As águas do Rio Grande do Sul

Sergio Diniz da Costa: ‘As águas do Rio Grande do Sul’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

As águas que te cobrem, Rio Grande do Sul
São as mesmas que cobrem meus olhos

Longe são tuas terras das minhas
Perto demais vê-las submersas
Perto de mim, os lamentos de ti

Por ti, também perdi minha casa
Meus móveis, roupas e até meu cão
Teu medo, teu frio, meu medo, meu frio

Teu coração opresso oprime o meu
Tua alma e minh’alma se abraçam
Feitas gêmeas amarguradas

Uno minhas mãos às tuas,
Meu Rio Grande do Sul
Elevo minhas preces às tuas
O sofrimento nos une
Pois somos um
Mas, quando o Sol raiar novamente
Juntos estaremos
No alvorecer da redenção!

Sergio Diniz da Costa

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Artigo de José Otávio Vasques Ayres: 'Aquecedores de ambiente fazem mal à saúde?'

jose-otavio-vasques-ayres-1DR JOSÉ OTÁVIO VASQUES AYRES – AQUECEDORES DE AMBIENTE FAZEM MAL À SAÚDE ?

 

Chegou o frio!!! E com ele muitas vezes acabamos usando aquecedores de ambiente. Mas isto é bom? Faz mal?

Um aspecto a lembrar é que devemos evitar o choque térmico. A mudança do ambiente quente para o frio é menos agressiva para o organismo se for feita de forma gradual.

Mas o maior problema dos aquecedores é que eles retiram a umidade do ar. Durante o inverno, o ar já é mais seco, o que prejudica bastante o funcionamento do sistema respiratório. Com os aquecedores este problema é agravado. Os incandescentes que usam resistência, quartzo ou cerâmica retiram mais a umidade. Os aquecedores a óleo retiram menos a umidade, mas ainda assim retiram.

O QUE FAZER PARA PODER UTILIZA-LOS DE MANEIRA MAIS ADEQUADA ?
Devemos melhorar a umidade do ar! Bacias e baldes com água podem ajudar, mas a superfície de contato não é tão grande. O ideal é utilizarmos uma toalha grande, molhada, aberta em uma superfície de material que não embolore. Devemos evitar ficar muito próximos ao aparelho.
Umidificadores são bastante eficazes para melhorar a umidade do ar. O problema é que continuam trabalhando mesmo após ocorrer a saturação de vapor de água no ar. Desta forma, ele promove a condensação, com umidificação de móveis, colchões, travesseiros, roupas e paredes. Com isto, há a proliferação de fungos (mofo) que são extremamente nocivos aos alérgicos. Devemos também tomar muita água para ajudarmos o aparelho respiratório.
Outro cuidado com os incandescentes, é evitar o contato próximo a cortinas, tapetes e cobertas, pelo risco de incêndio. Evitar, também, deixa-los ao alcance de crianças.

AR CONDICIONADO = Devemos ter os mesmos cuidados para evitar o ressecamento do ar e também necessitamos manter o filtro e o interior bem limpos. O acúmulo de poeira prejudica muito o sistema respiratório.

LAREIRAS= Apresentam também o problema de ressecar o ar e muitas vezes podem refluir um pouco a fumaça para o ambiente, o que prejudica bastante o sistema respiratório também. O sistema de chaminé deve ser muito eficaz.

DR JOSÉ OTÁVIO VASQUES AYRES

Fonte de imagens = Internet

Foto de Jose Otavio Vasques Ayres.
Foto de Jose Otavio Vasques Ayres.



Sergio Diniz da Costa: 'Eu e o meu chuveiro'

Sergio Diniz da Costa

 EU E O MEU CHUVEIRO

 

Diga-me, meu caro leitor, por um acaso você já teve ou ainda tem alguma relação de amor e ódio por algo ou por alguém?

Se a resposta for um sonoro ‘sim!’, sabe perfeitamente como se dá essa dependência. É, certamente, algo como a dependência por alguma droga: você a consome e ela, com o tempo, te consome, também. Um círculo vicioso. Um horror!

Pois eu tenho, infelizmente, uma relação dessa natureza. E, como o título desta crônica bem o indica, com o meu chuveiro!

Existe algo mais prazeroso do que tomar uma deliciosa ducha, principalmente depois de uma caminhada mais longa, ou uma corrida, ou, ainda, alguma atividade profissional que implique em grande esforço físico? E dormir, então, depois de um banho bem quentinho? Tudo de bom, né?

E, sobre tomar banhos, tem aqueles dos meses de verão e aqueles outros, de inverno.

Os dos meses quentes, impreterivelmente, com água fria. E, os dos meses de inverno… Bem, em primeiríssimo lugar, o ritual para eles já é um pouco mais complicado.

Levantar da cama, depois de uma noite inteira hibernando sob cobertores pesados e quentíssimos, requer uma vontade férrea, um esforço próprio de ‘Os Doze Trabalhos de Hércules’.

E esse esforço é redobrado se, pra piorar ainda mais a situação, o dia estiver frígido e chuvoso. Ninguém merece!

Mas, como o dever nos chama, lá vou eu, destemidamente, sair da cama, colocar os pés num par de chinelos gelados e, feito um guerreiro bárbaro, enfrentar o estimulante banho da manhã.

Entro no banheiro e, com

o meu apartamento não tem o luxo da calefação (próprio de países de regiões frias), tirar o pijama já é outra etapa da façanha heroica. Entretanto, a imagem do guerreiro bárbaro, do chefe viking à frente de seus guerreiros, em pleno campo de batalha, me impele avante.

E, aí, a coisa começa a complicar, pois é preciso anos de prática para se conseguir encontrar o ponto ideal da torneira, de modo que a água não fique nem quente e nem fria demais.

Esse processo se torna mais difícil ainda quando a torneira já é um tanto quanto usada e, por causa disso, mais um tanto quanto emperrada.

E vira daqui, vira de lá neste processo, e já enregelado, eis que, finalmente, o tal ‘ponto ideal’ da dita cuja é atingido e o calor da água atinge seu ponto ideal! Aleluia!

E lá vamos nós, agora mergulhados numa torrente de água quentinha, acolhedora…

Até que, inesperadamente, bem no meio daquele jato quente, surge um pingo gelado! Bem nas costas! E justamente no momento em que estou com o rosto coberto de espuma!

Rapidamente, retiro a espuma e passo a procurar a fonte daquele infortúnio.

Localizo-o! Vem pelo cano, provavelmente porque, ao colocar o chuveiro, faltou um tantinho de veda-rosca pra dar o aperto necessário para fixa-lo.

E ele, o tal pingo inoportuno, a partir daí, passa a fazer parte do delicioso banho quente.

Agora, nesta mescla de prazer e desprazer, resolvo terminar o banho o mais rápido possível.

Fecho a torneira e começo a me enxugar. Como o box é pequeno, fico praticamente embaixo do chuveiro e, mal terminando de enxugar as costas, eis que um pingo vindo diretamente da Antártida cai nelas, já secas.

Solto um mega palavrão! E passo a matutar o porquê de esse pingo aparecer justamente no inverno, nos dias mais frios, no banheiro mais frio, no corpo (e na alma) mais frio…

E, já envolto pelo vapor que sai do chuveiro, entre uma enxugada e alguns palavrões, fico a ‘viajar’ mentalmente. E passo a ver, na torneira, no chuveiro e no cano um conluio maquiavélico, hábil a me infundir um misto de raiva e desespero.

O chuveiro parece ter adquirido vida! E, de súbito, me lembro de Chuck, Hugo, Blade e outros bonecos assassinos.

Em meio ao vapor, que já tomou conta do box, sinto que vou enlouquecer! Até o momento em que escuto algumas pancadas na porta do banheiro.

Pra minha salvação, contudo, é apenas minha esposa, perguntando se está tudo bem, pois faz ‘apenas’ 40 minutos que estou tomando banho.

Alívio completo!

Tudo não passou tão somente de um mísero pingo de água gelada…

No meio da água quente havia um pingo gelado.

Havia um pingo gelado no meio da água quente…

E que vai durar o inverno todo!

 

Sergio Diniz da Costa

sergiodiniz.costa2014@gmail.com