O contrário de berço
Loide Afonso: Poema ‘O contrário de berço’


às 12:14 PM
Éramos o berço
Onde tudo começou
E agora
Acabou
Tudo mudou
A corrupção se acentuou
E a comida acabou
Os minerais
Estão sendo levados
Com a mentira de que
Serão devolvidos
Mataram a espiritualidade
Trazendo a religião
E nos fizeram
Acreditar
Que somos bruxos
Apagaram vestígios
Bibliotecas vivas
Grandes pensadores
Nos fazem acreditar que
Somos bem-vindos
Em suas casas
Que somos todos iguais
Iguais?
Ao sairmos
Somos supervisionados
Com armas
E máquinas
Como se fôssemos ladrões, bandidos
Fundem
A beleza
Com realeza
Nós somos tudo
Duro
Sujo
E temos que ficar mudos.
Loid Portugal