Eu sou a morte

Francisco Evandro de Oliveira: ‘Eu sou a morte’

Francisco Evandro Farick
Francisco Evandro Farick
O vírus da covid-19
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Eu nasci bem nos confins da China, em uma pequena cidade chamada Wuhan e meu senhor me criou para não gostar de brancos, negros, morenos, pardos, caboclos, mulatos ou de qualquer outra cor de pele do ser humano. 

E também não faço distinção de muito milionário, milionário, ricos, pobres e miseráveis, porque todos a quem eu beijo, recebem quase sempre a minha marca: a morte; e eu sorrio, porque deixei o mundo perplexo e apavorado com o nascer de minha existência. 

O objetivo do meu senhor sempre foi dizimar as economias dos países ocidentais e de outros continentes, para tornar seu país poderosíssimo! 

Obriguei a todos do mundo atual voltarem a conviver socialmente e isso foi outro dos meu intuitos, para voltarem a conversar normalmente entre si; os lares agora estão com vida ativa, tudo porque não desejam receber o beijo de minha marca, que é letal e todos fogem de mim!!! 

Estão desesperadamente procurando algo para eliminar minha existência. Sei que sou frágil, muito frágil em minha membrana plasmática, assim dizem os especialistas em infectologia, porque não resisto a dois minutos a luz solar.

 Minha existência foi causada pelo excesso de egoísmo existente e exacerbado entre os seres humanos, o orgulho, o pedantismo, o excesso de pobreza existente no mundo, por causa de economias de países ricos que dizimam a de países pobres e levam o povo à miséria!!!! 

O excesso de pornografia e a moral mais baixa do que o solo, o elevado desrespeito da população às autoridades constituídas somente nos países democráticos. 

Tudo isso fez com que eu nascesse para poder fazer o mundo se voltar para o Criador ou, pelo menos, voltarem a conviver com mais sabedoria para que possam desfrutar de um mundo melhor e em paz. 

Por isso, todo aquele que não foi beijado por mim e não recebeu a minha marca, é porque foi escolhido pelo Criador para continuarem na Terra e perpetuarem a espécie, porque, eu sou a marca, sei bem sei que meus dias estão contados e sinceramente almejo que o mundo tenha entendido meu nascimento. 

Quanto ao povo brasileiro sei que é um povo emblemático que tem todas as condições e sairá, após muitas perdas, dessa situação que causei a todos vocês porque são carismáticos e tem grandes pessoas exponenciais. 

No Rio de Janeiro eu fui vencido por um nordestino e por várias outras pessoas, mas eles me venceram porque mereceram.

Francisco Evandro de Oliveira

Contatos como autor

Voltar

Facebook




Obreiros de Deus

Pietro Costa: ‘Obreiros de Deus’

Pietro Costa
Pietro Costa
‘Obreiros de Deus’
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Somos cocriadores da existência

Os sentidos, uma deífica armadura

Guardar ouvidos da maledicência

Os raios solares, nossa investidura

Revestir pupilas de audaz candura

E haurir o licoroso sabor da manhã

Ouvir as lições do jovem e da anciã

E sorrir para as infantes desventuras

A árvore que vence fungos parasitas

A rocha insólita que ilumina planícies

A ave que resiste a súbitas ventanias

A libélula que filma distintos matizes

Avatares da humana peregrinação

Porque tudo no meio natural é lição

A procura perene da identificação

Acordar-se e reerguer-se, redenção

Nunca apoucar o labor e a provação

Obreiros de Deus – veraz abnegação

A vida superior na íntima renovação

Pietro Costa

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




Na sombra da existência

Ana Kelly: Poema ‘Na sombra da existência’

Ana Kelly
"Eu cavalgo para além dos portais da existência em busca de algo mais..."
“Eu cavalgo para além dos portais da existência
em busca de algo mais…”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Noite adentro
Vislumbro a beleza mórbida.
Duas almas ao vento
No ranger dos próprios ossos

O coração,
Há muito me foi tomado
Mas os sentimentos
Não podem ser extirpados.

Eu cavalgo
Para além dos portais da existência
Em busca de algo mais
Não olho para trás

Minha imagem dantesca
Contrasta com a natureza que me cerca
Do pó ao pó
Aos poucos retorno para ela.

Ana Kelly

Contatos com a autora

Voltar: https://jornalrol.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/JCulturalRol/




O Criador de mundos

Pietro Costa: Poema ‘O Criador de mundos’

Pietro Costa
Pietro Costa

O emérito maestro do desconcerto

Canto os teus pendores visionários

Refrigério da alma, oásis do pensar

Imerso nas letras, tu crias cenários

Abrandas a dor, o mundo a encantar

Dentro de ti, habitam vários universos

Onde a magia se faz sentir em versos

Ressoas em vozes e nomes diversos

Decifrando o mistério da existência

Ergues-te como farol da resiliência 

Mergulhando na imensidão, imerso

Ungido Pessoa, dom incontroverso

Navegas em marés de introspecção

Desvelando o humano com comoção 

Onde sua pá lavra jardins de emoção

Sorvemos os eflúvios da inspiração

Pietro Costa

Contatos com o autor

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Andrade Jorge: 'Mistérios da existência'

“Acho muito pouco o simples fato de estarmos aqui para viver um período e nada mais, tem que haver algo mais por trás de tudo isso.”

 

Há dias em que me sinto levitando, meio transcendental, como se fosse possível ser “meio”, mas o fato é que estou mais para reflexão do que ação. Muitas coisas vêm à mente, e dá vontade de filosofar, como um filósofo mesmo. Que pretensão! Mas vamos lá, me dou esse direito.  Invariavelmente, nestes dias sento no beiral da minha cama, no meu velho quarto, e formulo a seguinte pergunta para mim mesmo: Quem eu sou? Estou aqui agora, mas quem eu sou? Mistérios da existência…

Não! Não pensem que estou no meio de uma crise existencial, não estou, apenas submeto-me a uma reflexão sobre como viemos parar aqui. Existem algumas teorias: Teoria da Evolução, Teoria Cósmica, Teoria Religiosa. Acho muito pouco o simples fato de estarmos aqui para viver um período e nada mais, tem que haver algo mais por trás de tudo isso.  Observe em primeiro lugar a perfeição da máquina que somos, tudo tem sentido em nosso corpo. Segundo Darwin nós descendemos dos primatas, que por meio da Evolução chegamos a este ponto de perfeição (falo do corpo físico), com racionalidade. Mas isto só foi possível pelas condições favoráveis existentes no planeta desde seu início. Aliás, não sei porque o nome Terra se 2/3 é Água.

Há quem acredite na Teoria Cósmica, ou seja, viemos das estrelas para colonizar esse planeta. Interessante notar que realmente o céu sempre causou fascínio no homem desde épocas idas. O ser humano olha para as estrelas com certo embevecimento nostálgico. Será que bate uma saudade inconsciente arraigada nos genes da espécie? Particularmente não acredito que somos os únicos seres eleitos, escolhidos, para existirem num planeta em todo universo. Já dizia o filósofo “Há mais mistério entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia”.

Outra teoria é a Religiosa, nesta o Criador do Universo, chamado Deus criou a Terra em seis dias e descansou no sétimo. “Então, formou o Senhor Deus ao homem e pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2;7).

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado” (Gênesis 2;8). Esse homem foi chamado Adão, e desse homem Deus criou Eva, para ser sua companheira. Somos, segundo essa teoria, descendentes de Adão e Eva. As teorias não se combinam em nenhum ponto.

Volto ao meu dilema inicial: Quem eu sou? Serei um alienígena, um descendente de primata ou homem feito de barro. Mas se aqui estou deve existir um propósito maior do que simplesmente nascer, respirar, viver, procriar e morrer. Será que nossa função aqui é somente perpetuar a espécie pela procriação? E que energia é essa que movimenta essa máquina extraordinariamente fenomenal que é o corpo humano? São indagações que catalogo no índice do “Mistérios da Existência”. Melhor parar por aqui porque já me taxaram de louco quando escrevi “Papo com a Solidão”, “Papo com a Felicidade”, e também pela poesia “Psicopatia”, sem falar do “Ambrosio o orate iluminado”. Então antes que me presenteiem com uma camisa de força, declino:

 

Do livro “Quem  é esse ser?” Editora A Casa do Novo Autor/São Paulo

 

Andrade Jorge andradejorge2@bol.com.br