Amor, como é bom amar!
Sandra Albuquerque: Poema ‘Amor, como é bom amar!’


Imagem gerada com IA do Bing ∙ 26 de novembro de 2024 às 3:46 PM
Amor meu
A melhor coisa que existe é amar, pois o amor traz vida, leveza e sorrisos.
Amar é descomplicar.
O amor sadio é verdadeiro e, apenas, soma.
Nele não há estresse e nem preconceitos e sim, simplicidade.
A veracidade toma conta do ambiente.
Tanto em dias chuvosos ou ensolarados, as emoções estão ali presentes.
Não há dúvidas e nem desconfianças.
Um vive para o outro.
O tempo passa sem ser notado.
O importante é estar perto, olho no olho e um nos braços do outro, sentindo o cheiro e a pele.
Poder acordar ao cântico dos pássaros, com os cabelos desalinhados sem make ou filtros e sim, com a realidade é uma das vantagens do amor da alma.
Quero estar com você sempre, até o fim dos meus dias, olhando o jardim, apreciando a horta e dormir ouvindo as águas do córrego entre as pedras e as folhagens.
Ver bem de perto as estrelas, as quatro fases da Lua e o pôr do Sol e sempre o novo amanhecer.
Portanto, me aguarde que estou chegando.
Vou subir a serra.
Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
RJ, 25/11/2024 – 08:34 PM – Direitos Reservados à Autora
Ensaio sobre o banho
Ella Dominici: Poema ‘Ensaio sobre o banho’


Imagem criada pela IA do Bing
o banho que molha
tem algo de peculiar
não é banho à toa
entoa na acústica chuva
que escorrega a alisar
corpo de cima abaixo
parte por parte
pedaço por pedaço
de um inteiro tudo
água desliza devagar
entre todo o universo
de um corpo trêmulo
onde há tanto cansaço
o medo se esquiva
afoga-se mágoas
dúvida se dissipa no ar
das bolhas que dão pulos
e que voam de fato
na insustentável leveza
e a liquidez do tudo
rola pelo buraco do ralo
resquícios do antigo
excessos do moderno
reforma na água sutileza
e a solidão deságua
afoga as fósseis frustrações,
Kathársis humoral
se o castigo das pressões
na ducha faz pele rosada
contrasta com carinho luxo
do líquido que ensaboa
flui facilmente na face
feição torna-se terna
na eterna maçã visage
rubra de calor da água
quente caliente
aproveita
faz foto de fantasmas
felizes de aparecer
pois eram figuras falidas
sempre tidos por falácias
figurar no fundo
de um ser é tarefa feita
não para os fracos
mas ao que é profundo
caçador que extirpa miasmas
em seu banho peculiar
ensaboa pensamentos
quiasmas no enxágue
preconceitos
se soltam na kathársis
a jorrar como a água
que levou seu tudo errado
lavou seus mais que humanos
defeitos perfeitos
Ella Dominici
Contatos com a autora
Brincando com os sonhos
Eliana Hoenhe Pereira: ‘Brincando com os sonhos’


Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
Vou caminhando e com os sonhos brincando.
São os meus pés que me dominam,
Enquanto a cabeça nas nuvens descortina.
Os passos trazem leveza,
espantam as tristezas,
trazem sensação de renovação
Permitem-me a fugir da monotonia
E a buscar pela harmonia
deixo a brisa da manhã meu rosto acariciar
com os meus cabelos brincar,
No percurso, alguém passou
e cumprimentou-me
Ouvi um Bom dia!
Porém, estava a refletir
e não respondi.
Às vezes bate uma ausência
o céu emudece e até endoidece
ou lembro de uma situação passada
quase sempre engraçada,
motivos para brotar muitas risadas.
Eliana Hoenhe Pereira
Contatos com a autora
Leve… Quase igual ao ar…
Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Leve…Quase igual ao ar…’


Vou extrair o que está pelo ar…
Procurando te amar…
Em um mar de abandonar…
Pesado…
E irado…
Como minha alma aflita…
Procurando te encontrar…
Em uma abóbada…
De formas…
E aromas…
Me jogando…
No vento…
Sendo um bento…
E rebento…
De uma terna leveza…
Adocicando…
Todo meu coração…
Quase igual as outras doces paixões…
Se afastando de amargas razões…
Fazendo brilhar novas comoções…
Por entre diversos corações…
Seu respirar…
Se tornou…
Meu louvar…
Para eternamente te agraciar…
Preenchendo todo o meu sonhar…
Clayton Alexandre Zocarato
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Eliana Hoenhe Pereira: 'Leveza'
Leveza
Viajei na minha companhia
cheia de leveza e alegria
assim como os pássaros
sem pressa para chegar
e em algum lugar pousar
Cruzei tempestades e mares
Misturei-me nas cores
e vi nas flores
a missão de encantar e amar
Nas nuvens flutuei
E deixei que o vento
pelo meu corpo dançasse
Para o novo me abri
E me apeguei a quem
me fez sorrir
Eliana Hoenhe Pereira
eliana.hoenhe1@hotmail.com
Eliana Hoenhe Pereira: 'Levar a vida com leveza'
Levar a vida com leveza
O inverno naquele ano estava rigoroso. Liz, como era friorenta, parecia uma turista nos Estados unidos, no mês de novembro. Vestia um sobretudo, botas, gorro e até luvas. Em férias, fora passar uns dias na chácara da família, onde vivera toda a sua infância. Conhecia cada pedacinho do local como a palma da sua mão. As serras estavam tomadas pela neblina, mas a paisagem como sempre “deslumbrante”. Conseguia ouvir o barulho do vento e até mesmo o voo dos pássaros. O cheirinho do café, mesmo longe da casa, impulsionou- a segui-lo e foi logo para a cozinha tomar uma xícara, bem quentinho, “saindo fumaça”, era assim que gostava e a seguir fora caminhar pelos arredores. Em determinado momento parou e olhou para o silêncio do rio que passava lá embaixo e pensou com os seus botões: “Um dia li em algum lugar que a felicidade requer trabalho, não um trabalho intenso, mas que se preste atenção à vida”.
Liz, quando pequena, não conseguia dormir sem antes ouvir as histórias contadas pela mãe, fossem bonitas ou feias, de princesas ou assombrações, porém, todas aguçavam a sua imaginação e dessa imaginação para o mundo dos sonhos, onde tudo era permitido. A mãe era uma mulher muito simples, livre, sem medos parecia um cântico de ninar envolvido nas ondas do mar. Seu rosto era notável, deveria ter vivido muitas existências e acumulado às experiências, pois somente uma pessoa como ela seria capaz de ter rompido tantas barreiras e, contudo, ver a vida passar em leveza, sem pressa e sem tropeços.
Eliana Hoenhe Pereira
eliana.hoenhe1@hotmail.com



