Máscaras cortadas…

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Máscaras cortadas…’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
Máscaras cortadas…
Imagem criada pela IA do Bing

A imagem de um estereótipo de ilusão…

Faz corações dilacerados…

Serem entrecortados por uma solidez de cogito…

De inveja devastadora, em busca de normalidade…

Mas o que seria a normalidade?…

Se não, buscar rizomas moleculares…

De uma doçura de loucura…

Em torno de buscar na arte…

Elementos,  filosóficos para se lutar…

Contra uma esquizofrenia política…

Que limita o entendimento…

De uma massificação mental…

Entusiasta e engajada…

Valorizando a coletivização…

De uma escritura…

A aniquilar monstros subjetivistas…

E egoístas…

Pensando exclusivamente…

Na sua satisfação pessoal…

Com urdiduras…

Acuradas em almejarem desejos…

Perdidos por entre turbulências…

De uma indecência filosófica ética…

Que caminha no senso comum da descomunhão…

Em se, arquitetar uma inteligência…

Refazendo uma maiêutica…

Que não produza máscaras…

Involucras de pecado…

Dialogando com um esquálido…

Senso de massificação…

Aniquilando a razão…

Clayton Alexandre Zocarato

Cortar mascaras…

La imagen de un estereotipo de ilusión…

Hace que los corazones se rompan…

Ser interrumpido por una solidez del cogito…

De envidia devastadora, en busca de la normalidad…

Pero ¿qué sería la normalidad?…

Si no, busque rizomas moleculares…

De una dulce locura…

Por ahí buscando arte…

Elementos filosóficos para luchar…

Contra la esquizofrenia política…

Eso limita la comprensión…

De una masificación mental…

Entusiasmado y comprometido…

Valorando la colectivización…

De una escritura…

Aniquilando monstruos subjetivistas…

Y egoísta…

Pensando exclusivamente…

Para su satisfacción personal…

Con deformaciones…

Preciso en desear deseos…

Perdido en medio de la turbulencia…

De una indecencia ética filosófica…

Que camina en el sentido común de la descomunión…

De hecho, diseñar una inteligencia…

Rehaciendo una mayéutica…

No produzcas máscaras…

Envuelto en pecado…

Hablando con un miserable…

Sensación de masificación…

Razón aniquiladora…

Clayton Alexandre Zocarato

Contatos com o autor




Élcio Mário Pinto: 'Sonho e inveja'

 

Élcio Mário Pinto: ‘Sonho e inveja’

Como vocês sabem, depois que aprendi a língua dos insetos, passei a ouvir muitas coisas. Delas, uma me impressionou:

– Os humanos têm muita inveja de nós. – comentou uma joaninha.

– Nunca pensei assim – respondi. Sempre achei que fosse um sonho de toda a Humanidade voar como os insetos.

– Que sonho, que nada! – disse-me a joaninha.

– Então, existe diferença entre sonho e inveja?

– Mas, é claro! Um sonho é um desejo, uma vontade pura, um sentimento sem maldade. Agora, a inveja, é querer que o outro não tenha aquilo que tem. E mais, é querer aquilo que o outro é. A inveja é uma doença que toma conta do invejoso e ele passa a querer o que o outro tem ou o que o outro é.

– Então, como é que você me explica sobre o sonho e a inveja dos humanos em relação aos insetos que voam?

– Direi a você. Ouça com atenção: se os humanos tivessem o sonho de voar como nós, os insetos, eles seriam nossos admiradores e diriam que deve ser muito bom poder deslizar pelo vento, olhar o chão lá do céu e respirar o ar puro se movimentando, sem barreiras, sem obstáculos e com leveza, completa leveza em todos os movimentos feitos.

– Que bonito o que você está me dizendo! E a inveja?

– Com a inveja os humanos querem nossas asas, nos perseguem e nos eliminam, só porque sentem que somos seus concorrentes. A inveja é tão ruim e faz tão mal que o invejoso é capaz de eliminar o outro, se não consegue ter ou ser aquilo pelo que sente inveja. Se no sonho somos admirados, na inveja somos perseguidos.

– Nossa, que situação!

– Nós, os perseguidos, podemos falar do que passamos por causa da inveja.

– E, se vocês pudessem dizer alguma coisa aos humanos, o que diriam?

– Numa só voz, diríamos: VIVAM E DEIXEM-NOS VIVER!

 

 ÉLCIO MÁRIO PINTO

15/04/2017