Vejo flores em teus olhos

Verônica Moreira: Poema ‘Vejo flores em teus olhos’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
“Vejo flores em teus olhos”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Sinto-me leve como uma pluma a flutuar
Quando teus olhos, de repente, cruzam os meus.
Pois sou cativa do teu olhar
Pena que, às vezes, seja dualidade

Há dias em que olhando em teus olhos
Recebo flores, chocolate e mel
Outros, recebo indiferença
Insegurança e desalento

Então me contenho e me afasto
Não por querer, mas para evitar a dor
Porque um amor unilateral
Não deve ser nutrido na mente

Ainda que ele resida no íntimo do coração
Ainda que viva em delírio na mente
Sem pretensões de partir
O amor sempre merece ser vivenciado

Por um instante vi flores em teus olhos
E elas questionaram minha existência
Num piscar de olhos vi jardins
Mas o vento os levou para longe de mim.

Verônica Moreira

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O leitor participa: Vanor Barreiros: 'E se fosse você?'

Vanor Barreiros

Crônica: E se fosse você?

Imagem extraída da internet

Bater no peito e ignorar a dor e sofrimento alheio é muito fácil.

A indiferença que domina cada ser humano, o faz cada vez mais insensível à causa do outro.

Passar por alguém que, na rua, implora por uma doação, por um sem teto que dorme sobre
um papelão sob uma marquise de uma rua qualquer, de uma pessoa brutalmente assassinada,
nenhuma comoção é capaz de provocar nas pessoas.

A criança que no farol passa entre os carros pedindo um trocado, a mulher que é espancada e
morta por seus companheiros, o idoso que é assaltado, nada disso incomoda ou preocupa
mais.

A “idiotização” do ser humano o torna insensível e egoísta, perdendo o grande ensinamento
de amor ao próximo, de modo a não conhecer o sofrimento alheio, esquecendo-se que poderá
ser a próxima vítima deste sistema cruel.

E se for você que precisará estar num farol mendigando por um trocado, na mira de uma arma
de um roubador?

É se for você que esteja na condição da mulher agredida pelo companheiro ou o morador de
rua que adormece no frio, sobre um papelão?

E se for você?

Ainda é possível e há tempo de mudar tudo isso. Basta dar o primeiro passo no sentido
contrário à indiferença.

 

Vanor Barreiros

vanorbarreiros@gmail.com