Mar e girassol

Irene da Rocha: ‘Mar e girassol’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
Imagem gerado com IA do Bing ∙ 25 de novembro de 2024 às 8:14 PM

No horizonte, céu azul e profundo,
Um mar que se espraia, um canto fecundo,
Girassóis dançam sob a luz do Sol,
Em cada pétala, um amor envolto em farol.

Ó Sol radiante, vem me abraçar,
Com tua luz, quero me iluminar,
Viver emaranhado no doce querer,
Sob o céu de estrelas, a nos proteger.

As ondas sussurram segredos de amor,
Na brisa suave, sinto teu calor.
Portas se abrem, janelas a sonhar,
O amor me invade, vem me molhar.

Céu de estrelas, flechas do coração,
Teus encantos embalam minha canção,
Girassol bonito, meu eterno fulgor,
Seja meu Sol, meu eterno amor.

Assim, no brilho de cada manhã,
O mar e o céu em mim se irmanam,
E, com girassóis a me encantar,
Amo viver, a vida a celebrar.

Irene da Rocha

Voltar

Facebook




Os girassóis do trem

Evani Rocha: Poema ‘Os girassóis do trem’

Evani Rocha
Evani Rocha
Os girassóis do trem
Os girassóis do trem
Imagem criada pela IA – Gencraft

Ficaste a olhar o trem

Passar lento, preguiçoso:

Vagão por vagão.

Vi teus olhos passearem por entre as poltronas e corredores,

Talvez procuravas por mim.

Não sabias que eu estava absorta

Em meus próprios pensamentos.

Viajei por horas cá dentro, a examinar minhas escolhas.

Vi os girassóis se movimentarem nos canteiros ao lado dos trilhos.

Agora vejo em teus olhos o brilho do Sol!

Tens a alegria do reencontro

E todas as flores sobre as mãos.

O trem vai parando lentamente,

Vagão por vagão.

Eu hesito em sair do lugar.

Gostaria de ficar pra sempre.

Vejo mãos balançando lencinhos brancos.

Abraços e beijos de chegada ou partida…

Pessoas que chegam e partem da estação.

Ainda tenho os girassóis no pensamento,

E a paisagem que me absorveu por inteiro!

Recolho meu casaco e a bolsa de mão.

Não tenho bagagem.

Só tenho a mim e minha própria solidão.

Observo-te a andar de um ponto a outro.

Deveras, trouxeste lindas flores!

Caminho languidamente em direção ao próximo trem.

Há muita gente nos corredores. Não quero olhar para trás,

O passado não me interessa.

Atravesso o salão principal.

Do alto da escadaria vejo uma multidão a transitar pra lá e pra cá.

No meio delas, estás, imóvel…

Agora tens uma mão no bolso, outra, caída.

Ainda segura o buquê.

Teus olhos dantes era sol, agora parecem breus.

Nos lábios cerrados, a inquietude da espera.

Entro no vagão e procuro um assento no canto.

O trem anda devagar…vejo as pessoas se apequenarem pela distância.

Sinto somente os solavancos do vagão no trilho.

Não te vejo mais, nem as flores,

Nem lenços brancos.

Saio de mim e mergulho novamente na paisagem.

Só quero apreciar a brandura e o amarelo ouro dos girassóis!

Evani Rocha

Contatos com a autora

Voltar: https://www.jornalrol.com.br/

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/