Ainda dá tempo
Ivete Rosa de Souza: Crônica ‘Ainda dá tempo’


Estamos vivendo tão apressados, que mal dá tempo de realmente viver. Prestar atenção aos detalhes do dia, da noite, das semanas, meses e anos. Esse tempo que emprestamos do universo, passamos por ele muitas vezes de olhos bem fechados.
Precisamos de quê? Antes de tudo, precisamos ter fé. Não só fé em um ser Divino, superior, dono de grande benevolência e misericórdia. Precisamos ter também fé em nós mesmos. Acreditando que podemos vencer os desafios, que podemos fazer o bem, distribuir amor, dividir esperanças.
Precisamos acreditar que somos capazes de conquistar e realizar nossos sonhos, que somos capazes de criar caminhos, e nos orgulhar por sermos humanos, com empatia, com respeito aos nossos semelhantes.
Um dia de cada vez, vivendo e entendendo que a vida é uma viagem. Cabe a nós escolher o destino, chegar à estação de nossos desejos realizados, abraçando nossas vitórias, compreendendo nossos erros, refazendo os pontos da costura da vida, que por vezes se desgasta.
Todos nós precisamos crer em algo, seja o Deus Pai eterno, que nos deu seu filho em redenção por nossos pecados. Crer no infinito, em tantas outras divindades e crenças que a humanidade tem desde o início de sua existência. Ter fé, acreditar no futuro, acreditar que a vida é benção, um presente valioso que deve ser cuidado com carinho.
A vida nos leva a amar, compartilhar, encontrar almas afins, desejar o bem ao outro, lutar para salvar o nosso mundo.
Precisamos de paz, de respeito aos nossos semelhantes e às criaturas que coabitam o nosso planeta. Respeitar os animais, a natureza é respeitar a nós mesmos e ao Criador, pois somos seres que dependem uns dos outros; vivemos num mundo de muitos idiomas, crenças, políticas, costumes e diversidades. Mas dentro de cada um de nós, batem corações e órgãos totalmente iguais, constituídos de células, sangue, ossos, músculos e tecidos. Todos somos iguais por dentro, em alma e espírito, mesmo que por fora a etnia diga que somos diferentes.
Ainda dá tempo de sermos irmãos de fé, de espírito, de vontade de fazer desse mundo um lugar, onde todas as criaturas vivem em comunhão pelo bem de todos.
Ainda dá tempo de ser feliz. De sonhar, de viver. Apesar dos anos acumulados
Passando sobre o corpo, ainda dá tempo de vencer a inércia, e VIVER.
Ivete Rosa de Souza
No tribunal das sombras
Clayton Alexandre Zocarato: ‘No tribunal das sombras’


às 10:11 PM
Na penumbra da sala onde a fé julga a razão, o homem se ergue — não com armas, mas com ideias.
Giordano Bruno, filho do cosmos e amante da eternidade, caminha entre inquisidores como quem pisa sobre brasas e estrelas.
A toga negra que o observa não vê um corpo, mas uma ameaça, a centelha que ousa incendiar a noite da ignorância.
Ali, entre cruzes e códigos, ele fala. Fala com a ousadia dos que não negociam o infinito.
Seu verbo é vasto, como os mundos que imagina — mundos sem fim, dançando na mente de Deus.
E cada palavra sua é uma afronta, cada visão uma heresia, pois o universo que abriga todos os deuses não cabe numa cela de dogmas.
“Recuas?”, perguntam os juízes, com as chamas já acesas nos olhos.
E Bruno responde com silêncio — não o da submissão, mas o da eternidade que já o reclama.
Condenaram à fogueira, como se o fogo pudesse consumir a luz.
Mas naquele 17 de fevereiro, em Campo de Fiori, não foi um homem que queimou — foi o medo, tentando silenciar o pensamento.
E quando a carne se fez cinza, o espírito se fez constelação.
Vida e morte, naquele instante, se confundiram como irmãos gêmeos: uma entregando o corpo à outra, a outra libertando a alma para sempre.
Clayton Alexandre Zocarato
Dibuabua salva Luanda
Ismaél Wandalika: Poema “‘Dibuabua salva Luanda'”


O som dos talheres reluzia os corações em casa
Todos andavam com fé, comiam o que tinham da vida
Nos tempos idos em Luanda a ‘Dibuabua’ a todos salvava
Pão mesmo que fosse burro sem descriminação
Tirava o povo do poço e trazia a salvação
Em Luanda 90, naqueles anos brancos e pretos
Mas a rotina dos dias tinha bastantes cores
Colhia-se o amor nos olhares
As tardes eram eufóricas nas ruas
Adolescentes jogavam a bola de saco
Kotas eram referência no bairro
A ‘Dibuabua’ comida de todas as manhãs
Salvação de todos os lares.
Luanda a preto e branco
Ruas lisas, sorrisos esbranquiçados
Crianças descalças correndo ingenuamente na calçada
Cúbicos semelhantes imbuídos num sentimento profundo
Ar respirando em cada canto
Gatinhos dançando suas rimas no telhado
Tudo era pleno e belo
Parecia uma felicidade infinita
Dibuabua salvou a Luanda!
Dibuabua: termo usado nos anos noventa em Luanda para designar comida como: arroz branco com café e pão, (pequeno almoço).
Cubico: gíria angolana para designar casa, residência, habitação.
Matabicho: pequeno almoço, na linguagem popular angolana.
Soldado Wandalika
Bom dia, abril!
Tempo de educar a alma
Feito para mulheres
Resenha do livro ‘Feito para mulheres’, de Cibele Brito

RESENHA
Um livro de leitura leve e descomplicada, mas profundamente enriquecedor.
Com uma abordagem delicada e inspiradora, ele nos lembra, como mulheres, do nosso valor, brilho, força e propósito.
Além disso, ressalta o poder transformador de Deus em nossas vidas. Uma obra encantadora que tocou meu coração profundamente.
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
O Universo feminino é amplo e cheio de novos desafios, e, ao percorrê-lo, você pode encontrar novas perspectivas, novos horizontes, que vale a pena explorar.
Por isso, neste clássico Cibele Brito quer que você, mulher, se redescubra, criando outros objetivos mais atuais e permitindo-se ser melhor a cada dia – como uma nova edição de si mesma.
Os temas falam de valor, estilo, temperamentos, exemplos de mulher para seguir, começando com a importância de sua história até conselhos necessários para toda a sua trajetória, incluindo ainda um passeio pelo multiverso feminino.
Seja qual for a idade, fase ou momento que estiver vivendo, Feito para Mulheres a elevará para outro nível, cuja mudança acontecerá automaticamente e a tornará uma inspiração para muitas outras mulheres.
SOBRE A OBRA
O livro explora a convivência com a diversidade e as particularidades do universo feminino em toda a sua amplitude.
Ele destaca tanto a beleza interna quanto a externa de cada mulher, oferecendo ferramentas para fortalecer a autoestima.
Além disso, reforça o valor inestimável de cada uma, ressaltando o quanto são únicas, especiais e indispensáveis
SOBRE A AUTORA
Natural de Santo André, São Paulo, Cibele Brito é formada em Administração de Empresas, pós-graduada em História da Arte e também qualificada como terapeuta, com especializações em diversos cursos voltados ao estudo da mente humana.

Ao longo de sua trajetória profissional, passou por duas significativas transições de carreira. Inicialmente, deixou o mundo corporativo para se tornar proprietária de um espaço de beleza, onde não apenas administrava, mas também atuava como profissional da área, desenvolvendo sua habilidade de lidar com mulheres.
Sua experiência com o universo feminino foi ampliada durante seu ministério pastoral, por meio de aconselhamentos, eventos e cursos voltados para o fortalecimento pessoal e espiritual.
Essas vivências culminaram em uma nova transição profissional, na qual atua hoje como terapeuta, ajudando mulheres e homens a redescobrirem suas forças para vencer os desafios da vida.
Apaixonada pela escrita desde a infância, lançou seu primeiro livro em 2017 e continua a escrever sobre temas relacionados à autoestima, fé, desenvolvimento pessoal e uma vida plena.
Esposa, mãe, escritora, palestrante, pastora e mentora de mulheres, ela se dedica a inspirar e transformar vidas, enquanto aprecia os pequenos prazeres da vida ao lado de sua amada pet.
OBRAS DA AUTORA





