A Guerra da Atenção Discursiva

José Pessoni Filho: a linguagem como ponte entre filosofia, fé e neurociência

A guerra da atenção discursiva.
A guerra da atenção discursiva

O escritor José Pessoni Filho tem se destacado por sua forma singular de unir saberes e provocar reflexões profundas sobre algo que está em todos os aspectos da vida: a linguagem.

Doutorando e mestre em Linguística, além de diretor e professor de inglês na Bemore Languages School, Pessoni alia sua vivência acadêmica e educacional a uma escrita que convida o leitor a pensar e a sentir o poder das palavras.

Movido por suas investigações sobre os estudos linguísticos, o autor acredita que compreender a filosofia da linguagem é essencial para a sociedade contemporânea.


“A linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas uma força que molda pensamentos, crenças e relações humanas”

José Pessoni Filho


José Pessoni Filho
José Pessoni Filho

Seu primeiro livro, Crentes e Descrentes, mergulha nas conexões entre filosofia da linguagem e discurso religioso, revelando como as palavras constroem pontes ou muros entre diferentes formas de fé.

A obra traz uma reflexão delicada e instigante sobre o papel do discurso na formação das crenças e na convivência entre visões de mundo distintas.

Já em seu segundo livro, A Guerra da Atenção Discursiva, José Pessoni Filho vai além.

Neste ensaio provocador, ele entrelaça filosofia da linguagem e neurociência, mostrando que atenção é disputa e linguagem é combate.

Inspirado por pensadores como Bakhtin e Damásio, o autor conduz o leitor a um território fascinante, onde discurso, emoção e identidade se cruzam numa verdadeira arena de sentidos.

Mais do que uma obra teórica, o livro investiga os embates cotidianos entre vozes, estímulos e significados do campo educacional à ética discursiva, das emoções ao pensamento explorando os limites e as potências da comunicação humana.

Com clareza e elegância, José Pessoni Filho entrega ao público uma escrita viva, que dialoga com o presente e nos faz repensar o modo como falamos, ouvimos e construímos o mundo.

Uma leitura imperdível para quem deseja compreender a linguagem e não apenas usá-la.

REDE SOCIAL DO AUTOR

A Guerra da Atenção Discursiva
Reflexões filosóficas ancoradas na filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin e na neurociência de António Damásio

SINOPSE

Atenção é disputa.

Linguagem é combate.

Neste ensaio provocador, linguagem e neurociência se entrelaçam para revelar a arena invisível onde se travam as batalhas mais sutis da atualidade: a guerra pela atenção.

Inspirado por Bakhtin e Damásio, o texto expõe como o discurso molda realidades, afeta emoções e define identidades.

Mais que teoria, este livro investiga os embates cotidianos entre vozes, sentidos e estímulos.

Do campo educacional à ética discursiva, das emoções ao pensamento, explora os limites e as potências da comunicação humana.

Uma leitura para quem busca compreender e não apenas usar a linguagem.

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OBRAS DO AUTORES

Capa do livro Crentes e descrentes de José Pessoni Filho.
Crentes e descrentes

A guerra da atenção discursiva.
A guerra da atenção discursiva

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Resenhas da colunista Lee Oliveira




A maçã podre e a ética dos filósofos 

Virgínia Assunção: ‘A maçã podre e a ética dos filósofos’ 

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
Imagem criada por IA do Bing – 12 de junho de 2025,
às 13:25 PM

No cesto de frutas bem cuidadas, repousava uma maçã. Vermelha, reluzente, uma escultura da natureza. À primeira vista, era a mais bela. Mas bastava uma aproximação mais atenta para que se notasse: havia uma pequena mancha escura em sua lateral. Insignificante, diriam alguns. Mas o tempo, implacável como os argumentos de Sócrates, revelou o contrário. A mancha cresceu. A doçura azedou. E, pouco a pouco, o mofo foi se espalhando pelas vizinhas, contaminando o que antes era saudável.

     O velho ditado popular — “uma maçã podre estraga o cesto” — parece simples, quase ingênuo. Mas carrega em si o peso de séculos de reflexão filosófica sobre a natureza do bem, do mal e da convivência ética; sempre ouvi da minha avó essa frase antes mesmo de conhecer os filósofos. Uma filósofa formada pela vida e as observações feitas na sua simplicidade cotidiana.

     Platão talvez enxergasse na maçã podre uma alegoria da alma desvirtuada, afastada do mundo das ideias, corrompida pelos sentidos e pela ilusão. Para ele, a ética nascia da busca pela harmonia interior e pela justiça, tanto na alma quanto na cidade. Uma alma podre, como uma fruta em decomposição, perderia sua forma ideal. E uma sociedade que a acolhe sem vigilância arrisca corromper-se por inteiro.

     Aristóteles, mais pragmático, proporia que a maçã podre não cumpria sua função de telos — sua finalidade natural. Ele veria na podridão o afastamento da virtude, e argumentaria que, assim como no caráter humano, o vício se alastra se não houver equilíbrio e vigilância constante. A ética, afinal, é um hábito: assim como a podridão, o bem também pode ser cultivado.

     Séculos depois, Immanuel Kant olharia a maçã com desconfiança, perguntando: “E se essa maçã pudesse escolher? Ela se deixaria apodrecer ou resistiria à decomposição por dever moral”. Para Kant, o agir ético não depende das consequências (o cesto todo apodrecer ou não), mas da intenção reta. Ser ético é resistir à corrupção mesmo que ninguém esteja olhando — mesmo que sejamos a única maçã ainda firme no cesto.

     Nietzsche, rebelde, talvez risse. Chamaria as maçãs saudáveis de medíocres e a podre de autêntica, de alguém que ousou apodrecer por si mesma, sem seguir o rebanho. Mas mesmo em sua crítica, está implícito um questionamento ético: o que é podre? O que é saudável? Quem determina o que é bom para o cesto?

     Vivemos cercados de maçã: no trabalho, na política, nas relações. Algumas reluzem, mas escondem feridas internas. Outras exalam um odor estranho, mas talvez tenham apenas enfrentado uma chuva inesperada. A grande questão não é a existência da maçã podre, porque sempre haverá desvios, falhas, contradições humanas, mas o que fazemos diante dela. Fingimos que não vemos? Isolamos? Tentamos curar?

     A ética, em última instância, não é sobre frutas, mas sobre pessoas e escolhas. E talvez a maior lição dos filósofos seja esta: o cesto somos todos nós. E cada decisão, cada ato, cada silêncio, apodrece ou preserva.

Virgínia Assunção

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Crentes e descrentes

Resenha do livro ‘Crentes e descrentes à luz das relações dialógicas’, de José Pessoni Filho, pela Editora Uiclap

Capa do livro Crentes e descrentes de José Pessoni Filho.
Crentes e descrentes…

RESENHA

Inspirado por um debate entre um filósofo renomado e um ateísta, que discutiram as visões contrastantes sobre crentes e descrentes, o autor desenvolveu um trabalho acadêmico que explora as complexas dinâmicas das relações dialógicas, tendo como base a teoria bakhtiniana e os aplica a um contexto contemporâneo, mostrando a continuidade e a pertinência da teoria no cenário atual de debates filosóficos e sociais.

Com uma análise bem fundamentada e rica em referências, o trabalho é altamente recomendado para pesquisa acadêmica, oferecendo contribuições significativas para o campo da Filosofia, da Linguística e das ciências sociais.

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Neste livro, o autor – professor e pesquisador – busca, nas Letras, um sentido para as palavras trazidas de discursos e as inclui no meio social, em busca da discussão acerca do discurso religioso em um debate no Dia Internacional da Religião.

Sob o manto dos conceitos bakhtinianos de gênero do discurso e dialogismo, convida o leitor a fazer importantes reflexões acerca da relação do homem para com Deus e vislumbrar as diversas vozes que emanam dos agentes do debate em questão, ao mesmo tempo em que, didaticamente, traz
conceitos profundos dos vieses bakhtinianos aos leitores amantes da teoria do filósofo.

Analisar argumentações e relacionar vozes dos discursos são tarefas às quais os filósofos e linguistas têm se dedicado há séculos, fato que levou a Linguística como uma das ciências mais sedutoras do nosso século.

É nesse cenário que a obra de José Pessoni Filho não deixa de ser um discurso dessa natureza, já que traz à baila objetos de reflexões de pensamentos por ele aqui analisados.

O autor trata do discurso religioso, com o fito de confirmar ou não a existência de Deus, em um debate entre os que creem e não creem na existência divina.

No sentido discursivo, o autor é seguidor daquelas tradições mais caras aos amantes da Linguística.

SOBRE O LIVRO

Com uma profunda apreciação pela literatura e pelos textos sagrados, o autor em questão expressa um prazer genuíno em se dedicar à leitura das escrituras religiosas, um interesse que reflete sua busca constante por conhecimento e reflexão.

Além disso, ele nutre uma grande admiração pelo renomado filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, cuja obra tem influenciado positivamente sua visão de mundo e seu entendimento sobre a educação e a vida em sociedade.

Ao longo de sua trajetória, o autor participou ativamente de diversos eventos literários, nos quais teve a oportunidade de compartilhar suas experiências, trocar ideias com outros escritores e ampliar seu horizonte cultural.

Essas vivências têm contribuído para o seu amadurecimento como escritor e para o desenvolvimento de suas obras.

Atualmente, ele está dedicado à escrita de seu segundo livro, um projeto que promete surpreender seus leitores.

SOBRE O AUTOR

José Pessoni Filho
José Pessoni Filho

José Pessoni Filho, um profissional dedicado e apaixonado pela educação, está com 45 anos e possui uma carreira impressionante.

Formado em Pedagogia e Letras com ênfase em inglês, ele também conquistou um Mestrado em Linguística, área pela qual desenvolveu um grande interesse ao longo dos anos.

Além disso, Pessoni possui um certificado internacional em Linguística, adquirido pela Stafford House, em Londres, um marco importante em sua formação acadêmica e profissional.

Com uma vasta experiência como educador, José é professor de inglês e exerce sua paixão pelo ensino de idiomas de forma prática e inovadora.

Ele é o proprietário da Bemore Languages School, uma escola de idiomas que se destaca pelo seu compromisso com a excelência no ensino.

Atualmente, Pessoni também está em fase de doutorado em Linguística, um passo importante em sua jornada acadêmica, que visa aprofundar ainda mais seus conhecimentos na área e expandir sua contribuição para o campo da educação.

Sua dedicação à pesquisa e ao ensino demonstra seu compromisso em oferecer aos seus alunos uma formação de qualidade, além de sua contribuição para o desenvolvimento de estudos linguísticos no Brasil.

OBRA DO AUTOR

Livro Crerentes e Decrentes à luz das realções dialógicas
Crentes e descrentes…

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Realizo, logo sou!

Resenha do livro ‘Realizo, logo sou!’, de Mino de Oliveira

Capa do livro 'Realizo , logo sou!', de Mino de Oliveira
Capa do livro ‘Realizo, logo sou!’, de Mino de Oliveira

RESENHA

Realizo, logo sou! é um livro que tem o propósito de lhe fazer refletir sobre sua missão nesta vida.

E em suas explanações filosóficas, Mino faz uma pergunta importante: “Você é realizado fazendo o que faz e vivendo como vive?

Uma obra feita para todos, para que entendam os caminhos para chegar à realização.

Instigante!

Muito interessante.

Eu recomendo!

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SINOPSE

Quem é você que está preso neste escafandro de carne e osso, sobrevivendo neste planeta de expiação onde a lei é clara!!!

Você só entra aqui via útero e pelado e sai daqui com a morte e não leva nada.

Você está aqui, mas não é daqui, logo…

Fica explícito que, ao ganhar este presente que é a “VIDA”, você assumiu o compromisso de uma Missão ou Realização.

Como você não come merda e nem rasga dinheiro, duvido que você entraria nesta perigosa aventura da vida só para correr atrás de Sexo, Tempo &Dinheiro.

Realizo, logo sou! expõe de maneira visceral a acidez da nossa rotina diária e nossos “pecados” universais.

Você está trabalhando ou Realizando?

O que você faz hoje (…) tem Relevância?

98% da população do nosso planeta trabalha fazendo o que não gosta para sobreviver.

Todos carregando a Síndrome de Vazio Interior (sensação de que falta algo relevante).

Ler Realizo, logo sou! é obrigatório para você entender de onde você veio, onde você está, quem é você e para onde você vai.

Realizo, Logo Sou é luz no fim do túnel do leitor.

SOBRE A OBRA

Todas as vivências adquiridas até seus 50 anos, levou Mino de Oliveira a escrever “Realizo, Logo Sou”.

Realizo, Logo Sou (Além de Sexo, Tempo & Dinheiro) é o primeiro livro do autor.

A obra fala sobre a insatisfação humana existencial onde 98% da população mundial trabalha fazendo o que não gosta para sobreviver.

Essa insatisfação, Mino chama de vazio interior (a falta de algo relevante) e no ponto de vista de Mino, infelizmente, esse vazio existencial leva as pessoas tentar preenchê-lo com consumismo…

O segundo livro do autor já está em processo de escrita, tendo o nome de “Sem Noção” (em um planeta de expiação).

SOBRE O AUTOR

Mino de Oliveira, 69 anos, é um nome de destaque no cenário cultural brasileiro.

Filósofo, ambientalista, produtor cultural, diretor de curtas-metragens e escritor, ele possui uma trajetória marcada por prêmios e realizações que abrangem diversas áreas do entretenimento e da cultura.

Imagem de Mino de Oliveira
Mino de Oliveira

Como presidente da “Associação SOS Água e Vida”, Mino alia seu amor pelas artes à causa ambiental, promovendo ações em defesa da vida e dos recursos naturais.

Autor do livro Realizo, Logo Sou, que mistura filosofia, humor e psicologia aplicada, Mino explora com profundidade questões existenciais e sociais.

Em 2009, lançou o curta-metragem “Sexo, Tempo e Dinheiro”, uma obra de 10 minutos em parceria com a TV Cultura, que se destacou pelo olhar crítico e provocativo.

Sua carreira é recheada de prêmios. Em 1982, recebeu o Prêmio Estímulo da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo pelo curta-metragem “Momentos Decisivos da Inconfidência Mineira”, filmado em 35 mm.

No teatro, conquistou o Prêmio APETESP com a produção do espetáculo infantil “Draculinha – Vida Acidentada de um Vampirinho”.

Outro reconhecimento importante foi o Prêmio de Artes Plásticas da Secretaria de Estado da Cultura, em 1997, pela exposição fotográfica “Mazzaropi – Uma Câmera no Coração”.

Além disso, Mino foi empresário e produtor de alguns dos maiores humoristas do Brasil, consolidando-se como um nome relevante na promoção do humor e da arte no país.

Com mais de 30 anos de atuação no setor cultural (DRT Nº 4037), ele continua sendo uma referência tanto nas artes quanto na defesa do meio ambiente.

REDES SOCIAIS DO AUTOR

OBRA DO AUTOR

Capa do livro "Realizo,logo sou", de Mino Oliveira
Realizo, logo sou!

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Pondé lança livro sobre a imperfeição da natureza humana

Filósofo faz pensar sobre o aperfeiçoamento humano a partir dos conceitos de perfectibilidade e imperfectibilidade

Capa do livro 'Diálogos sobre a Perfectibilidade e Imperfectibilidade Humana', de
 Luiz Felipe Pondé
Capa do livro ‘Diálogos sobre a Perfectibilidade e Imperfectibilidade Humana’, de
Luiz Felipe Pondé

Será possível aos homens se aperfeiçoarem, de fato, com o passar do tempo e com as experiências adquiridas? Em Diálogos sobre a natureza humana, o renomado filósofo e professor Luiz Felipe Pondé traz uma discussão complexa e, para alguns, talvez um tanto polêmica, ao colocar em xeque a ideia da natureza perfeita e imperfeita do ser humano.

Ao revisitar de maneira aprofundada o tema – anteriormente abordado por ele no livro O homem insuficiente –, o autor entrega conceitos importantes aplicados às vivências contemporâneas.

Mas o que são os conceitos de perfectibilidade e imperfectibilidade? Para pensadores como Jean-Jacques Rousseau, com os quais Pondé dialoga na obra, a perfectibilidade é a capacidade do ser humano de evoluir, não no sentido darwinista, mas de melhorar a sociedade por meio do desenvolvimento moral e intelectual do indivíduo.

Por outro lado, a imperfectibilidade, presente em muitas tradições religiosas, sugere que a humanidade é inerentemente imperfeita. O filósofo aprofunda o debate entre esses dois pensamentos distintos, desde a Grécia Antiga, passando pelo Cristianismo até o Iluminismo.

O grande trunfo da defesa da perfectibilidade é achar
}que só há esperança se há perfectibilidade,
e aí a esperança fica hipotecada, o tempo todo,
ao otimismo como estrutura do mundo –
o que é, evidentemente, falso. 
(Diálogos sobre a natureza humana, p. 225)

A leitura de Diálogos sobre a natureza humana ajuda a entender o cenário mundial, cercado por guerras, disputas territoriais, colapso do meio ambiente, declínio das economias e avanço do fanatismo. Com uma abordagem filosófica, Luiz Felipe Pondé lança sua reflexão crítica sobre o comportamento humano sob a ótica da perfectibilidade para, em seguida, colocá-la ao agudo exame da dúvida.

FICHA TÉCNICA:

Título: Diálogos sobre a natureza humana – Perfectibilidade e imperfectibilidade

Autor: Luiz Felipe Pondé

Editora/selo:nVersos

ISBN: 978-65-87638-93-5

Formato: 14 x 21 cm

Páginas:256

Preço: R$ 59,90

Preço e-book: R$ 42,90

Links de venda do livronVersos Editora | Amazon | Amazon E-book

Sobre o autor

Luiz Felipe Pondé

Luiz Felipe Pondé, renomado filósofo e escritor brasileiro, nascido em Recife – PE, é também palestrante, colunista da Folha de S. Paulo, diretor do laboratório de política, comportamento e mídia da PUC-SP e apresentador do programa Linhas Cruzadas, transmitido pela TV Cultura.

É autor dos livros “Contra um Mundo Melhor”, “Marketing Existencial”, “Do Pensamento no Deserto”, “Guia politicamente incorreto da filosofia”, “Conhecimento na Desgraça”, “O Homem Insuficiente”, “Crítica e Profecia”, entre outros.

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SOBRE A EDITORA:
A nVersos Editora lançou o primeiro livro em 2011 e, desde então, segue aprimorando continuamente o catálogo, a fim de garantir a pluralidade de leitores e de saberes. O objetivo principal da editora é a superação e a expansão do conhecimento, por isso tem como missão publicar obras que façam parte da busca por novos conhecimentos e que proporcionem o enriquecimento intelectual do leitor, ao contribuir para a propagação da publicação de livros relevantes para resolução de problemas e na formação cultural de todos. problemas e na formação cultural de todos.

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O sentido de filosofar

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: Artigo ‘O sentido de filosofar’

Foto do autor do texto, o colunista Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo

O preconceito antifilosófico existe, ainda que envergonhadamente encapuzado, precisamente por muitos daqueles que, na sua formação superior, tiveram de estudar alguma variante da filosofia, como por exemplo: Filosofia do Direito, Filosofia da Educação; Filosofia da Saúde; Filosofia do Ambiente; Ética e Deontologia Profissional (Filosofia dos Deveres Profissionais), Axiologia (Filosofia dos Valores), Filosofia Política, entre outras disciplinas.

Possivelmente estes cientistas, técnicos, profissionais e executores, quantas vezes já terão recorrido aos ensinamentos e à sabedoria milenar que receberam através da disciplina de Filosofia, e suas variantes que, eventualmente, tenham frequentado, durante o seu itinerário académico, embora, o tal preconceito da “inutilidade” da Filosofia, leve a que nem todos os cursos beneficiem deste ramo do saber, tão importante nos dias de hoje.

Nesta linha de pensamento regista-se o que já se vai fazendo, por exemplo em terras de “Vera Cruz”, a propósito da importância da Filosofia, na formação da pessoa, como na resolução de problemas: «O trabalho filosófico, visto em sua objetividade como o conjunto de formas de expressão cultural e acadêmica, já tem, pois, significativo desenvolvimento no Brasil das últimas décadas. A Filosofia entre nós já não se limita aos escolásticos ambientes dos conventos e seminários nem às iniciativas isoladas de pensadores positivistas. Expandiu-se em todas as instituições de ensino públicas e privadas, nos vários graus, em cursos específicos ou integrando, sob a forma de disciplinas filosóficas, os currículos de cursos de outras áreas do ensino superior. Por outro lado, com a implantação do sistema de pós-graduação no país, vários centros de pesquisa se consolidaram, muitos projectos de estudo e de investigação filosófica foram e estão sendo desenvolvidos, contando, inclusive, com o apoio institucional dos poderes públicos. Tudo isso tem contribuído para que se consolidem, igualmente, uma tradição de pesquisa.» (SEVERINO, 1999: contracapa)

O mundo humano vive um período conturbado, onde a força das armas, dos interesses materiais e das grandes concentrações, quaisquer que elas sejam, perturbam toda uma humanidade que já não tem força para fazer prevalecer o diálogo racional, moderado, apaziguador, embora se continue a acreditar numa oportunidade que possibilite alterar o rumo que muitos dirigentes mundiais, suportados num poderio bélico, económico, estratégico, político ou religioso, têm vindo a imprimir a partir das suas próprias comunidades.

Tudo funciona à volta de interesses, dos mais nobres e altruístas aos mais inconfessáveis desígnios. Poucos dão importância ao diálogo, às soluções pacíficas, ao pensamento dos filósofos, e às propostas que apresentam, para ajudar a solucionar os mais complexos problemas, muitos outros rejeitam a sabedoria dos mais velhos, a prudência dos mais experientes, alegadamente, porque estarão desatualizados, porque são idosos e o seu tempo passou.

O resultado de todo um ostracismo à Filosofia está à vista, e pode ser entendido por um qualquer leigo, ao qual, porém, não se pode pedir explicações, contudo, outro tanto não acontece com aqueles que, considerando-se especialistas de uma parte da realidade, rejeitam, complexadamente, outras alternativas que sejam oriundas da Filosofia.

A prova, mais que científica, que a Filosofia é necessária ao mundo e às pessoas, regista-se no elevado número de conflitos nacionais e internacionais. O sentido do filosofar torna-se, assim, um imperativo categórico universal porque: «O discurso filosófico é necessariamente um discurso sobre o ser, enquanto fundamento de todas as coisas. Na sua inquirição sobre a inteligibilidade radical do mundo, do homem e de Deus, versa o fundamento do valor da verdade do conhecimento e do valor da bondade da ação humana. E o fundamento de todo o valor é o ser. (Ibid:43).

Também, numa perspetiva do ser-cidadão: «… o ser-sujeito é o cidadão-consciente dos seus direitos e deveres – ser que reivindica, que luta por superar a dependência, ser responsável, capaz de compreender a cidadania como participação social e política, ser capaz de assumir seus deveres políticos, civis e sociais, adoptando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças…» (GONÇALVES, 1999:13).

Bibliografia

GONÇALVES, Francisca dos Santos (Org.), (1999). Formação do ser-sujeito: desafio à prática da cidadania, Belo Horizonte: Imprensa Universitária/UFMG.

SEVERINO, Antônio Joaquim, (1999). A Filosofia Contemporânea do Brasil, Petrópolis: Vozes

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

CONTATOS COM O AUTOR

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'Desenvolver a Cidade Educadora sob a Ótica Filosófica'

Diamantino Lourenço R. de Bártolo

Desenvolver a Cidade Educadora sob a Ótica Filosófica

As Constituições Políticas, as leis de base de sistemas educativos e a legislação avulsa, normalmente, configuram as grandes orientações políticas para a educação, estabelecem objetivos, impõem as regras para o funcionamento do sistema e definem os instrumentos e critérios da respetiva avaliação, no contexto nacional.

Determinam, afinal, um curriculum oficial universal para o território, população, cultura e interesses subjacentes. Evidentemente que são indispensáveis diretrizes que visem promover, desenvolver e defender valores, conteúdos programáticos, práticas, metodologias, instrumentos de avaliação, em ordem ao bem-estar geral, à prosperidade da população e à coesão nacional, mas também é essencial valorizar toda uma diversidade patrimonial, histórica e cultural de cada região, cidade, vila e pequenas localidades. Todas têm a sua história, as suas especificidades, porém, fazem parte do todo nacional, o qual enriquecem.

Desenvolver, no sentido de operacionalizar a cidade, vila, aldeia ou bairro, para a educação formal, certamente; mas também para a informal, instituindo os currículos mais adequados à interiorização e prática das atividades cívicas, políticas, institucionais, filantrópicas e altruístas será, porventura, um projeto que a nível das autarquias, em parceria com as escolas, provocaria significativas alterações no comportamento cívico das populações, contribuindo, sem dúvida, para uma maior e melhor participação na administração da cidade e no relacionamento comunitário.

A impreparação que se manifesta, por exemplo, no abuso do poder, na pequena “vingançazinha”, no favorecimento do amigo e/ou familiar e na discriminação negativa social, política, profissional e outras, por processos de exclusão, no acesso a determinadas oportunidades e situações, são os resultados mais visíveis e marcantes da falta de civismo, de formação ético-moral e de graves carências educativas ao nível da cidadania, direitos, deveres, liberdades e garantias, o que sempre acaba por produzir efeitos nefastos, na prosperidade da pequena ou grande comunidade, porque:

«A educação deve permitir exercitar os valores que tornam possível a vida em sociedade, particularmente no que respeita a todos os direitos e liberdades fundamentais e à aquisição de hábitos de convivência democrática e respeito mútuo. A educação deve também desenvolver sentimentos solidários para com os mais desfavorecidos, contribuir para suprimir a discriminação e a desigualdade, sejam estas por razões de nascimento, raça, sexo, religião e opinião.» (PINTO, 2004: 142-43, Apud Ministério da Educación y Ciência de Espanha)

Uma condição prévia relaciona-se, justamente, com a formação desses responsáveis, considerando-se, embora, não ser condição essencial e/ou exclusiva, porque pode haver formação no domínio educativo mas faltar a sensibilização, alguma experiência e disponibilidade para as diversas e muitas tarefas associadas à intervenção que é necessária, face aos objetivos que se pretendem atingir, no âmbito de um projeto cívico, suficientemente motivador e abrangente de toda uma população.

Na perspectiva filosófica, o desenvolvimento e consolidação da cidade educadora, a partir dos poderes locais institucionais, pressupõe o apoio direto dos titulares dos diversos órgãos desses poderes, e a participação responsável de cidadãos, com a formação adequada, para os domínios da: cidadania e axiologia; ética e deontologia; moral; política e religião, entre outros que se venham a considerar relevantes e/ou específicos para um determinado projeto, muito em concreto. Todas as preocupações educativas e formativas, porém, devem pautar-se por um elevado grau de responsabilidade, cujo conceito se pode traduzir pelo:

«(…) reconhecimento da autoria e aceitação das consequências dos seus actos. São manifestações de responsabilidade assumir intensa, plena e voluntariamente suas decisões, responder leal e corajosamente pelos seus cometimentos, prestar contas dos encargos ou obrigações, sofrer críticas, defender direitos inerentes ao merecimento. A educação do senso de responsabilidade é tarefa heroica, pois exige autoridade e maturidade dos educadores.» (SCHMIDT, 1967: 14)

Bibliografia

PINTO, Fernando Cabral, (2004). Cidadania Sistema Educativo e Cidade Educadora. Lisboa: Piaget. Apud, Ministério da Educación y Ciência de Espanha

SCHMIDT, Maria Junqueira, (1967). Educar para a Responsabilidade, 4ª edição, Rio de Janeiro RJ: Livraria Agir Editora

Diamantino Bártolo

Portugal

Diamantino.bartolo@gmail.com