Borboletas

Verônica Moreira: Poema ‘Borboletas’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
Imagem criada por IA da Meta
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As borboletas me lembram a liberdade, as cores da vida, o amor.

O pousar das borboletas, seja onde for, faz-me lembrar lugares simples, porém encantados.

Borboletas lembram-me
canções românticas e o movimento das águas de um lago calmo no campo.

Elas fazem-me lembrar a dança dos cisnes
e o frescor da manhã que acaricia levemente suas plumas.

Ah, as borboletas!
Elas me lembram você —
dos beijos que ficaram
batendo asas em minha boca.

Quanta beleza havia em nós!
Quantas borboletas dançavam no estômago
enquanto o amor era livre.

Borboletas me envolvem,
elas me emocionam,
e é sempre primavera
quando borboletas me trazem você.

Verônica Moreira

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Poetizo, logo vivo – XXVII a XXIX

Pietro Costa: Pensamentos XXVII a XXIX

Pietro Costa
Pietro Costa
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A felicidade é uma métrica, e nós, seus escravos.
A ignorância rende poder para alguns, mas o conhecimento gera liberdade para todos.
A arte e a vida ora se veneram, ora se repudiam.

Pietro Costa

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Independência e saúde integral

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: Independência e saúde integral

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing - 02 de setembro de 2025, às 10:20 PM
Imagem criada por IA do Bing – 02 de setembro de 2025, às 10:20 PM

A liberdade começa no corpo e se expande para a vida.

Setembro nos convida a celebrar duas datas importantes: o Dia do Profissional de Educação Física  (1º) e a Semana da Independência do Brasil (7). Duas ocasiões que, apesar de distintas, compartilham um mesmo convite: refletir sobre liberdade. Mas, afinal, o que significa ser verdadeiramente independente em termos de saúde e qualidade de vida?

Quando pensamos em independência, logo lembramos da cena histórica de 1822. Mas a liberdade que buscamos hoje vai além do campo político; ela é pessoal e diária. É a capacidade de ter autonomia sobre nossas escolhas, inclusive sobre como cuidamos do nosso corpo, da nossa mente e das nossas emoções.

A saúde integral nos ensina que somos um todo — corpo, mente e espírito interligados. Ter independência nessa esfera significa:

Libertar-se do sedentarismo que limita movimentos e sonhos.

Vencer hábitos prejudiciais, como má alimentação e noites mal dormidas.

Investir em prevenção, reduzindo riscos de doenças e garantindo longevidade com qualidade.

De acordo com a OMS (2023), pessoas que praticam atividade física regularmente têm até 30% menos risco de desenvolver doenças crônicas. Ou seja, liberdade também é poder envelhecer com autonomia, vitalidade e disposição para viver plenamente.

O Papel do Profissional de Educação Física

Esse profissional é mais do que um treinador. É um agente de transformação que orienta, motiva e conduz indivíduos rumo a uma vida mais saudável, equilibrada e cheia de significado. Ele nos ajuda a perceber que saúde não é apenas ausência de doença, mas a capacidade de viver com energia, foco e bem-estar.

A independência que conquistamos todos os dias não se dá em um único ato, mas em pequenas escolhas consistentes:

Escolher se movimentar em vez de ficar parado.

Escolher água em vez de refrigerante.

Escolher sono reparador em vez de noites mal dormidas.

Escolher viver com propósito.

Liberdade é movimento.

É o ar que enche os pulmões,

o coração que bate forte,

os passos que avançam sem medo.

Ser livre é cuidar de si,

honrar o corpo que carrega a alma

e escrever no tempo

uma história de vida plena e saudável.

Joelson Mora

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Ler nos faz crescer

Verônica Moreira: Poema ‘Ler nos faz crescer’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
Imagem criada por IA do Bing – 08 de agosto de 2025,
às 13:10 PM

Ao ler um bom livro
me privo da ignorância.
A leitura é alimento,
é sabedoria em abundância.

Viajo com liberdade
por lugares nunca vistos!
Alçando vôos sem medo,
rumo ao desconhecido.

Ler, me faz ‘crescer’
e aprender a lidar com a dor,
encontrando o remédio para cura interior.

É alcançar o céu, sem tirar os pés do chão!
É caminhar em busca de autoconstrução.

É romper barreiras intelectuais
e adquirir conhecimento.

É ter sapiência, compreendendo um pouco,
os mistérios da ciência.

É viver a dor do personagem,
como se essa dor fosse sua.

O exercício da leitura é de fato uma terapia
Quem lê, tem a mente saudável
e não vive em utopia.

Nas entrelinhas de cada livro que li,
encontrei um caminho novo a seguir.

Algo me fez florir,
me inspirando a escrever o
que em sonhos vivi.

Viva os leitores do Brasil que fazem do livro
combustível pra viajar o mundo
e tocar o invisível!

Verônica Moreira

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     Liberdade mente-me

Ella Dominici: ‘Liberdade mente-me’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem criada por IA do Bing – 31 de julho de 2025,
às 17:23 PM

Liberdade mente-me.

Essa frase contém o abismo e a ironia de quem, ao desejar ser livre, percebe que a promessa da liberdade pode ser uma ilusão sedutora, uma quimera que queima as asas de quem voa em sua direção.    

      A liberdade, nesse paradoxo, torna-se uma entidade que mente ao nos prometer plenitude — e quando finalmente se apresenta, somos nós que não mais sabemos habitá-la.

     O céu não desce, nem sobe. Apenas paira — imóvel como um olhar que sabe demais. A manhã acorda com os ombros tensos, e ninguém ousa nomear o absurdo.  

     O silêncio mastiga a dúvida, e o homem, ao tentar mover-se, tropeça na própria lucidez. Tudo nele é consciência, e essa consciência pesa mais que a morte. Ele vive, sim. Mas cada passo é um protesto contra o chão.

     Ela caminhava como se arrastasse uma infância às costas. Os lençóis ainda tinham o cheiro das promessas não cumpridas. Ao lado, a pele do outro — morna, disponível — era uma ilha que ela não sabia habitar.

      A liberdade entrou pela janela e ficou parada no meio do quarto. Era tarde demais. Ela já havia aprendido a respirar sem ela.

     O sol invadia o quarto sem pedir licença. Ela não fechava as cortinas. Queria que a dor aprendesse a conviver com a luz. Mas a luz era cega e mostrava tudo: as rachaduras, os restos, as bonecas viradas para a parede. Ser livre era uma tarefa que exigia forças que ela havia doado a poemas. E os poemas? Amavam-na, mas não a salvavam.

     Ela tocava nas palavras como quem toca numa pedra quente: não para colher, mas para reconhecer o calor. Tudo em volta pulsava sem sentido, como se o mundo tivesse desaprendido a nascer. Ela queria mais que voar — queria dissolver-se no ar. Mas ao tentar, percebeu que o ar também sangra. E então, nomeou o indizível com o silêncio.

     As cartas, os cadernos, a máquina de escrever — hoje teclado — tudo a olhava como se exigisse confissão. Ela mentia com precisão.

     A liberdade era o disfarce da desistência. E ela, embora tão jovem, já sabia dançar com as perdas. Sabia que o tempo não cura: apenas reorganiza os escombros para parecer paisagem.

     Na escada, ninguém espera. A porta não se abre nem se fecha, apenas observa. Cada degrau range uma acusação sem língua. O homem carrega um nome que não lhe pertence.

     E a liberdade? É uma senha esquecida. Um papel dobrado no bolso que nunca se ousou virar. Ele anda, não por vontade, mas porque parar é admitir que foi engolido.

     A mente é um palco onde as cortinas nunca fecham. Sonhos desfilam nus, e medos gritam entre os bastidores. Ele fala consigo mesmo, mas escuta o mundo inteiro.

     A liberdade mora num crânio vazio, ecoando ideias que nunca se realizam. Há mais dor em pensar do que em sofrer. E mais prisão na dúvida do que na cela.

     Liberdade mente-me — com sua voz de vento e vestes de luz. Mas a luz também fere, e o vento não escolhe rota. Talvez sejamos apenas corpos tentando lembrar como se vive, depois da promessa não cumprida.

     Talvez liberdade seja esse espelho onde a alma não se reconhece mais.

Ella Dominici

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Viver e amar

Ivete Rosa de Souza: Poema ‘Viver e amar’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
Imagem criada por Ia do Bing – 24/06/2025,
às 18:12 PM

Que bom viver o dia

No dia a dia poder viver

Acontecer em tudo com alegria

Com alegria ver acontecer

No amor cantar sem anunciar

Sem espanto, esparramo

Sem demonstrar estardalhaço

Esse infinito que cabe no abraço

Do ser que se ama

Trazer o amor inteiro

Dentro do peito

Sem que o mundo corriqueiro

Saiba desse dom perfeito

De amar e ser amado

Sem confidenciar a outros

As conquistas ou os pecados

Cá entre nós viver

Que possamos amar primeiro

Sem que nos julguem ou condenem

Pois passarão ao largo, com ciúmes

E nós passaremos felizes, sem alarde

Viver o amor em liberdade.

Ivete Rosa de Souza

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Liberdade

José Antonio Torres: Poema ‘Liberdade’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por Ia do Bing – 02 de junho de 2025,
às 08:13 PM

Sou livre!
Meu corpo não me prende.
Não me sinto atrelado a convenções e parâmetros.
Penso e sinto por mim mesmo.
Não sigo ideais alheios como verdade.
Sigo a minha verdade,
Ainda que seja só minha.
Vejo tolos seguindo como gado,
Alienados como zumbis descerebrados.
Conflitos abissais que afundam no vazio
E nada produzem de útil.
Vagueio livre pelas estradas e campos,
Sem correntes e sem destino.
Encontro corações simpáticos,
Mas eles também não me prendem.
Vivo! Corro! Amo! Morro!
Não carrego bagagem.
Minha casa é o universo.
O céu é o meu teto.
Minha cama é a relva.
Meu travesseiro é a Lua.
Meu cobertor, as estrelas.

José Antonio Torres

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