Engano
Loide Afonso: Poema ‘engano’


às 09:42 PM
Uma hora
Ou outra
Tinha de ceder
Me entregar
Dizia a minha amiga Celma
Que sou covarde no amor
Segui seu conselho e me abri
Sem planear
Me joguei
Julguei
Ser bom
Gostoso
Limpo
Luminoso
Leve
Calmo
Doce
Menos barulhento, terapêutico
Sem tormento
E acima de tudo, durável, aí
Que inocência!
Pessoal, olhem o que ganhei com isto
Dor
Mágoa
Tristeza
Lágrimas
Cabeça dorida
Perda de sono
E cérebro fodido.
Loid Portugal