Mulheres de São Paulo

Ella Dominici

‘Mulheres de São Paulo – Incandescentes e Femininas’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem criada por IA da Meta
Imagem criada por IA da Meta

Elas — são fogo que anda nas ruas, com passos que o caos insinua.
Têm lava nas veias, vertente acesa, derretem o medo com delicadeza.

Elas são vulcões silenciosos, ferros e flores, ritos e gozos.
Do concreto fazem chão fértil, do pranto — um hino desperto e sutil.

No aço da pressa, germinam ternura, carregam nos ombros a própria estrutura.
São brasa e perfume, são dor e canção, fermentam o mundo em seu coração.

Quando o sistema as tenta conter, elas respondem com o poder
de jorrar incandescência pura, fertilizando o que o tempo cura.

Elas são o grito contido da terra, o verso que rompe a guerra.
São gestação do amanhã, poesia em corpo de afã.

Mulheres de São Paulo — brasas, na labareda que abraça as casas.
Lavam o caos com seu brilho maduro, e fazem do fogo — o fértil futuro.

Ella Domnici

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Eu passo só

Ella Dominici: Poema ‘Eu passo só’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Eu passo só, vento mudou de sentido, grama tornou- se descorada. eu, esmeralda- vertigem- brilho, sigo,"
“Eu passo só, vento mudou de sentido, grama tornou- se descorada. eu, esmeralda- vertigem- brilho, sigo,”
Imagem gerada pela IA do Bing –  7 de setembro de 2024 às 4:00 PM

Eu passo só
vento mudou de sentido
grama tornou- se descorada
eu, esmeralda- vertigem- brilho, sigo

Pássaro se esconde dorme
atrás do horizonte ,homem
deita além-mar-malabarismo
e acrobata surge

Linha dos olhos de onça
em meio ao alarido do fogo
eu, faísca íris vejo almejo
e passo só

Ella Dominici

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Queimadas

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Queimadas’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"A tarde emudecida, a natureza em agonia pedem socorro!"
“A tarde emudecida, a natureza em agonia pedem socorro!”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

Na cálida luz de trêmulas labaredas,

florestas são destruídas

pelo fogo abrasador

e nuvens de fumaça e fuligem

cobrem o céu de cinzas.

.

A natureza degrada e urge

sob a lava que devasta.

Seu corpo incendeia,

sua alma chora.

Pelas douradas janelas

do clarão das chamas,

a fauna e a flora,

gemem.

Animais espreitam apavorados,

correm com medo da morte,

enquanto alguns não resistem

a tanto furor.

A tarde emudecida,

a natureza em agonia

e o pulmão do mundo

em prantos: regougos!

Pedem socorro!

Florestas de copas altas

e frondosas

o fogo as queimou.

Resquícios,

carvão e cinzas,

transfiguraram-se

num devassado ermo.

Nada restou,

somente tristeza,

olhares em pranto

do verde panorama,

que ficou para trás.

Ceiça Rocha Cruz

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