Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes

Fábio Ferretti estreia o solo Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes em 2 de maio no Teatro Arthur Azevedo

Cena de 'Oliver e o Monstro de Olhos Verdes'
Cena de ‘Oliver e o Monstro de Olhos Verdes’ – Divulgação

Espetáculo é uma espécie de contação de histórias para adultos e surge a partir da obra Les Faux-monnayeurs, escrita em 1925 pelo autor francês André Gide

Considerado um dos expoentes do romance moderno, o livro “Les Faux-monnayeurs” (traduzido no Brasil como “Os Moedeiros Falsos”) do escritor francês André Guide (1869-1951) é o ponto de partida para o solo Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes, escrito, dirigido e protagonizado por Fábio Ferretti.

O espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Arthur Azevedo, entre os dias 2 e 26 de maio (exceto de 16 a 19 de maio), com apresentações de quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 18h.

Uma espécie de contação de histórias para adultos, Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes não é uma adaptação do romance, mas opta por refletir sobre as relações existentes nas personagens retiradas do romance e ao mesmo tempo criar relações destas personagens com a quarta personagem introduzida na encenação. Todo o processo dramatúrgico é construído a partir destas relações de amor e amizade, encontros e desencontros.

André Gide, vencedor do prêmio Nobel de literatura em 1947 por seu romance L’immoraliste (O Imoralista), foi contemporâneo e amigo de grandes escritores marginalizados como: Jean Paul Sartre, Oscar Wilde e Jean Genet. E é um dos grandes nomes da literatura na primeira metade do século 20. Sua obra é marcada pela recusa a restrições morais e puritanas.

A sexualidade, sempre presente na obra de André Gide, é explorada sem filtros, sem julgamentos. Heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade estão presentes através desses personagens, porém não definem as suas relações interpessoais. Para Gide, os homens devem mostrar afeto, carinho e amor entre si, independente da sua sexualidade.

Na trama, após a morte do companheiro, um homem entra em contato com um acervo de cartas e diários guardados pelo amado. No material encontrado, o homem descobre fatos e acontecimentos até então desconhecidos, que ocorreram há 40 anos e que foram determinantes para que ele pudesse encontrar seu companheiro. 

O material encontrado foi escrito e deixado por Eduardo, seu sobrinho Oliver e o amigo deste, Bernardo. Os fatos descritos narram a relação destes três homens, onde cada um expõe seu ponto de vista sobre os acontecimentos. A amizade de Oliver e Bernardo, a amizade de Bernardo e Eduardo e a relação amorosa entre Oliver e Eduardo são descortinadas e possibilitam ao homem, depois de todo esse tempo, descobrir os meandros da sua própria história e os acontecimentos que possibilitaram a ele ser o homem que se tornou.

A dramaturgia do espetáculo parte da premissa de que os fatos que serão narrados por Eduardo, Bernardo e Oliver são extraídos de cartas, diários e depoimentos e estão impregnados de sentimentos contraditórios: amor, amizade, companheirismo, ciúme e inveja.

Assim, através destas referências, a encenação procura descortinar essas personagens, no intuito que o espectador possa reunir elementos que lhe permitam refletir sobre os temas e as relações dessas quatro personagens.

Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes dá continuidade ao processo de pesquisa da Cia. Ferris sobre as relações humanas, buscando ampliar o olhar sobre certas questões e mergulhando nas relações das personagens. Relações surgidas a partir de sentimentos inesperados e indefinidos e que provocam rupturas emocionais. 

Entre as tantas perguntas sugeridas pelo texto, podemos citar: Há algo de concreto no amor e na amizade? Há diferenças comportamentais nas relações amorosas ou de amizade? E esses comportamentos diferem com a idade? A experiencia pessoal prévia é garantia para relações saudáveis?

Com Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes, a Cia. Ferris reafirma a importância do teatro na busca de criar mecanismos que permitam ao espectador vivenciar experiências diversas e que possibilitem o autoconhecimento.

Sobre Fábio Ferretti

Fábio Ferretti é ator, iluminador, diretor e produtor teatral da Cia FERRIS. Nascido no Rio de Janeiro e radicado em São Paulo deste de 1993. A carreira no teatro profissional começa em 1990 na cidade do Recife/PE com o monólogo OB-sessões. Ainda em 1990 é um dos idealizadores do projeto 1990 – Dez Anos sem Nelson, idealizado pela Cia Théspis de Repertório e que contava com montagens de obras de Nelson Rodrigues: Doroteia (onde fez o personagem título), Quadros Inacabados (seu segundo monólogo) e Valsa Nº 06.

Ainda pela Cia Théspis interpretou o personagem título em Don Juan (1991) de José Zorillla e na montagem de As Criadas (1992) de Jean Genet interpretou os personagens: Divina (na montagem original na cidade do Recife) e Madame (na remontagem do espetáculo na cidade de São Paulo em 1995), ambas dirigidas por Williams Sant’Anna.

 Ainda na cidade do Recife, fez sua primeira direção no espetáculo Perto do Coração Selvagem, sua adaptação para a obra de Clarice Lispector. Participou também das montagens de O Reino Desejado (1992) e A Grande Serpente (1991) ambos dirigido pelo espanhol Moncho Rodriguez e o infantil Pluft, O Fantasminha, sob direção de Junior Sampaio, entre outros.

Em São Paulo, participa da montagem do texto inédito de Plínio Marcos: O Assassinato do Anão do Caralho Grande (1998), com direção de Marco Antônio Rodrigues, no qual interpretou a personagem Dona Ciloca. Também participou dos espetáculos: Autorama (1999), sob direção do escocês David Peacock; A Comédia dos Erros (1999), sob direção de Zé Henrique de Paula, La Chunga (2002) sob direção de Marco Antônio Rodrigues; Chão de Barros (2003) sob direção de Frederico Foroni; Desdêmona (2003) sob direção de Fernanda Maia; A Escolha do Jogador 2005) Sob direção de Hélio Cicero; Armadilha (2010) sob direção de Paulo de Pontes; O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias Verdades Inteiras (2012) sob direção de Cuca Bolaffi; A Condessa e o Bandoleiro (2014) sob direção de Fernando Escrich, entre outros.

Em 2013, funda a Cia Ferris. O espetáculo de estreia é o monólogo Terça no Hiper, no qual atua sob direção de Vany Alves.

Sobre a Cia. Ferris

A Cia. Ferris foi criada em 2013 com o objetivo de desenvolver projetos teatrais que possam propor reflexões e um debate com o público. Seu projeto anterior, Terça no Hiper, um monologo de Emannuel Darley, com direção de Vany Alves, apresentava a difícil relação entre pai e filha, a partir da constatação da transexualidade da filha.

Com Oliver e o Monstro dos olhos verdes, a Cia. Ferris busca aprofundar a pesquisa sobre o ator/criador, quando o ator assume também o processo de criação do espetáculo e reafirma a importância do teatro na busca de criar mecanismos que permitam ao espectador vivenciar experiências diversas e que possibilitem o autoconhecimento. E sendo assim, a Cia. acredita que este projeto possui relevância cultural, pois os questionamentos a serem explorados instigarão e possibilitarão reflexões pertinentes para as relações humanas e consequentemente trarão benefícios para a sociedade em geral.

Ficha técnica

Texto e Direção: Fábio Ferretti 

Interpretação: Fábio Ferretti 

Figurino, cenário e luz: Cia Ferris. 

Realização: Cia Ferris

Sinopse

Uma criação de Fábio Ferretti a partir da obra Les Faux-monnayeurs de André Gide. Após a morte do companheiro, um homem entra em contato com um acervo de cartas e diários guardados por este. No material encontrado, o homem descobre fatos e acontecimentos até então desconhecidos, que ocorreram há quarenta anos e que foram determinantes para que ele pudesse encontrar seu companheiro. O material encontrado foi escrito e deixado por Eduardo, seu sobrinho Oliver e o amigo deste, Bernardo. Os fatos descritos narram a relação destes três homens, onde cada um expõe seu ponto de vista sobre os acontecimentos. A amizade de Oliver e Bernardo, a amizade de Bernardo e Eduardo e a relação amorosa entre Oliver e Eduardo são descortinadas e possibilitam ao homem, depois de quarenta anos, descobrir os meandros da sua própria história e os acontecimentos que possibilitaram a ele ser o homem que se tornou.

Entre encontros e desencontros e uma tentativa de suicídio, a relação dos três é esmiuçada e o olhar de cada um deles é lançado sobre suas relações e sobre os diversos acontecimentos gerados por elas. A história destes três homens e seus relatos desencadeia nesse homem uma imagem mais clara do seu companheiro perdido.

SERVIÇO

Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes.

Teatro Arthur Azevedo – Sala Multiuso – Avenida Paes de Barros, 955, Mooca 

Temporada: 2 a 26 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 18h (na semana de 16 a 19 de maio não haverá espetáculos devido a programação da Virada Cultural)

Ingressos: Gratuitos, retirar na bilheteria uma hora antes do espetáculo.

Reservas online em www.sympla.com.br

Duração: 75 minutos

Classificação: 16 anos

Capacidade: 50 lugares

Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

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Dirigido por Lucas Bambozzi, 'Lavra' estreia nos cinemas, no dia 8 de setembro

Fotos: https://1drv.ms/u/s!AuE8oJHSrL6UhtphTPV_-5DrtRndpQ?e=OQrVV2

Documentário sobre os impactos da mineração na paisagem, na vida e na alma de Minas Gerais discute as tragédias causadas pelas mineradoras

Após percurso por importantes festivais como o IDFA 2021 (Amsterdã), Hotdocs 2022 (Toronto), Festival de Cine de Lima e prêmios no Festival de Brasília e Mostra Ecofalante, documentário mineiro entra em cartaz no dia 08 de setembro de 2022.

Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares. Interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.

O filme teve sua World Premiere em 17 de novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival no gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos, na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Na 11ª Mostra Ecofalante, em 2022, recebeu o prêmio de melhor longa-metragem pelo público, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas.

A estreia nos cinemas em setembro de 2022 traz à tona a atualidade e a urgência das discussões em torno das atividades do megaextrativismo no Brasil, para  além do estado de Minas Gerais, onde vem acontecendo uma série de retrocessos no campo ambiental.

Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares. Interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.

O filme teve sua World Premiere em 17 de novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival no gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos, na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Na 11ª Mostra Ecofalante, em 2022, recebeu o prêmio de melhor longa-metragem pelo público, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas.

A estreia nos cinemas em setembro de 2022 traz à tona a atualidade e a urgência das discussões em torno das atividades do megaextrativismo no Brasil, para  além do estado de Minas Gerais, onde vem acontecendo uma série de retrocessos no campo ambiental.

Lavra” será lançado no Brasil pela Pandora Filmes

Sinopse

Camila, geógrafa, retorna à sua terra natal depois de o rio de sua cidade ser contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil, provocado por uma mineradora transnacional. Camila segue o caminho da lama que atingiu o rio, varreu povoados, tirou vidas e deixou um rastro de morte e destruição, e começa a repensar seu estilo de vida. Decide fazer um mapeamento dos impactos da mineração em Minas Gerais e se envolve com ativistas e movimentos de resistência, saindo do individualismo para a coletividade. Lavra é um road-movie sobre perder um mundo e tentar recuperá-lo, sobre pertencimento e identidade, na guerra em curso entre capitalismo e a natureza.

Ficha Técnica

Lavra, Brasil, 2021, 101′, Livre

Direção: Lucas Bambozzi

Produtora: Trem Chic

Argumento e roteiro: Christiane Tassis

Atriz: Camila Mota

Produtor: André Hallak

Produção executiva: Eder Santos

Montagem: Fabian Remy

Música: O GRIVO e Stephen Vitiello




Mundana companhia estreia o díptico 'Guerra em Iperoig e Os Insensatos', no Sesc Belenzinho

Nos espetáculos, grupo se aproxima da mitologia desse povo indígena e reflete sobre a guerra justa do século XVI e a situação dos povos originários no Brasil atual 

Diante da tragédia enfrentada pelos muitos povos indígenas no nosso país, a mundana companhia mergulhou no conflito histórico entre tupinambás e portugueses para criar os espetáculos Guerra em Iperoig e Os Insensatos, ambos dirigidos por Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. Depois de ter ganhado uma versão virtual, o díptico estreia no dia 25 de agosto no Sesc Belenzinho, onde segue em cartaz até 04 de setembro.

Pouco conhecida pela maioria dos brasileiros, a Confederação dos Tamoios aconteceu em 1554, quando cinco chefes tupinambás se uniram para enfrentar os portugueses, que escravizavam os povos originários desde 1534, quando o Rei de Portugal autorizou os donatários das capitanias hereditárias a subjugá-los.

Em 1563, percebendo que a insurreição venceria a guerra, Portugal enviou os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta para firmar a “Paz de Iperoig” no local que hoje é conhecido como a cidade de Ubatuba, em São Paulo. Em 1567, os portugueses, com o consentimento dos jesuítas, travam a “guerra justa” contra o povo de Cunhambebe, Aimberê, Pindobuçu, Araraí e Coaquira.

A tramóia dos portugueses no episódio da “Paz de Iperoig”, que levou à quase total dizimação dos Tupinambá, foi a primeira de uma série ininterrupta de traições aos brasileiros do litoral e ao litoral brasileiro em si. E histórias assim se repetem de tempos em tempos nessa faixa litorânea, entre Cabo Frio (RJ) e São Vicente (SP), território da ex-grande Nação Tupinambá.

O díptico da mundana parte desse mesmo conflito para criar dois “roteiros diferentes esteticamente e complementares do ponto de vista da interpretação do fato histórico”, de acordo com Aury Porto. “A peça Os Insensatos pode ser interpretada como um rescaldo social nos dias atuais da guerra empreendida pelos portugueses contra o povo tupinambá em meados do século XVI, sintetizada no roteiro da peça Guerra em Iperoig”, explica o codiretor.

Ele ainda conta que a companhia estudou a mitologia tupinambá, a relação entre esse povo e os jesuítas, a guerra justa do século XVI e a atual situação dos povos originários no Brasil junto com os antropólogos Renato Sztutman e Stelio Marras.

“A nossa pesquisa foi primordialmente sobre as relações entre colonizadores e povos originários. Tensões, acordos, processos de negociações, interesses, relações de amizade, traições, etc. Para isso, lemos textos e tivemos aulas sobre questões específicas dos povos indígenas e, fizemos improvisações de onde surgiram muitas cenas”, comenta Porto sobre o processo criativo.

O artista também revela que o díptico é o primeiro trabalho da mundana criado inteiramente com referências genuinamente brasileiras. “Sinto que a ascensão desse fascismo miliciano, com o desmascaramento de seus adeptos em todas as classes sociais e segmentos culturais e a explicitação de seus propósitos, foi crucial para nos debruçarmos sobre as mazelas da história do Brasil, seguindo a trilha de algumas valorosas gerações de artistas anteriores a nossa. É um trabalho que devemos fazer diretamente sobre nós mesmos, sobre nossa formação e caráter. É algo que dói dado o grau de crueldade e perversão que fundamenta nosso país, mas que é necessário para operarmos transformações que desejamos e buscamos”, afirma.

Guerra em Iperoig

A partir da pesquisa sobre o acontecimento que ficou conhecido como “Paz de Iperoig”, a mundana companhia criou o espetáculo Guerra em Iperoig, que estreou em formato online em 2020. A peça traz no elenco Aury Porto, Erika Puga, Mariano Mattos Martins, Zahy Guajajara e Ziel Karapotó e conta com participações virtuais de Anderson Kary Báya, Igor Pedroso, Lian Gaia, Mariana Ximenes e Raquel Kubeo.

A montagem nasceu de um convite de Bruno Siniscalchi para o grupo, a partir da ideia inicial de André Sant’Anna de pesquisar a Confederação dos Tamoios. “O tema fez todo o sentido para a mundana companhia, uma vez que somos de um país nascido da guerra, e que se faz e se refaz a cada dia através da guerra. Uma guerra de extermínio do próximo que é diferente. Uma guerra que tem um sentido totalmente diverso da guerra na história dos povos Tupinambá”, diz Aury Porto.

Na encenação, cenas da mitologia tupinambá, textos e imagens de cinema criadas sob o ponto de vista dos colonizadores e textos com visão dos colonizados se justapõem. E a peça é encerrada com uma revolta estética de artistas indígenas contemporâneos.

Os Insensatos

Já o espetáculo Os Insensatos apresenta quatro alegorias da insensatez social brasileira. O mal-uso da coisa pública, o consumismo, o desinteresse pela racionalidade e a relação superficial com o conhecimento são algumas das características das figuras em cena.

O brasileiro aqui é olhado pela lente da insensatez. E essa lente foi aumentada fazendo as figuras superarem suas características elementares de personagens humanos à medida que seus corpos interagem com elementos do entorno e vão tomando formas carregadas de significados.

A peça é composta de algumas camadas de leitura e por diferentes conexões com a questão central: a insensatez. A trilha sonora, os figurinos, as frases escritas nos figurinos, os textos, os vídeos, o gestual dos atores e os objetos de cena constituem um corpo cênico feito de elementos que não necessariamente se complementam ou se equivalem. Permitindo até mesmo interpretações independentes por parte do espectador.

Sobre uma ideia original de Cristian Duarte e de uma seleção de textos de André Sant’Anna, os artistas-criadores Aury Porto, Joana Porto, Roberta Schioppa, Rogério Pinto, Zahy Guajajara e o próprio idealizador criaram um roteiro partindo da premissa de exploração que os colonizadores europeus estabeleceram com as terras “brasileiras” e com seus povos originários, desde o início do processo de colonização no século XVI.

“Exploração que atravessa séculos seguindo os mesmos procedimentos que sedimentaram uma certa “mania” predatória e excludente que, para além das anedotas, também nos caracterizam como brasileiros”, diz Aury Porto.

O elenco conta com a participação de Anderson Kary Baya, André Sant’Anna, Aury Porto, Erika Puga e Lena Roque

Sobre a mundana companhia

Desde o ano 2000, inspirados pela militância política dos artistas de teatro da cidade de São Paulo junto ao movimento “Arte contra a Barbárie”, Aury Porto e Luah Guimarãez desejavam criar um núcleo artístico formado essencialmente por atores-produtores.

Almejavam formar uma companhia teatral na qual, a cada projeto, idealizado e produzido necessariamente por um ou mais atores, um/a diretor/a, com afinidades afetivas e estéticas com os membros da companhia, seria convidado/a a integrar-se a esta. O mesmo ocorreria com os profissionais das outras áreas, como cenografia, figurino, música, luz, e até mesmo com outros atores.

A cada projeto, a companhia teria um quase novo corpo forjado na ideia de continuidade na transitoriedade. Assim foi gestada a mundana companhia (nome integralmente grafado em letras minúsculas).

Criado em 2007, o grupo criou os espetáculos Medeamaterial, Máquinas do Mundo, Necropolítica, Dostoiévski-Trip, Na Selva das Cidades- Em Obras, O Duelo, Pais e Filhos, O Idiota – Uma Novela Teatral, Tchekhov 4 – Uma Experiência Cênica, Das Cinzas e A Queda.

Atividade formativa

Além do díptico, a mundana companhia organiza quatro encontros prático-teóricos, com três horas de duração cada, no Sesc Belenzinho, a partir do material de pesquisa e do processo de criação dos espetáculos “Guerra em Iperoig” e “Os Insensatos”.

“A pandemia atravessou o processo criativo do que seria um único espetáculo teatral: Guerra em Iperoig. E o isolamento social nos levou para encontros virtuais que fizemos com regularidade. A vivência desse tipo de encontro incomum nos processos criativos teatrais nos fez inventar novos procedimentos de trabalho com a contribuição de todos os membros da equipe. Novas e diversas fontes de estudo foram compartilhadas e debatidas. Novos textos, imagens e cenas aumentaram o volume de material de trabalho para a futura encenação sem data prevista para estrear. O longo tempo e a quantidade de material produzido possibilitou a criação de dois roteiros que nos levaram a duas peças esteticamente diversas”, reflete o artista.

Partindo desse histórico de trabalho, o ator Aury Porto vai dividir a condução de cada um dos encontros com os artistas da equipe da mundana companhia que trabalharam ao longo do processo em 2020.

27 de agosto, das 15h às 18h

Aury Porto + Zahy Guajajara: Atritos, estranhamentos, reconhecimentos, afetos e trocas culturais durante um processo de criação teatral

3 de setembro, das 15h às 18h

Aury Porto + André Sant’Anna: Ideia original e seu desdobramento, escritura e reescritura dos textos da cena ao longo do ano de 2020

10 de setembro, das 15h às 18h

Aury Porto + Renato Sztutman e Stelio Marras: Histórias das relações entre os povos originários e os colonizadores europeus ao longo do primeiro século de colonização dessa faixa litorânea entre São Paulo e Rio de Janeiro

17 de setembro, das 15h às 18h

Aury Porto + Rogério Pinto: Materiais e procedimentos na criação plástica dos espetáculos “Guerra em Iperoig” e “Os Insensatos”

Serviço

Díptico Guerra em Iperoig e Os Insensatos, com mundana companhia

Temporada: De 25 de agosto a 18 de setembro

Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho

Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada) e R$9 (credencial plena)

Vendas online em www.sescsp.org.br

Guerra em Iperoig

Apresentações: De 25/8 a 4/9, Quinta a sábado, às 21h30. Domingo, às 18h30

Classificação: 14 anos

Duração: 50 minutos

Sinopse: A peça parte de estudos sobre a guerra travada entre os portugueses e os tupinambá em meados do século XVI na região de Iperoig, hoje Ubatuba (SP). Numa sequência de cenas performáticas, os artistas traçam relações entre o fato histórico e o imaginário brasileiro permeado pela exploração dos povos indígenas. Num ambiente cênico soturno, cenas ufanistas do cineasta Humberto Mauro estão ao lado de performances politicamente conscientes de artistas de diferentes etnias do Brasil. Um José de Anchieta assaltado por dúvidas, ao lado de uma artista que tenta conformar um corpo indígena aos padrões europeus.

Ficha técnica

Roteiro: Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto, Roberta Schioppa, Rogério Pinto e Zahy Guajajara

Textos: André Sant’Anna

Direção: Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto

Elenco: Aury Porto, Erika Puga, Mariano Mattos Martins, Zahy Guajajara e Ziel Karapotó
Direção de movimento: Cristian Duarte

Direção Vocal Interpretativa: Lucia Gayotto

Direção Musical: Gui Calzavara
Sonoplastia, operação de som e operação de vídeo: Ivan Garro
Cenografia: Rogério Pinto

Figurinos: Joana Porto e Rogério Pinto

Assistente de direção de arte: Beatriz Coelho

Luz: Wagner Antônio

Operação de luz: Felipe Tchaça e Sibila

Vídeos e programação de vídeo-mapping: Bruna Lessa

Contrarregragem: Rafael Matede

Colaboração Conceitual: Renato Sztutman e Stelio Marras

Coordenação de projeto: Aury Porto

Gestão de projeto: Metro Gestão Cultural
Direção de Produção: Carla Estefan
Produção Executiva: Bia Fonseca
Fotos: Renato Mangolin e Alessandra Nohvais
Projeto Gráfico: Mariano Mattos Martins

Manutenção website e redes: Yghor Boy

Audiovisual: Filmagens Figura da Guerra: Cacá Bernardes

Participações em vídeo: Anderson Kary Baya, Igor Pedroso, Lian Gaia, Mariana Ximenes e Raquel Kubeo

Guerra em Iperoig contém trechos de:

>A QUEDA DO CÉU -PALAVRAS DE UM XAMÃ YANOMAMI

Davi Kopenawa e Bruce Albert. Companhia das Letras 2015.

>JUNK-BOX- UMA TRAGICOMÉDIA DOS TRISTES TRÓPICOS

Sérgio Sant’Anna. Edições Du Bolso.1980.

Guerra en Iperoig contém cenas dos filmes:

:>O DESCOBRIMENTO DO BRASIL (1937) e OS BANDEIRANTES (1940)

direção de Humberto Mauro

DIREITOS/CESSÃO CTAv/SAv/SeCult/ Ministério do Turismo

As cenas da FIGURA DA GUERRA, interpretada por Mariana Ximenes, foram realizadas no heliponto do edifício da FIESP. Nossos agradecimentos a FIESP e toda sua equipe técnica e de segurança.

Os Insensatos

Apresentações: De 8 a 18/9,  Quinta  a Sábado, às 21h30. Domingo, às 18h30

Classificação: 14 anos

Duração: 55 minutos

Sinopse: A peça apresenta quatro alegorias da insensatez social brasileira. O mal-uso da coisa pública, o consumismo, o desinteresse pela racionalidade e a relação superficial com o conhecimento. O espaço cênico é inspirado nas praças de alimentação dos shopping centers, e se configura como um octógono, onde o público está ao meio, circundado por diversos televisores e por quatro figuras histriônicas e insensatas que debatem em seus nichos.

Ficha Técnica

Roteiro: Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto, Roberta Schioppa, Rogério Pinto e Zahy Guajajara
Textos: André Sant’Anna

Direção: Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto

Elenco: Anderson Kary Baya, André Sant’Anna, Aury Porto, Erika Puga e Lena Roque

Direção de Movimento: Cristian Duarte
Direção vocal interpretativa: Lucia Gayotto
Direção Musical: Gui Calzavara
Cenografia: Rogério Pinto
Figurinos: Joana Porto e Rogério Pinto

Assistente de direção de arte: Beatriz Coelho

Maquiagem: Rogério Pinto

Luz: Wagner Antônio

Operação de luz: Felipe Tchaça e Sibila

Vídeos e programação audiovisual: Bruna Lessa

Contrarregragem: Rafael Matede

Sonoplastia, operação de som e operação de vídeo: Ivan Garro

Colaboração Conceitual: Renato Sztutman e Stelio Marras
Coordenação de projeto: Aury Porto

Gestão de projeto: Metro Gestão Cultural
Direção de Produção: Carla Estefan

Produção Executiva: Bia Fonseca
Fotos: Renato Mangolin e Alessandra Nohvais
Projeto Gráfico: Mariano Mattos Martins
Manutenção website e redes: Yghor Boy

SERVIÇO:

Guerra em Iperoig / Os Insensatos

Temporada: 25 de agosto a 18 de setembro de 2022.
Quintas, sextas e sábados às 21h30. Domingos às 18h30.
Local: Sala de Espetáculos I
Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada) e R$9 (Credencial Sesc)
Classificação: 14 Anos.
Duração: 70 Minutos

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/Belenzinho

Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.

Transporte Público
Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)




Fernanda Stefanski e André Zurawski estreiam 'NÓS', livremente inspirado na distopia de Ievguêni Zamiátin

Espetáculo pensado especificamente para as instalações da Oficina  Cultural Oswald de Andrade discute os desafios do processo de  construção da intimidade 

As dualidades e barreiras quase intransponíveis que criamos quando nos  relacionamos com o “outro” são questões discutidas pela peça NÓS, livremente  inspirada no contexto distópico proposto pelo romance homônimo do russo Ievguêni  Zamiátin (1884-1937). O espetáculo, concebido e atuado por Fernanda Stefanski e  André Zurawski estreia no dia 24 de agosto, na Oficina Cultural Oswald de Andrade,  onde segue em cartaz até 24 de setembro.

Publicada pela primeira vez em 1924, a distopia futurista de Zamiátin influenciou  grandes obras desse gênero, como 1984, Admirável Mundo Novo e O Conto da Aia.  O romance se passa no futuro e retrata um estado totalitário, no qual as emoções  foram eliminadas. Não há mais divergência entre as pessoas, liberdade ou qualquer  forma de privacidade.

O espetáculo não se propõe a realizar uma adaptação teatral dessa distopia, afirma  André Zurawski. “A estrutura do romance apresenta uma sequência de peripécias e  fluxos de consciência em primeira pessoa do protagonista. Nosso desejo era construir  uma dramaturgia em dueto, que abordasse a distopia pela perspectiva de dois  protagonistas no momento atual, e entender o quanto já somos distópicos em em  2022.”

A pesquisa concentra-se na investigação das fronteiras que permeiam as relações na  contemporaneidade, levando em consideração uma das características primordiais  da espécie humana: o medo do “outro”, principal responsável pelos sentimentos de  isolamento e solidão, cada vez mais radicalizados em nossa sociedade.

“O romance retrata os conflitos na relação entre duas pessoas que vivenciam o ‘amor  romântico’, e se encerra com um desfecho trágico. Nosso desejo era discutir as  construções ficcionais que estruturam o conceito de ‘amor’, na tentativa de  compreender possibilidades de desviar desse ideal trágico do amor impossível, um

modelo que ainda persiste com força na sociedade ocidental nos dias de hoje. Depois  de muitos desvios e resistências, entendemos a importância da nossa honestidade  no processo de criação. Somos eu e Fernanda em cena, dirigindo e atuando e  escrevendo e brigando. E, como somos um casal na vida real, foi impossível não  considerar essa verdade na construção da nossa ficção”, comenta André.

A trama apresenta o processo de construção da intimidade entre duas pessoas que  se conhecem por acaso, e enfrentam a barreira do cinismo como censura do amor,  intensificando suas dúvidas e as paralisando. A salvação está no resgate da potência  das faculdades humanas: a imaginação, a memória e o sonho – erradicados no futuro  distópico do romance de Zamiátin.

“Nós observamos que a distopia de Zamiátin fala muito sobre nosso tempo: o controle  da privacidade, a redução radical dos espaços de intimidade, as redes sociais como  ferramentas para a construção programada de ficções. No livro, as personagens  vivem em apartamentos de vidro, são observadas o dia inteiro e têm direito a abaixar  as cortinas por apenas uma hora por dia – a hora pessoal. E 60 minutos é exatamente  a duração do espetáculo. No decorrer dessa hora íntima, cercados por paredes de  concreto, revivemos o ritual teatral, ancorados pela força da ficção, na tentativa de  representar o “estado selvagem de liberdade” que os selvagens do romance  preservam.” reflete Fernanda Stefanski.

Outro tema pesquisado pelos artistas é a dualidade, por meio da qual o ser humano  instintivamente observa o mundo e estabelece fronteiras entre nacionalidades, etnias,  religiões, classes, gêneros, dividindo as pessoas entre “eu/nós/você/eles/os outros”.

“São duas personagens que se comunicam através de duetos, diálogos, padedês,  duelos… Estamos brincando com separações que criam dualidades e a encenação  está sendo pensada a partir do conceito de pares”, acrescenta Fernanda.

Já a dramaturgia foi pensada especificamente (site specific) para a Oficina Cultural  Oswald de Andrade, que atualmente passa por uma reforma. “Vários espaços estão  sem forro, com as paredes descobertas e estruturas à mostra. Essa reconstrução do  espaço físico da sala de ensaio onde a peça foi criada foi incorporada à dramaturgia.  Todas as restrições e constrangimentos decorrentes da reforma – poeira, entulho,  interdição de espaços e avisos de perigo – se tornaram metáforas para o tema do  projeto: o compreensão do amor não apenas como um sentimento e sim como uma  ética de vida e construção cotidiana, que só tem sentido na ação. O amor é o que o  amor faz”, conclui a diretora.

Sobre Fernanda Stefanski

É atriz, arte-educadora, diretora, dramaturga e integrante da Cia Hiato. Graduada em  Artes Cênicas pela USP e Teatro-Escola Célia Helena, tem em seu currículo trabalhos  em teatro e audiovisual. Entre seus principais trabalhos estão os espetáculos da Cia  Hiato: Odisseia, Amadores, 02 Ficções, Ficção, O Jardim, Escuro e Cachorro Morto.  No audiovisual está no elenco dos filmes Para Francisco, Mare Nostrum, Guigo

Offline, Velha roupa colorida, Cão na Estrada, Segundo o sexo, Acomunicati,  Domitilas, Biografias e Entulho; e nas séries O Dono do Lar, 3% e Terrores Urbanos.

Sobre André Zurawski

É diretor, ator, dramaturgo e especialista em tecnologia da informação. Graduado em  Audiovisual pela USP, no curso técnico de Tecnologia da Informação – SENAC, e no  curso técnico de formação do ator – Teatro Escola Célia Helena. É co-fundador do  Núcleo Instável – companhia teatral com foco na pesquisa de arte-tecnologia. Co

dirigiu o espetáculo Experimento Espelho 2.0 e realizou a montagem audiovisual dos  espetáculos: Libolli.doc, Véspera, O Macaco Simão, Rapunzel, Os Três Porquinhos,  A Terra dos Meninos Pelados, Furunfunfum no Carnaval e Furunfunfum no Dia des  Bruxes. Em teatro foi dirigido pelos diretores e encenadores: Janaina Leite, Dagoberto  Feliz, Ruy Cortez, Ednaldo Freire, Vivien Buckup, Miriam Rinaldi, Antonio Salvador,  Luah Guimarães e Serguey Zemtsov. Faz parte dos espetáculos Bruto e Gota d’água  Paris. No audiovisual faz parte das séries Pico da Neblina e Feras.

Sinopse 

O que é o amor? O ano é 2022, as emoções, a intimidade e o diálogo são  ideologicamente indesejáveis e estão expressamente proibidos. Nesse contexto  distópico duas pessoas se encontram clandestinamente, em uma sala de teatro  prestes a ser demolida. Juntas, elas reconstroem sua intimidade perdida, a partir dos  resquícios de uma civilização que colapsou.

Ficha Técnica 

Concepção, direção e dramaturgia: Fernanda Stefanski e André Zurawski Assistência de direção: Jorge Ferreira

Dramaturgismo: Jorge Ferreira e Sofia Riccardi

Elenco: Fernanda Stefanski e André Zurawski

Produção executiva: Aura Cunha e Yumi Ogino

Desenho de movimento: Beth Bastos

Cenografia e desenho de luz: Marisa Bentivegna

Figurinos e adereços: Chris Aizner

Fotografia: Ligia Jardim

Projeto audiovisual e tecnológico: Núcleo Instável

Música original e desenho de som: Charles Tixier

Arte gráfica: Eric Peleias

Orientação dramatúrgica: Luis Felipe Labaki

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Redes sociais: Jorge Ferreira

Palestrante convidada: Magô Tonhon

O espetáculo NÓS é realizado com recursos da 12ª edição do Prêmio Zé Renato

Serviço 

NÓS, de Fernanda Stefanski e André Zurawski

Temporada: 24 de agosto a 24 de setembro

quartas, quintas e sextas – 20h

sábados e feriados – 18h

sexta, dia 23/09 – 17h e 20h

Apresentação-desmontagem: 02, 09 e 16/09

sextas – 17h

Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363, Bom Retiro Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes de cada sessão

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Capacidade: 40 lugares




Grupo de dança da cidade goiana de Nova Veneza estreia com apresentação da tradicional tarantela na abertura do Festival Italiano

Em Goiás, prefeitura de Nova Veneza investe na dança italiana para os jovens da cidade. Estreia do grupo será na abertura do 16º Festival Italiano de Nova Veneza, no dia 4 de agosto

Ao pensar em referências italianas, geralmente lembramos de comidas deliciosas, família reunida e, claro, às danças alegres e ritmadas, a exemplo da tarantela. A retomada do Festival Italiano de Nova Veneza, suspenso por dois anos em decorrência da pandemia de Covid-19, contará com uma novidade: a estreia do grupo de danças típicas integrado por adolescentes da cidade. Quatorze integrantes, de 10 a 14 anos, estão se preparando para a apresentação, que será um medley na abertura do show do cantor Sérgio Reis, no primeiro dia do festival.

A festa, que será realizada entre 4 a 7 de agosto e reforça a importância da cultura italiana, tem realização da Prefeitura de Nova Veneza, com patrocínio da Enel Distribuição Goiás, por meio da Lei de Incentivo à Cultura/Goyazes. Tem também apoio da Câmara Municipal da cidade, Governo de Goiás, Secretaria de Estado da Cultura, tendo como correalizador o Sesc-GO.

A coreografia é uma tarantela. A narrativa da dança remete à história da imigração italiana no Brasil – que está intimamente ligada à história de Nova Veneza, em Goiás, que foi erguida com a chegada de colonos italianos por volta de 1910. “Contaremos com os movimentos desde a saída dos imigrantes italianos da Europa, até a chegada deles no Brasil, a adaptação ao clima brasileiro e ao solo diferente”, diz o coreógrafo Jamerson Lima, convidado pela Prefeitura de Nova Veneza para coordenar o grupo.

Futuro

A meta é dar continuidade aos ensaios para o desenvolvimento e consolidação da dança em Nova Veneza, sob os cuidados de Jamerson Lima, que também tem experiência como bailarino e já participou dos principais festivais de dança e grandes eventos do País, como o Criança Esperança e no Natal de Gramado.

“Estou lisonjeado com a oportunidade. Esse é o primeiro grupo de dança tradicional de Nova Veneza, com o intuito de consolidar essa cultura italiana e essa será a primeira experiência dessas crianças pisando no palco. Eles estão muito dedicados, estamos ensaiando há pouco mais de um mês, mas a expectativa é de sucesso. Além disso, existe todo um trabalho de backstage para que essa apresentação aconteça, cada família está empenhada, eles [os alunos] passam muitas horas no ensaio, então envolve uma grande logística, mexe com a estrutura deles, mas estamos muito animados”, diz Jamerson.

Maria Heloísa da Silva, de 12 anos, é uma das integrantes do grupo, coordenado por Jamerson. Pela primeira vez no grupo de dança e também no Festival Italiano, resolveu conhecer mais sobre a cultura italiana através da dança. “Eu estava interessada em aprender coisas novas”, lembra, ao comentar o motivo de participar do evento.

Sentimento compartilhado por Natália Vieira, de 17 anos, que teve oportunidade de dançar ballet quando criança e resolveu ingressar na tarantela, após um convite. “Eu dançava ballet quando tinha 7 anos, parei e retornei aos 11 anos. Mas só aqui em Nova Veneza, tive a oportunidade de conhecer a dança italiana”. A jovem diz que além disso, o grupo possibilitou que ela fizesse novos amigos. “Se eu não tivesse entrado no grupo, não teria conhecido as meninas e feito tantas amizades”, completa Natália.

Já Luana Clara Pereira de Souza, de 13 anos, que já dançou italiano, tem a  oportunidade de voltar para os palcos este ano. Animada para o evento, ela está na expectativa para chegar o dia da apresentação. “O coração sempre acelera e dá aquele friozinho na barriga nas vésperas do Festival.”

Sobre o 16º Festival Italiano de Nova Veneza

O tema do 16ª edição do Festival Italiano de Nova Veneza é “Uma boa massa, bom vinho e, claro, uma boa companhia” porque, de acordo com o prefeito da cidade, Valdemar Batista Costa, a intenção é estimular a confraternização entre as pessoas, que ficaram tanto tempo afastadas. “Nosso festival é um ambiente alegre, familiar e de mesa farta, ingredientes que temperam os reencontros entre as famílias”, disse.

A programação de 2022 trará não somente gastronomia, mas muitas atrações artísticas para retratar a cultura italiana e um pouco também de sua mistura com a cultura goiana. Para mais informações sobre a programação de cada dia,  acesse: www.festivalitalianonovavenezago.com.

A 16ª edição do Festival conta também com o apoio das empresas parceiras: Constru+ Incorporadora, São Salvador Alimentos, Super Frango, Boua, Bonare, Galo, Renata, Di-Cheff, Fecomércio-GO, Lucas Gás, Interseg Turbo, Quinta do Morgado vinhos e sucos, Cordelier vinhos e espumantes, Ríboli Representações e Sicoob Credicapa.

Sobre Nova Veneza, em Goiás

Um pedacinho da Itália, na região Centro-Oeste do Brasil. Assim é Nova Veneza, com fortes costumes e cultura italiana. A pequena cidade, com pouco mais de nove mil habitantes, é a maior representação da imigração italiana da região central do País e esconde uma rica história cultural. Cerca de 60% de seus moradores são descendentes de italianos, que migraram para a região há mais de 100 anos.  O número expressivo dos estrangeiros fez com que a localidade fosse chamada de “Colônia dos Italianos” até 1958, quando passou a ser batizada de Nova Veneza.

 




Comédia francesa 'Lola e seus irmãos' ganha nova data estreia nos cinemas brasileiros (07/07)

Com roteiro do escritor David Foenkinos e protagonizada por Ludivine Sagnier, o longa é sobre amores e laços familiares

Definida pela revista Femme Actuelle como “uma comédia doce, com uma Ludivine Sagnier radiante”, LOLA E SEUS IRMÃOS é dirigido pelo ator Jean-Paul Rouve, em sua segunda parceria no roteiro com o escritor David Foenkinos (“A Delicadeza do Amor”, “O Mistério de Henri Pick”). O longa chega aos cinemas brasileiros em 7 de julho, com distribuição da Pandora Filmes.

Sagnier (da série “Lupin”, e do filme “8 Mulheres”) interpreta a advogada Lola, irmã de Benoit (Rouve), que vai se casar pela terceira vez, e de Pierre (José Garcia), que vive adiando seu casamento. Em meio a discussões, brigas e problemas, a jovem reencontra Zoher (Ramzy Bedia), de cujo divórcio ela cuidou. Tudo se complica quando Benoit descobre que será pai, e não se sente preparado para isso, e Pierre, um construtor, começa a enfrentar problemas no trabalho.

Rouve conta que, por ser filho único, convidou Foenkinos para colaborar no roteiro por ele ter um irmão, e, assim, poderia explorar melhor os conflitos do relacionamento. Mas também pela obra do escritor ter algo de poético e humorado. “Ele muitas vezes tem ideias de personagens um pouco ‘à margem’, mas que são verossímeis, existem na vida. Eu os considero como marcos, uma espécie de filósofos da vida cotidiana… São personagens que muitas vezes tratamos com humor o que os torna reais.”

O diretor define a protagonista, Lola, como uma personagem complexa e complicada, que vive sufocada, impedida de viver pelos seus irmãos mais velhos. Ele procurava uma atriz que trouxesse uma personalidade forte, mas também delicadeza e uma certa fragilidade. “Eu convidei várias atrizes para fazer testes na frente da câmera, pois eu queria sentir as diferentes camadas de Lola. E percebi que Ludivine tinha isso nela. Um lado frágil e doce e uma personalidade assertiva. Uma feminilidade muito assumida e também um lado moleque”.

Sagnier conta que o que chamou sua atenção em LOLA E SEUS IRMÃOS foi a história desenvolvida pelos roteiristas. “O filme levanta muitas questões sobre as ligações que temos com os nossos irmãos e irmãs, como às vezes temos problemas para apoiá-los, e, apesar de tudo, como podemos amá-los incondicionalmente. Para mim, o assunto é universal. Quanto a Lola, ela me emociona porque ela é uma garota que luta para brilhar o tempo todo.

A site francês Ecran Large elogia o filme como “engraçado, sensível, cativante, e, acima de tudo, profundamente humano”.  O francês Le Journal du Dimanche afirma que “Rouve dirigiu uma comédia sentimental agridoce bem equilibrada entre a leveza e a gravidade”.

O longa tem distribuição da Pandora Filmes.

Sinopse

Lola, uma jovem advogada, se apaixona por um de seus clientes; Benoît, que se casou pela terceira vez, vai ser pai sem estar preparado; Pierre está passando por sérios problemas profissionais. Lola, Benoît e Pierre são irmãos. São muitos os motivos que poderiam afastá-los, mas eles são inseparáveis.

Ficha Técnica

Direção: Jean-Paul Rouve

Roteiro: Jean-Paul Rouve e David Foenkinos

Produção:  Cédric Iland, Nadia Khamlichi, Adrian Politowski

Elenco: Ludivine Sagnier, José Garcia, Jean-Paul Rouve, Ramzy Bedia, Pauline Clément

Direção de Fotografia: Christophe Offenstein

Desenho de Produção: Laurent Ott

Montagem: Jean-Christophe Bouzy

Gênero: drama, comédia

País: França

Ano: 2018

Duração: 105 min.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre reserva espaço especial para o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores.




Com texto de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil, espetáculo Maria da Escócia estreia no Teatro Cacilda Becker

Ao propor encontro fictício entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, a peça cria uma discussão sobre as relações de poder e o que é preciso para a sua manutenção

O conflito que existiu entre as rainhas e primas Elizabeth I (1533-1603) e Mary Stuart (1542-1587) é pano de fundo para uma discussão sobre as relações de poder no espetáculo Maria da Escócia, com dramaturgia de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil. A peça, estrelada por Bete Dorgam e Kátia Naiane, é inspirada no texto “Mary Stuart” (1800), do alemão Friedrich Schiller. A estreia acontece no dia 17 junho no Teatro Cacilda Becker.

O espetáculo, que teve uma versão audiovisual online bem diferente, é o segundo trabalho de Alexandre Brazil que nasce de uma investigação sobre rainhas renascentistas. De acordo com o diretor, o primeiro desses trabalhos foi “O Sorriso da Rainha” (2018), sobre a própria Elizabeth I, e ele ainda planeja montar uma peça sobre Ana Bolena (1501/1507-1536), a mãe dessa monarca.

“A pesquisa nasceu da minha paixão por William Shakespeare, que eu considero o maior dramaturgo que já existiu. Eu já montei nove espetáculos do bardo e, em todos esses trabalhos, ele menciona figuras fascinantes dessa História renascentista. A própria Elizabeth I foi a grande mecenas de Shakespeare e da companhia dele, responsável pela prosperidade que ele teve em vida. E essas rainhas são figuras que têm em suas trajetórias fatos extremamente teatrais. É isso que me interessa”, explica Brazil.

O contexto

A peça, que não se propõe a ser biográfica, parte da disputa pelo trono na Inglaterra entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart. Única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, Mary assumiu o trono aos 6 anos, teve vários maridos e sempre atuou apenas como a rainha consorte (o equivalente à primeira-dama), sem exercer efetivamente o poder.

Considerada pelos católicos ingleses como a legítima soberana da Inglaterra, já que Elizabeth I era filha bastarda do rei Henrique VIII, ela esteve envolvida com uma revolta conhecida como Rebelião do Norte e tentou depor a própria prima para assumir o poder em seu lugar. Vendo-a como uma real ameaça, Elizabeth I aprisionou-a em vários castelos e mansões no interior do país. E, depois de 18 anos, Mary foi condenada por tramar o assassinato da prima – dentro da própria prisão. É decapitada em 1587, aos 44 anos.

Já Elizabeth I, que é conhecida como a “A Rainha Virgem” por nunca ter se casado, assumiu o reinado aos 25 anos, depois de uma longa briga pela sucessão do trono desencadeada pela morte de seu irmão Eduardo VI. Ao contrário de sua grande rival, ela exerceu ativamente o poder e abriu mão de se casar e ter filhos para continuar com sua soberania. Ela também é considerada uma das rainhas mais prósperas, responsável por conduzir a monarquia inglesa por sua chamada ‘Era de Ouro’.

A encenação

O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.

Ao público, cabe assumir uma posição diante desse conflito. “Tomamos bastante cuidado para não retratar Elizabeth I como tirana na nossa peça. O público vai compreender que as duas tiveram sua responsabilidade no desfecho. As personagens tentam se entender. Elizabeth precisa decidir o que fazer com o destino da prima como uma questão de estado, porque a situação está insustentável e ela está sendo pressionada. Imagine o que é para uma rainha ter que mandar decapitar a outra”, indaga Alexandre Brazil.

Em cena, as rainhas estão separadas por uma cerca, que, ao contrário de uma grade de prisão medieval, lembra um presídio de segurança máxima. “É interessante que, no começo do espetáculo, o público talvez se pergunte: quem está realmente presa? E, de certa maneira, as duas estão aprisionadas. A Maria, literalmente, e a Elizabeth I, por todas as questões que ela precisa lidar para se manter no poder”, revela o diretor.

Já os figurinos preservam a ambientação do século 16, mas vão sendo ligeiramente “desmontados” ao longo da peça, tornando-se um pouco mais atemporais. Esse efeito também está presente em outros elementos da montagem com a proposta de mostrar que essa história poderia ser atemporal.

“Não queremos exatamente traçar paralelos explícitos com o que se passa hoje no Brasil. O que é fundamental e nos impressiona é como as relações de poder pouco mudaram do século 16 para cá. Queremos discutir o quanto esse poder, quando mal usado, pode ser avassalador para o povo e para os próprios governantes. É claro que estamos falando de outro sistema, a monarquia, mas acho importante olharmos para as questões políticas do passado e percebermos como tudo é muito parecido com o que temos hoje”, acrescenta.

Outro tema importante ao redor da peça é a questão do gênero. “É preciso considerar a depreciação da mulher. Quando olhamos para essas duas rainhas do século 16 ficamos impressionados, mas elas foram colocadas nesse lugar de poder por homens e elas estão cercadas por eles o tempo todo. Elizabeth consegue romper parcialmente com isso, mas, na peça, não consegue ter um companheirismo e o que hoje chamamos de sororidade com a própria prima, pois ela é pressionada a executá-la”, reflete o diretor.

Sinopse

O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.

Ficha Técnica

De Fernando Bonassi

Inspirado e baseado na obra “Mary Stuart” de Friedrich Schiller

Idealização e Direção: Alexandre Brazil

Co-Direção: Cacau Merz

Elenco: Bete Dorgam e Kátia Naiane

Cenário/Cenografia e Adereços: Mateus Fiorentino Nanci e Megamini

Música Original: Dan Maia

Iluminação: Felipe Tchaça

Figurino: Alexandre Brazil

Gola Rufo: Marichilene Artisevskis

Visagismo: Sergio Gordin e Carmen Silva

Assistente de Visagismo: Leninha Uckerman

Costura de Figurinos: Judite de Lima, Glória Amaral, Lili Santa Rosa e Maria Lúcia

Fotografia: Philipp Lavra

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produção Gráfica e Mídias Socias: Felipe Apolo

Produção Executiva: Escritório das Artes

Coordenação de Produção: Maurício Inafre

Direção de Produção: Alexandre Brazil

Gestão de Produção: Escritório das Artes

Realização: Alexandre Brazil da Silva – “Este projeto foi contemplado pelo EDITAL DE APOIO A PROJETOS CULTURAIS DESCENTRALIZADOS DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS — Secretaria Municipal de Cultura”

Serviço

Maria da Escócia, de Fernando Bonassi

Temporada: 17 a 26 de junho

Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.

Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295, Lapa

Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada)

Vendas online: através do site Sympla e 01 horas antes do início do espetáculo diretamente na bilheteria.

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos

Capacidade: 198 lugares