Subversión

Marta Oliveri: ‘Subversión’

Marta Oliveri
Marta Oliveri
Imagem criada por IA da Meta - 04 de setembro de 2025
Imagem criada por IA da Meta – 04 de setembro de 2025

Subversión 1
Cómo decir que el desierto llora que en un hombre dormido yace el infinito Admitir que el saber es un recién nacido, un brote apenas en la heredad del cosmos y abrir los párpados cansados de realidad en vértigo a un sueño sin abismos.

Subversión 2
Es menester darle a Dios otra oportunidad en la osadía humana de crearlo

Subversión 3
La locura es el refugio de las almas que han pecado de lucidez extrema

Subversión 4
La tierra que mereces aún no ha nacido. Pero el viento lleva huellas imprecisas y el sueño un mapa fragmentario.

Subversión 5
Muere la potestad de lo “real” cuando soplan los gigantes de Quijote y se duelen los molinos de sus aspas,

Subversión 6
Los parias son ángeles que han sido privados de sus alas.

Subversión 7
Los ángeles son los parias que aún no han recibido el don del exilio

Subversión 8
No hay obediencia posible en la verdadera santidad.

Subversión 9
No hay santidad posible en la sumisión del presente establecido

Subversión 10
De la memoria nace el futuro soñado en el ininterrumpido fluir de las almas libres.

Marta Oliveri

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Poetar

Sergio Diniz da Costa: ‘Poetar’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem criada por IA do Bing - 05 de julho de 2025, às 19:46 PM
Imagem criada por IA do Bing – 05 de julho de 2025,
às 19:46 PM

Poeto, porque a poesia está em mim

feita uma correnteza de emoções

Abro, assim, as comportas da alma

e permito que a poesia flua,

feita caudaloso rio de cascatas.

Poeto, porque a poesia clama de mim

o desejo de alcançar o infinito

e, nessa viagem versejada, esparzir

o perfume dos sonhos acordados.

Sergio Diniz da Costa

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Viver e amar

Ivete Rosa de Souza: Poema ‘Viver e amar’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
Imagem criada por Ia do Bing – 24/06/2025,
às 18:12 PM

Que bom viver o dia

No dia a dia poder viver

Acontecer em tudo com alegria

Com alegria ver acontecer

No amor cantar sem anunciar

Sem espanto, esparramo

Sem demonstrar estardalhaço

Esse infinito que cabe no abraço

Do ser que se ama

Trazer o amor inteiro

Dentro do peito

Sem que o mundo corriqueiro

Saiba desse dom perfeito

De amar e ser amado

Sem confidenciar a outros

As conquistas ou os pecados

Cá entre nós viver

Que possamos amar primeiro

Sem que nos julguem ou condenem

Pois passarão ao largo, com ciúmes

E nós passaremos felizes, sem alarde

Viver o amor em liberdade.

Ivete Rosa de Souza

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Poema de nós dois

Sandra Albuquerque: ‘Poema de nós dois’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem gerada por IA do Bing. 03 de março de 2025,  às 11:28 AM
Imagem gerada por IA do Bing. 03 de março de 2025,
às 11:28 AM

Do alto da montanha
eu podia ver
toda a natureza indefesa
que estava ao meu alcance.
Ao longe, uma imensidão enegrecida,
um infinito não mais visível aos olhos
Um encontro com o azul refletido na água.
Ao olhar para baixo,
o bailar das ondas que vêm mansamente e se enroscam com a indefesa areia,
e quando voltam,
levam as pegadas deixadas pelo tempo que é um milagre que jamais se repete ao natural.
Mas, do outro lado, eu vejo enormes ondas que espumam
e batem forte na rocha, respingando o meu corpo inerte.
De repente, o quadro começa a mudar.
E o brilho do Sol que reflete nas águas aumenta e, pouco a pouco, encanta o dia que se inicia.
E os pássaros gorjeiam anunciando o novo dia.
E eu me encanto.
Estou só.
Não saio dali.
Não preciso ter pressa e, calmamente, pinto o quadro com tintas aparentes
sobre todo o espetáculo que os meus olhos contemplam.
A brisa soa mansinho e refresca meu corpo.
Com o passar das horas a tarde chega e logo o crepúsculo surge,
anunciando a noite que se aproxima de mansinho.
E com ela a paisagem muda.
E eu não consigo sair dali.
É mais forte que eu.
Preciso ver partir o tom avermelhado que
é aplaudido pelas folhas das árvores que o vento balança
e renascer o brilho prateado do luar, refletido nas águas que agora parecem turvas,
aconchegando os corações enamorados.
Novos sonhos surgem.
Uma perfeita melodia.
E meu corpo em repouso sobre a pedra iluminada na esperança de que você,
em meio à neblina que cai,
surja para me aquecer e que possamos nos amar até o novo amanhecer.

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
Rio de Janeiro, 03/04/2024

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Pedágio, não!

Evani Rocha: Poema ‘Pedágio, não!

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada por Ia do Canva - 07 de abril de 2025, às 07:45 PM
Imagem criada por Ia do Canva – 07 de abril de 2025, às 07:45 PM

Permito-me sonhar grande, ir ao infinito, quando meus pés se cansam do chão

Permito-me ser águia, alçando voo por sobre os montes, por sobre as nuvens

Permito-me bailar ao som da 5ª sinfonia de Beethoven, enquanto minhas mãos tocam a melodia espalhada pelo ar, percorrendo os caminhos da alma

Permito-me escrever palavras soltas, versos sem rima, poema em prosa, carregados de metáforas. Eu também posso ser uma figura de linguagem, enquanto meus olhos falam e a boca se cala à espera da palavra

Permito-me pintar qualquer figura que brotar das minhas emoções embriagadas de silêncio, congeladas na noite do deserto…

Meu deserto interior, na solidão do tempo,

Sem oásis algum, sem sementes para semear, sem solo fértil…

Mas ainda assim, permito-me ser solo, ainda que árido, ácido e inóspito, 

Permito-me…

Permito-me semear e regar as sementes do meu ser, na boa estação, na lua propícia, na chuva e no vento!

Permito-me ser mutante, quando minhas convicções deixam de fazer sentido, e mudar! 

Mudar porque a vida é mutante, metamorfoseada, crisálida gerando, transformando…

Quero ser o que embevece minha alma de selva, de relva, de ave migrante…

Permito-me ser maré cheia ou maresia, enquanto a permissão para ser gente cobra-me um alto pedágio.

Não me permito pagar para ser gente, porquanto o caos e a distopia distorceu

O espírito da humanidade.

Não mais me permito pagar pedágio!  

Evani Rocha

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O que virá depois?

Evani Rocha: Poema ‘O que virá depois?’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada por IA do Gencraft - 26 de março de 2025,
às 06:02 PM
Imagem criada por IA do Gencraft – 26 de março de 2025,
às 06:02 PM

O que virá depois?

Depois do entrar do Sol

Do infinito no céu

Do adormecer das flores

Depois do anoitecer

O que virá depois do sim

Depois da curva do caminho

Depois das pedras

Do pó, dos espinhos…

O que virá depois do nunca

Depois do adormecer

Dos sonhos, do ranger da porta

Da entropia, do caos

O que virá depois da dor

Da remissão, do perdão

Da curvatura das costas

Do tremor das próprias mãos…

O que virá depois do fim

Depois da interjeição

Do silêncio da resposta

Do arrefecer do jardim

O que virá depois do sol

Dos olhos anuviados

Da amargura do fel

Da solidão na sacada,

Da boca cerrada…O que virá?

Evani Rocha

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Com gosto

Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Com gosto’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 4 de setembro de 2024 às 2:25 PM
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 4 de setembro de 2024 às 2:25 PM

Vou além

naquilo que me convém.

Escolho me amar,

sonhar e realizar.

Abro-me às oportunidades

sem me perder em futilidades.

Tenho sede de infinito,

flui no meu sorriso.

Estendo a felicidade

para que tenha mais durabilidade.

Dispo-me de todo machismo e racismo

e faço da poesia minha companhia.

Atrevo e escrevo,

livre pela natureza

floreada de delicadeza.

Abraço com gosto

e nada deve ser imposto.

Eliana Hoenhe Pereira

Contatos com a autora

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