Broto de Coragem

Resenha do livro ‘Broto de Coragem’ de Junior Pedroza

Capa do livro Broto de Coragem de Junior Pedroza
Capa do livro Broto de Coragem

RESENHA

Uma narrativa regionalista, muito bem escrita, com um enredo potente, cheio de mensagens significativas sobre a vida e a luta do povo sertanejo.

Sua religiosidade, sua alegria, suas mazelas e sua força.

E com uma lenda de fundo para trazer humor e boas risadas.

Perfeito!! Amei!!!

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SINOPSE

Com a partida do pai, Fiel se vê na responsabilidade de cuidar da mãe.

Com um lenço na cabeça, a definhar, escondendo a voz e a dor, Noeli se sente manchada pela vergonha de ser mais uma viúva da seca.

O que a vida reserva para mãe e filho?

Como enfrentarão os desafios de sobreviver ao abandono do sertão em Realzinho?

Em terra que não dá dengo, é possível resistir ao descaso com fé e coragem?

“O livro mostra as dificuldades de muitas famílias do sertão nordestino, que enfrentam desafios, abandonos, complicações em vários aspectos da vida.

Fala da hipocrisia, da farsa de conduta daqueles que se dizem ‘Santos’.

Transparece a realidade do Nordeste brasileiro, uma rica e bela região que a política projetou para o sofrimento, um povo que luta incansavelmente para sobreviver diante das adversidades do lugar.

A palavra CORAGEM é um verdadeiro mantra na alma do sertanejo, que mesmo cansado não desiste. Local de encantos, mas também de dor, assim podemos traduzir o sentimento de Fielzinho.

Uma terra fértil, com muitos brotos de coragem e vigor na alma dos cidadãos da melhor parte do país, porém maltratada pelo poder público.

Claro que, neste belo enredo, não poderia faltar o bom-humor e criatividade que são inerentes ao povo nordestino, narrativa de ficção com exemplos reais de vida.

A poesia também faz parte da obra, cheia de emoção nas falas dos personagens, um jeitinho de falar peculiar da região, com um sotaque lindo e arretado.

Mostra como a seca maltrata essa gente tão cheia de vida e que mesmo na dor carrega um coração cheio de amor.” Rosângela Brito.

O livro está concorrendo ao 9º Prêmio Kindle de Literatura.

SOBRE O LIVRO

A ideia surgiu para Junior com o imenso desejo de homenagear seus pais, que o inspiram todos os dias, e são nordestinos.

Também são fonte de grande inspiração para o autor: Deus e Ariano Suassuna.

Broto de Coragem é um romance rural ambientado no sertão nordestino.

A obra mescla regionalismo, humor e críticas sociais dentro de uma oralidade marcante que busca levar o leitor à reflexão.

Narra a força do povo e de uma região brasileira marcada pelo descaso e não atraso.

O livro está concorrendo ao 9º Prêmio Kindle de Literatura.

SOBRE O AUTOR

Juarez Inacio Pedroza Junior, carioca, cristão, casado e pai de uma linda menina.

Imagem de Júnior Pedroza
Junior Pedroza

É militar e pós-graduado em Língua Portuguesa.

Iniciou na leitura e na escrita, ainda menino, ao ouvir os conselhos de seu pai que o ensinou a importância dos estudos.

Com o desejo de aprimorar, começou a estudar escrita criativa e, em 2021, publicou seu primeiro romance ‘Páginas para meu Filho’, um drama familiar.

Em agosto de 2024, publicou ‘Broto de Coragem’, um romance rural ambientado no sertão nordestino.


“Escrever dá trabalho, mas é prazeroso.”

Júnior Pedroza


OBRAS DO AUTOR

Capa do livro Págunas para meu filho
Páginas para meu filho

Capa do livro Broto de coragem
Broto de coragem

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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Inconsistência de um crime

Resenha do livro ‘Inconsistência de um crime’, de Gilberto Borges da Silveira, pela Editora Uiclap.

Capa do livro 'Inconsistência de um crima' de Gilberto da Silva Borges, pela Editora Uiclap

RESENHA

Um jornalista é contratado para saber se a irmã da contratante é adotada.

Mas ele não tem noção do que vai encontrar.

O que vários acontecimentos e dois crimes tem a ver com o sua investigação?

Um livro instigante, cheio de mistérios e reviravoltas.

Tentem resolver este mistério.

Leiam!!

Vocês vão amar!]

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SINOPSE

Fazendo um período sabático na profissão de jornalista, Jorge Santos é procurado para descobrir a verdadeira identidade de uma mulher – Jacira.

Disposto a fugir das redações, onde trabalhou por 10 anos, Jorge concorda em fazer aquela investigação.

Sua busca o leva de volta à cidade natal, onde encontra outro personagem – Alfeu, um ex-jogador profissional que foi condenado por dois crimes passionais.

Intrigado com aquele personagem, Jorge convence Alfeu a contar sua história.

Fazendo as investigações sobre a origem de Jacira, e usando suas habilidades de jornalista para criar pontes por onde Alfeu vai contando sua história, descobre ligações entre esses personagens.

Essa é a trama do livro “Inconsistência de um crime”, e seu desdobramento vai apresentar surpresas e revelações, ao ponto de Jorge, ao final, concluir que “nem sempre as verdades são libertadoras”.

SOBRE A OBRA

Já tendo dois livros publicados, Antigas Andanças, um romance histórico e Caboclinhos, uma coletânea com 20 “causos”, Gilberto Borges, um grande apreciador de romances policiais, se desafiou a criar um personagem investigador e que fosse também o narrador, tipo os policiais noir.

Surge assim Jorge Santos, um jornalista que passará por várias reviravoltas nesta história de tirar o fôlego,

SOBRE O AUTOR

Imagem do autor Gilberto Borges da Silveira

Gilberto Borges da Silveira, tem 67 anos. Mora em Curitiba- Paraná.

É graduado em Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Paraná em 1982. Pós-graduado em Gestão Ambiental pelo ICESP em 2006. Pós-graduado em Educação Ambiental pelo SENAC em 2010.

Mestre em Planejamento e Governança Pública.

Analista Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA, Lotado na Superintendência do Paraná.

Aposentado do Ibama.

OBRA DO AUTOR

Capa do livro 'Inconsistência de um crime', de Gilberto Borges da Silveira,pela Editora Uiclap
Inconsistência de um crime

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Uma viagem em segundos

Sandra Albuquerque: Poema ‘Uma viagem em segundos’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
"Em sonhos, com os olhos bem abertos, viajei em segundos pela estrada do tempo
“Em sonhos, com os olhos bem abertos, viajei em segundos pela estrada do tempo”
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Em sonhos, com os olhos bem abertos,

Viajei, em segundos, pela estrada do tempo.

Imaginei um mundo bem melhor:

Não, um mundo como o nosso

Em que há inversão brutal de valores.

Me vi do alto do monte

Onde meus olhos pudessem contemplar o impossível:

Uma visão de águia!

Eu pude sentir a brisa

A embalar meus cabelos,
Tocar minha pele.

Ouvi atentamente os puros acordes

dos cânticos dos pássaros

Como os das sereias encantadas.

Então, não hesitei:

Abri os meus braços.

E deixei refletir o brilho do sol

Em minha pele morena e gritei:

-Que haja a paz entre os homens!

– Que o respeito e o amor ao próximo

Tornem-se fatores principais para a vida.

– Que todas as guerras sejam extintas!

independentemente

De suas origens.

– Que a discriminação se torne inexistente:

Seja racial, sexual, social, cultural, religiosa

Ou, até econômica.

Fui clara!

Que impere o direito de ir e vir

– Que a violência doméstica e o feminicídio

Sejam exterminados

– Que a natureza seja respeitada

E reconhecida como nossa mãe.

Viva a natureza!

– Que todos os homens se sintam iguais perante a Deus.

E por segundos…

Na viagem ao tempo

Pude sorrir

E aplaudir

Os atos da humanidade.

Comendadora Sandra Albuquerque

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Um novo eclipse

Amanda Quintão: Poema ‘Um novo eclipse’

Amanda Quintão
Amanda Quintão
“A lua espera enamorada, um novo eclipse chegar”
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Ontem, na boca da noite afora,
Eu vi a face inchada da Lua.
Parecia dizer ao Sol: – E agora?
O que faço sem a presença sua?

Ela, tão solitária!
Exalava o seu pranto:
– Volte logo, meu amado!
Por que demora tanto?

A Lua espera, enamorada,
Um novo eclipse chegar,
Pois é fria sua morada,
Que o Sol virá esquentar.

E cairão flocos de amor,
Fatias de Luz.
Ondas enormes de calor,
Que o desejo conduz.

Amanda Quintão

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Redação ENEM/2023: quando os olhos brilham e o coração aquece

Elaine dos Santos: Artigo ‘Redação ENEM/2023:
quando os olhos brilham e o coração aquece’

Elaine dos Santos
Elaine dos Santos
ENEM
ENEM
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Não me detenho em aspectos formais referentes à proposta de redação do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) aplicada no domingo, 05 de novembro, quero, aqui, refletir sobre a importância da temática – ainda que ela não fosse esperada.

Somos uma sociedade conservadora, patriarcal, em que diferentes ‘ismos’, isto é, dogmas e doutrinas, oprimem a mulher em sociedade e isso é uma herança da colonização portuguesa que se consolidou no Brasil Império, no Brasil República e, mesmo no século XX (20), com a inserção cada vez maior no mercado de trabalho, não sofreu alterações.

O tema da redação foi os desafios para enfrentar a invisibilidade do trabalho de cuidado das mulheres no Brasil e qualquer pessoa, minimamente, atenta percebe que a carga extra atribuída à mulher em nossa sociedade sempre foi e é maior que do homem. A mulher – de um modo geral, há exceções para confirmar a regra – é responsável pelos cuidados no lar: roupa, alimentação, higiene, filhos.

Começo, pois, pelos filhos. Como professora que exerceu a docência também no ensino médio, acompanhei e acompanho ex-alunas tornarem-se mães e enfrentar a dor e a delícia dos primeiros anos de maternidade, frequentemente, exercida solitariamente. Nasce um filho e nasce uma mãe, mas a vida do pai pouco se altera. Há a tradicional desculpa que ele precisa descansar porque é o provedor do lar. Sim, claro! A mãe nunca trabalhou, não precisa retomar as suas atividades.

Na outra ponta, está situado o cuidado com pessoas idosas ou doentes. Quando o meu pai teve o seu quinto AVC (acidente vascular cerebral), em abril de 2007, algumas pessoas gritaram nos meus ouvidos que eu deveria colocá-lo em um asilo, porque ele passaria a atrapalhar a minha vida profissional. Eu disse que não o faria e que cuidaria dele, nem que fosse sozinha. E, de fato, o fiz: sozinha. Todos se afastaram, ninguém quer ter, por perto, um idoso confuso, ninguém quer ter, por perto, um idoso e a responsabilidade acaba recaindo sobre esposas, filhas ou netas, portanto, mulheres.

Quantas conhecidas nossas renunciam ao trabalho ou mesmo da vida pessoal para cuidarem de irmãos/irmãs com algum tipo de deficiência, enquanto irmãos e irmãs da mesma pessoa ignoram a situação?

Poderia ainda enfocar as professoras que acolhem crianças, em muitos casos, vítimas de violência intrafamiliar, ou técnicas de enfermagem e enfermeiras que são o último elo entre um paciente terminal e a vida. Mas me detenho aqui.

Pode ser que muitos participantes da prova tenham tido dificuldade para elaborar um texto sobre o tema – eles são, em sua maioria, adolescentes recém egressos do ensino médio, talvez sem a capacidade reflexiva que a vida nos confere, mas espero que o material motivador que acompanha a prova possa tê-los inspirado.

Se afirmo que os olhos brilharam e o coração aqueceu-se ao tomar conhecimento do tema da redação do ENEM, na verdade, a minha reflexão segue outra via: traz-se uma questão social relevante para a cena, pelo menos, por uma semana, ela será discutida. Tomara que enseje mais discussões e ações.

Além disso, uma sociedade muda pelas ações de seus membros, entre eles, o poder público, almejo que haja políticas públicas de valorização do trabalho da mulher. Sem entrar na seara econômica e de valorização do trabalho da mulher, é sabido que a disparidade salarial entre homens e mulheres é vexatória.

Elaine dos Santos

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O passado é uma roupa que não me serve mais?

Letícia Mariana:
Crônica
‘O passado é uma roupa que não me serve mais?’

Leticia Mariana
Letícia Mariana
A Tristeza de ser sozinha
A tristeza de ser sozinha
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Recordo a infância. Barulhos, crianças correndo, mesas gigantes no recreio. Todos saem de perto. Ninguém quer conviver com a criança chata que fica lendo livros no intervalo.

Chegou a adolescência. Repleta de tribos, panelinhas, jovens fumando cigarros e baseados como se não houvesse amanhã. Lá no cantinho, sou eu. Sozinha e sentindo a dor de ser diferente. Abro meu livro e suspiro. De repente, surge um grupo. Ele quer que eu experimente, que eu vá e que eu tente. Que eu viva o que ele chama de vida.

Tento educadamente não ser ainda mais vista como o patinho feio, mas ainda há muita amargura e solidão em mim. Com risadas e atitudes cruéis, meus dias são os piores dias que uma adolescente poderia viver. Só queria estudar. Só queria ler. Só queria me divertir do meu jeito. Só queria ter amigos.

Alguns meninos me chamam pra sair, mas temo que eles me levem para caminhos que não quero. Evito. Algumas meninas me chamam para festas recheadas de drogas e álcool. Não posso, não devo e nem sequer desejo. Perco a oportunidade de ser alguém para eles.

São várias as piadas. Eu não acho graça de nenhuma. Vou ao banheiro chorar – um cheiro terrível que não reconheço se é cigarro ou maconha – e meu nome escrito no banheiro com ‘careta’ e ‘vadi” ao lado.

Os dias são difíceis. Os dias são tristes. Os dias são solitários.

Mas eu só quero ser como sou. Eu não quero ser como eles. Eu só quero viver feliz. Mas na minha felicidade. Não na felicidade deles. Mas o passado é uma roupa que não me serve mais.

Será mesmo?

Letícia Mariana

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O poder político e as normas jurídicas

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: Artigo ‘O poder político e as normas jurídicas’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo

Modernamente, há uma tendência para reforçar nos países a unidade do poder, e mesmo nos Estados Federados, o poder da União cada vez mais se impõe sobre aqueles. Apesar disso, o federalismo continua a ser preconizado como panaceia para evitar conflitos internacionais, bem como forma para a criação de unidades políticas aptas a reduzir o movimento e influência, em todos os setores, das superpotências que, cada vez mais, se imiscuem nos assuntos internos dos pequenos e médios países.

Ultimamente, tem sido tentada a união destes pequenos e médios Estados em forma de Confederação, que congregaria uma liga de Estados Soberanos sem que estes perdessem as suas características fundamentais: cultura, língua, religião, leis, território e independência. Ao nível militar já se verifica uma tal Confederação de Estados Soberanos, designadamente a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, o então Pacto de Varsóvia, este acabaria por ser extinto em 31 de março de 1991, com o fim da denominada “Guerra Fria”. 

Quer numa, quer noutra Confederação, a influência das superpotências, que as lideraram, foi excessiva, e preocupante, nomeadamente, as de natureza bélica, estas, posteriormente, postas em prática, fora dos respetivos territórios, e por isso, sem qualquer perigosidade para os países líderes.

Presentemente, são muitos os apologistas para a formação dos Estados Unidos da Europa, no contexto de uma fórmula federativa, que possibilite a institucionalização de um bloco: economicamente poderoso; politicamente capaz de contrariar o jogo das grandes potências: América, Japão, Brasil, Rússia, Índia, China, as quatro últimas ainda designadas, até certa época, por economias emergentes.

É sabido que a Europa é muito rica e matizada, para que os eventuais Estados Membros abdiquem das suas tradições, que olvidem a sua longa história e os sacrifícios a que os povos se tiveram de submeter para a conquista das respetivas independências. O esplendor da Europa deve-se à variedade das Pátrias que a compõem, à diversidade e riqueza das cultuaras que, no seu todo, formam a Civilização Ocidental.

Em 1951, era assinado, em Paris, o Tratado CECA- Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Congregava a França, a Alemanha, a Itália e os países do Benelux, numa comunidade com o objetivo de introduzir a livre circulação do carvão e do aço, bem como o livre acesso às fontes de produção. Além disso, uma Alta Autoridade comum assegurava a vigilância do mercado, o respeito pelas regras da concorrência e a transparência dos preços. Este Tratado esteve na base das atuais instituições. 

 Em 1957 gerou-se uma esperançosa perspetiva, quando seis países da Europa: Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Luxemburgo e Itália, formaram duas Comunidades: O Mercado Comum Europeu. A partir de então e por sucessivos Tratados a Europa tem vindo a unir-se e hoje, 2018, com a designação de União Europeia, congrega vinte e oito estados membros. A breve trecho, porém, a Inglaterra sairá, por vontade própria, da União Europeia, ficando esta reduzida a 27 países.

Desta reflexão poder-se-á ficar com uma ideia do significado da palavra Estado: a) Numa perspetiva ampla, designa a coletividade que num dado território, bem determinado, possua, em nome próprio, o Poder Político, e que poderá abranger os Estados Federados e os Estados Protegidos; b) No aspeto restrito, designa a coletividade que, no seu território, possua o poder político soberano; c) Numa outra aceção, pode-se considerar o Estado como um sistema de órgãos, de uma coletividade que exerce o Poder Político, no território por ela assenhoreado; d) O Estado pode, ainda, ser visto sob o enquadramento da pessoa jurídica, que para o efeito das relações de direito interno, tem por órgão o Governo. O Estado, sendo uma realidade social, e política, constitui, também, uma existência jurídica, e não pode ser definida senão a partir de elementos jurídicos.

O Poder Político é um poder jurídico, que se funda em normas jurídicas, o seu exercício traduz-se na elaboração e imposição do Direito. O Povo, elemento humano do Estado, é formado por aqueles que se encontram vinculados, juridicamente, ao Estado, pela nacionalidade; o Território é o espaço onde se exerce a competência dos órgãos supremos do Estado, constituindo o objetivo do senhorio deste.

O Estado possui uma estrutura complexa. Assim, o Poder Político envolve autoridade que se exerce sobre as pessoas, no âmbito do território. Considerando esta relação Estado-Pessoas, verifica-se que o Estado aparece como uma estrutura dualista, a que se opõem os que exercem o poder, aqueles sobre os quais este é exercido. Simultaneamente, o Poder encontra-se ao serviço da coletividade e pertence ao Povo, justificando-se a sujeição das pessoas ao Poder legítimo. 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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