Rosa do deserto
Pietro Costa: Poema ‘Rosa do deserto’
Guarde o teu beijo
Não mais o almejo
Essa seiva tóxica
Tua lábia hipócrita
Uma floração exuberante
De Sol pleno a meia sombra
Engana o incauto amante
É pura miragem epifânica
Tons de rosa, branco e escuro vinho
Tingidos em cruento e puro instinto
Nas pontas das pétalas, rescindidos
Votos de amor cândido e fidedigno
Coitadas das abelhas e beija-flores
Atraídos por teu contorno perfeito
Se soubessem, passariam bem longe
Mas quiseram dar o pouso derradeiro
Pietro Costa