O espírito criador de Mendelssohn
Ella Dominici: ‘O espírito criador de Mendelssohn’


Ele ergueu suas mãos ao céu invisível,
onde a música repousa antes de ser som.
Mendelssohn, o servo inspirado, ouviu
os acordes que dançavam na luz da fé.
Sua pena não escrevia apenas notas,
mas preces silenciosas que ecoavam na eternidade.
Cada melodia era uma ponte entre mundos,
um cântico que unia a Terra ao divino.
Na vastidão do mistério, ele sentiu a voz do Senhor,
um sopro de amor que preenchia sua alma.
E ali, sob a graça do Criador,
compôs para o Cristo vivo, o Cordeiro e o Rei.
Era mais que música; era um ato de rendição,
um louvor moldado em harmonia e devoção.
Os coros erguiam-se como asas celestes,
e as vozes humanas refletiam a divina.
Na profundidade de sua fé,
ele traduziu o amor eterno em sons imperecíveis,
um lembrete de que o Espírito Santo habita
mesmo na fragilidade do mundo.
E agora, quando sua música ressoa,
em catedrais ou na solidão do coração,
é a mesma luz que brilha, o mesmo chamado:
“Venham, todos os povos, glorifiquem o Senhor.”
Que minha voz humana, frágil e pequena,
seja o eco da obra que ele ofereceu.
Pois Mendelssohn não apenas compôs,
ele respondeu ao Verbo com sua vida.
Ella Dominici
Desalento
Ana Kelly: Poema ‘Desalento’


Imagem gerada com IA do Bing – 3 de outubro de 2024 às 8h53 AM
A dor consome o coração
Que sangrando,
desoladamente dentro do peito,
Se desfaz em agonia.
Vazam as lágrimas que já não aguento sufocar.
Meus dedos frios,
Em minha face
São tudo o que me resta
de um platônico conforto.
Não tenha pena de mim,
Entre essas lápides esquecidas
Repousarei pela eternidade.
Talvez sem dor
Mas como um borrão
em meio a claridade.
Ana Kelly
Contatos com a autora
Verdades secretas
Nilton da Rocha: Poema ‘Verdades Secretas’


Microsoft Bing – Imagem criada pela Designer
Eu sou tua esperança,
Que acalma teus medos com confiança,
Descansa tua mente e alivia tua dor,
Beijo tua boca, te dou prazer, meu amor.
Às vezes, ciúmes absurdos afloram,
Magoo-te, por vezes, eis o que assombra,
Mas jamais deixo de te amar, é verdade,
Perco sonhos, mas contigo, é eternidade.
Tu és especial, repleto de amor e paixão,
Tudo no limite, em cada situação,
Deixa-me envolver-te em um abraço,
Sentir teu perfume, é o meu espaço.
Paixão e ternura, tão singular,
Neste poema, caio em teus braços a sonhar,
Teu sorriso, uma magia a irradiar,
Sentimento puro, a me encantar.
Nilton da Rocha
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O número 1 – A eternidade
Isabel Furini: Poema ‘O número 1 – A eternidade’


Criador de imagem do Bing
um sonho ancora na garganta
e como uma gaivota faminta
rejeitando peixe com pimenta
é transformado no número 1
(1 sonho
1 ponto
1 círculo)
o alento único
da eternidade
o número 1, divisível só por si mesmo
ecoando a unidade
nos 100 bilhões de estrelas da Via Láctea
e na metamorfose da lagarta
no perambular da borboleta
no canto das gaivotas
e no crocitar dos corvos
Isabel Furini
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