com puppet toys, vídeo cenários, teatro físico, teatro de sombras e animação de bonecos já utilizadas em trabalhos anteriores.

Foram estas as premissas que levaram o Maracujá até a obra As viagens de Gulliver, romance do irlandês Jonathan Swift escrito em 1726. O livro, escrito em primeira pessoa, conta a história de Lemuel Gulliver, cirurgião e capitão do mar que viaja pelos confins do mundo e relata quatro de suas aventuras extraordinárias: a primeira (e mais conhecida delas) narra a passagem de Gulliver por Lilliput, país onde todos têm 15 cm de altura, e onde o narrador acaba se tornando conhecido como “Homem Montanha”, por seu tamanho imenso em relação aos demais habitantes, o que não o impede de ser mantido preso por eles no local. Esse confinamento forçado dá a ele a chance de observar todas as mesquinharias e contradições no modo de viver dos liliputianos, chegando ao ponto em que Gulliver é convidado a tomar parte em uma guerra que já dura 36 anos entre Lilliput e a ilha de Blefuscu. E quais as motivações para tal conflito? Uma simples divergência de opinião entre qual ponta do ovo deve ser quebrada primeiro.

Apesar de As viagens de Gulliver ainda retratar mais três países, o grupo optou por focar nesta primeira etapa – Lilliput, considerando que tudo nessa parte da história se encaixa perfeitamente com os interesses de pesquisa do Maracujá: é uma narrativa bastante conhecida, riquíssima em fantasia e que proporciona uma enorme possibilidade de exploração do lúdico e da diversão, essenciais para espetáculos voltados ao público de todas as idades, e que possibilita criar também momentos para refletir e questionar nossa própria condição humana.

A adaptação do diretor e dramaturgo Sidnei Caria optou por adequar todas as técnicas que o grupo já utilizava em seus outros espetáculos à linguagem das telas, mas mantendo o caráter artesanal que o Maracujá sempre imprime em suas experimentações audiovisuais no palco. A diferença de tamanho entre o protagonista e os habitantes locais possibilitou a elaboração de uma rica cenografia construída a partir da técnica de puppet toys, onde miniaturas parecidas com brinquedos recriam Lilliput, com castelos, casas, seus habitantes e animais. A peça também mescla vídeo cenários que recriam o ambiente do mar, e o teatro de sombras é utilizado em vários momentos. E tudo isso foi construído no próprio quarto do diretor, que se tornou literalmente Lilliput, com paredes pintadas com cenários e todos estes elementos espalhados pelo chão, refletores no teto, entre outros recursos.

Porém, a adaptação de Caria não se limitou a retratar a história de Gulliver. Como forma de criar uma nova sensação relativa a esses universos fantásticos e conectá-los ao espaço da casa, onde o espetáculo surgiu, a peça se vale da metalinguagem (recurso já explorado em Rabisco – um cachorro perfeito), apresentando, além do personagem Gulliver (vivido pelo ator Silas Caria), que vive todas as aventuras em Lilliput, um narrador mais velho (vivido pelo diretor Sidnei Caria), que, de sua casa, narra todos estes acontecimentos, fazendo conexões entre situações cotidianas que ele vivencia em sua residência com situações vividas por Gulliver, que podem ser lembranças, sonhos ou sua própria imaginação de leitor. Durante essas inflexões o velho narrador circula por diversos espaços da casa – sala, cozinha, escadas, quintal, misturando a realidade à ficção, trazendo também a casa como personagem da história e elemento de ligação entre toda a narrativa. Para este último aspecto, a Poética do Espaço, do filósofo Gaston Bachelard contribui com as amarrações finais.

O espetáculo “Sonhei que era Gulliver” foi contemplado com o ProAC LAB 52, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, que possibilitou sua montagem e a realização de 12 sessões gratuitas, transmitidas nas redes sociais do Maracujá Laboratório de Artes. Além disso, também gerou toda a cenografia, figurinos e roteiro para sua realização presencial posteriormente. Por fim, ainda como parte das ações previstas pelo projeto, o diretor, dramaturgo e ator Sidnei Caria também realizará um workshop-palestra gratuito, onde apresentará aos participantes um pouco do percurso de criação do espetáculo.

Sinopse

Dentro de sua casa, um velho viajante revive, em seus sonhos e lembranças, sua estranha experiência pelas terras de Lilliput, um lugar onde todos – menos ele – são minúsculos e vivem em guerra com a ilha de Blefuscu por causa de uma divergência na forma de quebrarem os ovos. Ficção ou realidade? Sonho ou lembrança?

Inspirado pelo livro “Viagens de Gulliver”, obra-prima do irlandês Jonathan Swift, pela quarentena causada pela pandemia da COVID-19 e pela Poética do Espaço, de Gaston Bachelard, o premiado grupo Maracujá Laboratório de Artes criou o espetáculo “Sonhei que era Gulliver”: uma peça para todas as idades que utiliza o teatro narrativo, teatro de sombras, teatro físico, vídeo cenários e puppet toys para reler, de forma lúdica, as deliciosas críticas à sociedade e à natureza humana retratadas pelo escritor em seu livro, tendo como espaço cênico a casa dos atores da peça (que também é a sede do Maracujá Laboratório de Artes), misturando ficção e realidade no percurso criativo.

Ficha Técnica

Espetáculo baseado no livro “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift

Adaptação, Concepção e Direção: Sidnei Caria

Assistência de Direção: Camila Ivo

Elenco: Sidnei Caria e Silas Caria

Elenco (apoio técnico): Tetê Ribeiro

Trilha sonora e efeitos: Piva Silva

Músicas Originais: Piva Silva e Sidnei Caria

Arranjos: Piva Silva

Direção de Arte: Sidnei Caria

Cenário: Sidnei Caria

Bonecos e adereços: Sidnei Caria e Silas Caria

Figurinos e pintura de bonecos: Tetê Ribeiro

Iluminação: Sidnei Caria e Camila Ivo

Soluções Técnicas Audiovisuais: Sidnei Caria e Silas Caria

Edição de imagens: Camila Ivo e Sidnei Caria

Edição de áudio: Piva Silva

Produção, Design Gráfico e Transmissão: Camila Ivo

Fotografias: Divulgação Maracujá

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produção: Maracujá Laboratório de Artes e Laboratório de Artes Produções

Serviço 

Espetáculo: Sonhei que era Gulliver

18 a 28 de novembro de 2021

Quintas e sextas-feiras às 19h

Sábados e domingos às 16h e 19h

Gratuito

Duração: 35 minutos

Exibição nos seguintes canais:

Facebook e Youtube do Maracujá Laboratório de Artes

https://www.facebook.com/maracujaartes

https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes

 Workshop-Palestra: O processo de criação do espetáculo Sonhei que era Gulliver

25 de novembro (quinta-feira) das 19h45 às 21h45

Com Sidnei Caria, diretor, ator e dramaturgo do espetáculo

Gratuito

Público-alvo: maiores de 16 anos, estudantes de teatro, professores e interessados em geral.

Inscrições até 25 de novembro de 2021, no link: https://bit.ly/workshopgulliver

Serão disponibilizados certificados aos participantes.

O workshop-palestra proporcionará aos participantes uma interação online com o diretor, ator, diretor de arte e dramaturgo do espetáculo Sonhei que era Gulliver, Sidnei Caria, que mostrará detalhes do processo criativo, técnicas utilizadas, soluções cênicas audiovisuais, entre outros aspectos do trabalho.

Sidnei Caria tem mais de 35 anos de carreira, sendo a maior parte deles voltado ao teatro para todas as idades. Participou do grupo XPTO como ator de 1985 a 2002. Trabalhou com diretores renomados como Roberto Lage, Celso Frateschi, Maria Alice Vergueiro, Cristiane Paoli-Quito, Ariela Goldman, Cris Lozano, Maria Thais, Hugo Possolo. Foi ator, diretor e diretor de arte na cia Pia Fraus (2005 a 2011). Participou do FITO – Festival de Teatro de Objetos em várias capitais brasileiras. É um dos protagonistas da série infantil “Que monstro te mordeu?”, de Cao Hamburger. Dirige o Maracujá Laboratório de Artes, grupo que fundou em 2005, onde desenvolve pesquisas e trabalhos em dramaturgia, direção, criação e confecção de bonecos, adereços, figurinos e cenários dos espetáculos do grupo. Recebeu prêmios APCA, FEMSA, PANAMCO, Mambembe, entre outros, por diversos espetáculos em sua carreira como ator, diretor, cenógrafo e dramaturgo.

 Mais informações sobre o Maracujá Laboratório de Artes

O nome Maracujá Laboratório de Artes foi escolhido pelo grupo porque resume sua proposta artística: a escolha pela “fruta da paixão” foi inspirada por um pé de maracujá que existia na sede da companhia, e representa a paixão do grupo em pesquisar novas possibilidades a cada trabalho, mesclando sempre diversas linguagens para tentar criar espetáculos tão singulares quanto sua flor, de beleza única. As palavras Laboratório de Artes reforçam essa vocação do grupo em ser um espaço de experimentação artística, que se inspira na contemporaneidade para suas criações.

Fundado em 2005 por Sidnei Caria com a participação e apoio dos atores e bonequeiros Lucas Luciano, Silas Caria e Tetê Ribeiro, agregando posteriormente a produtora e atriz Camila Ivo em 2010, o Maracujá Laboratório de Artes vem consolidando desde então uma trajetória voltada à pesquisa em teatro para todas as idades e caracterizada por uma constante busca de seus integrantes em desenvolver experimentações em linguagens e técnicas variadas (teatro físico, teatro de animação, audiovisual, teatro de sombras, música, artes plásticas) com o objetivo de romper fronteiras entre as diversas linguagens artísticas, criando espetáculos que misturam diferentes referenciais estéticos ao mesmo tempo em que trazem ao público questionamentos pertinentes a realidade da criança atual. O grupo também atua nos bastidores, desenvolvendo cenografia, adereços, figurinos e bonecos para diversos grupos teatrais e eventos.

O Maracujá Laboratório de Artes já realizou seis montagens: a coprodução As Aventuras de Bambolina, em parceria com a Pia Fraus Teatro (2008), Rabisco – um cachorro perfeito (2010), O Buraco do Muro (2013), E.Terra (2014), SPon SPoff SPend (2015 – espetáculo adulto) e Nerina – a ovelha negra (2017) e agora estreia seu mais novo espetáculo: Sonhei que era Gulliver, um espetáculo online que em 2022 deve ganhar sua versão presencial.

O grupo já foi contemplado com diversos editais, como FUNARTE Myriam Muniz, CAIXA Cultural, SESI (Arte Educação, Viagem Teatral e Territórios da Arte), Prêmio Zé Renato, ProAC, entre outros. Participou de eventos como Virada Cultural, Mostra Melhores do Ano – São Paulo, Circuito São Paulo de Cultura, Circuito Paulista de Artes, Mostra SESC de Teatro de Animação  e Festivais como FIT Rio Preto, Festival Internacional de Teatro de Curitiba, FitaFloripa, FILO (Festival de Teatro de Londrina), Festival de Férias do Teatro Folha, Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Belo Horizonte, FENTEPP (Festival de Teatro de Presidente Prudente), Festival de Arte para Crianças, entre outros.

Participou da fundação do Galpão dos Lobos, um espaço cultural formado por companhias paulistanas de teatro para todas as idades, que recebeu menção honrosa do Prêmio APCA em 2017, pelo espaço de formação e resistência inaugurado no bairro do Ipiranga para o público de todas as idades.

 Redes Sociais:

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https://www.facebook.com/maracujaartes

https://www.facebook.com/maracuja.laboratoriodeartes

https://www.instagram.com/maracujaartes/

https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes




'CASA ESTRANHA', novo espetáculo infantil escrito e dirigido por Leonardo Cortez estreia dia 7 de agosto, de forma gratuita e online.

Link para Download de fotos – crédito João Caldas

Peça trata do medo de forma lúdica e divertida, apresentando ao público o ‘Clube do Susto’, composto por três crianças que precisam desvendar ocorrências misteriosas que estão acontecendo na casa para a qual acabaram de se mudar

 O elenco é composto pelos atores André SantosConrado SardinhaDjair Guilherme e Isadora PetrinCasa Estranha fala sobre o medo infantil à princípio, desdobrando a temática para que o público identifique os elementos que constroem a coragem. Marina, uma menina de 12 anos, e Rafuca, o seu irmão de 10, se mudam para uma nova casa após o seu pai, o Seu Marcos, enfrentar problemas que levam ao fechamento de sua tecelagem. Enquanto Seu Marcos tenta resolver o conserto da última máquina que sobrou de seu antigo empreendimento, o que vai garantir a segurança financeira da sua família, os dois irmãos se veem envolvidos em uma investigação paranormal. Para chegar ao fundo dos fenômenos que acontecem na casa, como objetos que se movem sozinhos e um terrível esqueleto dançarino, vão contar com a ajuda de Marciano, o menino vizinho da casa da frente, que sabe da história do antigo morador, o Seu Salustino, cujo espírito jamais saiu da casa em que morou por tanto tempo, mesmo tendo morrido a mais de 30 anos.

No entanto, o terror se ridiculariza a partir do momento que a turma o enfrenta. O medo dá lugar à curiosidade e após investigações minuciosas, os três aventureiros descobrem traquitanas, fios e engenhocas que explicam a falsa paranormalidade. Mas, quem está por trás das invenções macabras? E por quê?

Casa Estranha traz elementos dos filmes de terror para o teatro infantil, transformando o medo numa grande brincadeira. Assim, o humor nascerá da expectativa e dos sustos decorrentes de engenhocas cujas estruturas reveladas ao público infantil provocarão encanto e curiosidade. Ao mesmo tempo, valores como companheirismo, amizade, coragem e tolerância ganham relevância graças a uma aventura repleta de surpresas e reviravoltas.

Para o cenário de “Casa Estranha”, assinado por Djair Guilherme, o ponto de partida foi o trabalho do engenheiro e artista plástico norte americano Rube Goldberg. Uma de suas criações mais emblemáticas é a máquina de Goldberg, que executa uma tarefa simples de uma maneira extremamente complicada, normalmente utilizando-se de reações em cadeia com objetos do dia a dia. O desenho de luz, assinado por Beto de Faria, traz uma referência dos filmes impressionistas franceses, em especial os títulos de terror e do diretor George Méliès. É uma luz antiga, ancestral, que esconde terrores nunca vistos. Os figurinos de Márcio Araújo são inspirados no universo dos filmes de Tim Burton, e a concepção da paleta de cores vai para tons escuros, que caminham entre o vermelho, roxo, verde e preto, com peças de roupas que misturam o antigo e o moderno. Para a trilha sonora, Jonatan Harold compôs temas e canções que ambientam as situações enigmáticas e também cômicas, explorando os sons e barulhos que não se sabe se realmente ouvimos ou se foram frutos da imaginação. Instrumentos fantasmagóricos e vozes do além permeiam o espetáculo.

“Nossa intenção com o espetáculo “Casa Estranha” é trazer esse fascínio pelo medo, o referido poder de identificação e catarse que o terror possibilita para os palcos, que tiveram pouco contato com o gênero, por meio do medo infantil. O universo infantil contém medos, com as três crianças da nossa peça não é diferente. Os medos permeiam várias esferas da infância: medo de que os pais se separem, medo de fazer amigos, medo de ficar doente, medo do que pode ser, medo do que é. Mas, o personagem mais medroso, na nossa obra, é o homem que mora na casa estranha. As três crianças entram nessa casa e têm seus medos escancarados. Aos poucos vão desmontando as estruturas e descobrindo a verdade, desmascarando o medo, enfrentando-o e resgatando o ‘amedrontado’.

A intenção é que o medo seja elaborado, para que se possa discuti-lo e superá-lo. Trabalhamos o medo como elemento dominante na construção do ser humano. O mundo pode ser assustador, mas se você enfrentar seus medos e suplantá-los o mundo se torna menos horripilante.”, explica o diretor e autor, Leonardo Cortez.

 Ficha Técnica:

Texto e direção: Leonardo Cortez
Elenco: André Santos, Conrado Sardinha, Djair Guilherme e Isadora Petrin
Assistente de direção: Rogério Barsan
Cenografia: Djair Guilherme
Cenotécnicos: Ronaldo Gonçalves e Daniel Laino
Figurinos: Márcio Araújo
Produção de figurinos e pesquisa: William Gibson
Adereços caveira: Silvia Rubinfeldt
Costureiras: Maria Elenir Alves e Salete André Barbosa
Desenho de luz: Beto de Faria
Operação de luz: Rafael Araujo
Montagem técnica: Zé Lito e Wilson Ghisellini
Operação de som: Rogério Barsan
Trilha sonora: Jonatan Harold
Coreografia: Fabiana de Sousa
Direção de vídeo: Adauto Lima Neto
Operação de câmera: Adriano Mariotto e Diogo Bezerra
Intérprete de LIBRAS: Karen Nabeta
Transporte de cenários: Flávio Giriolli e Izildo Tadeu de Andrade
Fotografia: João Caldas Filho
Projeto gráfico: Fernando Moser
Comunicação e mídias sociais: Tiago Barizon
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Direção de produção: Sonia Kavantan
Produção executiva: Tiago Barizon
Coordenação administrativa: Milka Master
Contabilidade: Francisco Flávio Gonçalves e Rosa Salerno
Realização: Kavantan Projetos e Eventos Culturais

www.kavantan.com.br

Apoio da Lei Aldir Blanc na Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de São Paulo e do Governo Federal, através do Edital Prêmio Aldir Blanc de Apoio a Cultura – inciso III – Módulo I – Maria Alice Vergueiro

Serviço:

Apresentação de Estreia: dia 07 de agosto às 16h

Após o espetáculo haverá um bate papo com a equipe.

Gratuito

Link para acesso: https://bit.ly/casaestranha

Duração: 50 minutos




'A Dama e o Vagabundo' encenado com repertório de Chico Buarque

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Espetáculo infantil inspirado em obra de Ward Greene no Diversão em Cena ArcelorMittal

Baseado na animação produzida pela Disney em 1955 e com músicas de Chico Buarque, o musical ‘A Dama e o Vagabundo’ será encenada no dia 04 de Julho (domingo), a partir das 16h. A montagem poderá ser assistida ao vivo pelo canal no Youtube da Fundação ArcelorMittal e na página no Facebook do Diversão em Cena.

O espetáculo narra a história de Dama, uma cadela com pedigree, e o Vagabundo, um vira-lata que vive nas ruas. Na trama os personagens vivem um belo romance e grandes aventuras, contadas através das músicas de um dos maiores compositores do Brasil.

Considerado o maior programa de formação de público para teatro infantil no Brasil, o Diversão em Cena ArcelorMittal é viabilizado por meio das Leis de Incentivo à Cultura Federal e Estaduais (São Paulo e Minas Gerais). Ao longo de mais de uma década, cerca de 500 mil pessoas já conferiram aos mais de 1,3 mil espetáculos apresentados.

Em decorrência da pandemia, o programa continuará a adotar o modo remoto para apresentação das atrações de maneira segura. Seguindo todos os protocolos sanitários preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Diversão em Cena não abre mão do seu objetivo: contribuir para a democratização da cultura e oferecer uma programação regular de qualidade.

SERVIÇO | DIVERSÃO EM CENA ARCELORMITTAL
A Dama e o Vagabundo’
Data: 04 de Julho – Domingo
Horário: 16h

FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Leandro Mariz
Roteiro Musical e Produção Executiva : Tiago Higa
Direção Musical: Marcelo Faria
Cenário – Figurino – Iluminação: Leandro Mariz
Assistente de produção: Karina Mathias
Realização: Tesouro da Arte Produções e Karina Mathias Eventos
Elenco: Karina Mathias, Marcelo Faria e Tiago Higa