Coragem do tempo (parte 1)

Ismaél Wandalika: Poema ‘Coragem do tempo’ (parte 1)

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
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Como o tempo é ilusionista
Voa além das estrelas ninja
Mira vidas sopra forte ventania
Vai longe apaga memória

Como o tempo é capaz
De nos fazer lembrar o quanto a gente já foi capaz
O tempo fala com sinais
Envelhece até os animais
Ninguém escapa dele e mais…

Nos faz viajar no tempo
Lembrança traz de um momento que torna-se único
Ele é mestre da ilusão cinturão preto
Faz magia nos corpos muda pensamento.

Muda aspectos
Dá luz pela coragem
Tempo muda coisas nas ideias da cabeça
Transforma lugares e templos.

Nos oferece um desconhecido ombro amigo
Mostra a falsidade de alguns amigos nossos
Tempo leva tudo
Traz tudo do nada
É estranho mata quem amamos
Não o culpamos
Só é tempo mudando a cada instante

Tempo nos faz errar e crescer também
As memórias voltam
No tempo, o amor vai
O coração cai
Abrimo-nos para um novo temporal
Entregamo-nos ao prazer de sentir
Abraços entrelaçados nos corpos
Tempo.
Deixa-nos sem tempo.
Perdidos e achados no tempo.

Coragem do Tempo.

SoldadoWandalka

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A matemática da presença

Pietro Costa: ‘A matemática da presença’

Pietro Costa
Pietro Costa
A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena
“A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena”
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Multiplico
As estrelas do céu por suaves devaneios
A ternura feminina pela busca de aconchego
As cores das borboletas por poéticos anseios
O perfume das flores por afáveis galanteios

Somo
O voo da águia-serrana e a vastidão do universo
A curiosidade estudantil e os gênios inquietos
O molejo próprio do samba e a coragem do afeto
A alegria juvenil e a mística que circunda o sexo
O chilreio do Curió e a epifania avivada nos versos
O brilhante lampejo da ideia e o som de um bolero
A magia do trenó e o clarão que traz cura aos cegos
A reflexão profunda e o ensejo do diálogo aberto

Subtraio
Depressões dissimuladas por ‘emoticons’ e ‘likes’
A aguda dependência por gurus e celebridades
Respeitáveis reputações em detrimento da probidade
A conversão a ritos sem a ascensão da espiritualidade

Divido
A sabedoria rósea, cultivada no solo da experiência,
Pelos mistérios dos ventos, em frutos de transcendência
A náusea filosófica, na politicagem de conveniência,
Pelo magistério dos tempos, em sementes de resiliência

Encontro, como resultado:

A ditosa leveza de uma vivência feliz e plena,
Na espiral da quietude, liberdade e outras proezas,
Aventuras longas, memoráveis, mágicas, passageiras,
Divina, instrutiva, densa, a matemática da PRESENÇA.

Pietro Costa

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Possibilidades

Ella Dominici: Poema ‘Possibilidades’

Ella Dominici
Ella Dominici
Possililidade
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Possibilidades
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Em fragmentos de mim eu conto
decepções rasgos despedidas
peças de encaixe perdidas desmonto

entremeio de rendas, vazados deixados
tempo as ruiu abrindo frestas
entre realidades e sonhos

desejos em contestações
estrelas apagadas de íntimas
constelações

atenuando a destruição de prazeres
não da carne nem dos pensares
mas do humano ímpeto de vida

com bálsamo para as perdas
jardim de jasmim com pragas
escolho mudar grãos desatentos

as fendas foram oportunidades
ao olhar em fértil amadurecimento
à vislumbrar miragens e paisagens

fé latente que se fortalece
esquece vultos determina vida
transcende mágoas desistências

não desfalece faz-se resiliência
natureza é voz de Deus audível
vista no vicejar das estações

frio se reveza em frutos calores flores
e o improvável crendo é possível
retomar sem angústia ou pressa

com liberdade dos passos descalços
num deleite em paz de pássaros
que abrange o inteiro no voejar
não deixa que a vida pela metade seja

Ella Dominici

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Eu sou

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Eu sou’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
O Sol dourado que abre os olhos do dia, resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos da manhã.
O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz, vicejando nos jardins floridos
da manhã.
– Imagem criada pela IA do Bing

O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos
da manhã.

Na fase lunar,
a Lua cheia refulge plena e intensa,
de magia e pudor,
se derrama solitária
enevoando as estrelas.

A pedra lapidada, forte à ventania,
às tempestades,
a solidez no murmurejo das águas,
mistérios, segredos.

O tempo que existe
na poesia da bela tarde,
sob um Sol que finge não querer se pôr,
o sonho realizado,
a arte de amar e ser amada.

A terra e seus enigmas
origem da vida, base firme,
diversidade,
beleza que encanta.

O ar que respiramos,
o sussurro do vento inconsútil
e seus murmúrios
na solitude da tarde.

A água indispensável à vida,
ondas do rio/mar resvalam sorridentes,
beijam as areias,
mergulham
na paisagem dourada
no limiar do dia.

Ao fogo ardente da paixão avassaladora, um
lampejo ao eterno e sublime êxtase.
Eu sou o Amor,
eu sou.

Ceiça Rocha Cruz

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O forró

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘O forró’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz

A noite chega e espreita sorridente
o céu do Nordeste,
celebrando a tradição
e a cultura do seu povo.

Sob o brilho das estrelas
e a luz prateada do luar calado,
numa mistura de arrasta-pé,
xote, xaxado e baião,
o forró embala os festejos juninos
e a alegria impera.

Nas noites frias de inverno,
ao som da música fremente,
sons descortinam-se
nos acordes da sanfona,
do zabumba e do triângulo;
e forrozeiros cantam em versos,
doces canções,
rasgando a madrugada.

No chão pelo clarear da Lua
o deslize dos pés
e sob o eco sublime da melodia,
dançarinos se divertem
ao ritmo pé-de-serra.
E no aconchego do abraço,
sussurram palavras, cantam o amor,
acendem o fogo da paixão.

Embevecidos pela cultura viva,
do eterno rei do baião, do saudoso Luiz Gonzaga,
o forró segreda e reverbera,
canta sua história,
retrata o amor, a saudade,
enfim, a vida do povo nordestino.
Viva o Nordeste! Viva o Forró! Viva o Mestre!

Ceiça Rocha Cruz

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Relatos de amor

Nilton Rocha: Poema ‘Relatos de amor’

Nilton Rocha
Nilton Rocha
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Ver o Sol nascer,
Tomar café proseando,
Sentir-se alegre,
Gratidão pela vida encontrando.

Curtir as estrelas,
Agradecer a vida e a saúde,
Caminhar de mãos dadas,
Com amor e plenitude.

Comprar pipoca, sorvete,
Ir ao cinema, namorar,
Devagarzinho, em cada gesto,
Dormir abraçados, sonhar.

Ver o Sol nascer de novo,
Em um ciclo de amor e luz,
Relatos de um viver sincero,
Onde o amor nos conduz.

Nilton Rocha

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Sou noite sem Lua e sem você

Paulo Siuves: ‘Sou noite sem Lua e sem você’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
"Anoiteci em minha alma, Tornei-me denso e solitário"
“Anoiteci em minha alma, Tornei-me denso e solitário”
Micrfosoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Anoiteci em minha alma,

Tornei-me denso e solitário,

Noite sem lua, brisa ou risos, noite vazia.

Toldei sem o amor da mulher amada,

A quem entreguei meu ser, por quem me doei

Sem inspiração, findou meu dia em tormento,

Anoiteci e ainda não há Lua nem estrelas, sem o teu fulgor.

As luzes da cidade vão surgindo ao longe

Casais se beijam, em seus laços se iluminam.

Em minha noite não há carícias, apenas o enfado,

Não tenho risos, nem motivos para sorrir

sem ceia, sem calor, sem companhia.

Não tenho sono, nem seu amor a me aquecer,

Nada tenho, mas nada mais precisava,

Só o teu amor me bastava para que eu fosse dia.

Anoiteci e a aurora se foi, roubada,

Fostes meu tudo, minha água, meu vinho, meu canto.

Meu pão pela manhã, meu poema à tarde inspirada…

Anoiteci em pleno dia, meu ser esmaecido.

Quando te foste, a noite me tragou, densa e fria,

Sem o amor da mulher que tanto amei.

A tristeza roubou minha inspiração, meu lume,

Em silêncio, meu coração se afundou em trevas.

Sem ti, não há luas nem estrelas em meu céu,

Já não sou dia em minha alma, solidão.

sem você sou saudade e escuridão.

Paulo Siuves

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