Poema ‘O que você faz com o amor que lhe entregam?’
Para ver além de mim Olhei para tudo o que não fiz Olhei as paredes amareladas da minha alma E encontrei à sombra das muralhas de giz Os gestos controversos, os sentimentos não confessos, Submersos na corrida das horas Onde a mesa está posta A servir o começo do fim E atrás das suas portas Onde repousam as palavras para o depois guardadas E de tão guardadas foram esquecidas E se afogaram no oceano da falta E do tudo que senti e não disse Guardei uma certeza só minha Mora solidão nas entrelinhas Nos atos reflexos, os anexos… As verdades da língua subentendida Tudo o que senti, e não fiz, e não disse A adormeceu na solidão E eu, sonâmbulo sem má intenção Esqueci nalgum lugar o coração E amanhecemos no eclipse
As horas passam como um vento
Não param sequer um momento!
Por isso, não perca tempo,
Não deixe de viver e se “encontrar”
Não deixe o tempo passar
Pois, quando você olhar
Será tarde!
E as emoções que você poderia ter
Ficaram para trás, para outro alguém presentear!
E você deixou de viver
E ela, não deixou de “trabalhar”.
Então, não deixe de ver:
O céu, a terra e o mar.
Pois, o céu irá lhe mostrar
O brilho que precisas ter,
A terra
A firmeza que precisas no seu andar;
E o mar
A água, que tudo em você irá limpar!
Então vamos!
Agarre essas horas
E não as deixe em branco passar,
Use-as, para o amor, o amar
Use-as, para os amigos estimar
E não deixe a saudade chegar!
Assim sendo, não deixarás:
As horas te desfazer
O tempo te dissolver
O mundo te desligar!