Da Siena (Italia) per il Jornal ROL, Bianca Agnelli!

De Siena (Itália) para o Jornal ROL, Bianca Agnelli!

Attrice e filmmaker, con una passione per il cinema e le storie non convenzionali!

Atriz e cineasta com uma paixão pelo cinema e histórias não convencionais!

Bianca Agnelli
Bianca Agnelli

Bianca Agnelli, naturale di Siena (Italia), è uma attrice e filmmaker con una passione per il cinema e le storie non convenzionali. Dopo aver studiato riprese e recitazione cinematografica a Firenze, ha seguito il suo amore per il design e la creatività, fino a gestire un bed & breakfast letterario tra le colline del Chianti. Un rifugio dove scrittura, arte e vita si incontrano, con un’estetica che mescola nostalgia e modernità.

Scrive per chi ama scoprire piccole meraviglie tra le pieghe della quotidianità.

Bianca Anelli, natural de Siena (Itália) é uma atriz e cineasta com uma paixão pelo cinema e histórias não convencionais. Depois de estudar filmagem e atuação cinematográfica em Florença, seguiu seu amor pelo design e criatividade, até gerenciar um bed & breakfast literário nas colinas do Chianti. Um refúgio onde escritura, arte e vida se encontram, com uma estética que mistura nostalgia e modernidade.

Escreve para quem gosta de descobrir pequenas maravilhas nas dobras do cotidiano.

Bianca si presenta ai lettori di ROL con un mega consiglio per gli amanti della Settima Arte:

Bianca se apresenta aos leitores do ROL com uma mega dica para os amantes da Sétima Arte:

5 motivi validi per non perdersi assolutamente Beetlejuice al cinema questo settembre!

Immagine generata da piattaforma Unsplash - Imagem gerada pela plataforma Unsplash
Immagine generata da piattaforma Unsplash – Imagem gerada da plataforma Unsplash

Chi l’ha detto che i morti non si divertono?
Ed è proprio così. Il primo film iconico di Tim Burton uscito nel 1988, Beetlejuice, parla di quello che succede dopo la vita – e lo fa con un’irriverenza totale che non può che strapparci molti sorrisi.

Sì, è vero, la morte può essere terribile – ma non nell’immaginario di Burton. Nei suoi film, è qualcosa di fantastico, bizzarro e veramente sorprendente. Una stravaganza come un’altra, un destino a cui è impossibile sfuggire e soprattutto una dimensione non priva di drama e di complicazioni fastidiose.
Ma tra attese atroci, confusione sottile e corpi in decomposizione – il divertimento è possibile, anzi, assicurato.

Nelle sale cinematografiche dal 5 settembre tornano i fantasmi a raccontarci le loro buffe faccende – Beetlejuice Beetlejuice – con un cast fantasmagorico e nostalgico, e delle interpretazioni da paura!

Quindi cosa aspetti per prenotare il tuo biglietto? La fila del cinema non può essere più lunga di quella della reception dell’aldilà! Ed io ho 5 ottimi motivi per cui dovresti davvero considerare la visione di questo film.

1. La de-stigmatizzazione della morte come evento terribile ed irrecuperabile

Per la cronaca: sì, è un evento terribile ed irrecuperabile, ma le cose sono davvero come sono o sono come noi decidiamo di vederle? E se potessimo guardarle con altri occhi, più sognanti e audaci, non sarebbe forse una salvezza?

2. Il ritorno di Tim Burton e delle sue ambientazioni adorabilmente gotiche

Avevamo bisogno di un film del genere – specialmente a settembre, specialmente quando Halloween è alle porte. Quale modo migliore di festeggiare i misteri della vita? Attraverso una fotografica creativa e dal tocco artigianale, con l’immancabile stop-motion tipico dei suoi film e una stravaganza stilistica grottesca e dolcemente spooky!

3. La sensualità fatale di Monica Bellucci

Che, per inciso, non apre bocca e spiccica sì e no due parole; ma di certo non è diventata un’icona per quello che ha detto e noi l’amiamo così com’è sempre stata, con i suoi occhi (in)espressivi e la sua bellezza mediterranea.

4. Winona Ryder è ancora la ragazzina stramba di trent’anni fa

Soltanto che nel frattempo è cresciuta – ma è rimasta confusa un po’ come tutti noi mentre il tempo è passato alquanto ingiustamente. La sua interpretazione è ancora brillante e unica, rendendola la sposa perfetta per il nostro spiritello porcello. Ti capiamo Beetle, anche noi vorremmo sposarla!

4. Winona Ryder ainda é a garota estranha de trinta anos atrás

Só que, no meio tempo, ela cresceu – mas continuou confusa um pouco como todos nós, enquanto o tempo passou um tanto injustamente. Sua atuação continua brilhante e única, tornando-a a noiva perfeita para o nosso espírito travesso. Entendemos você, Beetle, nós também gostaríamos de nos casar com ela!

5. Beetlejuice Beetlejuice… Beetlejuice

E, naturalmente, Beetlejuice – Michael Keaton – nella sua gloriosa eccentricità. Il personaggio che ridefinisce il concetto di caos è il cuore pulsante del film. Il suo ritorno promette un turbine di risate e momenti assurdi, dimostrando che, nel mondo di Burton, il vero divertimento sta nell’abbracciare il bizzarro.

Pertanto, non perdere l’opportunità di vivere uno spettacolo che combina il fantastico con il filosofico. Assicura il tuo biglietto e preparati per un viaggio cinematografico dove l’aldilà si trasforma in un parco giochi per la creatività e l’umorismo. Se Beetlejuice è sulla scena, puoi essere certo che l’esperienza sarà tanto indimenticabile quanto, alla fine, incantevolmente inquietante.

5 motivos imperdíveis para assistir Beetlejuice Beetlejuice Os Fantasmas Ainda se Divertem‘ no cinema em setembro!

Quem disse que os mortos não se divertem?

É exatamente isso. O primeiro filme icônico de Tim Burton, lançado em 1988 – Beetlejuice – traduzido em português como ‘Os Fantasmas se Divertem’, fala sobre o que acontece após a vida – e faz isso com uma irreverência total que só pode arrancar muitos sorrisos.

Sim, é verdade, a morte pode ser terrível – mas não no imaginário de Burton. Em seus filmes, é algo fantástico, bizarro e realmente surpreendente. Uma extravagância como qualquer outra, um destino do qual é impossível escapar e, acima de tudo, uma dimensão não isenta de drama e complicações incômodas. Mas entre esperas atrozes, confusão sutil e corpos em decomposição – a diversão é possível, e na verdade, garantida.

A partir de 5 de setembro, os fantasmas voltam às telonas para contar suas histórias engraçadas – Beetlejuice Beetlejuice – “Os Fantasmas Ainda se Divertem” – com um elenco fantasmagórico e nostálgico, e atuações de arrepiar!

Então, o que você está esperando para garantir seu ingresso? A fila do cinema não pode ser mais longa do que a da recepção do além! E eu tenho 5 ótimos motivos para você considerar assistir a esse filme.

1. A desestigmatização da morte como um evento terrível e irreversível

Nota-se que: sim, é um evento terrível e irreversível, mas as coisas são realmente como são ou são como decidimos vê-las? E se pudéssemos olhar com outros olhos, mais sonhadores e audaciosos, não seria talvez uma salvação?

2. O retorno de Tim Burton e de suas ambientações adoravelmente góticas

Precisávamos de um filme assim – especialmente em setembro, especialmente quando o Halloween se aproxima. Qual a melhor maneira de celebrar os mistérios da vida? Através de uma fotografia criativa e artesanal, com a indispensável stop-motion típica dos seus filmes e uma extravagância estilística grotesca e suavemente spooky!

3. A sensualidade fatal de Monica Bellucci

Que, para constar, não diz muito e mal pronuncia duas palavras; mas certamente não se tornou um ícone pelo que disse, e nós a amamos exatamente como sempre foi, com seus olhos (in)expressivos e sua beleza mediterrânea.

4. Winona Ryder ainda é a garota estranha de trinta anos atrás

Só que, no meio tempo, ela cresceu – mas continuou confusa um pouco como todos nós, enquanto o tempo passou um tanto injustamente. Sua atuação continua brilhante e única, tornando-a a noiva perfeita para o nosso espírito travesso. Entendemos você, Beetle, nós também gostaríamos de nos casar com ela!

5. Beetlejuice Beetlejuice… Beetlejuice

E, claro, Beetlejuice – Michael Keaton – em toda sua gloriosa excentricidade. O personagem que redefine o conceito de caos é o coração pulsante do filme. Seu retorno promete um turbilhão de risadas e momentos absurdos, provando que, no mundo de Burton, a verdadeira diversão está em abraçar o bizarro.

Portanto, não perca a oportunidade de vivenciar um espetáculo que combina o fantástico com o filosófico. Garanta seu ingresso e prepare-se para uma jornada cinematográfica onde o além se transforma em um playground para criatividade e humor. 

Se Beetlejuice está em cena, você pode ter certeza de que a experiência será tanto inesquecível quanto, no final, encantadoramente perturbadora.

Bianca Agnelli

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Il Cristo Redentore bresciano: un luogo italo brasiliano indimenticabile

Il Cristo Redentore bresciano: un luogo italo brasiliano indimenticabile / O Cristo Redentor bresciano: um lugar ítalo-brasileiro sagrado e inesquecível

Bienno è un antico borgo medievale della Val Camonica, il cui territorio sorge in Val Grigna. (Bienno é uma antiga vila medieval no Val Camonica, cujo território se ergue no Val Grigna.

Oltre alla solita routine, in un’anonima domenica durante la pandemia, un momento in cui la nostalgia si faceva più soffocante accade una meravigliosa scoperta. Trovare Bienno, un antico borgo medievale ricco di arte, cultura, palazzi, musei storici, ottimo cibo locale, pittoreschi cortili e circondato dal verde delle montagne.

Além da rotina habitual, em um domingo anônimo durante a pandemia, um momento em que a nostalgia se tornava mais sufocante aconteceu uma descoberta maravilhosa. Encontrar Bienno, um antigo borgo medieval rico em arte, cultura, palácios, museus históricos, excelente comida local, afrescos pitorescos e cercado pela vegetação das montanhas.

Situato nel nord Italia, in Lombardia. Facilmente raggiungibile, a circa 70 km dal capoluogo di provincia, è una perla da scoprire. Il luogo sacro dove la gente arriva per respirare meglio e purificarsi. Una località dove la natura è protagonista, uno degli spettacoli naturali e religiosi più incredibili e uno dei borghi più belli della Provincia di Brescia. Uno di quei posti che cambiano la vita.

Localizado no norte da Itália, Lombardia. De fácil acesso, cerca de 70 km da capital provincial, é uma pérola para descobrir. O lugar sagrado onde as pessoas chegam para respirar melhor e purificar-se. Um lugar onde a natureza é protagonista, um dos mais incríveis espetáculos naturais e religiosos e uma dos borgos mais lindos da província de Brescia.  Um daqueles lugares que mudam vidas.

È meta turistica per ammirare la grande scultura del Cristo, dorata in oro zecchino e opera dello scultore Timo Bortolotti, collocata sul colle di Bienno, il cuore della Valle Camonica. Sotto di essa c’è la scritta, anch’essa in oro:

É uma meta turística para admirar a grande escultura de Cristo, dourada em ouro zecchino e a obra do escultor Timo Bortolotti, localizada no morro de Bienno, o coração do Valle Camonica. Abaixo dela está a inscrição, também em ouro:

CHRISTO REGI REDEMPTORI CAMUNIA VALLIS EREXIT MCMXXIX – MCMXXXI

(A Cristo Re e Redentore la Valle Camonica eresse 1929/1931)

(Para Cristo Rei e Redentor o Valle Camonica construído nos anos 1929/1931)

Il Cristo Redentore bresciano, in bronzo e rame, supera i 26 metri di altezza, l’apertura delle braccia è di 8 metri, la sola testa è alta 1,80 metri. Il solo piedistallo su cui poggia è alto ben 16 metri.

O Cristo Redentor da Brescia, em bronze e cobre, ultrapassa 26 metros de altura, a abertura dos braços é de 8 metros, a cabeça sozinha tem 1,80 metros de altura. O único pedestal em que repousa tem 16 metros de altura.

Il monumento è visibile da gran parte della media Valle Camonica. Inaugurato il 28 giugno 1931.L’opera era stata inizialmente costruita a Milano, dove lo scultore operava, e trasportata a pezzi fino a Biennio: un trasporto eccezionale per i mezzi dell’epoca. Rappresenta anche un omaggio-tributo ai giubilei di Papa Pio XI e del vescovo di Brescia monsignor Giacinto Gaggia.

O monumento é visível em grande parte do valle Camonica. Inaugurada em 28 de junho de 1931. A obra foi inicialmente construída em Milão, onde o escultor a modelava, e transportada em pedaços durante dois anos: um transporte excepcional para os veículos da época. Também representa uma homenagem aos jubileus do Papa Pio XI e do Bispo de Brescia Monsenhor Giacinto Gaggia.

CAPPELLA AI CADUTI

CAPELA PARA OS COMBATENTES MORTOS NA GUERRA

Come basamento del Divino Colosso fu eretta una cappella a ricordo dei Caduti di tutte le guerre dell’intera Valle: all’interno un grande crocifisso ai cui piedi piange Maria Maddalena, ai due lati l’apostolo San Giovanni e la Madonna con interessanti affreschi databili tra la fine del quattrocento e l’inizio del Cinquecento. Fu ricostruita nel secolo scorso sull’attuale facciata.Le lastre in marmo presenti, il piccolo altare e il pavimento, riportano i nomi della 14 stazioni della Via Crucis poste lungo i 700 metri della strada che conduce in cima al colle.

Na base do Colosso Divino foi erguida uma capela em memória aos combatentes mortos de todas as guerras de todo o Vale: dentro de um grande crucifixo em cujos pés Maria Madalena chora, em ambos os lados o Apóstolo São João e nossa Senhora com interessantes afrescos que datam início 400 e final dos anos 500. Foi reconstruída no século passado na fachada atual. As lajes de mármore presentes, o pequeno altar e o soalho, carregam os nomes das 14 estações da Via Crucis localizadas ao longo dos 700 metros da estrada que leva ao topo do morro.

Sacrario Dei Caduti

SACRARIO DEI CADUTI-Il

SANTUÁRIO DOS COMBATENTES MORTOS

Sacrario risale al 1967.Costruito in granito grazie all’interessamento della sezione locale dei “combattenti e reduci”. All’interno un altare sormontato da una scultura di legno, alcune pietre, armi, cimeli di guerra e una piccola campagna che a ogni alba e tramonto ricorda gli eroi, uomini che pagarono con la vita il tentativo di salvare la patria.

 O santuário data de 1967.Construído em granito graças ao interesse da seção local dos “combatentes e veteranos”. Ao interno, uma escultura de madeira em cima do altar, algumas pedras, armas, lembranças de guerra e um pequeno sino que a cada amanhecer e pôr do sol soa lembrando os heróis, homens que pagaram com suas vidas a tentativa de salvar a pátria.

Il Cristo redentore bresciano, dopo un accurato e minuzioso restauro dello strato di colore giallo oro, è tornato a splendere ancora più brillante nel periodo della pandemia.Luogo storico, in perfette condizioni liberamente visitabile esso costituisce una tappa di sosta e di serenità per tutti turisti. Da visitare, innamorarsi e sentirsi fin da subito a casa.Dove ti rechi quando cerchi un po’ di pace interiore, quando vuoi stare bene o quando hai bisogno di far uscire tutta la negatività che hai accumulato. Un posto giusto nel senso spirituale, quel luogo che chiami “casa” anche perché ci fa ricordare il Corcovado di Rio de Janeiro. Un ricordo vivido e indimenticabile.

O Cristo Redentor da Brescia, após uma restauração precisa e meticulosa da camada de cor amarelo dourado, voltou a brilhar ainda mais no período da pandemia. De fácil acesso, em perfeitas condições de visita livre é ponto de parada para descanso de todos os turistas. Para visitar, se apaixonar e sentir-se em casa. Onde você vai quando está procurando alguma paz interior, quando você quer se sentir bem ou quando você precisa trazer à tona toda a negatividade que você acumulou. Um lugar perfeito no sentido espiritual, aquele lugar que você chama de “lar” também porque nos lembra o Corcovado do Rio de Janeiro. Uma memória viva e inesquecível.

Per me, anche se non dovessi più visitarlo per anni, so che sarà sempre là, ad aspettarmi. So che ogni volta che ritornerò in Italia, proverò sempre la stessa sensazione di fede e completa connessione tra Brasile e Italia. Poche cose lasciano a bocca aperta come l’esperienza di sentirsi connessi e in pace con se stessi. Una forma di felicità semplice e accessibile.

Para mim, mesmo que eu não tenha que visitá-lo por anos, eu sei que ele sempre estará lá, esperando por mim. Sei que toda vez que voltar à Itália, sempre sentirei o mesmo sentimento de fé e conexão completa entre Brasil e Itália. Poucas coisas deixam você sem palavras como a experiência de se sentir conectado e em paz consigo mesmo. Uma forma simples e acessível de felicidade.

L’abbraccio del Cristo è rivolto verso la parte bassa della Valcamonica in segno di accoglienza per chi arriva da lontano. Come il sole in oro la statua del Cristo sembra di trasmettere un messaggio ai visitatori, coi segni della sua bontà, misericordia e del suo amore.

O abraço de Cristo é direcionado para a parte inferior da Valcamonica como um sinal de boas-vindas para aqueles que vêm de longe. Como o sol dourado, a estátua de Cristo parece transmitir uma mensagem aos visitantes, com os sinais de sua bondade, misericórdia e amor.

Per chi volesse poi visitare il borgo vi è anche un punto ristoro presente nei pressi della statua. Oppure fare una piccola sosta nella bellissima Bienno.

Para quem quer visitar a vila há também um ponto de refresco perto da estátua. Ou fazer uma pequena parada no belo Bienno.

Il creatore vi saluta cosi: Forza, coraggio, figlioli! Io ho vinto la morte e voglio dire che vi amo!

O criador te cumprimenta assim:

Vamos, vamos, crianças! Eu ganhei a morte e quero dizer que vos amo!

 

Sandra Bandeira Nolli

sandrabandeira1971@gmail.com

Sandra Nolli

Matéria enviada pela Correspondente Cultural Internacional Sandra Bandeira Nolli, de Brescia, Itália

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




O leitor participa: Antônio Fernandes do Rêgo, de Natal (RN): À Itália sofrida'

Antônio Fernandes do Rêgo

À Itália sofrida

Quem nunca visitou ou já ouviu

Falar da Itália, a pátria peregrina,

Lugar onde a arte e graça brincam juntas,

Onde responde o amor por Fornarina.

 

O país que deu à luz a cavatina,

A tarantela e a ópera de Verdi,

Sonho onde o céu passou tão rente a terra

Desde os madrigais de Monteverde.

 

Quem já não viu as praias de Sorriento?

No mar há um brilho belo e verdadeiro,

Que inspirou Giambattista De Curtis

Na canção que encantou o mundo inteiro.

 

“Você viu o mar, o mar tão bonito,

Você viu este mar de Sorriento,

E disse: “estou indo embora, adeus”.

Não, não vá, não me dê este tormento!”

 

O mar sereno onde chorou Caruso

Ao piano, e a música deu tanta dó,

Que até as saudades de lá da América

Na sua dor se fez tornar menor.

 

Roma no Lácio, a Cidade Eterna,

A Fontana di Trevi e o Coliseu

O Vaticano, lar do Papa Francisco,

Que a santa bênção a todo mundo deu.

 

Quem viu a Itália, os seus monumentos,

Estátuas de alabastro, os roseirais,

Lá, dos Doges os tíbios candelabros;

Igrejas, capelas, seus florais?

 

Quem viu a sereníssima Veneza?

Iam qual cisnes a navegar nos veios,

Em gôndolas, casais apaixonados

Aos beijos em românticos passeios.

Na San Marco, a voz do estradivário

Quebrava o silêncio de riso a se anelar

Almas feitas de luz, amor sem termo,

De beijos dados ao sol a fulgurar.

 

Lá, há um palco de história da paixão;

Assim disse Shakespeare: “Não existe

Outro mundo além dos muros de Verona”;

Onde à mente, o drama de um amor persiste.

 

Florença, berço do renascimento,

Michelangelo, da Vinci e Bottichelli,

Estes, os deuses mandaram do Olimpo,

Junto, também, o Dante Alighieri,

 

Rafael, o pintor com suas artes,

Madona Sistina, A Escola de Atenas,

La Fornarina, (sua amante e modelo),

Anjo, Pietá, e mais umas centenas.

 

É Milão o reino encantado da moda,

Onde a arte e a beleza é a harmonia

Que dita design que inspira o mundo inteiro;

Juntam-se aqui a música, a arte e poesia.

 

Ontem, brilhantes, suntuosas cidades,

Hoje sob o reino da nostalgia,

Nas ruas, o som triste das ambulâncias

Que se cruzam, é a rotina de cada dia.

 

Não há um pé de gente nas naves

Do Duomo nem doutras catedrais;

Na praça de São Pedro; Signoria;

São Marco, nos cafés; nem nas demais.

 

Quanta cena infernal nos hospitais,

Quantos navios parados no porto,

Mais um povo confinado sob os tetos,

Quanto talento desbotado e morto.

 

Abraços que estreitavam-se sentidos,

Lembram-te teus dias, amada Itália,

Daquelas tardes de plena harmonia

Entre as papoulas, violetas e as dálias.

 

Pois deste vírus os negros horrores

Sabemos que jamais tu pressentias,

Pisava-te num chão cheio de flores,

Vivia em ti promessas de almos dias.

 

Amavam-se esses sonhos de futuros,

Era assim que se passavam no mundo

Visões de glórias e etéreos aplausos,

Felizes e num descuido profundo.

 

Ah, e agora, país das maravilhas,

Bela Itália, o que é feito de tudo?

De tanta ilusão, de tanta vida?

Avenidas desertas, tudo mudo…

 

A urbe pasma ouve o murmúrio das fontes,

Além das sombras das muralhas as heras

Reverdecem, as flores se entreabrem,

Com as grandes crenças chega a primavera.

 

Há de vir um novo mundo, nova era,

E eu te falarei das graças e do amor;

Se viu-me o rosto molhado de pranto,

É que ninguém é efígie e humano eu sou.

 

E amanhã quando ao som dos campanários

O sol sem nebulosas despontar,

Eu ressuscitarei minha alegria

De ver-te desta angústia despertar.

 

Hoje eu desejo aos casais de enamorados

A santa paciência de esperar

Pois quando houver passado tudo isto,

Com os convivas esta valsa vão dançar:

 

LA VALSA

(Declamada na rádio italiana Vai Vai Brasile Italia,

no 02 de abril do corrente às 22h00 – ver tradução abaixo)

 

Nella vita è cresciuta

La dolce ragazza

Ora capisco,

Che la vita affascina.

 

Di notte scivola

Sulla pista da ballo,

Ripresa sorridente

Tranquilla non si stanca.

 

In visi di seta

Le tazze si incrociano,

Le voci dolci

Tranquillamente si ascoltano.

 

Mio Dio, tutto incanta!

Così lieve come una piuma

La sciarpa vola !

Come il volo di falena.

 

Le tue labbra squillanti

Con un leggero sorriso,

Con le mani che inseguono,

Di passaggio preciso.

 

Che scena bellissima

Nel valzer danzante

Così bello, semplice,

A un ritmo così delicato.

 

Quanto è giovane?

Ciò scorre calorosamente

La notte della festa

Bella e attraente ?

 

Danzando leggera

Con voce vellutata

Che bella pepita.

Lei è la figlia benedetta.

 

Così bella, soppianta,

La rosa all’aperto,

E l’uccello che canta

Nella valle del vento

 

E la sposa domina

Il momento gioioso,

È l’ora divina

Del tuo matrimonio.

 

 

A VALSA

Na vida cresceu

A meiga menina

Agora entendeu,

Que a vida fascina.

 

Na noite desliza

Na pista de dança,

Sorrindo reprisa

Suave não cansa.

 

Em faces sedosas

As taças se cruzam,

As vozes melosas

Baixinho se escutam.

 

Meu Deus, tudo encanta!

Tão leve qual pena

A echarpe levanta!

Qual voo de falena.

 

Seus lábios soantes

Com leve sorriso,

De mãos afagantes,

De passo preciso.

 

Que sena mais bela

Na valsa dançando

Tão linda, singela,

Em ritmo tão brando.

 

Dançando levita

Com voz veludosa

Qual linda pepita.

É a filha ditosa.

 

Tão bela, tão santa,

Qual rosa ao relento,

Qual ave que canta

No vale do vento.

 

Que jovem é esta

Que flui calorosa

Na noite da festa

Bonita e formosa?

 

E a noiva domina

O alegre momento,

É a hora divina

Do seu casamento.

 

Antônio Fernandes do Rêgo

Natural de Natal (RN), é escritor, poeta e trovador. Participou de algumas antologias. Publicou três livros de poemas. É membro da ATRN – Academia de Trovas do RN, e da UBT – União Brasileira de trovadores. É membro, dentre outras Academias: Academia de Letras do Brasil – ABL/RJ – Campos dos Goytacazes; Núcleo Acadêmico de Letras e Arte de Portugal; Luminescense Academie Françoise des Arts Lettres et Culture. Angariou algumas premiações a nível nacional e internacional. (aferego@yahoo.com.br)