Princesa do rio

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Princesa do rio’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"E à tardinha, pela vidraça entreaberta do ocaso, descortina-se a paradisíaca cidade-princesa,"
“E à tardinha, pela vidraça entreaberta do ocaso, descortina-se a paradisíaca cidade-princesa,”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer da plataforma DALL-E3

Amanhece… O sol brilha!
E a terra bronzeada pelo tempo,
ao sabor do vento,
no debruçar da manhã,
desperta sorridente.

O rio, eterno cantor
em seus murmúrios
canta a cidade das rochas
vestida de sonhos,
poesias,
e canções.

Na montanha rochosa,
e da janela aberta do horizonte
o Sol espreita
inundado de poente
e pelas cortinas douradas,
sorri.

E à tardinha,
pela vidraça entreaberta do ocaso,
descortina-se a paradisíaca
cidade-princesa,
às margens do rio Velho Chico,
no silêncio do entardecer.

Na quietude sorrateira
do suave arrebol,
um gemido sombrio:
“só a ti hei de amar, minha Penedo,
princesa do rio!”

Ceiça Rocha Cruz

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Mar materno

Ella Dominici: Poema ‘Mar materno’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Mar,/ Que de vibrantes ondas/ Pões os filhos à vida"
“Mar,/ Que de vibrantes ondas/ Pões os filhos à vida”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Mar,

Salgado, quanto do teu sal

em lágrimas e amores Cuidas

E do teu mosto abraças

filhos que te nascem

Mar,

Que de vibrantes ondas

Pões os filhos à vida

Esperas neles confiança

de serem salvos noites e dias

Mar,

Onde iluminado teu horizonte

Transferes-te no Sol ao bronzeado,

E aos filhos doas- te sal de vida

Luz eternizada ao teu legado

Mar,

Que alimentas crianças com teus peixes

E de tuas escumas vertem leites

Amamentas noturnamente Pequeninos

Ninas e acalentas os teus Niños

Mar,

Bailando-os nas vagas de teus seios

Que nome daria À mulher amada

Àquela onde à luz viria um dia

Chamada imensidão de Águas?

Mãe

Teu nome é feito de delícias

De vida abundante que inundas

És mãe que me seguras

No amor infindo de tuas ondas

Fizeste-me ver do mundo a claridade

Boiando no vislumbre da alegria

Tornaste-me nadador da vida

Indestrutível tua lembrança querida

E neste Mar Materno Livre de extermínio

Sou filho da graça de teu ninho

Na força que me passas

Não termino!

—- Deus, me destes

Mar Materno, oh Eterno!

Ella Dominici

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Olhar revela

Irene Rocha: ‘Olhar revela’

Irene Rocha
Irene da Rocha
“O horizonte distante, fascínio em cada linha”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Num olhar sem fim, maravilhas reveladas.
O horizonte distante, fascínio em cada linha.
Além, onde o coração se encontra, embalado,
Num caminho traçado pela luz que nos guia.

Na estrada que se estende, beleza se revela.
No céu, estrelas dançam em brilho radiante.
Entre as matas, o canto dos pássaros que pinto em aquarela,
E o mundo se desvela em sua face cativante.

No íntimo, descobertas nos esperam,
Sensações que tocam a alma em suavidade,
E quando o amor se anuncia, nada mais se apressa,
É doce encanto nos olhos do amado, felicidade.

Juntos, na jornada onde o amor floresceu,
Dos rabiscos à realidade, a magia se ergueu.
E no encontro de olhares, a verdade se inscreveu.
Te amo, ecoa na eterna história.

Irene Rocha

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Da janela, o horizonte

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Da janela, o horizonte’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
" No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam"
” No silêncio vespertino, cortinas aquareladas do ocaso despontam”
Criador de imagens do Bing

No silêncio vespertino,

cortinas aquareladas do ocaso

despontam

e um raio de luz

vermelho-alaranjado,

seduz

nas asas do vento.

Ao entardecer,

do alto da montanha,

de sua encosta,

entre serras e colinas,

nuvens se deleitam.

Sob o céu azul-claro pérola 

de setembro,

num eterno e doce abraço,

contemplamos o infinito.

Pairam garças brancas e gaivotas

em voos uniformes

qual grafite a rabiscar, 

a planar ao sabor do vento,

debruçando-se

risonhas no seu cume.

Enlaçados,

pintamos todo o azul do céu

com ternura

e, entre sorrisos,

carinhos e beijos,

mergulhamos num mar de desejo.

Tu e eu – o amor,

ao vislumbre do pôr do sol,

e da janela, o horizonte.

Ceiça Rocha Cruz

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/