Salão ABCclick abre espaço para novos talentos: estudantes

Mostre seu talento e concorra a prêmios e à oportunidade de ter seu trabalho exposto!

divulgação do ABCclick
Arte de divulgação do 11º Salão
divulgação do ABCclick
Arte de divulgação do 11º Salão

11º Salão Nacional de Arte Fotográfica ABCclick está com inscrições abertas para a categoria Estudantes, uma novidade nesta edição. O tema do concurso é Livre, permitindo que os participantes explorem sua criatividade e expressividade sem limites.

Envie até 4 fotos em preto e branco com no mínimo 3000 pixels (em seu lado maior) e concorra a:

  • Medalhas de Ouro, Prata e Bronze
  • Exposição das fotos premiadas e selecionadas
  • Catálogo digital com todas as fotos aceitas

Para participar da categoria Estudantes:

  • Ser estudante de nível médio ou superior
  • Preencher o formulário de inscrição online
  • Enviar as fotos em formato JPG – sRGB

As inscrições para a categoria Estudantes e para as demais categorias (Fotógrafos em Geral e Sócios ABCclick) estão abertas até o dia 1º de maio de 2024.

Acesse o site e inscreva-se!

www.abcclick.com.br/11salao

Voltar

Facebook




Pedro Novaes: 'Bagunça Tolerada'

Pedro Israel Novaes de Almeida

  BAGUNÇA  TOLERADA

 

As bagunças, palhaçadas e depredações, ocorridas em algumas universidades públicas, não envolvem todos os frequentadores dos ambientes.

A maioria dos estudantes, professores, funcionários e visitantes abomina atos de selvageria. Ocorre que os abusos e insanidades ocupam com especial relevo as paisagens universitárias, ensejando generalizações de toda ordem.

Os campus não constituem ambientes sem lei ou regras, onde tudo é permitido. O zelo pelo patrimônio público é obrigação universal.

Também é obrigação, a todos imposta, o respeito humano, não obstando o sagrado direito de ir e vir, e tampouco construindo cenas que chocam nossos padrões culturais e tradições.

Sair pelado campus afora pode parecer engraçado, quando algum participante olhar, décadas após, as imagens do absurdo. Contudo, tal prática é tão permitida quanto sair nu por praças, ruas e avenidas.

O ambiente universitário tem a tradição, odiosa, de abrir as portas a todo e qualquer procedimento e manifestação. Nada mais ridículo e falso.

A artificialidade e cinismo que envolvem os comportamentos no ambiente universitário são evidentes. Ninguém picha a própria casa, ou vai visitar a vó, pelado.

Ninguém atrai um bando de desocupados, incentivando-os a acampar no próprio jardim, e ninguém obriga os parentes a permanecerem fora da residência, quando de algum pleito não atendido.

A ingestão de bebidas alcoólicas e drogas tem sido comum em ambientes universitários, tido por alguns como franqueador universal de procedimentos. Na verdade, os campus possuem objetivos explícitos de ensino, pesquisa e extensão.

Existe, por parte dos órgãos universitários, irresponsável omissão, movida a censuras informais e comodidades pessoais. Sair pelado, pichar e depredar são atos de barbárie com tradição de impunidade.

Apesar de minoritários, os grupos selvagens que frequentam alguns campus persistem ditando regras e impondo omissões, facilitados por uma tradição tão aceita como o estupro e o tráfico de drogas. Em alguns ambientes, a simples e necessária passagem de uma viatura policial é vista como ofensiva à autonomia universitária, entidade artificialmente erigida e erroneamente cultuada, como absoluta.

Já é tempo, faz tempo, de civilizar nossos ambientes universitários, obrigando comportamentos respeitosos, permitindo tão somente atos e posturas não tipificados como crimes e contravenções, em qualquer outro ambiente coletivo.   O mito de um contexto onde tudo é permitido, e toda regra é castradora de liberdades, deve ser demolido com urgência.

Selvageria, desrespeitos e depredações comprometem o atingimento dos objetivos das universidades, constituindo ainda fator de ineficiência na aplicação de verbas públicas, e deseducador geral.

 

 

Pedro Israel Novaes de Almeida
pedroinovaes@uol.com.br
O autor é engenheiro agrônomo e advogado. Aposentado.