Caminho andado

Nilton da Rocha: Poema ‘Caminho andado’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
"Errei, caí, mas levantei,/ Com o peito aberto, encarei..."
Imagem gerado com IA do Bing ∙ 14 de outubro de 2024 às 6:46 PM
“Errei, caí, mas levantei,/ Com o peito aberto, encarei…”
Imagem gerado com IA do Bing ∙ 14 de outubro de 2024 às 6:46 PM

Olhei pra trás, caminho andado,
Em cada passo, sonho alado.
As decisões, marcas deixei,
Mas sempre fui eu, à minha lei.

Na curva amarga ou na vitória,
Criei meu rumo, fiz minha história.
Nas sombras frias, ao Sol nascendo,
Firme segui, sempre crescendo.

Errei, caí, mas levantei,
Com o peito aberto, encarei.
Nem tudo foi claro, nem fácil andar,
Mas o destino soube eu traçar.

E ao final, quando olhar além,
Se houver um balanço de tudo que vem,
Direi com orgulho, sem titubear:
Vivi do meu jeito, sem hesitar.

Nilton da Rocha

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Percepção das letras

Ismaél Wandalika: ‘Percepção das letras’

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika

Seres dançam e bebem do suor da sua ignorância
Seres dançam e bebem do suor da sua ignorância
Imagem gerada pela IA do Bing – 2 de setembro de 2024 às 9:10 AM

“Cada ser enfrenta os desertos do caminho que escolheu.”
Soldado Wandalika

Sons invadem o enredo no ciclo
A história ilude atores que rezam no topo pelo pódio
Não há rio que enfrenta lágrimas sem distorcer a fronteira alheia.
No ar se percebe o brilho do espetáculo como casas pintadas no Sahara.
Com letras se percebe o mundo cinzento por trás dos sons
Anseios de desejos materializam factos.
A marcha continua, as letras insultam o realismo poético, num universo estérico de conteúdo…
Seres dançam e bebem do suor da sua ignorância
Aflitos, buscam refúgios na poética.
Patetas enganam o povo fabricando motivações entre as ilusões ocasionais.

Percepção das letras
5 capítulo da vida no asilo de lembranças.
Vidas germinadas geradas na inocência dos dias que o tempo amaldiçoo.
As letras entendem o que escrevem, fala sem acusações, prioriza o amor.
Na busca pelo entendimento, compreende os seres…

Respiramos o mesmo ar em ângulos diferentes. Falamos das mesmas coisas com perspectivas distintas.

A natureza é um ponto de encontro entre Deus e Nzambi com os humanos…

Neste cenário a experiência fala alto na conexão da alma de quem permitiu-se mais.

A vida segue além de um ritmo embalsamado pelas falácias, crenças crescem entre as dúvidas dos cristãos, acusa-se quem vai mais além buscando a profundidade para compreender o os ângulos espirituais.

Lá fora perde-se a contagem das operações divinas, letras não mentem sobre a verdade encarnada verbalizando o Filho do Homem.
Compreendo o poema e suas subjetividades
Percebo a decisão de uma escolha que não recua
A esperança só não morre porque é alinhada da coragem.

Braços fortes dão de frente com a arte
Sonhos nascem no Mayombe
Entardecer a amanhã e a caneta acelera o pulsar do heart.

Vidas nascem entre os sonhos da madrugada
Letras fitam os olhos no presente do passado, com fé desacreditam no magistrado.
Ritmos rotulam as letras na ponta da caneca
O poço abre a boca para não morrer na dança
Interroguem os poetas, pois a verdade está na alma
Mas a caneta é sábia seleciona momento sabe quando expor o que a alma sente…

Artistas são sinceros quando correm pelo propósito de sua existência, porém quando evolve equipa e guita a verdade na arte fica turva, artista se corrompe. Quando estamos expostos à vitrine da life, entramos no jogo do equilíbrio em que a corrupção será solução para todos.
Portanto, somos TODOS corruptos a nossa maneira, somos números então, todos fazemos parte de um sistema.

Dizem as Percepções das Letras.

Soldado Wandalika

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Deitar-se no divã: uma possibilidade de reescrever a própria história

PSICANÁLISE E COTIDIANO

Bruna Rosalem:

‘Deitar-se no divã: uma possibilidade de reescrever
a própria história’

Bruna Rosalem
Bruna Rosalem
Imagem criada pela IA do Bing

Desde a paciente mais icônica de Freud, Anna O. e seu pedido ao médico neurologista que a deixasse falar sem interrupções, dizia “a limpeza da chaminé”, através de seu relato livre, a técnica psicanalítica depois pensada por Freud ao ouvir o desejo de sua paciente em falar livremente, tornou-se uma espécie de ‘cura pela palavra’. 

É claro que este método investigativo do psiquismo não foi construído assim tão facilmente, mas nos revela o quanto a possibilidade de falar o que vier à mente a um sujeito numa posição subjetiva de suposto saber de algo que o paciente não tem acesso, e mais ainda, poder escutar-se e inserir-se em sua própria história, nos dá notícias de que esta prática de escuta e fala tem possibilitado que os sujeitos reescrevam novos caminhos para uma vida menos angustiante e mais criativa.

A psicanálise nada promete, porém ao colocar o sujeito diante de seus próprios temores, desejos nefastos, ímpetos proibidos, repetidas decepções amorosas, de uma confusa orientação sexual, vícios desgastes, comportamentos sintomáticos, de um mal-estar indecifrável, baixa ou nenhuma libido sexual, gagueira e um nervosismo tremendo ao falar em público, das dificuldades em conseguir um emprego por nunca se achar suficiente, do árduo trabalho de luto, de um diagnóstico inesperado de uma grave doença, de perdas financeiras, de não conseguir engravidar, adicções diversas, fobias, dores inexplicáveis em determinadas partes do corpo, ou ainda, sentir-se incapaz de terminar qualquer tarefa…enfim, são inúmeras as aflições que nos atingem, deitar-se no divã pode ser o começo para transformar este vórtice perturbador que se inscreve na carne e traz sofrimento.

Divã (do turco diwan) é um móvel de origem oriental, uma contribuição para a psicanálise que o tomou como um dos instrumentos de manejo na análise. Diversas cores e formatos, uns mais largos, outros menores e estreitos, coloridos ou mais neutros, ornados com almofadas, mantas e afins. Tudo para tornar este novo espaço, a ida da poltrona para o divã, confortável e atrativa, por que não? Afinal, em análise a tal ‘passagem’ é a entrada do sujeito numa próxima etapa de seu percurso, mais intensa, mais íntima, mais aberta à escuta de seus fantasmas.

A superação das entrevistas iniciais, ‘entre – vistas’, do olho no olho, analista e analisante, para um lugar de quase isolamento, onde não há mais alguém olhando diretamente e a sensação de solidão, deitado, o sujeito depara-se com uma outra perspectiva de escuta. 

A figura do analista ainda se faz muito presente, porém ao ‘perder-se de vista’, ‘ausentar-se’ do campo visual do sujeito, o psicanalista espera romper de maneira mais enfática a lógica comum de diálogo, da reciprocidade, da troca, das modalidades usuais de conversa. Agora, no divã, torna-se mais palpável as possibilidades de regressão, de acessar conteúdos mais profundos, latentes, reveladores, a intensidade da transferência aumenta, abrem-se caminhos para que os sonhos entrem em cena como mais uma fonte de investigação da vida psíquica do analisante.

É como se o sujeito permitisse conversar consigo mesmo, obter as próprias respostas e explorar novos horizontes sem a preocupação de ser validado. Certamente que este processo é bastante trabalhoso, leva tempo, disposição e muito desejo. E não há garantias. Há um caminhar, um sentir, um vivenciar. Momentos, histórias, experiências. Quem sabe um recontar.

Ao se entregar aos desafios do divã, notadamente um sentimento de desamparo é irrompido. Afinal, a primeira porta de entrada para o mundo veio através de um olhar, ‘da janela da alma’, seja da mãe, seja de quem o projetou ao ser que está chegando. Perder este contato é de fato um árduo exercício. A psicanálise vem nos ensinar neste momento, que é possível se sentir desamparado sem a necessidade de um amparo. É justamente neste ensejo que o sujeito tem a possibilidade de se questionar acerca de suas dores, sem que um outro esteja lá prontamente para acolhê-lo. Há uma inversão na lógica do discurso, ou seja, nem sempre o questionamento do sujeito vai encontrar uma resposta que o satisfaça, muitas vezes são mais dúvidas que vão surgindo, mais indagações, mais chances de viradas, elaborações e saídas criativas.

Por mais estranhamento que possa provocar a passagem ao divã, são nos efeitos deste movimento que a análise pode ajudar o sujeito a atualizar seu passado no presente próspero, num esperançoso futuro.

Estendido no leito (de morte?), um outro ser pode ressurgir das cinzas que outrora impregnadas em seu corpo o forjava. Reescrever narrativas, descobrir o amor (o ódio também), amar e deixar ser amado, desfazer-se do secreto prazer pelo sofrimento, libertar-se da prisão dos pensamentos, correr o risco de ser livre.

Bruna Rosalem

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Projeto escolar na EMEF. Cel. Esmédio ganha destaque na mídia nacional

A proposta foi conhecer a história de afrodescendentes de Porto Feliz (SP) por meio de depoimentos colhidos com o método de História Oral

Print das entrevistas sobre o projeto ORI-GENS
Print das entrevistas sobre o projeto ORI-GENS, enviado pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

O Projeto ORI-GENS, é um ensaio de História Oral realizado por estudantes dos 9ºs anos B e C da EMEF. Coronel Esmédio, de Porto Feliz, em 2023, sob orientação do Prof. Me. Carlos Carvalho Cavalheiro. A palavra Ori em iorubá significa cabeça, enquanto Gens, do Latim, refere-se a família.

A proposta foi conhecer a história de afrodescendentes de Porto Feliz (SP) por meio de depoimentos colhidos com o método de História Oral. No total, cerca de 60 alunos estiveram envolvidos no projeto.

No último dia 20, Dia da Consciência Negra, o projeto recebeu as atenções do Portal G1. Em matéria realizada pelo jornalista Marcel Scinocca, a quem agradecemos, o Portal divulgou todo o processo de organização, bem como coletou depoimentos de estudantes participantes.

Print das entrevistas sobre o projeto ORI-GENS, enviado pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Print das entrevistas sobre o projeto ORI-GENS, enviado pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

Conforme o professor Carlos disse na entrevista ao Portal G1, o que mais chamou sua atenção foi a qualidade do trabalho desenvolvido pelos estudantes. “Sobretudo na transcrição, e as lições de vida que tivemos a oportunidade de conhecer”, diz. Além do cumprimento do currículo, a ideia foi trazer oportunidades para os estudantes.

Ainda conforme Carlos, o projeto só foi possível graças ao apoio da equipe gestora da escola, formada pelo diretor Daniel Piasentin, pela vice-diretora Célia Molena e pelas coordenadoras pedagógicas Elizabety Bragagnolo e Fabiana Carnelós.

Link para o Blog do projeto:
https://ori-gens.blogspot.com/

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EDIÇÃO 219 DO INTERNET JORNAL

Internet Jornal: o jornal do internauta inteligente!

Logo do Internet Jornal

Prezados leitores, eis aí, amigos, a edição 219 do nosso Internet Jornal, com vasto material jornalístico, inclusive duas matérias importantes exclusivas.

Leia a edição inteira, que está formidável, e aproveite para saborear as 14 páginas que apresentam sinopses temáticas atualizadas, artigos dos melhores colunistas da internet, humor, moda, pets, sociais, história e muito, muito, mais, como convém a um jornalismo sadio, abrangente, gostoso de ler e não compromissado.

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A história nossa de cada dia

Elaine dos Santos: Artigo ‘A história nossa de cada dia’

Foto da colunista Elaine dos Santos
Elaine dos Santos

Tomo como referência um daqueles livros que me acompanham desde a graduação. Trata-se de “Como se escreve a história” (1998), de Paul Veyne, para refletir um pouco sobre as relações entre Literatura, História e os fatos que nos são contemporâneos.

Durante séculos, a História foi vista “de cima”, isto é, era a História dos vencedores, dos grandes heróis. No caso brasileiro, creio que esse dado seja bem emblemático: Quem descobriu o Brasil? Pedro Álvares Cabral; Quem declarou a Independência do Brasil? Dom Pedro I; Quem proclamou a República? Marechal Deodoro da Fonseca.

Temos fatos importantes da nação, que tiveram inúmeros homens e mulheres envolvidos, mas que a História sonegou um lugar de importância. O mesmo raciocínio vale para heróis e heroínas regionais que nunca ganharam projeção nacional. Cabo Toco, cujo nome era Olmira Leal de Oliveira, foi a primeira mulher a alistar-se na Polícia Militar do Rio Grande do Sul, atuando como enfermeira e combatente na Revolução de 1923 nas tropas leais a Borges de Medeiros, então governador.

Ela deixou a farda em 1932 e morreu praticamente na miséria, em 1989, alcançando algum reconhecimento histórico porque compositores e cantores nativistas descobriram-na e homenagearam-na em um festival de música em 1987.

Neste sentido, é preciso recorrer a Paul Veyne que nos esclarece que a História é uma narrativa de eventos – e eu sublinho: uma narrativa, que, segundo o estudioso, não faz reviver esses eventos, mas os reconstrói com base em documentos, indícios, testemunhos.

Paul Veyne (1998, p. 18) afirma: “Como o romance, a história seleciona, simplifica, organiza, faz com que um século caiba numa página, e essa síntese da narrativa é tão espontânea quanto a da nossa memória, quando evocamos os dez últimos anos que vivemos”.

O historiador tem o condão de escolher – com base nos elementos que dispõe, aquilo que dará relevância. Ainda assim, a sua “escolha” é problemática, porque, conforme Veyne, a perspectiva de Napoleão sobre a Batalha de Waterloo é diferente do soldado que esteve no campo de combate, foi ferido e retornou ao lar com o corpo mutilado, por exemplo. Provavelmente, nunca haverá, nos livros de História, uma multiplicidade de olhares sobre o mesmo fato. Faz-se uma seleção.

Na Literatura, valho-me de “Crônica da casa assassinada”, de Lúcio Cardoso, em que o narrador conta a história de uma família valendo-se de cartas, dando voz a diferentes narradores, que se enfrentam, contrapõem, mas que acabam dando um importante e apurado panorama da família que se encontra numa determinada situação (não vou antecipar a temática da obra).

Não se busca, evidentemente, em termos literários, uma verdade e, com isso, quero aqui relativizar o conceito de verdade que sempre se atribuiu à História, que é dita oficial.

Nasci e cresci no estado mais meridional do Brasil, marcado pela relação conturbada com os espanhóis, pela influência indígena, pela parca, mas marcante, presença do elemento negro e pela forte mitificação do processo imigratório europeu. Conforme Regina Zilberman (1992), estudiosa da Literatura produzida no Rio Grande do Sul, dá-se ênfase a inúmeros fatos históricos, o que permite uma releitura – e talvez uma melhor compreensão – desses eventos.

Na mesma medida em que as estâncias de criação de gado cresciam, modernizavam-se, nas décadas iniciais do século XX, havia uma espécie de expurgo do trabalhador rural que acabava alojando-se nas vilas periféricas das pequenas ou grandes cidades. Cyro Martins tematizou esta questão na chamada “trilogia do gaúcho a pé”, que é composta por três romances que, sob certo aspecto, dão ênfase à miserabilidade do gaúcho sem cavalo.

Cabe aqui uma observação: ao gaúcho tradicional costuma-se associar a figura mítica do centauro, meio homem, meio cavalo, daí se atribuir a denominação “centauro dos pampas”, um ser bifronte, meio peão, em tempos de paz; meio soldado, em tempos de guerra. A figura mais emblemática, neste sentido, é um certo Capitão Rodrigo (Cambará) de “O tempo e o vento”, que aparece vestido com botas e bombachas e dólmã militar em sua chegada à cidade de Santa Fé.

Os gaúchos de Cyro Martins, porém, estão desprovidos de cavalos, de posses e de esperanças, eles são párias. Em “Sem rumo” (1937), “Porteira fechada” (1944) e “Estrada nova” (1954), o autor concede espaço às histórias desses párias. Em “Porteira fechada”, Guedes é o personagem principal: forçado a deixar uma pequena porção de terra que arrendava na zona rural, a família reúne as suas tralhas e ruma para Boa Ventura, uma vila das tantas vilas que recebiam famílias egressas do campo.

Guedes não consegue trabalho. Vende o cavalo. A mulher, Maria Luíza, dedica-se aos serviços de costura, os filhos vão se perdendo: doenças, prostituição. Guedes é pego roubando ovelhas e é preso. Miseravelmente, depois de solto, vende os arreios do cavalo. Não há mais nada que o vincule à vida campeira. Suicida-se.

As narrativas literárias que se espalham de Sul a Norte, de Leste a Oeste, em alguma medida trazem à tona esse universo – de uma sociedade que se moderniza, mas de homens e mulheres que perdem espaço, que se acumulam em vilarejos, na periferia, sem formação educacional que lhes ofereça emprego qualificado, eles são invisibilizados pela História. Passam ao largo…

REFERÊNCIAS

VEYNE, Paul. Como se escreve a História. Tradução Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. 4.ed. Brasília: EdUNB, 1998.

ZILBERMAN, Regina. A literatura no Rio Grande do Sul. 3.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1992.

Elaine dos Santos

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Artigo de Carlos Cavalheiro sobre Patrimônio é publicado em revista da UNESP

Na edição de julho de 2023, na qual o artigo do professor Carlos Cavalheiro foi publicado, o título da capa foi “Mundo do trabalho e trabalhadores na escrita sobre o patrimônio cultural”

Foto que mostra operários da fábrica N. S. da Ponte, em Sorocaba, transformada em Shopping Center
Foto enviada por Carlos Cavalheiro, e que compõe um artigo seu, publicado na página do Centro de Memória Operária de Sorocaba.

https://www.memoriaoperariasorocaba.com.br/post/as-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-dos-oper%C3%A1rios

O professor Carlos Carvalho Cavalheiro, que leciona História na rede pública municipal de Porto Feliz (SP), teve seu artigo publicado este mês em revista científica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), campus de Assis. O artigo foi publicado na Revista História e Cultura (ISSN: 2238-6270 – Qualis A3).

Intitulado “Quando a fábrica se converteu em Shopping Center: patrimônio e memória dos trabalhadores de Sorocaba/SP”, o artigo, de acordo com a própria revista, “discorre, tomando como recorte espacial a cidade de Sorocaba no interior de São Paulo, sobre o patrimônio cultural dos trabalhadores, bem como tenta compreender a produção de articulações que contribuem para a constituição de uma memória emancipadora da classe operária a partir de estratégias que abarcam, inclusive, a constituição de patrimônios imateriais”.

A História e Cultura, atenta às pesquisas e ao debate acadêmico desenvolvido na área de História e em áreas afins, publica textos inéditos de autoria de doutores, mestres e pós-graduandos stricto sensu, redigidos em português, espanhol, francês e inglês. Além de artigos para dossiês, a revista recebe contribuições em fluxo contínuo de artigos livres, entrevistas, resenhas e traduções.

“A discussão no texto parte da realidade do uso dos patrimônios para outros fins que não os estabelecidos em sua origem. Assim, as antigas fábricas têxteis, em estilo inglês, são aproveitadas como hipermercados ou shopping center, invisibilizando, de certa maneira, a função original do prédio e toda a potência de memória que ele carrega, como a luta dos trabalhadores por melhores condições de vida”, esclarece o professor e historiador.

Carlos Carvalho Cavalheiro

Carlos Carvalho Cavalheiro reside em Sorocaba e leciona História na rede pública municipal de Porto Feliz. É licenciado em História e em Pedagogia, Bacharel em Teologia e Mestre em Educação (UFSCar, campus Sorocaba). É escritor, Historiador, pesquisador de cultura popular e produtor de vídeos. Colaborador dos jornais Tribuna das Monções, ROL (Região On Line) e do Portal de Notícias culturais “Marimba Selutu”, de Angola. Acadêmico correspondente da FEBACLA (Federação Brasileira dos Acadêmicos em Ciências, Letras e Artes) e acadêmico efetivo da Academia Independente de Letras.

O artigo pode ser lido por meio do link: https://seer.franca.unesp.br/index.php/historiaecultura/index

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