Museu da Língua Portuguesa

Museu da Língua Portuguesa faz formação em método de letramento a partir da escrita de cartas

Ciete Silvério - Projeto DePara durante o Festival Cultura e Pop Rua
Ciete Silvério
Projeto DePara durante o Festival Cultura e Pop Rua

Objetivo é que participantes conheçam a metodologia do projeto DePara e repliquem a ação, que também promove a retomada de vínculos afetivos.

Projeto de escrita de cartas, o DePara tem sido uma ferramenta de aproximação com letramentos e retomada de vínculos e cidadania desde quando foi criado, em 2023.

A fim de fomentar multiplicadores da iniciativa, o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, promove a formação Método DePara: selar vínculos através da carta.

O público-alvo são pessoas interessadas em conhecer de perto o projeto e replicar a ação em outros grupos e outras realidades.

A atividade vai acontecer nos dias 30 de abril e 2 de maio, presencialmente, na Sala Multiuso do Museu da Língua Portuguesa, das 14h às 17h. Para participar, é preciso se inscrever, gratuitamente, pelo Sympla (clique aqui).

Nos dois encontros, serão apresentados o histórico do projeto DePara, sua metodologia e repercussão junto às pessoas atendidas.

Os encontros serão apresentados pela artista visual e educadora Carmen Garcia, parceira na concepção do projeto, que vai compartilhar sua experiência com esta atividade.

Nos encontros do projeto DePara, mesa, cadeiras e materiais para escrita são colocados na calçada do Museu para estimular as pessoas a se sentar e escrever uma carta.

A atividade tem o apoio de oficineiros e profissionais do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa, realizador da iniciativa.

Professores, psicólogos, assistentes sociais e redutores de danos, entre outros, já participaram do projeto ao longo de sua existência.

No Festival Cultura e Pop Rua, realizado em agosto de 2023, em parceria com o Sesc São Paulo, com correalização da Prefeitura de São Paulo, o DePara ganhou protagonismo.

O projeto teve uma tenda própria, onde pôde apresentar produções desenvolvidas durante os encontros e viabilizar a escrita e envio de dezenas de cartas.

Imagem de destaque da Formação Método DePara.
Imagem de destaque da Formação Método DePara.

SERVIÇO

Formação Método DePara: selar vínculos através da carta
Dias 30 de abril (terça-feira) e 2 de maio (quinta-feira), das 14h às 17h
Inscrição pelo Sympla (clique aqui
Na Sala Multiuso do Museu da Língua Portuguesa
Grátis (haverá a emissão de certificado de participação)

Museu da Língua Portuguesa
Praça da Língua, s/nº – Luz – São Paulo

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo.

O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.

PATROCÍNIOS E PARCERIAS

A temporada 2024 conta com patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale e da John Deere Brasil; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.

Conta ainda com a parceria das empresas Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management e Paramount Têxteis.

Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu.

A reconstrução e a temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.

Museu da Língua Portuguesa – Comunicação

Alan Faria | | alan.faria@idbr.org.br – 11 99894 0702

Renata Beltrão | renata.beltrao@idbr.org.br – 11 99267 5447

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – Assessoria de Imprensa

(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585

imprensaculturasp@sp.gov.br  

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Poesia para alfabetizar crianças e adultos

A psicopedagoga Maria Lita da Silva Cardozo compartilha em novo livro as experiências de 26 anos em sala de aula com objetivo de auxiliar pessoas em processo de letramento

Capa do livro 'Brincando de Aprender a Aprender Brincando',
Capa do livro ‘Brincando de Aprender a Aprender Brincando’, de Maria Lita da Silva Cardozo

Professora da rede pública de ensino há quase três décadas e psicopedagoga clínica, Maria Lita da Silva Cardozo apresenta uma metodologia lúdica para alfabetizar crianças, adolescentes e adultos no livro Brincando de aprender a aprender brincando. A obra, toda escrita em letra bastão para facilitar o reconhecimento e a decodificação das pessoas em fase de letramento, utiliza a poesia como ferramenta de aprendizado.

Por meio dos versos, a autora trata sobre vários assuntos importantes para o cotidiano, como os direitos na infância, o prazer da leitura, o respeito aos professores, os cuidados com a higiene, a importância do amor, a conexão com os sentidos do corpo e as fases da vida. Nos 15 capítulos temáticos, também há ilustrações que se conectam com os poemas para o público, principalmente infantil, trabalhar a interpretação de imagens.

DANDO LUGAR AO ALUNO
PRA EM SUJEITO TRANSFORMAR
EM SUJEITO DA AÇÃO
E SEU MUNDO ORGANIZAR
EM QUALQUER SITUAÇÃO
SABERÁ SE TRANSFORMAR
(Brincando de aprender a aprender brincando, pg. 29)

A publicação contém textos iniciais que discorrem sobre a relevância da poesia e as experiências profissionais da educadora com o intuito de auxiliar outros professores e pessoas sem formação na área que estão colaborando na alfabetização de familiares. Para fundamentar estas reflexões, a autora recorre a nomes importantes como Paulo Freire e referências pessoais adquiridas durante a profissão.

O objetivo de Maria Lita da Silva Cardozo com o livro é, ainda, encorajar todos a prosseguirem com os estudos independentemente da idade. Ela explicita: “quero facilitar o processo de educação não somente de crianças, mas também de adolescentes e adultos que não conseguiram ser alfabetizados na idade certa e que, na maioria das vezes, não tiveram a oportunidade de ir para a escola. Pretendo incentivar todos a conviverem em nível de igualdade em uma sociedade letrada e tecnologicamente avançada”.

FICHA TÉCNICA
Título: Brincando de aprender a aprender brincando
Autora: Maria Lita da Silva Cardozo
ISBN: 9786558725381
Páginas: 80
Preço: R$ 48,99 (físico) | R$ 24,20 (e-book)
Onde comprar: Amazon | Clube de Autores 

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Sobre a autora

Maria Lita da Silva Cardozo

Nascida em Monteiro, na Paraíba, Maria Lita da Silva Cardozo trabalha há 26 anos como professora do Ensino Fundamental na Rede Municipal de São Paulo.

Também atuou durante quase duas décadas na educação infantil, na Rede Municipal de Osasco, mas aposentou-se deste cargo para abrir uma clínica particular de psicopedagogia.

Graduada em Pedagogia e pós-graduada em Yoga e Meditação, ela também pesquisa sobre a psique humana e os benefícios do foco, da concentração e da atenção no processo de aprendizagem.

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O leitor participa: Jossieleni Gonçalez Tobias, com o artigo 'Jornal: alfabetização e letramento'

“Aprender a ler e escrever na escola deve transcender a decodificação do código escrito, deve fazer sentido e estar vinculado à vida do sujeito, possibilitar a sua inserção no meio cultural a qual pertence, tornando-o capaz de produzir e interpretar textos que fazem parte de seu entorno.”

 

RESUMO

Ressaltar a importância da alfabetização e Letramento é uma discussão que provoca grandes interesses, embora seja difícil e demande tempo, a escola necessita de transformações profundas no que diz respeito ao aprendizado da leitura e da escrita, que só serão conquistados mediante a compreensão de seus problemas e necessidades, para que seja possível falar de suas possibilidades. Diante deste contexto o presente artigo está fundamentado na obra da Delia Lerner que traz a importância do ler e escrever na escola.

INTRODUÇÃO

Aprender a ler e escrever na escola deve transcender a decodificação do código escrito, deve fazer sentido e estar vinculado à vida do sujeito, possibilitar a sua inserção no meio cultural a qual pertence, tornando-o capaz de produzir e interpretar textos que fazem parte de seu entorno. Torna-se então necessário reconceitualizar o objeto de ensino tomando por base as práticas sociais de leitura e escrita, ressignificando seu aprendizado para que os alunos se apropriem dele como práticas vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.

Esse estudo tem a temática voltada para a alfabetização e letramento que ainda é difícil porque o ato de ensinar a ler e escrever na escola tem finalidade puramente didática: a de possibilitar a transmissão de saberes e comportamentos culturais, ou seja, a de preservar a ordem pré-estabelecida, o que o distancia da função social que pressupõe ler para se comunicar com o mundo, para conhecer outras possibilidades e refletir sobre uma nova perspectiva.

Não podemos deixar de compreender sua real importância, pois, propicia da melhor forma o seu desenvolvimento e visão para que as relações que ocorrem em seu meio sejam resultados edificantes para sua compreensão sobre as vivencias em sociedade.

Como pedagoga nos cabe utilizar de uma pesquisa para atualizar sobre os mecanismos que envolvem a alfabetização e o letramento, pois a pouco tempo achávamos que a criança só teria a oportunidade de letrar e alfabetizar quando fossem para a escola, hoje por intermédio de vários autores entre eles a Delia Lerner vimos que a criança já nasce em um mundo letrado que ajuda no seu desenvolvimento facilitando o seu aprendizado. Por fim, é necessário pensar também, o quanto essa pesquisa irá ajudar os profissionais da educação.

Diante desses fatos, o que é possível fazer para que possam conciliar as necessidades inerentes à instituição escolar e, ao mesmo tempo, atender as necessidades de formar leitores e escritores competentes ao exercício pleno da cidadania?

Deve se tornar explícitos aos profissionais da educação os aspectos implícitos nas práticas educativas que estão acessíveis graças aos estudos sociolinguísticos, psicolinguísticos, antropológicos e históricos, ou seja, aqueles que nos mostram como a criança aprende a ser leitora e escritora; o que facilita ou quais são as prerrogativas essenciais a esse aprendizado.

É preciso que se trabalhe com projetos como ferramenta capaz de articular os propósitos didáticos com os comunicativos, já que permitem uma articulação dos saberes social e os escolares. […] já que no trabalho com projetos os alunos discutem suas opiniões, buscam informações que possam auxiliá-los e procuram diferentes soluções, fatores importantíssimos à formação de cidadãos praticantes da cultura escrita. Trabalho com projetos estimula a aprendizagem, favorece a autonomia, já que envolve toda a classe, e evita o parcelamento do tempo e do saber, já que tem uma abordagem multidisciplinar. O Contrato Didático aqui é considerado como as relações implícitas estabelecidas entre professor e aluno, sobretudo porque exercem influência sobre o aprendizado da leitura e da escrita, já que o aluno deve concentrar-se em perceber ou descobrir o que o professor deseja que ele ‘saiba’ sobre aquele texto que o professor escolheu para que ele leia e não em suas próprias interpretações. A interpretação de textos parece estabelecer […] que o direito de decidir sobre a validade da interpretação é privativo do professor…”. Se o objetivo da escola é formar cidadãos praticantes da leitura e da escrita, capazes de realizar escolhas e de opinar sobre o que leem e veem em seu entorno social, é preciso que seja revisto.

Podemos considerar as dificuldades que os alunos carregam ao sair da escola. Suas práticas de leitura e escrita são defasadas. Esse transtorno se dá pela dificuldade que o professor tem de relacionar-se com as temáticas de alfabetização e letramento.

É necessário um investimento na formação e capacitação desses profissionais, que muitas das vezes não compreendem a importância de trabalhar essas práticas que é o momento onde está sendo construído o caráter do sujeito leitor. Não se podem poupar esses conhecimentos ao aluno, é de extrema importância oferecer condições para que os pequenos mergulhem neste mundo o quanto antes.

Quando esses fatores deixam de ser vivenciado o que fica é a perda de algumas referências da escrita como: o desenho, a modelagem e o faz de conta. Um dos entendimentos que se tem é que não se deve “perder tempo” com essas ações, dando início aos exercícios maçantes de treinar letras.

O professor precisa ser estimulado e entender que essa base sustentará a criança durante a vida toda. Ele deve também motivar a curiosidade do aluno pela aprendizagem, elaborar atividades relacionadas ao seu dia a dia, buscando meios para que essas práticas venham funcionar.

Quanto mais os profissionais capacitadores conhecerem a prática pedagógica e os que exercitam essa prática no dia-a-dia: as crenças que os sustentam e os mecanismos que utilizam; quanto mais conhecerem como se dá o processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita na escola, mais estarão em condições de ajudar o professor em sua prática docente.

 

REFERÊNCIAS

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

https://pt.scribd.com/document/343405020/LERNER-docx

 

Jossieleni Gonçalez Tobias – E-mail: cmeicmarinoni@gmail.com